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segunda-feira, 4 de março de 2024

Estaleiro Ares Revela Novo Projeto De Corveta Na Exposição DIMDEX 2024


ARES 76

O construtor naval turco Ares revelou seu mais recente projeto de corveta, a ARES 76, na exposição DIMDEX 2024 que acontece em Doha, Catar, de 4 a 6 de março de 2024.

Comunicado de imprensa do Estaleiro Ares

Tradução Carlos Junior

Para os países que procuram salvaguardar os seus direitos e interesses internacionais fora das responsabilidades das entidades locais de aplicação da lei dentro das suas zonas económicas exclusivas ou nas águas internacionais, a nova corveta ARES 76  provou ser uma opção de última geração. As marinhas tendem a identificar plataformas de navios de guerra polivalentes, de comprimento relativamente mais curto e de médio deslocamento, devido à evolução dos conceitos de combate. Com seus muitos recursos, a corveta ARES 76 pode atender de forma fácil a todos esses requisitos.

Com seus atributos básicos, a ARES 76 possui boa capacidade de combate em todos os três tipos principais de guerra; no entanto, sua diversidade de carga útil o diferencia. Para guiar a carga até o alvo, sensores de alta tecnologia são acoplados a um sistema compacto de gerenciamento de combate (CMS). O conjunto EW (Guerra Eletrônica) da ASELSAN pode identificar e diagnosticar ameaças potenciais e direcionar informações que podem ser detectadas eletronicamente com o radar 3D/4D, e o sistema ASELSAN EOS (Electro-Optic Suit) pode identificar e diagnosticar visualmente as mesmas informações. Esses dados valiosos são compatíveis com os sensores TDL Link-16-22, permitindo detecção precisa de alvos e geração de imagens táticas. Com o UAV VTOL leve e totalmente equipado do navio, a probabilidade de detecção e identificação é maximizada.

A ARES 76  tem um canhão naval desenvolvido pela MKE A.Ş./Turkiye de 76 mm para apoio de fogo quatro  unidades (opcionalmente oito) dos comprovados mísseis antinavio Atmaca da ROKETSAN (alcance de 250 km) e duas estações de armas remotas de 12,7 mm (RWS) atendem aos requisitos da Guerra Anti-Superfície (ASuW).
Uma das principais características que diferencia a ARES 76 de outras embarcações de tamanho semelhante é a sua versatilidade de carga útil para o conceito de Guerra Anti-Submarino (ASW). Quatro torpedos leves Orka e um sistema de foguete ASW de seis lançadores da ROKETSAN podem eliminar eameaças submarinas identificadas pelas soluções de sonar YAKAMOS Hull Mounted/RT da METEKSAN. Outros sensores de suporte e sistemas eletrônicos relevantes ​​são os sistemas de lançamento XBT e o Telefone Subaquático.

Graças às suas extensas capacidades, a nova corveta do Estaleiro Ares pode manter o mais alto nível de blindagem para proteger a si mesma ou à Unidade de Alto Valor (HVU) e seu grupo de trabalho ao executar a função de missão de Guerra Antiaérea. Após uma avaliação confiável dos dados obtidos do radar 3D/4D, os mísseis de ataque podem ser neutralizados passivamente usando sistemas  de isca Chaff  desenvolvidos pela MKE ou agressivamente-ativamente usando sistemas de misseis de defensa de ponto PDMS ASELSAN GÖKSUR. A ARES 76 pode implantar e recuperar vários tipos de ULAQ USVs (Veículos de Superfície Não Tripulados), dependendo do conceito de operações do usuário final, como ISR (Reconhecimento de Vigilância de Inteligência), ASW (Guerra Anti-Submarino) ou KAMA (Kamikaze).

As corvetas exigem uma arquitetura de plataforma robusta e considerada para acomodar todos esses sistemas de armas e sensores avançados. Este requisito exige o desenvolvimento de um design de ponta, características excepcionais de navegação e capacidades de plataforma que serão minimamente afetadas pelo mar agitado e proporcionarão alojamentos e locais de trabalho de primeira classe para a tripulação. Para garantir o melhor benefício com o mínimo de necessidade de pessoal, a superioridade das capacidades electrónicas da plataforma são cruciais. São necessários menos de 50 tripulantes qualificados para operar a Corveta ARES 76, que representa menos da metade dos tripulantes em navios de guerra de porte semelhante.

sábado, 23 de novembro de 2019

CLASSE ADA - Uma equilibrada corveta turca para as necessidades de sua marinha.


Corveta classe Ada
FICHA TÉCNICA
Tipo: Corveta.
Tripulação: 93 tripulantes.
Data do comissionamento: Setembro de 2011.
Deslocamento: 2400 toneladas.
Comprimento: 99,56 m.
Boca: 14,4 m.
Propulsão:  CODAG - Uma turbina a gás General Electric LM-2500 com 26000 KW de potencia e dois motores a diesel MTU-16V595TE90 com 9600 Hp juntos
Velocidade máxima: 30 nós (55,5 km/h).
Alcance: 6500 Km.
Sensores:  Radar Thales SMART-S MK-2 com 250 km de alcance. Radar STING EO Mk2 para controle de fogo com alcance de 72 km na banda X e 17 km na banda K; A partir da terceira embarcação, o radar de controle de fogo passou a ser o Aselsan AKR-D; Radar de navegação Sperry marine Vision Master;  Sistema de vigilância e designação de alvos Aselsan ASELFLIR-300T (a partir do terceiro navio este sistema foi substituído pelo mais avançado Aselsan SeaEye AHTAPOT; Um sonar TBT-01 Yakamoz de curto alcance.
Armamento: Um canhão OtoMelara 76 mm Super Rapid, Duas estações  de combate remotas STAMP armadas com uma metralhadora pesada M2HB, calibre 12,7 mm (.50),  Dois lançadores quádruplos para mísseis Boeing RGM-84L Harpoon Bock II anti-navio, um lançador MK-31 para 21 mísseis RAM (Rolling Airframe Missile) RIM-116, dois lançadores triplos MK-32 para torpedos leves MK-46 ou MK-54.
Aeronaves: Um helicóptero médio SH-60 Seahawk.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

CLASSE VISBY. A sombra viking do Báltico.


FICHA TÉCNICA
Tipo: Corveta.
Tripulação: 43 tripulantes.
Data do comissionamento: Dezembro de 2009
Deslocamento: 640 toneladas.
Comprimento: 72,7 m.
Boca: 10,4 m.
Propulsão: CODAG com 4 turbinas a gás Honeywell TF-50A, 2 motores a diesel MTU-16V 2000 N90 que movem dois propulsores jatos de água Kamewa.
Velocidade máxima: 35 nós (65 km/h).
Alcance: 4630 Km.
Sensores: 1 radar Ericsson Sea GIRAFFE AMB 3D com 180 km de alcance, Radar de busca Condor CS-3701, 1 sonar de casco GDC, 1 sonar rebocado Hydra 135, e um sonar de profundidade variável VDS.
Armamento: Um canhão Bofors 57 mm MK3, dois lançadores quádruplos para de mísseis antinavio RBS-15F. 4 tubos de torpedos de 400 mm (2 de cada lado do navio) para torpedos Type 45, e cargas de profundidade.
Aeronaves: Um helicóptero A-109M pode ser operado, mas sem hangar de manutenção.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

CLASSE INDEPENDENCE. O avançado e controverso navio de combate litorâneo dos Estados Unidos.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Navio de combate litorâneo/ Corveta.
Tripulação: 76 tripulantes..
Data do comissionamento: Janeiro de 2010
Deslocamento: 3300 toneladas.
Comprimento: 127,1 m.
Boca: 31,4 m.
Propulsão: CODAG (combinação de motores a diesel com turbinas a gás) com 2 turbinas a gás GE LM-2500  que produzem 96550 hp de potência, 2 motores a diesel MTU Friedrichshafen 20V8000 que produzem 17160 hp.
Velocidade máxima: 44 nós (81 km/h).
Alcance: 6482 Km em velocidade econômica
Sensores: 1 radar tridimensional AN/SPS-77(V)1 Sea GIRAFFE 3D com 180 km de alcance máximo, Radar de navegação BridgeMaster E , Sistema eletro-óptico AN/KAX-2 composto por sistemas FLIR (sensor de infravermelho) e de TV ,Sonar de detecção de minas AN/AQS-20A.
Armamento: Um canhão BAE Systems MK-110 de  57 mm MK3, um lançador Mk-15 Mod.31 SeaRAM CIWS para 11 mísseis antiaéreos RIM-116, Sistema Modular de Missão SUW que pode receber 24 mísseis AGM-114 L Hellfire ou 32 mísseis RIM-116 ESSM, Também existe a previsão de instalação de 2 lançadores duplos para 4 misseis RGM-84 Harpoon C ou outros armamentos que vierem a ser integrados ao sistema, dois sistemas MK-46 com canhões automáticos Bushmaster MK-44 em calibre 30 mm, 4 metralhadoras pesadas M-2HB calibre 12,7 mm.
Aeronaves: dois helicópteros MH-60R Seahawk; Uma composição de um MH-60R Seahawk e três UAVs MQ-8 Fire Scout, ou ainda um helicoptero pesa CH-53 Sea Stallion.

sábado, 30 de junho de 2018

CLASSE KARAKURT - Maior poder de fogo por metro quadrado.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Corveta
Tripulação: 39 tripulantes
Data do comissionamento: Previsto para final de 2018
Deslocamento: 800 toneladas.
Comprimento: 67 mts.
Boca: 11 mts.
Propulsão: CODAD 3 motores a diesel M-507D-1 com 10000 HP de potencia cada um, mais um propulsor de proa (para manobras em portos) e 3 geradores a diesel  DGA-315 de 315 KW
Velocidade máxima: 30 nós (56 km/h).
Alcance: 4630 Km ou 12 dias de mantimentos.
Sensores: Radar AFAR de varredura eletrônica ativa (AESA) com 100 km de alcance (estimado); Radar de busca de superfície Mineral-ME com alcance máximo de 140 km; Radar de controle de fogo MR-123 (LASKA), Sistema eletro-óptico de controle de fogo 5P-520
Armamento: Um canhão automático AK-176MA de 76,2 mm; Um lançador vertical UKSK de 8 celulas para mísseis de cruzeiro Kalibr NK (Club-S) ou mísseis anti-navio P-800 Onix (SS-N-26 Stropbile); Um sistema de combate antiaéreo Pantisir-M armado com 8 mísseis 57E6 (SA-22 Greyhound) e dois canhões rotativos AK-630M 30 mm com sei canos cada um; Duas metralhadoras pesadas MPTU em calibre 14,5 mm.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

CLASSE DIPONEGORO. A modularidade da compacta corveta de projeto holandês.

FICHA TÉCNICA
Tipo: corveta.
Tripulação: 80 tripulantes.
Data do comissionamento: julho 2007.
Deslocamento: 1692 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 90,7 mts.
Boca: 13 mts.
Propulsão: 2 motores a diesel SEMT Pielstick 20PA6B STC movimentando duas hélices que produzem 23887 Hp de potencia
Velocidade máxima: 28 nós (52 km/h).
Alcance: 8900 Km em velocidade econômica (14 nós/ 26 km/h)
Sensores: 1 radar Thales Naval Nederland MW-8 tridimensional com 110 km de alcance; 1 radar Sperry Marine BridgeMasterE ARPA; 1 radar de controle de fogo LIROD Mk 2. 1 sonar Thales UMS 4132 Kingclip de casco.
Armamento: 2 lançadores duplos para mísseis MM-40 Exocet Block II; 2 lançadores quádruplos Tetral para mísseis Mistral; Um canhão Oto Melara Super Rapid de 76 mm; 2 canhões Denel Vector Gi-2 em calibre 20 mm; 2 tubos B-515 para torpedos Eurotorp 3A 244S.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
O estaleiro holandês Schelde Naval Shipbuilding produziu uma classe de pequenos navios modulares batizados de Classe Sigma (Ship Integrated Geometrical Modularity Approach) ou simplesmente “Abordagem de modularidade geométrica integrada a navios”, com o objetivo de fornecer uma opção econômica a marinhas com menor orçamento, porém com capacidade efetiva na execução das suas missões. Atualmente a marinha da Indonésia é operadora da versão corveta, conhecida como SIGMA 9113 pelo estaleiro construtor do navio, e batizado de Classe Diponegoro pela Marinha da Indonésia. Embora haja versões maiores deste projeto como o SIGMA 9813 da marinha do Marrocos e as mais modernas SIGMA 10513 e 10514 do Marrocos e da Indonésia, o foco deste artigo é a corveta classe Diponegoro. As outras versões serão abordadas no WARFARE em uma outra matéria.
A Indonésia encomendou 2 corvetas SIGMA 9113 em 2005 sendo que a primeira foi comissionada em 2007. Outros dois navios desta mesma classe foram encomendados em em 2006 e entregues respectivamente em 2008 e 2009.
Acima: Compacta e bem armada, a corveta Diponegoro fornece uma capacidade relvante de defesa costeira para a marinha da Indonésia a um custo baixo de aquisição e manutenção.
Os navios desta classe são adequados a patrulhas costeiras e tem uma capacidade anti-submarino relativamente robusta para uma embarcação deste porte, além de uma capacidade antinavio. Por isso, seu armamento é composto por dois lançadores duplos para mísseis antinavio MBDA MM-40 Exocet, guiados por radar ativo e com um alcance de 70 km.  Para defesa antiaérea há dois lançadores Tetral para 4 mísseis de curto alcance MBDA Mistral cada, cujo alcance é de  5 km sendo seu guiamento por infravermelho (IR). O armamento de tubo é composto por um canhão de tiro rápido Oto Melara Super Rapid de 76 mm cuja cadência de tiro chega a 120 tiros por minuto e com um alcance de 20 km. Mais dois canhões automáticos Denel Vector G-12, em calibre 20 mm também compõe o arsenal do navio. Este canhão leve antiaéreo é uma copia do modelo francês GIAT  F-2, possuindo uma cadência de tiro de 720 tiros por minuto e um alcance de 1500 metros contra alvos aéreos. Para finalizar, há dois tubos B-515 de torpedos Eurotorp 3A 244S cujo alcance máximo chega a 25 km.
Existe um heliporto para operar helicópteros de no máximo 5 toneladas, porém sem hangar. O projeto da SIGMA permite, se o cliente assim desejar, que se instale um hangar para manutenção de um helicóptero.
Acima: O principal armamento de tubo da Diponegoro é o seu canhão Oto Melara Super Rapid de 76 mm montado na proa do navio. Dado a suas compactas dimensões e sua boa cadência de tiro, muitas modernos navios de guerra tem sido armados com este canhão.
A SIGMA possui um radar Thales Naval Nederland MW-8 tridimensional que opera na banda C cujo alcance máximo é de 105 km contra um alvo de grande porte (RCS 100 m² como um bombardeio B-52). Um caça inimigo com 5 m² de RCS, como um MIG-29 pode ser detectado a 60 km. Já o radar de navegação é um Sperry Marine BridgeMasterE ARPA e o radar de controle de fogo é um LIROD Mk 2 usado para designação de alvo para o canhão Oto Melara Super Rapid. Para detecção de ameaças submarinas o SIGMA está equipado com um sonar Thales UMS 4132 Kingklip de média frequência montado no casco cujo alcance máximo é de 64 km.
O sistema de comunicação conta com um data link Linky MK-2 para intercambio de dados com outros navios e aeronaves que estejam operando no campo de batalha.
Acima: O radar Thales Naval Nederland MW-8 tridimensional é o principal sensor do Diponegoro. Comparado aos radares de fragatas usadas pela Europa, este sensor demonstra alcance reduzido. Porém, para a missão a que o navio foi idealizado, ele cumpre o seu papel.
A propulsão é feita por dois motores SEMT Pielstick 20PA6B STC movimentando duas hélices que produzem 23887 Hp de potencia e levam a SIGMA a uma velocidade de 28 nós (52 km/h), e sua autonomia chega a 8900 km, quando navegando em velocidade econômica. De uma forma geral,  o desempenho da classe Diponegoro pode ser considerado pobre, pois o navio não é rápido o suficiente para acompanhar um grupo de batalha, sua autonomia é curta, sendo um navio limitado a operações litorâneas e em guerra de baixa intensidade. Sua qualidade, no entanto, é percebida em sua navegabilidade, que permite operar em mares agitados com segurança.
Acima: A navegabilidade apresentada pelo projeto do navio é sua maior qualidade. Essa característica permite ao Diponegoro estender suas missões para mais distante do litoral.
Como pode se ver pelos dados apresentados nesta matéria, a pequena corveta holandesa em uso pela marinha da Indonésia é uma resposta de baixo custo (U$ 222 milhões cada unidade) a uma necessidade de alta relação custo benefício. A modularidade do projeto tem permitido novas encomendas de versões modificadas, e maiores, já classificadas como fragatas, que agrega alcance e armamento mais pesado. É interessante observar que o projeto básico, traz um desenho de baixa reflexão ao radar, seguindo a tendência dos novos navios do guerra que tem sido apresentados, notoriamente no ocidente.
Acima: Embora a corveta Diponegoro não tenha um hangar para manter um helicóptero, seu heliporto na popa permite usar um helicóptero leve (5 toneladas).


VÍDEO


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segunda-feira, 9 de maio de 2016

PROJECT 20381 STEREGUSHCHY. O primeiro navio de guerra com tecnologia furtiva da Rússia

FICHA TÉCNICA
Tipo: Corveta
Tripulação: 85 tripulantes
Data do comissionamento: Novembro de 2007
Deslocamento: 1900 toneladas.
Comprimento: 104,5 mts.
Boca: 11,6 mts.
Propulsão: CODAD 4 motores a diesel Kolomna 16D49 com 23,664 HP de potencia
Velocidade máxima: 30 nós (56 km/h).
Alcance: 7408 Km e 30 dias de mantimentos.
Sensores: Radar de busca aérea Salyut Positiv MR-352M ME1 com 110 km de alcance; Radar de busca de superfície Granit Central Scientific Institute Garpun-B/3Ts-25E/PLANK SHAVE com 150 km de alcance; Radar de controle de fogo Ratep 5P-10E; Sonar ativo/ passivo MGK-335EM-03.
Armamento: AAW: 1 lançador vertical Redut VLS com 12 mísseis 9M96E; duas metralhadoras MTPU de 14,5 mm. ASuW: 2 lançadores quádruplos KT-184 para mísseis anti-navio KH-35 Uran, mísseis P-800 Yakhont; 1 Canhão automático Arsenal A-190 de 100 mm; ASW: 2 lançador quádruplos para torpedos anti submarino e anti-torpedos de 330 mm Paket NK.
Aeronaves: Um helicóptero Kamov KA-27 Helix

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
Após a grave crise econômica que assolou a Rússia após o fim da União Soviética no inicio dos anos 90, uma das maiores vitimas da situação foi a industria bélica russa que amargou uma queda radical nos investimentos por parte do governo. Desde então, a Rússia tem retomado seu crescimento militar com um dinamismo cada vez maior, deixando, inclusive, o ocidente inquieto. Um dos primeiros sistemas de armas novo que foi incorporado nas forças armadas russas, foi a corveta Steregushchy, conhecida, também, pelo nome “Project 20380”. Ela é uma das novidades de uma nova fase na história militar russa que, hoje, se encontra em uma nova etapa em que a recuperação daquelas dificuldades começa a se mostrar. A corveta Steregushchy é o primeiro navio de guerra a entrar em serviço após o colapso da antiga União Soviética, e os traços de modernidade se fazem evidentes no desenho com tecnologia de invisibilidade aplicado nessa nova classe de navio.
Acima: O navio Gremyaschy E, é o segundo navio da classe Steregushchy e já conta com aperfeiçoamento do armamento que substituiu o sistema Kashtan M a frente da ponte, por um moderno sistema VLS para mísseis antiaéreo 9M96E. 
A corveta Steregushchy foi projetada dentro de uma nova estratégia da marinha russa que tem por objetivo a defesa de áreas litorâneas. Tanto que para a marinha russa, essa corveta é classificada como navio de patrulha litorâneo. As embarcações usadas para essa tarefa, antes da Steregushchy, eram em sua maioria velhas lanchas lança mísseis e pequenas corvetas projetadas na década de 50 que tinham muitas limitações de operação e já não eram adequadas as necessidades do atual campo de batalha naval. As novas Steregushchy são muito mais capazes, graças a um armamento moderno, uma autonomia superior e sua capacidade de se manter furtiva frente a radares inimigos, o que lhe garante um elevado índice de sobrevivência.
O casco e a super estrutura da Steregushchy foram construídos com novas técnicas de construção e materiais inovadores, como por exemplo materiais compostos como fibra de vidro, com o objetivo de se atingir o requisito de furtividade que era imposto pela marinha, assim como resistência a incêndios. Uma arquitetura modular permitirá a substituição de sistemas se armas e sensores com extrema facilidade quando houver necessidade de modernizações ou para satisfazer os requisitos de potenciais clientes estrangeiros.
Acima: Deste angulo podemos ver o heliporto e o hangar do Steregushchy que é capaz de operar um helicóptero Ka-27 Helix de guerra anti-submarina.
A propulsão é do tipo CODAD (combinação Diesel/ Diesel) composta por 4 motores a diesel Kolomna 16D49 com 23,664 HP de potencia. Esse sistema impulsiona a Steregushchy a uma velocidade de 30 nós (56 km/h). A autonomia é admirável para uma embarcação pequena como a Steregushchy, chegando a 4000 mn (7400 km) o que garante capacidade de prestar apoio em missões em outros continentes.  O deslocamento deste navio é de 1900 toneladas, se mostrando uma embarcação leve, com boa margem de potência para executar manobras no mar.
A suíte eletrônica embarcada na Steregushchy é composta de um radar de busca aérea Salyut Positiv MR-352M ME1 com 110 km de alcance contra um alvo de 5m² de RCS (um caça MIG-29, por exemplo). Já o radar de busca de superfície é um Granit Central Scientific Institute Garpun-B/3Ts-25E/PLANK SHAVE com 150 km de alcance. Além da busca de superfície, este radar é usado, também, para fornecer parâmetros para lançamento de mísseis anti navio. O radar de controle de fogo é o Ametist 5P-10E usado para direcionar o canhão A-190 de 100 mm contra seus alvos.
Acima: O desenho com características stealth da Steregushchy fica bem claro nos angulos mostrados nessa foto.
O armamento usado pela Steregushchy é composto pelo canhão automático Arsenal A-190 de 100 mm capaz de atingir alvos a 20 km de distancia a uma cadencia de 80 tiros por minuto. O armamento principal da Steregushchy é, sem sombra de duvidas, seus dois lançadores quádruplos KT-184 de mísseis anti-navio, que podem ser do tipo KH-35E Uran, que tem um perfil de voo subsônico, rasante ao mar (sea-skiming) cujo alcance chega a 130 km. Sua guiagem se dá por sistema inercial, e radar ativo na fase terminal do ataque. Sua ogiva tem 145 kg de explosivos. Alternativamente ao KH-35E, pode se equipar a Steregushchy com 8 mísseis anti-navio P-800 Yakhont, que possui desempenho supersônico, sendo capaz de voar a 2650 km/h contra alvos situados a 300 km de distancia, transportando uma potente ogiva de 250 kg de alto explosivo. O míssil Yakhont é guiado por radar ativo e foi base para o míssil BrahMos desenvolvido em conjunto com a Índia.
Para defesa antiaérea, esta classe foi armado no primeiro navio, o Steregushchy, com um sistema Kashtan M, composto por um arranjo formado por dois canhões tipo gatling GSh-30K de 6 canos rotativos de 30 mm mais dois tubos lançadores de mísseis SA-N-11 (SA-19 Grison) guiados por radar semi-ativo e com um alcance de 8 km, porém, este sistema foi substituido nos navios seguintes por um lançador vertical Redut VLS com 12 mísseis 9M96E (versão de médio alcance do sistema S-400). Este míssil pode abater uma aeronave a 40 km de distancia com um índice de precisão de 90%. Ainda para defesa antiaérea, estão instalados dois canhões CIWS AK-630M de 30 mm que disparam a uma cadencia de 10000 tiros por minuto, e tem um alcance de 4000 metros contra alvos aéreos. Há duas metralhadoras MTPU calibre 14,5 mm montadas em um suporte e operada manualmente. Essa metralhadora tem alcance de 2000 metros e cadencia de 600 tiros por minuto. Para guerra anti-submarino, foi instalado 2 lançadores quádruplos para torpedos anti submarino e anti-torpedos de 330 mm Paket NK, guiado por sonar ativo/ passivo, e com alcance de 19 km aproximadamente. Sua ogiva tem 70 kg de alto explosivo.
Um helicóptero Kamov KA-27 Helix anti-submarino é operado pelo Steregushchy havendo um hangar para transporta-lo e executar manutenção.
Acima: O clássico canhão A-190 de 100  e logo atras dele o lançador vertical Redut para mísseis 9M96E do sistema S-400 (versão de médio alcance), dão a corveta Steregushchy um poder de fogo bem acima do que costumamos ver nesse tipo de navio.
Quando vemos essas características descritas na corveta Stereguschy, como seu sistema de armas relativamente pesado associado a sensores modernos, porém de baixo custo, podemos prever que a corveta Steregushchy  terá um forte potencial sucesso comercial no mercado de navios de guerra de pequeno porte. A Rússia pretende operar um total de 12 unidades desta classe e a primeira entrou em serviço em novembro de 2007. Existem 3 versões desta classe que embora sejam classificadas com classes diferentes, são na verdade variações da original Steregushchy. Essas variantes são a Project 20385 Gremyaschy E a Project 20382 Tiger. As diferenças são basicamente alguns itens de armamento e de sensores, porém, basicamente são navios da mesma classe.
É interessante notar que a modularidade que este projeto traz, permite configurar tanto os sensores, como armamentos, de acordo com especificações diferentes de clientes internacionais e que, poderiam deixar esta corveta ainda mais poderosa no que tange a poder de fogo a colocando em um patamar de fragatas leves. Atualmente, além da Rússia, a Argélia é a única cliente do modelo.
ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM A STEREGUSHCHY.


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domingo, 28 de junho de 2015

CLASSE SKJOLD. Uma nova geração de patrulheiros navais.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Barco rápido de patrulha.
Tripulação: 15 tripulantes.
Data do comissionamento: Abril de 2009.
Deslocamento: 270 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 47,5 m.
Boca: 13,5 m.
Propulsão: 2 motores Pratt & Whitney ST-18M com 2417 hp de potencia cada, 2 turbinas a gás Pratt & Whitney ST-40M com 5070 kg hp de potencia cada.
Velocidade máxima: 60 nós (110 km/h).
Alcance: 1480 Km em velocidade econômica
Sensores: 1 radar Thales MRR 3D NG com 180 km de alcance. Sistema Multisensor Ceros 200 com um radar de controle de tiro apoiado por sensores optronicos e telêmetro a laser.
Armamento: 2 lançadores quádruplos para 8 mísseis antinavio Kongsberg NSM, 1 lançador de mísseis duplos Simbad para mísseis antiaéreos Mistral (8 mísseis), um canhão OTO Melara 76 mm/ 62 super rapid..

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
A marinha norueguesa, assim como a marinha sueca, possui uma criatividade notável. A embarcação que trataremos agora traz algumas características que as colocam em uma condição de destaque. Chamada de Skjold (escudo, em norueguês), nome bastante estranho, assim como seu igualmente estranho aspecto, este barco patrulha fabricado pelo estaleiro Umoe mandal AS norueguês pode ser considerado a mais veloz embarcação de combate em serviço no mundo atualmente. Num momento em que as atenções se voltam para a guerra litorânea, a Skjold aparece como uma espécie de “sonho de consumo” das embarcações de guerra que se encaixam como uma luva na tarefa, Além de veloz, ela é pesadamente armada e extremamente furtiva devido a seu desenho projetado para reduzir ao máximo a reflexão de radar.

Acima: O barco patrulha Skjold foi projetado para ser furtivo, ou em outras palavras, ser difícil de ser detectado pelos radares inimigos. Esse aspecto de seu projeto levou a Skjold apresentar um desenho bastante limpo e diferente de qualquer outra embarcação de patrulha usada antes dele.
A propulsão da Skjold é do tipo COGAG (combinação gás e gás) composta por dois motores Pratt & Whitney ST-18M, derivadas do motor de aviação PW-100. Cada turbina ST-18M produz 2417 hp de potencia. Junto com estes motores, outras duas turbinas a gás Pratt & Whitney ST-40M que produzem 5070 kg hp cada. Para conseguir a velocidade máxima, que chega a 60 nós (110 km/h), além das 4 turbinas, um colchão de ar infla no casco, tipo catamaram, da Skjold com auxilio de dois motores a diesel MTU-12 12V TE92. Esse colchão, somado a característica de ser um casco tipo catamaram, faz com que o calado do Skjold seja de apenas 1 m o que somado ao sistema de jatos de água, no lugar das hélices convencionais, facilita a agilidade de navegação e dá a Skjold uma melhor resposta contra ondas. A Skjold é capaz de executar curvas extremamente fechadas, mesmo em alta velocidade, outro beneficio dado pelo sistema de jatos de água. Outra facilidade dada pelo uso do colchão de ar é a maior imunidade a minas navais, permitindo com que a Skjold possa operar com segurança em zonas minadas e até mesmo caçar minas.
Porém o “calcanhar de Aquiles” da Skjold é sua autonomia, considerada baixa. O alcance da Skjold chega a 1480 km (800 mn). Devido a essa limitação, um país de grandes dimensões como o Brasil, por exemplo, precisaria de um numero grande de unidades dessa embarcação para poder patrulhar suas vastas águas territoriais.

Acima: Quando em a Skjold navega a velocidade máxima, que chega a incríveis 60 nós (110 km;h), um colchão de ar infla deixado a embarcação alta em relação a água e diminui sua resistência hidrodinâmica.
A estrutura da Skjold é revestida de matérias absorventes de radar RAM, assim como o próprio desenho da embarcação visa influenciar a reflexão das ondas de radar para longe da fonte emissora. Os lançadores de mísseis, por exemplo, ficam ocultos no convés do barco até o momento do lançamento. Graças a esse tipo de medida adotada em sua construção, a Skjold apresenta um desenho limpo, lembrando uma “balsa”. O esforço para manter a furtividade foi levado tão a sério que até detalhes como as bordas das janelas da Skjold foram tratadas com material radar-absorvente.
A suíte eletrônica da Skjold tem no radar francês Thales MRR 3D NG seu principal elemento. Este radar é capaz detectar um alvo aéreo a 180 km de distancia dando todos os parâmetros de posicionamento do alvo. Para controle de fogo é usado um sistema multi-sensor Ceros 200 composto por um radar, um telêmetro a laser e sensores optronicos que permitem traquear alvos aéreos como aeronaves ou mísseis antinavio, que normalmente voam rente ao mar (sea skimming), o que dificulta sua detecção e consequentemente a resposta de defesa a esse tipo de arma.
O Skjold possui uma suíte de guerra eletrônica baseada num sistema de busca e reconhecimento EDO composto por antenas de interferência, um radar tático CS-3701 e um sistema de alerta radar RWR que avisa quando um radar inimigo estiver rastreando a Skjold. Um sistema de iscas MASS (Multi Ammunition  Soft Kill) fabricado pela Buck Neue Technologien da Alemanha dispara projéteis que emitem sinais que atraem o sensor dos mísseis antinavio inimigos, evitando, assim, um impacto contra a Skjold. O sistema MASS é eficaz contra mísseis guiados a radar, infravermelho IR, laser e sistemas eletroopticos.
Acima: O painel de comando do Skjold é extremamente moderno e garante agilidade a seus navegadores para lutar e navegar.
O armamento transportado na Skjold é consideravelmente pesado, principalmente por conta dos 8 mísseis antinavio Kongsberg NSM. Esses modernos mísseis são lançados de dois lançadores quádruplos que ficam ocultos até a hora do lançamento na popa do navio e possuem um alcance máximo de 150 km. Sua ogiva é de 125 kg de alto explosivo. Guiado por um sistema GPS para navegação de meio curso e sistema infravermelho IR na fase final do ataque, este moderno míssil antinavio se beneficia, ainda de um desenho furtivo dificultando a tarefa das defesas antimíssil inimigas e impedir seu ataque. Para defesa antiaérea a Skjold usa os famosos mísseis portáteis MBDA Mistral, guiados por calor e com alcance de 4 km. Estes mísseis são montados em um lançador duplo Simbad e são transportados 8 mísseis, ao todo.

Além dos mísseis, um canhão italiano OTO Melara 76 mm/ 62 super rapid dispara projéteis de 6 kg a um alcance de 16 km à uma taxa de tiro de 120 tiros por minuto.
Acima: O míssil NSM é o principal armamento a bordo da Skjold. Com seus 8 mísseis que ficam oculto dentro do casco do navio, a Skjold pode afundar navios bem maiores e sair da zona de batalha rapidamente.
A marinha dos Estados Unidos, sempre ligada nas novidades militares que poderiam servir a seus objetivos, mostrou grande interesse na classe Skjold e chegou a bancar o envio da Skjold aos Estados Unidos para fins de estudos conceptuais. O interesse norte americano era o de empregar alguma solução do projeto em seus navios LCS e mesmo em embarcações da guarda costeira. A Skjold permaneceu em testes por um período de um ano, sendo posteriormente reintegrada a marinha norueguesa. Eu considero esta embarcação a mais adequada para missões de patrulha marítima costeira para a marinha brasileira devido a sua extrema velocidade e capacidade de combate convincente. Sua furtividade seria útil em não alertar eventuais intrusos de nossas águas e assim poder dar uma sólida resposta a eles. Porém, a doutrina brasileira é menos agressiva e os requisitos para um navio patrulha visam muito mais a autonomia do que sua capacidade de combate propriamente dita.


ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM A APRESENTAÇÃO DA SKJOLD.

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