domingo, 2 de junho de 2019

SAR-21. Colocando uma luz sobre o desconhecido fuzil bullpup.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Fuzil de assalto.
Miras: SAR-21: Uma luneta integrada à coronha com ampliação de 1,5 X, e miras abertas sobre a luneta para uso reserva; SAR-21A: Trilho picatinny para instalação de miras reflex, holográficas, lunetas, apontadores laser e lanternas
Peso: 3,82 kg (vazio).
Sistema de operação: Aproveitamento de gases e ferrolho rotativo.
Calibre: 5,56x45 mm.
Capacidade: 30 munições.
Comprimento Total: 80,5 cm
Comprimento do Cano: 20 pol.
Velocidade na Boca do Cano: 970 m/seg
Cadência de tiro: 650 tiros/ min.


DESCRIÇÃO
Por Ironhead
Cingapura é um pequenino país no sudeste asiático que tem menos de 700 km² de área total. Porém, é um país considerado considerado uma potência econômica, com menos de 2% de desemprego e uma renda per capta de mais de U$ 80 mil dólares por ano. Sua industria é bastante desenvolvida e o país tem uma forte atuação como exportador de mercadorias.
Uma das coisas que chamam a atenção deste país, além de seus lindos pontos turísticos e sua arquitetura futurista, são os recursos materiais de suas forças armadas. Exército, Força Aérea e a Marinha deste país são muito bem equipados. Posso dizer que são melhor equipados, até, que alguns tradicionais membros da OTAN como a Noruega, por exemplo.
O presente artigo traz a descrição do fuzil padrão do Exército de Cingapura, em serviço nas forças armadas de Cingapura desde 1999, e que é muito pouco difundido na media segmentada de defesa. O SAR-21 (Singapore Assault Rifle - 21st Century) desenvolvido e fabricado pela ST Knetics é o terceiro modelo de fuzil a entrar em produção em Cingapura e o primeiro na configuração Bullpup.
Acima: O fuzil M-16A1 foi fabricado sob licença pela ST Knetics, proe´m, sendo proibida a exportação ou desenvolvimento de novas versões. Isso fez com que o governo de Cingapura solicitasse a industria local o desenvolvimento de um novo fuzil que atendesse as necessidades de seu país e que pudesse ser exportado.
Ao "bater os olhos" no SAR-21, os mais apressados vão pensar "Uma variante" do Austríaco AUG, que já foi foco de matéria nas paginas do WARFARE Blog, principalmente pelo "guarda mato" de grande proporções. Além disso, o uso de uma luneta integrada à coronha da arma, também reflete um desenho das versões iniciais do fuzil austríaco. Porém, uma análise mais atenciosa poderá revelar as diferenças de ergonomia adotadas pela ST Knetics, iniciando pelo guarda mão mais "encorpado" e que possui um apontador a laser já integrado na peça.
Outro ponto em que o SAR-21 difere do AUG é que a janela de ejeção do cartucho não é ambidestra como no fuzil austríaco, sendo que o cartucho deflagrado é ejetado pelo lado direito da arma o que leva a um desconfortou e risco de ferimentos para usuários canhotos.
Acima: O famoso fuzil austríaco Steyr AUGé lembrado quando vemos o SAR-21 (Abaixo) pela primeira vez, devido a alguns pontos em comum no que tange a estética , porém, as armas são bem diferentes, internamente e em recursos.
O SAR-21 opera através do sistema de aproveitamento de gases dos disparo, captados em um orifício na parte de cima do cano e que movimento um pistão que está conectado ao ferrolho  com trancamento rotativo de dois ressaltos. O regime de fogo é o básico de um fuzil de assalto, ou seja, há a posição totalmente automático (rajada), semi automático (um tiro por vez) e "safe" ou arma travada. Aqui, cabe uma nota sobre a tecla de seleção de regime de fogo: na verdade são duas teclas!!! Uma, posicionada atravessada na coronha (sim! Eu disse atravessada, na transversal!) que dificulta muito a mudança de regime de fogo de forma a tornar inviável em situação de combate real, fazendo com que o soldado deva deixar a tecla diretamente posicionada em regime "full auto" e controlar os tiros no "dedo". E a segunda tecla, é posicionada a frente do guarda mato e ela funciona como uma trava de gatilho. Ou seja, tem a posição "fire" e a posição "safe". Dentre todos estes anos pesquisando sobre armas de fogo, esse é, tranquilo, o pior sistema de seleção de controle de disparo que já vi. E aproveitando que estamos falando de"rajada", o SAR-21 possui uma cadência de tiro relativamente baixa quando em fogo totalmente automático. São 650 tiros por minuto, algo próximo do que se tem em um AK-47. O M-16A4, usado pelo Exército dos Estados Unidos, a título de comparação, tem uma cadência que pode chegar a 950 tiros por minuto! Isso pode gerar desperdício de munição por operadores inexperientes.
Acima: A desmontagem do SAR-21 se dá sem ferramentas. Isso é um ponto positivo pois facilita a execução de limpeza em campo pelo soldado.
O calibre da munição empregada no SAR-21 é o 5,56x45 mm, uma das munições mais difundidas no mundo (principalmente para os países alinhados com Washington). No cano de comprimento padrão do SAR 21 que tem 20 polegadas, esta munição atinge, aproximadamente, 970 m/seg (há variação de acordo com a marca e tipo de projétil), o que lhe dá um poder de fogo equivalente a de um fuzil padrão, mas em dimensões compactas. O alcance efetivo é de 800 metros, o que é melhor do que se consegue com carabinas com configuração convencionais, com canos mais curtos.
O carregador do SAR-21 comporta 30 munições e é de plastico translucido, permitindo uma rápida visualização do status da quantidade de munição disponível. Há, no entanto, a possibilidade do SAR-21 ser fornecido com carregador padrão STANAG 4179, padrão usado nas plataformas AR-15, bastante mais fácil de ser encontrado no mercado internacional.
Acima: O SAR 21 desta foto está com um carregador padrão STANAG 4179, o mesmo empregado no M-16/ AR-15, assim como em muitos fuzis de assalto ocidentais.

Acima: O retículo da luneta do SAR-21 permite um relativo rápido enquadramento do alvo. Porém, na parte de cima da luneta há um sistema de mira aberta, que pode ser empregado caso a luneta tenha sido danificada.
Além da versão padrão descrita nas linhas acima, o SAR 21 é produzido nas versões SAR-21 P Rail que tem substituída a luneta integrada por um trilho para acessórios como miras holográficas e ópticas e o guarda mão, substituído por um trilho com uma manopla; SAR-21 MMS (Modular Mounting System) que é uma versão com cano mais curto da P- Rail; SAR-21 LWC (Light Weight Carbine) que é uma versão encurtada do SAR 21 padrão.
Embora seja um fuzil confiável, mecanicamente, o SAR-21 não obteve sucesso no mercado internacional, ficando com seu uso restrito às forças armadas de Cingapura e de mais sete países e não havendo um prognóstico de ampliação deste mercado, amplamente dominado por dois principais players que são a plataforma AR e a AK.
Acima: O SAR-21 não obteve sucesso no mercado internacional, tendo seu uso sendo restrito ao país que o desenvolveu, Cingapura, e mais 7 países.

Acima: Aqui podemos ver um exemplar da versão SAR-21 P- Rail que tem como característica a substituição da luneta fixa e do guarda mão por trilhos de acessórios.

Acima: SAR-21 MMS (Modular Mountiong System).






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