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segunda-feira, 28 de junho de 2021

Retrofuturismo nuclear com o bullpup Korobov

O fuzil bullpup Korobov TKB-408 em uma arte conceitual do jogo Nuclear Union.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 28 de junho de 2021.

O retrofuturismo pós-apocalíptico é uma temática favorita dos países do Leste Europeu, com os grandes sucessos S.T.A.L.K.E.R. e Metro sendo ambientados em universos pós-apocalípticos com misturas de equipamentos e indumentárias de várias eras diferentes. O protagonista de União Nuclear é retratado carregando o fuzil bullpup Korobov TKB-408, um protótipo soviético de 1946.

O projeto russo-ucraniano União Nuclear (Nuclear Union em seu titulo em inglês), ou Nova União no original (Новый Союз / Novyy Soyuz), era um exemplar dessa tendência. Sendo um RPG em terceira pessoa, o mundo de União Nuclear é ambientado no pós-guerra nuclear de uma história alternativa onde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962 levou os Estados Unidos e a União Soviética à guerra nuclear. Ambos os lados arrasados, a União Soviética sobreviveu em um estado deplorável de semi-barbarismo, daí o nome original Nova União. Foram publicados três vídeos com trailers sobre o novo jogo.

Trailer de Anúncio


Trailer da Arte Conceitual


Trailer de Jogabilidade


Cinquenta anos depois da guerra, os fragmentos da União Soviética que foram rapidamente trazidos para a clandestinidade tornaram-se gradualmente um verdadeiro estado com sua própria capital, uma cidade chamada Pobedogrado. O principal protagonista do jogo é um ex-piloto da aviação militar soviética, que é enviado da cidade subterrânea de "Pobedogrado" no subsolo de Moscou para a superfície externa radioativa, para várias missões em nome do governo subterrâneo de Pobedogrado, incluindo o recuperação de tecnologias avançadas de guerra soviéticas pré-nucleares e a investigação de um conjunto de fenômenos estranhos e misteriosos que estão acontecendo na superfície externa; incluindo mutantes e atividades paranormais.

O jogo foi desenvolvido pela empresa ucraniana Best Way e deveria ser financiado e publicado pela editora russa 1C Company, com o lançamento para o Microsoft Windows marcado para 2014. No entanto, a empresa russa retirou o seu envolvimento no final de 2013 devido à instabilidade política na Ucrânia, resultando no cancelamento do jogo. Em fevereiro de 2014, tropas russas ocuparam a Criméia, no território ucraniano. O site do jogo permanece como um dos únicos vestígios do projeto. Nele, o protagonista senta-se observando a paisagem arrasada de Pobedogrado segurando o seu fuzil bullpup Korobov TKB-408 soviético.

Imagem do site novysoyuz.ru.

O TKB-408 Korobov foi um protótipo de fuzil bullpup do projetista soviético German A. Korobov em 1946, e que foi submetido a uma série de testes oficiais conduzidos, no mesmo ano, para selecionar um fuzil de assalto para o Exército Vermelho no calibre intermediário 7,62x39mm soviético. Assim como no caso do jogo União Nuclear, o bullpup de Korobov foi um projeto cancelado. A comissão do Exército Soviético considerou o TKB-408 insatisfatório, com os testes finalmente selecionando o AK-47 de Mikhail Kalashnikov; tornando o Korobov TKB-408 uma mera nota de rodapé na história das armas de fogo.

O fuzil TKB-408 teria sido esquecido completamente não fosse o desenho bullpup ser tão popular nos últimos anos. O russos tentaram outros projetos bullpup com o TKB-011, o TKB-022 e o TKB-0146 (que também estariam presentes no jogo). Os ucranianos também experimentaram com o conceito com o Vepr, uma conversão do AK-74. Na história do jogo, fuzis Korobov começaram a aparecer nas mãos de gangues contra-revolucionárias nas regiões de Ryazan e Tambov, na URSS, no início dos anos 1990. Estas gangues encontraram a documentação do TKB-408 e corrigiram suas deficiências. Nos documentos oficiais, o protótipo é referido como "Objeto 93" (Ob'yekt 93), em alusão ao ano da sua descoberta.

A sobrevida de um protótipo mal-sucedido é um enredo parecido com o uso do fuzil bullpup brasileiro LAPA no livro de ficção científica Selva Brasil, de Roberto de Sousa Causo; que, inclusive, tem um soldado brasileiro carregando o fuzil-metralhador argentino FARA 83 na capa. Em Selva Brasil, Jânio Quadros invade a Guiana Francesa e inicia uma guerra inter-geracional com as potências européias e os Estados Unidos, com uma aliança sul-americana lutando uma guerra de guerrilha.

Selva Brasil.
Roberto de Sousa Causo.

Trecho do livro:

"Em segundos, o tiroteio se transformou em uma barragem de fogo que vinha de todos os lados. Enfiei a cara na lama, levantei o fuzil e puxei o gatilho com toda a força. Por alguma razão, parei de respirar durante alguns segundos. Só tinha consciência de estampidos e zunidos e ricochetes e de impactos que se comunicavam do blindado pro chão e do chão pro meu peito.
Ouvi algumas explosões mais fortes -granadas-de-mão, na certa-, e a terra balançou mais intensamente debaixo do meu corpo, chocalhando meus dentes. Empunhei o meu LAPA M3. Ao meu lado Cides enfiou o FARA entre a lagarta e despejou um carregador de trinta tiros. Não tinha espaço pra que a arma ficasse na vertical e Cides deve tê-la virado com a face direita pra cima, porque os cartuchos expelidos batiam no fundo do blindado e caíam por cima da gente feito um chuveiro de rebites rubro-incandescentes - e só então notei que tinha deixado o capacete pra trás."

O vários protótipos russos e ucranianos não foram o fim dos bullpups eslavos. Além do fuzil VHS croata, projetado desde o início como um bullpup e seguindo a ergonomia do FAMAS, os fuzis da família AK vem sendo readaptados para o padrão bullpup no Oriente Médio nos anos recentes.

Essas conversões realizadas em Idlib, na Síria, se tornaram onipresentes na atual guerra civil. Vários modelos são encomendados e convertidos para os combatentes, sendo empregados com miras ópticas modernas e camuflagens exóticas; de forma muito parecida com o universo sem lei de União Nuclear.

Apresentação do Korobov TKB-408 pelo Grupo Kalashnikov


Bibliografia recomendada:

Metro 2033.
Dmitry Glukhovsky.

Leitura recomendada:

O Exército Francês está contratando escritores de ficção científica para imaginar ameaças futuras, 3 de junho de 2020.

A Arte da Guerra em Tropas Estelares - 1 Os americanos e a Primeira Guerra Interestelar, 17 de fevereiro de 2020.

A Arte da Guerra em Tropas Estelares - 2 O exército do retro-futurismo, 17 de fevereiro de 2020.

A Arte da Guerra em Tropas Estelares - 3 Para a glória da Infantaria Móvel, 17 de fevereiro de 2020.

A Arte da Guerra em Tropas Estelares - 4 Derrotar civilizações extraterrestres, 17 de fevereiro de 2020.

A Arte da Guerra em Duna, 17 de setembro de 2020.

O FAMAS no mercado de exportação4 de novembro de 2019.

GALERIA: O FAMAS em Vanuatu22 de abril de 2020.

GALERIA: O Steyr AUG e os fuzis bullpup na Índia, 28 de julho de 2020.

GALERIA: Comandos Anfíbios Argentinos com o FAMAS, 17 de julho de 2020.

GALERIA: Cenas da Guerra da Indochina por Filip Štorch, 2 de maio de 2021.

domingo, 28 de março de 2021

FOTO: Fuzis FAMAS capturados no Senegal

Os fuzis capturados estavam em estado lastimável de manutenção.
(Twitter)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 28 de março de 2021.

Encerrando duas semanas de combates do Exército Senegalês contra os rebeldes do Movimento de Forças Democráticas de Casamance (Mouvement des forces démocratiques de Casamance, MFDC) em Casamance, na fronteira senegalesa com a Guiné-Bissau (ex-Guiné Portuguesa), as imagens de um sarilho de fuzis FAMAS capturados foi postado no Twitter pelas forças governamentais em 9 de fevereiro de 2021.

Segundo o Exército os objetivos da operação foram cumpridos. Os acampamentos foram tomados e deixados desertos, campos de maconha foram queimados e armamento e munições foram capturados em grandes quantidades. O Exército também mencionou a captura de 15 bicicletas.

O acampamento abandonado e completamente revirado, 9 de fevereiro de 2021.
(Twitter)

O Movimento das Forças Democráticas de Casamance (MFDC) é o principal movimento separatista na região de Casamance do Senegal, fundado em 1982. Foi apoiado pelo Presidente da Guiné-Bissau João Bernardo Vieira até este ser deposto em 1999. Depende principalmente do povo jola. Seu braço armado foi formado em 1985 e é chamado de Atika (diola para "Combatente").

Seu líder era o padre Augustin Diamacoune Senghor, que morreu em 13 de janeiro de 2007. Senghor assinou um acordo de paz com o governo do presidente senegalês Abdoulaye Wade em 2004. No entanto, várias facções do MFDC se recusaram a participar do acordo de paz e continuaram na luta armada. Esta divisão dividiu profundamente o movimento de independência de Casamance e continuou as escaramuças esporádicas na região.

Tropas de choque senegalesas em ação de controle de distúrbios civis (CDC) na capital Dacar, 5 de março de 2021.
(Twitter)

Isso ocorre em meio a distúrbios civis envolvendo a prisão do popular opositor político, Ousmane Sonko, em antecipação à eleição de 2024. A aparição do FAMAS e outros armamentos franceses em sua ex-colônia não são, por si só, uma surpresa, mas a aparição desse armamento na mão dos rebeldes de Casamance é. A procedência destes fuzis bullpup não foi discutida ou mencionada pelo anúncio governamental.

Tropa de choque senegalesa disparando granadas de efeito moral de um fuzil MAS 49/56 francês, Dacar, 4 de março de 2021.
(Seyllou / AFP)

Bibliografia recomendada:

Chassepot to FAMAS:
French Military Rifles 1866-2016.
Ian McCollum.

Leitura recomendada:

domingo, 14 de fevereiro de 2021

FOTO: O fuzil VHS-D1 croata na Síria

Um miliciano druso pró-governo posa com um fuzil VHS-D1 croata no norte de Quneitra, na Síria, em 31 de agosto de 2013.
(Ivan Sidorenko)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 14 de fevereiro de 2021.

Esta foi a primeira imagem do fuzil VHS-D1 em combate na Síria. Ela apareceu em uma postagem do Facebook no dia 31 de agosto de 2013; a imagem também apareceu no Twitter, postada por Ivan Sidorenko. Nessa época, os combatentes da região geralmente estavam equipados com fuzis FAL e AR-15, além de fuzis AK russos, chineses e romenos - além de modelos mais obsoletos como o MAS 36 e o StG-44 - e a aparição de um bullpup captou a atenção dos observadores e entusiastas.

O VHS-D1 é um fuzil de assalto bullpup desenvolvido pela HS Produkt e calibrado em 5,56x45mm. É um projeto comparativamente moderno que foi desenvolvido no início de 2000, entrando no serviço militar da Croácia em 2009 ao lado do VHS-K1 de cano mais curto. A ergonomia do VHS-D1 é inspirada no FAMAS francês, mas seu desenho operacional interno é diferente; com o seu funcionamento e desmontagem sendo distintos. A arma retratada parece estar equipada com uma mira óptica do tipo ACOG, no entanto, muitas cópias visualmente semelhantes (mas funcionalmente inferiores) dessas miras foram documentadas na Síria e no Iraque.

Imagem de promoção do VHS-D1 da HS Produkt.

Fuzis bullpup croatas tornaram-se uma visão comum na Síria e no Iraque à partir de 2014, quando a HS Produkt forneceu fuzis da série VHS-1 às forças curdas no Iraque para teste em campanha. Em 2015, a HS Produkt assinou um contrato para exportar 10.000 fuzis da nova série VHS- 2 para o Iraque, tornando-se uma visão comum nas mãos de comandos e policiais federais.

Embora não esteja claro como o fuzil VHS nesta foto entrou na Síria, uma possibilidade é que eles foram transferidos por meio de conexões sírias com milícias xiitas iraquianas.

Especificações técnicas
  • País de origem: Croácia.
  • Projetista: Marko Vuković.
  • Calibre: 5,56x45mm.
  • Ação: recuo de gases retardado de curso curto.
  • Ferrolho: rotativo.
  • Comprimento: 765mm.
  • Comprimento do cano: 500mm.
  • Peso sem adereços: 3,52kg (descarregado).
  • Peso com armação picatinny: 3,54kg (descarregado).
  • Cadência de tiro: 860 tiros por minuto.
  • Capacidade do carregador: 20 ou 30 tiros.
Bibliografia recomendada:

Arabs at War:
Military Effectiveness, 1948-1991.
Kenneth M. Pollack.

Leitura recomendada:

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

FOTO: Gendarmaria na Costa do Marfim

Gendarmes franceses disparando o FAMAS em treinamento de tiro de resposta em Abidjan, na Costa do Marfim, em 25 de março de 2006.

Vídeo recomendado:


Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

sábado, 31 de outubro de 2020

FOTO: Tropas de montanha testando o HK G11

Gebirgsjäger (Caçadores de Montanha) alemães testando o HK G11.
O Heckler & Koch G11 foi testado nas década de 1970 e 1980, mas acabou abandonado. 

Vídeo recomendado:


Leitura recomendada:

domingo, 30 de agosto de 2020

GALERIA: Ativação do Comando de Operações Especiais venezuelano

 

Comandos da 99ª Brigada de Operações Especiais do Exército da Venezuela.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 30 de agosto de 2020.

No dia 17 de agosto de 2017, o "General en Jefe" (G/J) Vladimir Padrino López ativou o Comando Geral de Operações Especiais "General em Chefe Félix Antonio Velásquez" como parte da Operación Soberanía Bolivariana 2017; uma operação de defesa contra "a agressão imperialista" dos Estados Unidos. A unidade militar está localizada no setor La Placera de Maracay, em Aragua.

O G/J Padrino López avisou que “desde o império falam de um Estado falido; primeiro falavam de democracia, já mostraram esse conceito, que faz parte de toda a cadeia de ações que vem se armando com a edição do decreto de 2015, onde declararam o país como uma ameaça incomum para os Estados Unidos”.

O General Padrino López também possui os pomposos títulos de Vice-Presidente Setorial de Soberania Política, Segurança e Paz, e de Ministro do Poder Popular para a Defesa (ministro da defesa).

Durante sua intervenção, o General Padrino López afirmou que “a Venezuela é um assunto de interesse nacional. Recusamo-nos terminantemente a entregar o país a qualquer império". Ele também explicou que a formação de forças de ação especial, tropas de ação rápida e forças especiais é um dos conceitos mais revolucionários no campo da defesa venezuelana.

O general-ministro ainda assegurou que a Revolução Bolivariana é formada pelo povo venezuelano e que “sem vocês não somos nada, daí a importância da união cívico-militar para a defesa de nossa Pátria”.

Comando de Operaciones Especiales "General en Jefe Félix Antonio Velásquez" está incorporado ao Comando Estratégico Operacional da Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB), sob o comando do Almirante-em-Chefe Remigio Ceballos Ichaso, dos fuzileiros navais.

Boinas pretas com o distintivo das forças especiais do exército.

O Comando leva o nome do Major-General Félix Antonio Velásquez, que foi um comandante da Milícia Nacional Bolivariana durante o governo do ditador Hugo Chavez; sendo também comandante da Casa Militar, em 2003, e do Comando da Guarda de Honra Presidencial. Ele foi assassinado em 2016 e promovido postumamente a General-em-Chefe.

Durante a cerimônia foi também ativada a 99ª Brigada de Fuerzas Especiales, que agrupa os batalhões desta especialidade do componente terrestre da FANBO seu primeiro comandante foi o General-de-Brigada Pablo José Bravo Parra. A brigada está sob o controle direto do Exército, mas é operacionalmente desdobrada com as Divisões do Exército.

A bandeira do novo Comando sendo entregue ao GB Pablo Parra (esquerda) por um fuzileiro naval.

Ordem de batalha da 99ª Brigada:

  • QG da Brigada
  • 107º Batalhão de Operações Especiais "General en Jefe Jose Gregorio Monagas";
  • 509º Batalhão de Operações Especiais (Selva) "Colonel Domingo Montes";
  • 993º Batalhão de Operações Especiais;
  • Companhia de Comando e Serviço.

Boinas vermelhas-bordô da Guarda Nacional Bolivariana (GNB).

Bibliografia recomendada:

World Special Forces Insignia.
Gordon L. Rottman.

Leitura recomendada:

Poderia haver uma reinicialização da Guerra Fria na América Latina?, 4 de janeiro de 2020.

Um olhar mais profundo sobre a interferência militar dos EUA na Venezuela, 4 de abril de 2020.

Quando a China se instala na América Latina, 30 de agosto de 2020.

Os Mercenários e o Ditador: Ex-Boinas Verdes americanos são condenados por golpe fracassado quixotesco na Venezuela, 9 de agosto de 2020.

GALERIA: Graduação no ANASOC, 13 de abril de 2020.

GALERIA: Comandos Anfíbios Argentinos com o FAMAS17 de julho de 2020.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Exército britânico muda para M-LOK enquanto o SA80A3 recebe ajustes

L85A3 com uma luneta Elcan.
O guarda-mão está usando M-Lok e Keymode. (MoD)

Por Matthew Moss, The Firearm Blog, 26 de agosto de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 26 de agosto de 2020.


Parece que um ano após a introdução do SA80A3 recentemente atualizado, o Exército Britânico está introduzindo uma série de ajustes pequenos, mas significativos, para melhorar o manuseio de armas. As mudanças vêm após o feedback do usuário sobre os fuzis SA80A3/ L85A3 que foram revisados pela Heckler & Koch em um contrato no valor de £ 15 milhões (ou quase US$ 19 milhões).

A edição de agosto de 2020 da revista Soldier do Exército Britânico incluiu um pequeno artigo detalhando as futuras mudanças no fuzil de serviço do Exército Britânico. O artigo observa que as modificações são orientadas pelo usuário, com feedback coletado desde que as armas foram colocadas em serviço pela primeira vez em 2018.

Um soldado britânico, com a equipe de treinamento do Reino Unido, dispara seu Fuzil de Assalto SA80A3 durante uma sessão de tiro de resistência ao estresse de forças combinadas em Camp Taji, Iraque, 6 de agosto de 2018. (A.Ward / MoD)

A mudança mais visível é a transição do HKey (sistema KeyMod da própria Heckler & Koch) para pontos de fixação M-LOK. As alterações foram prototipadas iterativamente usando tecnologia 3D, permitindo que a Unidade de Testes e Desenvolvimento de Infantaria (Infantry Trials and Development Unit, ITDU) testasse as alterações à medida que eram feitas. O Major Richard McMahon, um membro sênior da equipe de suporte vitalício de combate corpo a corpo desembarcado do Exército Britânico, disse que “a capacidade de produzir maquetes impressas em 3D permitiu que o projeto avançasse em um ritmo substancial, com vários projetos testados e a capacidade de fazer mudanças rápidas conforme os problemas foram encontrados”. McMahon também observou que a ITDU adquiriu sua própria impressora 3D para permitir uma maior experimentação interna.

Abaixo está um gráfico que destaca algumas das mudanças no guarda-mão do A3, até agora não conseguimos obter mais imagens do guarda-mão aprimorado.

Gráfico mostrando algumas das mudanças no guarda-mão do A3. (Exército Britânico/ Graeme Main)

O novo desenho do guarda-mão apresenta pontos de fixação M-LOK, uma proteção redesenhada para o registro de segurança push-through do SA80, um trilho inferior reforçado para a fixação da bainha da empunhadura frontal suprido com o fuzil, novas tampas M-LOK e o preenchimento de alguns dos orifícios próximos ao bloco de gás para evitar a transferência de calor para a mão do usuário. Curiosamente, uma legenda diz que devido a esses orifícios não estarem mais presentes, se um lançador de granadas for instalado embaixo do cano, eles “podem ser perfurados de novo” - mais trabalho para os armeiros. Ele retém um trilho Picatinny de comprimento total às 12 horas e refaz o perfil abaixo do cano ligeiramente para melhorar a ergonomia e muda do acabamento de bronze fosforoso para um verde escuro.

10.000 fuzis atualizados começarão a ser entregues na segunda metade de 2020 com o número não especificado de SA80A3 atualmente em serviço começando a ser atualizados com a nova parte de baixo do cano em outubro de 2020.

Matt Moss é um historiador britânico especializado em desenvolvimento de armas portáteis e história militar. Ele escreveu para uma variedade de publicações nos Estados Unidos e no Reino Unido e também dirige o www.historicalfirearms.info, um blog que explora a história, o desenvolvimento e o uso de armas de fogo. Matt também é co-fundador do www.armourersbench.com, uma nova série de vídeos sobre armas portáteis com importância histórica.

Bibliografia recomendada:

SA80 Assault Rifles.
Neil Grant.

Leitura recomendada:



sábado, 15 de agosto de 2020

GALERIA: O Exército Real da Tailândia e a Indianhead no exercício Cobra Gold

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 12 de agosto de 2020.

Exercício Cobra Gold 2019, a sua 38ª edição, com a manobra conjunta de infantaria de 11 dias entre o Exército Real Tailandês e a 2ª Divisão de Infantaria "Indianhead" americana em Camp Barommatrailokkanat, Ban Dan Lan Hoina, Tailândia, em 14 de fevereiro de 2019. Fotos do Staff Sgt. Samuel Northrup, do Exército Americano.


O Cobra Gold é um exercício militar sediado no Reino da Tailândia, e é o maior exercício militar na região da Ásia-Pacífico, e um dos maiores exercícios militares no mundo. O primeiro Cobra Gold foi realizado em 1982. O Cobra Gold conta com a participação de vários países, com muitos outros atuando como observadores. No ano de 2017, o Cobra Gold atingiu um teto de 27 países participando e observando. Mianmar foi retirado do Cobra Gold por conta das suas constantes violações aos direitos humanos e a China foi autorizada apenas para exercícios de ajuda humanitária.

Soldado tailandês com um fuzil bullpup IWI Tavor TAR-21.

O bullpup israelense é o fuzil padrão do exército em substituição ao M16A1, com 76 mil unidades; este número elevar-se-á para 106,203 unidades. O exército real ainda possui mais de  73,000 fuzis IWI Tavor X95 (a versão curta).

Combate Aproximado em Compartimento (CQB)

Soldados tailandeses limpando um compartimento usando carabinas M4 americanas.









Fogo e movimento

Um comandante de fração direciona o fogo da MAG.

A dona MAG (Metralhadora de Apoio Geral) em ação.

Soldado tailandês avança em posição durante o exercício.

Soldado americano com uma FN Minimi M249 usando uma luneta e mira laser.

Soldado tailandês com a MAG usando as miras de ferro.

Soldado americano operador de rádio.

O mesmo soldado com o famoso distintivo com a cabeça de índio aparecendo.


Soldado americano do 5º Batalhão, 20º Regimento da 2ª Divisão "Indianhead".

Soldado tailandês com um Tavor usando a mira reflexiva Meprolight MEPRO 21 Reflex Sight.

Soldado tailandês com um FM Negev.
O exército real adquiriu 1,000 unidades em 2007, com outro lote de 550 em 2008.

Cobra Gold e o futuro

Soldados da Companhia C, 2º Batalhão, 4º Regimento de Infantaria do Exército Real da Tailândia posam exibindo emblemas recentemente presenteados por seus colegas americanos no exercício Cobra Gold 2019.

A posição da China e da Índia continuam em questão e a visão da defesa conjunta da região Ásia-Pacífico permanece uma questão tensa. Em 2020, houve sete países participantes, com 10 observadores:

Participantes:

- Tailândia, Estados Unidos, Japão, Indonésia, Malásia, Cingapura e a Coréia do Sul.

Observadores:

- Camboja, Israel, Laos, Brunei, Paquistão, Suécia, Alemanha, Sri Lanka, Vietnã e o Brasil.

Equipe Suplementar de Planejamento Multinacional:

- Austrália, Canadá, França, Reino Unido, Nepal, Filipinas, Fiji e a Nova Zelândia.

Bibliografia recomendada:

The Royal Thai Army.
Dean Wilson.