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sábado, 1 de maio de 2021

FOTO: Os Terríveis Turcos!


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 7 de dezembro de 2019.

Cartão postal dos "Terríveis Turcos", apelido dos Tirailleurs Algérians, os soldados coloniais árabes argelinos, com uniforme de 1914 (antes do uniforme mostarda moderno de 1915).

O apelido de "turcos" é por que os árabes e bérberes da Argélia eram vassalos do Império Turco Otomano até 1830, quando os franceses invadiram e iniciaram a colonização do que viria a ser a Argélia. O tenente brasileiro José Pessôa, pai dos blindados no Brasil, comandou um pelotão de "turcos" em 1918, na Primeira Guerra Mundial.

Extrato do livro Marechal José Pessôa: a Força de um Ideal, páginas 31 e 32.

"Durante a campanha, o Tenente José Pessôa ainda assumiu o Comando do 1º Pelotão [4º na verdade] do mesmo Esquadrão, composto de soldados turcos extremamente agressivos. O espírito do Marechal ficou muito marcado pela causada impressão causada por esses soldados rústicos, verdadeiras máquinas combatentes. Recorda o Brigadeiro José Pessôa a impressão que aqueles soldados haviam causado no Marechal José Pessôa, capazes de, por sua impulsão - no dizer do pai - levá-lo a atos de bravura que sem eles não seria possível realizar. Nesse momento havia orgulho em seus olhos. Outras vezes, havia horror. Como ao lembrar daqueles homens ofertando-lhe, num preito da mais profunda admiração, um fio, do qual pendiam, como em um colar, as orelhas cortadas das cabeças dos inimigos que haviam acabado de vencer, em encarniçada luta corpo-a-corpo.

É de se imaginar aquele jovem Tenente, tão impressionado com o polimento social dos Oficiais franceses e com um profissionalismo guerreiro quase romântico, ao estilo da Cavalaria medieval, plena de regras elegantes e éticas, em presença do insólito presente.

José Pessôa recebeu inúmeros elogios de seus Comandantes franceses: do General H. Lassons, da Divisão de Cavalaria, do Coronel De Fournas, do 4º de Dragões e do Capitão De Vivres, de sua Subunidade."

José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, já como marechal, usando as condecorações francesas da Croix de Guerre 1914-1918 com palma de bronze e a Croix de la Valeur Militaire com estrela de bronze. A palma de bronze é por citação em despachos em nível de exército, a estrela de bronze é por citação em nível regimental ou de brigada.

O 1º Tenente José Pessôa, após treinamento na Academia de Saint-Cyr, foi incorporado ao 4ª Regimento de Dragões.
  • 2ª Divisão de Cavalaria, Lunéville;
  • 12ª Brigada de Dragões, Toul;
  • 4º Regimento de Dragões, Commercy com um destacamento em Sézanne;
  • 1º Esquadrão;
  • 3º Pelotão e comando do 4º Pelotão.
Ele também teve contato com o 503e RAS (Artilharia Especial, tanques) que operava os carros leves Renault FT.


Notícia no jornal Gazeta de Notícias de 5 de novembro de 1918:

A missão Aché
Mais um official condecorado
Ao Sr. ministro da Guerra dirigiu o Sr. general Felippe Aché o seguinte telegramma á condecoração do 1º tenente José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, que desde 1917 faz parte da missão Aché, que se acha em França.

"O tenente Pessoa, commandante, no "front", do 4º pelotão de dragões, recebeu uma condecoração de regimento por sua bella conducta, fazendo-lhe seu capitão lisonjeiras referencias. Todos os nossos officiaes no "front" estão prestando magníficos serviços que, creio, serão recompensados com citações e condecorações."

Bibliografia recomendada:

French Naval & Colonial Troops 1872-1914.
René Chartrand.

Leitura recomendada:

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Sobre o adestramento do Exército Brasileiro na região Norte


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 26 de abril de 2021.

Em uma pesquisa feita em 2020 para a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) do Exército Brasileiro, foram entrevistados 99 militares da ativa (2 coronéis, 3 majores, 62 capitães, 5 tenentes e 27 sargentos) que serviram ou serviam no Comando Militar da Amazônia (CMA) e Comando Militar do Norte (CMN) nos 3 anos anteriores, perguntando-se caso acreditavam que suas tropas estivessem devidamente adestradas para operações convencionais (Ofensivas e Defensivas) em ambiente de selva.

A resposta deveria ser dada em notas de 1 a 5, onde cada cada nota representava um percentual de adestramento, onde 1 significa estar até 20% adestrada e 5 significa estar 100% adestrada. O autor da pesquisa, o Capitão de Infantaria Francisco José Carneiro, considerou que para a tropa ser considerada devidamente adestrada o nível de adestramento deveria ficar acima de 75%, ou seja, deveria ter nota 4 ou 5.

Dos entrevistados, 69,8% (ou 69 deles) responderam que consideravam a tropa no máximo 60% adestrada (notas 1 a 3), o que para o autor do trabalho implica que consideram a tropa carente de adestramento.



Sobre o adestramento da tropa para as Operações de Apoio a Órgãos Governamentais, como Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Operações de Cooperação e Coordenação com outras agências, Operações de Faixa de Fronteira, e tendo como padrão de resposta o mesmo da pergunta anterior, 71,7% dos entrevistados indicaram que as tropas estão em condições de serem empregadas de imediato para esses tipos de operações.

O autor considera que esse efeito ocorre pela tropa ser empregada nesse tipo de operação quase que diariamente, coisa que não acontece com as Operações Convencionais.



A importância da criação do Centro de Adestramento da Amazônia no aperfeiçoamento do adestramento e a contribuição na formação da consciência situacional dos comandantes das tropas do ambiente de selva, pelo Capitão de Infantaria Francisco José Carneiro.

O PDF de 26 páginas está disponível no link.

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:




quinta-feira, 19 de novembro de 2020

GALERIA: Paraquedistas brasileiros em 1957

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 19 de novembro de 2020.

Paraquedistas brasileiros fotografados por Dmitri Kessel da LIFE Magazine, na publicação Brazilian Essay, de 1957.











Exercícios no arnês






















Preparação para o salto





























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Bibliografia recomendada:

Leitura recomendada:

O primeiro salto da América do Sul, 13 de janeiro de 2020.