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quarta-feira, 24 de março de 2021

FOTO: Goumiers com um carro italiano capturado

Soldados marroquinos do Exército Francês posando com um Fiat 508 CM italiano capturado, identificado como a viatura de um oficial pela placa sendo apontada por um goumier, na Tunísia, abril de 1943.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 24 de março de 2021.

Durante a batalha do Massiço do Djébel Ousselat (também Ousselet), de março a abril de 1943, soldados goumiers de Tabors marroquinos combatendo como parte da Divisão de Marche do Marrocos (Division de Marche du Maroc) foram uma parte essencial do esforço aliado, especialmente por conta da sua capacidade de combate em montanha. Os goumiers atingiriam o ápice da excelência na campanha da Itália no setor de Monte Cassino, em 1944.

Essa competência militar seria também acompanhada de estupros em massa e massacres terríveis na região de Esperia.

O termo Goum designava uma companhia de Goumiers. Origina-se do árabe-magrebino gūm e do árabe clássico qawm, designando “tribo” ou “povo”. O termo também se refere a contingentes montados de cavaleiros árabes ou bérberes empregados por líderes tribais durante as campanhas no norte da África. O termo tabor é originalmente uma designação turca de tabur fazendo referência a um batalhão ou pelo árabe intermediário ṭābūr, também originalmente uma designação turca.

A palavra originou-se da palavra árabe magrebina Koum (قوم), que significa "povo". A designação não específica "Goumi" (versão francesa "Goumier") foi usada para contornar as distinções tribais e permitir que voluntários de diferentes regiões servissem juntos em unidades mistas por uma causa "comum". Os goumiers foram recrutados das tribos bérberes da Cordilheira do Atlas, no Marrocos.

Na terminologia militar francesa, um goum era uma unidade de 200 auxiliares. Três ou quatro goums formavam um tabor. Um dispositivo  ou grupo era composto de três tabores. Um goum, neste caso, era o equivalente a uma companhia em unidades militares regulares e um tabor, portanto, seria equivalente a um batalhão. Um tabor era a maior unidade goumier permanente.

Entre 1942 e 1945, quatro Grupamentos de Tabors Marroquinos (Groupements de Tabors MarocainsGTM) foram criados, cada um compreendendo 3 Tabors (batalhão) com 3 a 4 goums (companhias). Goumiers serviram então na Indochina de 1946 a 1954. O 2º Grupamento de Tabors Marroquinos (2e groupement de tabors marocains, 2e GTM) foi uma das seis unidades mais condecoradas do Exército Francês na Segunda Guerra Mundial.

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