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domingo, 30 de agosto de 2020

Mais de 60.000 assinam petição para a França assumir o controle do Líbano

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 30 de agosto de 2020.

Mais de 60.000 pessoas assinaram uma petição pedindo que a França assuma o controle do Líbano após a explosão mortal em Beirute. Os críticos dizem que a causa foi a corrupção e a má gestão do governo libanês.

No momento da publicação deste artigo, 61.431 pessoas assinaram uma petição online para "colocar o Líbano sob um mandato francês pelos próximos 10 anos". A petição, criada no site da comunidade Avaaz, foi supostamente criada por cidadãos libaneses na quarta-feira dia 5 de agosto após a explosão que abalou Beirute na terça-feira, dia 4 de agosto, matando mais de 140 pessoas e ferindo mais de 5.000. No dia 8, a petição já contava com mais de 55 mil assinaturas conforme noticiado por veículos de comunicação como o Deutsche Welle (DW), a Agence France-Presse (AFP) e a Reuters.

A petição direcionada ao presidente francês Emmanuel Macron diz:

"As autoridades do Líbano mostraram claramente uma total incapacidade de proteger e administrar o país. Com um sistema falido, corrupção, terrorismo e milícias, o país acabou de chegar ao último suspiro. Acreditamos que o Líbano deve voltar ao mandato francês a fim de estabelecer um governo limpo e durável".

O Presidente Emmanuel Macron chega a Beirute chega a Beirute, saudado pelo presidente libanês Michel Aun, 6 de agosto de 2020. (D. Nohra/Reuters)

Dima Tarhini, do departamento árabe do DW, disse que a petição tem circulado amplamente nas redes sociais libanesas. “Esse é o tanto que alguns libaneses estão desesperados”, disse ela. "Tanto se perdeu de onde já havia tão pouco. Eles perderam suas casas, perderam suas propriedades, não podem salvar seus filhos. Eles não sabem o que fazer." 

A França controlou o país do Oriente Médio de 1920 a 1945 sob um mandato estabelecido após a Primeira Guerra Mundial, dentro do Acordo Sykes-Picot assinado secretamente em 1916.

Mapa do Acordo Sykes-Picot mostrando o Leste da Turquia na Ásia, Síria e Pérsia Ocidental, e áreas de controle e influência acordadas entre britânicos e franceses. Royal Geographical Society, 1910-15. Assinado por Mark Sykes e François Georges-Picot, 8 de maio de 1916.

A petição foi dirigida ao presidente francês Emmanuel Macron, que na quinta-feira se tornou o primeiro líder estrangeiro a chegar a Beirute desde a tragédia. Macron alertou que o Líbano "continuará afundando" sem reformas quando ele desembarcou em Beirute. Ele prometeu que a França ajudará a mobilizar recursos para a cidade, que viu bilhões de dólares em danos e destruição. Macron disse a multidões furiosas no centro de Beirute que buscaria um novo acordo com as autoridades políticas locais.

“Eu lhes garanto isso - a ajuda não irá para mãos corruptas”, disse Macron aos manifestantes. "Vou falar com todas as forças políticas para pedir-lhes um novo pacto. Estou aqui hoje para propor um novo pacto político a eles".

Multidões protestando nas ruas de Beirute pediram a Macron para ajudar a derrubar a liderança do país. O choque rapidamente se transformou em raiva na cidade, com muitos comentaristas e manifestantes dizendo que a corrupção e a incompetência entre as classes políticas foram responsáveis pela explosão mortal.

Promotores na França abriram uma investigação sobre a explosão. Pelo menos 21 cidadãos franceses ficaram feridos e um morreu na explosão. Mesmo antes da pandemia do coronavírus, o Líbano foi abalado por protestos de pessoas irritadas com o governo e a economia. Uma recente desvalorização da moeda fez com que muitos libaneses perdessem milhares de dólares em economias.

A explosão ocorreu próximo aonde o navio brasileiro da UNIFIL atracava, a Fragata “Independência”, mas felizmente nenhum brasileiro se feriu pois a embarcação se encontrava em alto mar. Dois dias depois, a Fragata Independência enviou uma lancha com equipes médica e de reparos para apoio à Corveta Bijoy, do Bangladesh, que sofreu danos com as explosões; incluindo avarias e feridos.

Marinha do Brasil em ação na região do porto de Beirute, no Líbano, atingida pela explosão.

Líbano sob 'risco de desaparecer' sem reformas, alerta França

O Líbano poderia "desaparecer" sem uma ação mais rápida de sua elite política, disse o principal diplomata da França, o Ministro do Exterior Jean-Yves Le Drian. A potência européia espera que a necessidade de ajuda de recuperação após a explosão do porto de Beirute acelere as reformas.

"A comunidade internacional não vai assinar um cheque em branco se eles [as autoridades libanesas] não colocarem em prática as reformas. Eles devem fazer isso rapidamente... porque o risco hoje é o desaparecimento do Líbano", disse o ministro francês das Relações Exteriores, Jean- Yves Le Drian disse em uma entrevista de rádio da França no dia 27 de agosto.

Por dois anos, a França liderou esforços diplomáticos para persuadir as autoridades da ex-colônia francesa a promulgarem reformas que garantissem ajuda estrangeira crucial para evitar uma crise econômica no país.

O presidente francês Emmanuel Macron planeja retornar a Beirute na próxima semana para promover reformas e reconstrução após o sinistro. Macron voara para Beirute imediatamente após a devastadora explosão portuária em 4 de agosto, que matou mais de 180 pessoas e deixou cerca de 250.000 desabrigados. O presidente francês havia sugerido a possibilidade de ajuda internacional para a reconstrução em uma tentativa de persuadir a elite política do Líbano a implementar um novo governo livre de corrupção.

As forças de segurança libanesas ficam de guarda enquanto o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, deixa uma escola em Mechref, Líbano, em 24 de julho de 2020. (Reuters)

"Cabe às autoridades libanesas assumir suas responsabilidades. Eles são treinados e competentes, mas fizeram um consenso entre si pela inação e isso não é mais possível", disse Le Drian. "O presidente disse a eles isso quando ele visitou em 6 de agosto e vai repetir quando ele estiver em Beirute na terça-feira."

Bibliografia recomendada:

Leitura recomendada:

COMENTÁRIO: Quando se está no deserto...29 de agosto de 2020.


quinta-feira, 9 de julho de 2020

As IDF criam comitê para pesar medalha para as tropas que lutaram no sul do Líbano

Veículos das IDF atravessam a ponte Awali conforme saem do Líbano no primeiro dia de uma retirada planejada em 16 de fevereiro de 1985.
(Yossi Zamir/Flash90)

Do jornal The Times of Israel, 7 de julho de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 9 de julho de 2020.

O painel considerará se deve conceder reconhecimento oficial à presença militar de 18 anos de Israel no país e, se o fizer, como nomear a campanha.

O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Aviv Kohavi, nomeou um comitê para considerar a possibilidade de criar uma medalha de campanha para israelenses que lutaram no sul do Líbano nos anos que se seguiram à guerra de 1982, disseram as forças armadas na terça-feira.

O ex-ministro da defesa Naftali Bennett no Líbano quando ele atuou como oficial na unidade de reconhecimento de elite Maglan na década de 1990.
(Naftali Bennett)

Embora as IDF tenham criado uma medalha de campanha para aqueles que participaram da Primeira Guerra do Líbano, atualmente não há fita para quem serviu no sul do Líbano desde o final de 1982 até a retirada de Israel em maio de 2000.

Tropas israelenses em combate urbano no sul do Líbano, 1982.

De acordo com um comunicado das IDF, o comitê será chefiado pelo tenente-general (reformado) Shaul Mofaz, que foi chefe de gabinete de 1998 a 2002 e supervisionou os últimos anos das forças armadas no sul do Líbano. O comitê também será composto por vários outros oficiais superiores do serviço ativo e da reserva.

"Se o comitê achar que é correto conceder uma medalha de campanha, ele também considerará os seguintes problemas: dar um nome à campanha, o período de qualificação para receber a medalha e outros critérios de elegibilidade", afirmou o comunicado.

Soldados israelenses abrindo um portão para tanques durante a retirada das FDI do Líbano, em 22 de junho de 2000.
(Flash90)

O comitê deve apresentar uma recomendação [ao Tenente-General Aviv] Kohavi e ao ministro da Defesa Benny Gantz nos próximos meses.

A decisão de formar o comitê ocorre um mês e meio depois que Israel marcou o vigésimo aniversário das últimas tropas de IDF se retirando do sul do Líbano.


Estima-se que 675 soldados foram mortos durante a ocupação de Israel no sul do Líbano. O período foi abordado no recente documentário televisivo "War with No Name" ("Guerra sem nome"), em homenagem à falta de reconhecimento oficial pela presença de 18 anos de Israel no sul do Líbano.

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:



Sayeret Duvdevan - Krav Magá17 de abril de 2020.



VÍDEO: Macacos de Lotar17 de abril de 2020.

sábado, 15 de fevereiro de 2020

FOTO: Boinas azuis da UNIFIL

Sgt. Lia Ricathalia, boina azul do contingente indonésio da UNIFIL, em um posto de patrulha na Linha Azul próximo ao Portão Fátima em Kafer Kela, no sul do Líbano em 9 de outubro de 2012.
(Foto de Pasqual Gorriz/ UNIFIL.)