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domingo, 13 de setembro de 2020

A China lançou peças de artilharia e paraquedistas perto da fronteira indiana usando avião Y-20

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 13 de setembro de 2020.

No dia 8 de setembro, conforme noticiado pela mídia chinesa, as forças armadas chinesas concluíram seu primeiro lançamento aéreo de equipamento pesado do avião de transporte Y-20 durante um exercício de treinamento de combate na área do planalto tibetano, perto da sua fronteira com a Índia. A ação chinesa ocorre em um momento em que as tensões com a Índia aumentaram drasticamente. Na noite de 7 de setembro, soldados indianos e chineses trocaram tiros perto do Lago Pangong Tso, na seção oeste da fronteira entre a China e a Índia, em meio a acusações de transgressão da fronteira de ambos os lados.

Durante este treinamento de fogo real, a aeronave Y-20, com peso máximo de decolagem de 200 toneladas, lançou continuamente várias peças de equipamento pesado, incluindo lançadores de foguetes de múltiplos tubos (Multi-Barrel Rocket LauncherMBRL) de 107mm, veículos paraquedistas Tipo 03 (ZBD-03) e veículos blindados. Quando o equipamento pousou no solo, centenas de pára-quedistas saltaram da aeronave, conforme informado pelo China Military, o site oficial do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA).

O avião chinês Y-20 se prepara para seu primeiro lançamento aéreo pesado na região do planalto tibetano. (Ministério da Defesa chinês)

O MBRL é caracterizado por um poder de fogo leve e forte, tem um alcance máximo de cerca de 8km e é uma das principais armas de apoio para forças de resposta rápida, como tropas aerotransportadas, afirmou o PLA.

Segundo o especialista da Força Aérea do PLA, Fu Qianshao: 

"Para entregar materiais e equipamentos com precisão a um destino de uma altitude de centenas de metros ou até mais, a aeronave e o pessoal envolvido devem estar totalmente equipados e altamente qualificados. O lançamento paraquedista é um sistema técnico altamente sofisticado de uma quantidade intensiva de tecnologias, incluindo sistemas de carga e descarga a bordo, sistemas de pára-quedas, sistemas de frenagem, etc; bem como o próprio equipamento de lançamento aéreo”.

Mapa do planalto tibetano.

Bibliografia recomendada:



Leitura recomendada:

GALERIA: Salto paraquedista dos fuzileiros navais chineses9 de julho de 2020.

A Índia pode vencer a China em uma guerra de fronteira? Estudos desacreditam alegações de "superioridade" da China21 de junho de 2020.

GALERIA: Manobra blindada nas Montanhas Celestiais11 de abril de 2020.

FOTO: Puxando hora no topo do mundo12 de fevereiro de 2020.

GALERIA: O Steyr AUG e os fuzis bullpup na Índia28 de julho de 2020.

As Forças Armadas chinesas têm uma fraqueza que não podem consertar: nenhuma experiência de combate26 de janeiro de 2020.

O primeiro salto da América do Sul13 de janeiro de 2020.

domingo, 6 de setembro de 2020

FOTO: Infantaria contra carros de combate

Carro de combate T-72AV do Exército Árabe Sírio sendo explodido em Darayya, subúrbio de Damasco, pela Brigada dos Mártires do Islã, início de 2016.

A Brigada dos Mártires do Islã (em árabe: لواء شهداء الإسلام; Liwa Shuhada al-Islam) é um grupo rebelde sírio formado no subúrbio de Darayya, em Damasco, e era o principal grupo que operava neste subúrbio. Foi o único grupo rebelde sírio totalmente sob a autoridade de um conselho municipal local e recebeu mísseis anti-carro BGM-71 TOW fabricados nos Estados Unidos, apesar do cerco apertado que Darayya estava sofrendo entre 2012 e 2016.

Entre 2013 e 2016, o mais alto nível de comando do grupo foi o Conselho Local da cidade de Daraya. O grupo é comandado por Saeed Narqash (nome de guerra Abu Jamal), um capitão que desertou do Exército Árabe Sírio. O chefe de gabinete inicial do grupo foi o 1º Tenente Abu Shahin, que deixou o grupo para formar outro em junho de 2013, enquanto seu comandante de operações era o 1º Suboficial Abu Omar. Uma academia militar foi estabelecida em Daraya quando era controlada pelo grupo. 

A Brigada dos Mártires do Islã foi formada em 5 de março de 2013 como uma fusão de 9 unidades rebeldes afiliadas ao Exército Livre da Síria em Daraya. Em 14 de fevereiro de 2014, o grupo assinou uma convenção que estabeleceu a Frente Sul.

Símbolo da Brigada dos Mártires do Islã.

Bibliografia recomendada:

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As forças de tanques da Rússia tiveram um despertar muito rude na Síria7 de fevereiro de 2020.

GALERIA: Aprimoramentos de blindagem na Guarda Republicana Síria26 de junho de 2020.

Analisando o Ataque Urbano: idéias da doutrina soviética como um 'modelo de lista de verificação'27 de junho de 2020.

VÍDEO: Emboscada noturna das Spetsnaz na Síria27 de fevereiro de 2020.

FOTO: Forças Especiais do Exército Livre da Síria em Alepo2 de julho de 2020.

FOTO: Entre dois leões na Síria4 de setembro de 2020.

GALERIA: Uso operacional do VSK-94 pelas Forças Armadas Árabes Sírias14 de julho de 2020.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Os obuseiros AS90 do Exército Britânico ficarão por perto em meio ao atraso na substituição


Por Andrew Chuter, Defense News, 30 de julho de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 14 de agosto de 2020.

LONDRES - O programa para substituir o envelhecido blindado de artilharia autopropulsada AS90 do Exército Britânico teve um atraso de pelo menos dois anos, pois o próximo obuseiro não deverá atingir a capacidade operacional inicial até o primeiro trimestre de 2029.

A decisão de adiar o Programa de Fogos Móveis foi tomada para permitir ao Ministério da Defesa abordar os principais riscos técnicos e atender aos requisitos da defesa integrada do governo, segurança e revisão da política externa esperada para o final do ano, de acordo com fontes com conhecimento da programa.

A nova artilharia pesada da Grã-Bretanha deveria ganhar capacidade operacional inicial no quarto trimestre de 2026, mas o MoD confirmou que agora foi adiada para o primeiro trimestre de 2029.

O atraso na aquisição do obus significa que a data atual para o descomissionamento dos AS90 também foi de dois anos. Uma parte da força do obus permanecerá operacional até 2032.

Cronogramas revisados para um novo processo de aquisição estão atualmente em desenvolvimento pelo MoD.


Uma solicitação inicial de informações foi enviada à indústria em abril de 2019. O MoD emitiu requisitos revisados do usuário-chave em janeiro de 2020, com um prazo para respostas da indústria definido para 17 de fevereiro.

A BAE Systems da Grã-Bretanha, a Hanwa Defense da Coréia do Sul, a Soltham Systems de Israel, a Nexter da França e a Rheinmetall da Alemanha estão entre as empresas que manifestaram interesse no programa, disse um executivo do setor à Defense News sob condição de anonimato.

No final do ano passado, o centro de estudos do Royal United Services Institute em Londres atacou as forças armadas britânicas por sua falta de poder de fogo de artilharia em comparação com um país como a Rússia.

As forças terrestres do Reino Unido estão totalmente em inferioridade de armamentos e de capacidade de alcance, deixando a artilharia inimiga livre para realizar missões de fogo com impunidade”, escreveu o analista Jack Watling da RUSI em um relatório. “Se a dissuasão convencional deve permanecer um componente-chave da estratégia de segurança nacional do Reino Unido, então a modernização de suas capacidades de fogo deve ser uma prioridade”.

A revisão integrada, conduzida pelo primeiro-ministro Boris Johnson e seus assessores, deve ser anunciada este ano. O secretário de Defesa, Ben Wallace, disse em um artigo de 26 de julho no Sunday Telegraph que a revisão desviaria as forças armadas das armas convencionais em direção às capacidades espaciais, cibernéticas e submarinas.

Enquanto o MoD embaralha os recursos para financiar a mudança de foco, alguns esperam que as forças terrestres sejam um alvo para cortes.

Bibliografia recomendada:


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terça-feira, 9 de junho de 2020

A China pode perder 95% dos mísseis balísticos de cruzeiro sob pacto de controle estratégico de armas, diz nova análise

Veículos militares chineses carregam armas DF-17 durante um desfile em Pequim em 1º de outubro de 2019. Acredita-se que o míssil nuclear balístico seja capaz de penetrar todos os escudos anti-mísseis existentes utilizados pelos EUA e seus aliados. (Han Guan/AP)

Por Mike Yeo, Defense News, 5 de junho de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 9 de junho de 2020.

MELBOURNE, Austrália - A China poderia perder quase todos os seus mísseis balísticos e de cruzeiro se assinasse um novo tratado estratégico de controle de armas, de acordo com uma nova avaliação de segurança regional.

A análise, intitulada "O Fim do Tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário: Implicações para a Ásia", é um dos capítulos da avaliação anual de segurança regional da Ásia-Pacífico publicada pelo think tank* do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (International Institute for Strategic Studies, IISS). O relatório da IISS foi lançado em 5 de junho e abordou tópicos de segurança regional, como relações sino-americanas, Coréia do Norte e política japonesa.

*Nota do Tradutor: Um "think tank" é um corpo de especialistas suprindo conselhos e idéias sobre problemas específicos, como política ou economia, assim como estratégia.

A China pode perder 95% do seu estoque de mísseis balísticos e de cruzeiro se assinar um tratado semelhante ao Tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário (Intermediate-Range Nuclear Forces, INF) dos anos 80, de acordo com os co-autores do capítulo Douglas Barrie, um membro sênior focado no poder aéreo militar; Michael Elleman, diretor do Programa de Não-Proliferação e Política Nuclear; e Meia Nouwens, pesquisador focado na política de defesa chinesa e modernização militar.

O tratado, assinado entre os Estados Unidos e a União Soviética em 1987, proibiu todos os sistemas de mísseis balísticos e de cruzeiro lançados do solo com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros (310 a 3.420 milhas). Os EUA retiraram-se do Tratado INF em agosto de 2019, citando violações russas do acordo com o desenvolvimento e a colocação em serviço do míssil 9M279, embora a Rússia negue que o míssil violou as restrições de alcance.

No entanto, o relatório do IISS sugeriu que a retirada dos EUA foi feita com o olho no arsenal de mísseis da China, que cresceu para o que se acredita ser o maior estoque mundial de mísseis balísticos de curto e médio alcance. Os números do IISS estimam que a China possui mais de 2.200 mísseis que estão sujeitos às restrições do Tratado INF.


Esses mísseis de curto e médio alcance são ativos importantes para exercer pressão sobre Taiwan, o qual a China vê como uma província rebelde e prometeu  reunir com o continente, à força se necessário, embora continue a descrever sua colocação em serviço de mísseis balísticos e de cruzeiro disparados do solo como sendo apenas para fins defensivos.

Dado que esses mísseis fornecem à China o que Barrie descreveu como uma "vantagem comparativa" na região, é improvável que o país assine de bom grado um potencial tratado de controle de armas como o Tratado INF.

Os EUA, por sua vez, já começaram a testar mísseis anteriormente proibidos pelo tratado, e houve sugestões de que o país possa desdobrar tais mísseis na região da Ásia-Pacífico para solucionar um desequilíbrio de tais armas entre si e seus rivais sem confiar apenas em mísseis de cruzeiro lançados por via aérea e marítima. (Esses mísseis de cruzeiro existiam sob o Tratado INF, pois não violavam o pacto.)

O relatório alertou que há um risco duplo de desdobrar tais armas para a Ásia-Pacífico. A principal delas é: exacerbar as preocupações chinesas de que os mísseis serão posicionados contra ela, aumentando o potencial de uma resposta da China que possa levar a um "ciclo de ação-reação do desenvolvimento e desdobramento de armas" e à contínua instabilidade regional.


Os EUA também enfrentam o dilema de basear qualquer sistema de desrespeito potencial ao INF, com aliados e parceiros regionais improváveis de acessarem a localização desses mísseis em seu território, em parte por causa das represálias diplomáticas e econômicas que Pequim poderia infligir a eles. E há precedentes aqui: a China visou a economia da Coréia do Sul em resposta e expressou seu desagrado com a instalação de um sistema de defesa antimísseis dos EUA em solo sul-coreano em 2017.

Quanto ao território norte-americano de Guam, baseando mísseis ali limitariam sua utilidade devido às distâncias envolvidas.

O relatório do IISS também levantou questões sobre se os movimentos dos EUA para desenvolver e desdobrar armas anteriormente proibidas pelo Tratado INF levarão a China à mesa de negociações de controle de armas. No entanto, o think tank admitiu que não usar essas armas também provavelmente não convencerá a China, observando que Pequim demonstrou pouco apetite por participar de qualquer forma de controle estratégico e regional de armas.

Bibliografia recomendada:



Leitura recomendada:






domingo, 26 de abril de 2020

GALERIA: Mini-Canhão de Assalto Improvisado

Tankette Renault UE carregando um canhão anti-carro PaK 36 de 37mm.
(Colorização RC Universe)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 26 de abril de 2020.

Com a queda da França, em junho de 1940, a Alemanha nazista capturou 3.000 tankettes Renault UE e UE2, que foram usados em várias funções de apoio na função de rebocador de canhões anti-carro (chamado "Infanterie UE-Schlepper 630(f)" no serviço alemão) e na sua função original de transportador de munição (chamado "Munitionsschlepper Renault UE(f)" no serviço alemão). 


Durante a guerra o Renault UE foi usado em outras funções tanto pelos Aliados quanto pelo Eixo, seja como rebocador de combustível em unidades blindadas, auto-metralhadora (Gepanzerte-MG-Träger Renault UE(f)), transporte de tropas (Mannschaftstransportwagen Renault UE(f)), limpador de neve (Schneeschleuder auf Renault UE(f) e Schneefräser auf Renault UE(f)), reconhecimento, e comunicação (Fernmeldekabel-Kraftwagen Renault UE(f) e Kleiner Funk- und Beobachtungspanzer auf Infanterie-Schlepper UE(f)e, como pode ser visto nestas imagens, como um canhão de assalto improvisado: o Selbstfahrlafette für 3.7 cm Pak36 auf Renault UE(f), dos quais 700 foram montados em 1941.

Esses caça-tanques improvisados serviram primordialmente na Operação Barbarossa, a invasão da URSS em 1941. Alguns sobreviveram até 1944.



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

FOTO: Bateria feminina de Taiwan

Primeira bateria feminina de Taiwan.

Uma bateria de obus 105mm formada por 7 mulheres, o efetivo para essa peça, participou de exercícios no 23 de maio de 2018, no condado de Penghu, quando as forças de defesa de Taiwan realizaram exercícios de artilharia antes dos próximos exercícios militares de Han Kuang - o exercício anual das Forças de Defesa de Taiwan.

Uma das baterias que participavam dos exercícios de artilharia de Penghu era composto inteiramente de mulheres, praças e oficiais, sendo a primeira unidade de combate feminina na história das forças armadas de Taiwan.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

FOTO: Equipe de míssil anti-aéreo Mistral durante o lançamento do foguete Ariane 5

Legionários da 2ª companhia do 3e REI (3º Regimento Estrangeiro de Infantaria) com o míssil AAe Mistral durante o lançamento do foguete Ariane 5 em Kourou, na Guiana Francesa, em 17 de novembro de 2016.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

BAE SYSTEMS BOFORS FH-77 BW 52 ARCHER. O martelo de batalha viking!

FICHA TÉCNICA
Tripulação: 4 homens.
Motor: Um motor Volvo D9AACE2 com 343 hp de potência.
Peso: 33,5 toneladas.
Comprimento: 14,3 m.
Largura: 3 m.
Altura: 3,3 m.
Autonomia: 500 km.
Velocidade: 70 Km/h em estrada.
Passagem de vau: 1,2 m.
Obstáculo vertical: 0,50 m.
Trincheira: 0,9 m.
Inclinação frontal: 60º.
Inclinação lateral: 30º.
Armamento: Um canhão modelo FH 77B  com 52 calibres em calibre 155 mm;  Uma metralhadora M2HB em calibre 12,7 mm (.50) insrtalada em uma torre remotamente controlada Protector.
Alcance das granadas: Convencional: 30 km; Granada propelida: 40 Km a 60 km (granada Excalibur).

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Programa Astros 2020 recebe 2º Lote de viaturas


Fonte: Exército Brasileiro
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segunda-feira, 4 de junho de 2018

AVIBRAS ASTROS II - A resposta brasileira para saturação do campo de batalha.

 
FICHA TÉCNICA
Motor: TATRA T3C-928-90 com 215 Hp .
Peso: 12650 kg vazio e 22000 kg pronto para combate.
Autonomia: 500 km.
Velocidade: 100 Km/h.
Passagem de Vau: 1,1 m.
Trincheira: 2,29 m.
Obstáculo vertical: 1 m.
Armamento: Uma metralhadora M-2 cal 12,7 mm (.50), Contêiner de lançamento de foguetes contendo 32 foguetes SS-30, 16 SS-40, 4 SS-60 ,SS-80 ou SS-150. No futuro, o sistema poderá lançar 4 mísseis de cruzeiro AV-TM-300 "Matador".

segunda-feira, 17 de julho de 2017

URALTRANSMASH 2S19 MSTA-S.O martelo de batalha da artilharia russa.


FICHA TÉCNICA
Tripulação: 5 homens.
Motor: Um motor V-84A com 840 hp.
Peso: 42 toneladas.
Comprimento: 11,91 m.
Largura: 3,38 m.
Altura: 2,98 m.
Autonomia: 500 km.
Velocidade: 60 Km/h em estrada.
Passagem de vau: 1,2 m
Obstáculo vertical: 0,50 m
Trincheira: 2,8
Inclinação frontal: 65º
Inclinação lateral: 40º
Armamento: Um canhão modelo 2A64  de 152 mm uma metralhadora NSV em calibre .50 (12,7X108 mm).
Alcance das granadas: Convencional: 45 km, Granada RAP: 62 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
A capacidade de artilharia auto propulsada é um dos elementos mais importantes do campo de batalha pois garante poder de fogo contra áreas distantes, não raro a mais de 30 km e mobilidade para não depender de ser rebocado como um obuseiro comum, que acarreta na necessidade de maior tempo para preparo do armamento para ser empregado. A Rússia, desde a época da União Soviética, já dispunha de um arsenal de artilharia que lhe colocava entre os maiores usuários do mundo nessa categoria de armamento. Um dos mais recentes armamentos deste tipo no exército russo é o 2S19 MSTA-S que está em serviço desde 1989 depois de um período relativamente longo de desenvolvimento do projeto que se iniciou em 1980.

Acima: O antigo obuseiro autopropulsado SO-152 (2S3 Akatsiya) foi o sistema de artilharia que deu lugar ao novo 2S19 MSTA-S.
O 2S19 é um veículo particularmente de grandes dimensões e, consequentemente, bem pesado também. São quarenta e duas toneladas que um potente motor V-84A com 840 hp de potência empurram para frente a uma velocidade máxima de 60 km/h quando o veículo estiver em uma estrada. Cabe observar aqui que a potência deste motor representa o dobro de potência que o motor norte americano Detroit Diesel 8V71T, usado no obuseiro auto propulsado M-109A-6 Paladin, é capaz de fornecer. O chassis do veículo é baseado nos carros de combate MBT T-72 e T-80, sendo que a carroceria é mais semelhante ao do T-80. A autonomia em estrada do 2S19 chega a 500 km. Nada mal quando comparamos à autonomia de 335 km do T-80!
Acima: O obuseiro 2S19 representou uma evolução significativa na capacidade da artilharia móvel russa.
As chapas de blindagem do 2S19 são relativamente finas e fornecem proteção contra armas leves (munições até 7,62mm) e estilhaços de granadas. Internamente, porém, o veículo foi projetado com proteção para sua tripulação em ambientes nucleares, biológicos e químicos (NBQ). Além disso, o 2S19 possui um sistema automático de extinto de incêndios caso algum armamento inimigo atingir a viatura. Outro recurso de proteção que está integrado ao 2S19 são três lançadores de fumaça de cada lado da torre que produzem cortinas de fumaça para dificultar o engajamento do veículo pelos sistemas de mira inimigos.
Acima: Aqui podemos ver o lançador de fumaça em operação. este sistema permite dificultar o máximo a visada inimiga contra o veículo criando uma cortina de fumaça.
Embora, inicialmente, o obuseiro autopropulsado 2S19 não estivesse equipado com um sistema de posicionamento global GLONASS (equivalente ao GPS norte americano), as versões modernizadas do veículo, chamada de 2S19M1, receberem computadores de tiro integrados a um sistema deste tipo baseado no GLONASS. O armamento principal é um obus 2A64 em calibre 152 mm que é alimentado por um recarregador automático que permite uma cadência de 8 tiros por minuto e pode operar todos os tipos de granadas do calibre 152 mm que a Rússia produz. O alcance varia conforme a munição usada, de forma que a granada de alto explosivo HE possui alcance de 24,7 km. Com projétil assistido por foguete RAP, o alcance aumenta para 28,9 km. O canhão 2S64 é capaz de disparar o projétil guiado a laser 30F39 Krasnopol , que tem alcance de 20 km, porém, com capacidade de atingir um carro de combate inimigo, mesmo se ele estiver em movimento a velocidade de até 36 km/h
Acima: O canhão 2S64 em calibre 152 mm usado no 2S19M pode empregar todos os tipos de granadas fabricadas na Rússia. O alcance das granadas varia de 24,7 a 28,9 km dependendo do tipo.
O 2S19 tem capacidade de armazenar 50 granadas de 152 mm o que lhe garante uma boa persistência de combate. Para exportação, a Uraltransmash disponibiliza um canhão ocidental L-55 em calibre 155 mm conhecida como 2S19M-155. O armamento secundário é representado por uma metralhadora pesada NSV em calibre .50 (12,7X108 mm) controlada remotamente de dentro do veículo e capaz de uma cadência de 800 tiros por minuto. Esta metralhadora tem alcance de 2000 metros contra alvos de superfície e 1500 metros contra alvos aéreos e a arma está alimentada com 300 munições para pronto emprego.
Acima: O armamento secundário de todas as versões do veículo 2S19M (na foto um 2S19M2) é a metralhadora pesada NSV, controlada remotamente, de dentro do veículo. esta arma dispara munição calbre 12,7X108 mm (.50).
O obuseiro auto propulsado 2S19 substituiu o antigo veículo 2S3 Akatsia  e elevou a capacidade da artilharia russa em alcance, precisão, persistência de combate e cadência de tiro. Embora a Rússia já tenha um veículo mais moderno em desenvolvimento conhecido como 2S35  Koalitsiya-SV, o fato é que o 2S19 continuará a ser um sistema de artilharia com desempenho superior a de muitos sistemas similares. Atualmente, os russos contam com quase 500 unidades desse moderno obuseiro auto-propulsado e a produção ainda continua. Além dos russos, mais sete nações, incluindo a Venezuela, nossa vizinha do norte, opera este veículo.
Acima: Nesta foto podemos ver dois obuseiros 2S19M1 posicionados em uma trincheira, que permite reduzir a exposição em altura do veículo.


VÍDEO


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terça-feira, 27 de setembro de 2016

A-222 BEREG. Fogo pesado contra invasores costeiros.


FICHA TÉCNICA 
Tripulação: 8 homens.
Motor: Um motor D12A-525 Diesel  com 525 hp de força.
Peso: 43,7 toneladas (carregado).
Comprimento: 12,95 m
Largura: 3,01 m.
Altura: 3,93 m.
Autonomia: 650 km.
Velocidade: 60 Km/h em estrada.
Obstáculo vertical: 0,60 m
Trincheira: 1,83
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Armamento: Um canhão modelo AK-130  de 130 mm. Veiculos de apoio uma metralhadora PKT em calibre 7,62 X 54 mm
Alcance das granadas: 27 km

DESCRIÇÃO
Por Anderson Barros em parceria com o site Plano Brasil
Quando falamos de sistemas de defesa costeira da Rússia nos vem em mente os sistemas baseados em misseis como o sistema BAL-E que utiliza misseis KH-35 ou o monstruoso Bastion que emprega os misseis  P-800 Oniks mas, poucos sabem que a Rússia utiliza um sistema de defesa costeira baseado em artilharia autopropulsado. Esse sistema se chama A-222 Bereg (Costa).
O sistema de Artilharia de defesa costeira A-222 Bereg de 130 mm foi desenvolvido no final da década de 1980. A missão principal deste sistema de artilharia  é deter embarcações inimigas como navios, lanchas ou hovercraft,  evitando que as mesmas desembarquem tropas inimigas nas praias. O Bereg também pode ser usado como artilharia para destruir alvos em terra. O desenvolvimento do A-222 Bereg foi tido como um complemento de baixo custo aos sistemas de misseis de defesa de costeira. O Bereg foi revelado ao publico pela primeira vez em 1993 e as primeiras unidades entraram em serviço dez anos depois, onde também começou a ser oferecido ao mercado de exportação, sendo que, no entretanto, não obteve, ainda, vendas no mercado externo.

Acima: Projetado para cobrir a lacuna de alcance que os mísseis anti navio de defesa costeira russos não são capazes de cobrir, o A-222 Bereg é um sistema de artilharia sem um concorrente direto.
Seu armamento e composto por um canhão de uso naval AK-130 de 130 mm com carregamento automático o que fornece uma excelente taxa de disparo de 12 tiros por minuto. Graças a essa taxa de disparo o mesmo pode ser utilizado como artilharia atingindo alvos em terra ou no mar mas também podendo ser utilizado na função antiaérea. O AK-130 utiliza munição HE (Alto explosivo), HE FRAG (alto explosivo com fragmentação) ou munição antiaérea 3P (Pre-Fragmented, Programmable, Proximity). Existe a opção de se usar munições inteligentes para garantir uma maior precisão e uma menor margem de erro do ponto de impacto. Cada veiculo  possui um estoque de 40 granadas no seu interior.  O alcance máximo doo canhão e de 27 km.
O canhão e montado em uma torre rotativa capaz de girar 360° onde também estão armazenados o sistemas de carregamento automático e o cofre de munições. Os veículos de artilharia não possuem armamento secundário e os veículos de controle de fogo e apoio são armados com um metralhadora coaxial PKT em calibre 7,62 X 54 mm que dispara a uma cadência de 800 tiros por minuto.
Acima: Utilizando um canhão naval AK-130 com carregamento automático, o A-22 Bereg consegue impor uma cadência de 12 tiros por minuto.
As informações sobre os alvos são fornecidas pelo veiculo de comando e controle no qual pode acompanhar  4 alvos simultaneamente e a bateria pode atacar 2 alvos diferentes ao mesmo tempo. A bateria também pode receber informações via data link de outros vetores tais como navios, aeronaves ou até mesmo satélites. Porem em caso de necessidade cada veiculo de artilharia pode realizar disparos de forma independente selecionando seus próprios alvos. Os  A-222 Bereg pode operar de forma dispersa com uma distancia de um quilômetros  entre cada veiculo o que fornece uma maior proteção em caso de ataque e  uma maior cobertura na área a ser defendida pelo sistema.
Acima: O controle de fogo é executado, normalmente pelo veículo de comando equipado com sistemas que lhe permitem acompanhar quatro alvos simultaneamente.
Todo o sistema  A-222 Bereg e montado sobre um caminhão MAZ-543 8x8 equipado com um motor a diesel D12A-525  que desenvolve uma potencia de 525 Hp, levando o veículo a uma velocidade máxima de 60 km/h em estrada. A autonomia  está em 680 km. Uma bateria opera geralmente entre seis e oito veículos  de artilharia um veículo de comando-controle, um veículo de comunicações, e veículos de apoio e remuniciadores.
Acima: O veículo de serviços de combate fornece energia elétrica para a bateria de artilharia, assim como acomodação para a tripulação que opera todo o sistema.
O A-222 Bereg é um veículo projetado para uma missão da qual ele não encontra um concorrente direto no mercado. A Rússia acertou em cheio produzindo um sistema de artilharia que, embora tenha como missão primária a defesa costeira, pode , sem problemas operar em situações "normais" que outros sistemas de artilharia operam. A possibilidade de emprego de granadas guiadas garante uma precisão que normalmente só é conseguida por mísseis, bem mais caros.
Acima: A opção de uso de um caminhão MAZ-543 configurado com tração 8X8  permite ótimo desempenho de estrada e ainda operar em terrenos irregulares com boa desenvoltura.


VIDEO


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segunda-feira, 20 de junho de 2016

BAE SYSTEMS L-118 LIGHT GUN. Fogo pesado de um leve Obus.

FICHA TÉCNICA
Operadores: 6 homens.
Peso: 1,85 toneladas.
Comprimento: 8,80 m
Largura: 1,78 m.
Altura: 2,13 m.
Calibre: 105 mm.
Peso da granada: 16,1 kg (HE)
Cadência de tiro: Até 8 tiros por minuto.
Alcance: 17,2 km
Velocidade na boca do cano: 708 m/seg

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
Existem alguns sistemas de armas que se tornam tão bem sucedidos que passam a fazer parte da história de várias nações por onde operaram. O obus britânico L-118 Light Gun  se enquadra nessa categoria de arma que se tornou parte da construção da história militar de muitos países. Projetado a mais de 40 anos pela Royal Ordnance para substituir o obus OTO Melara Mod 56, o Light Gun, como é melhor conhecido, continua em operação e não deverá sair de cena tão cedo.
Acima: O compacto obus Oto Melata Mod -56 apresenta uma deficiência séria de alcance, que colocava em risco sua guarnição. O L-118 foi projetado para manter sua facilidade de mobilidade, porém com quase o dobro do alcance.
O L-118 foi projetado para solucionar a limitação de desempenho em alcance que o velho Obus Oto Melara Mod 56 apresentava. O alcance máximo de 10 km que o modelo italiano conseguia com a granada de 105 mm não era suficiente para garantir a segurança do pessoal da artilharia, que era obrigado a se posicionar perigosamente próximo do alvo, dando margem para fogo de contra artilharia. Além disso, o novo Obus teria que ser tão leve quanto o modelo que seria substituído para garantir a mesma facilidade de mobilidade que o Oto Melara tem. Assim o L-118 Light Gun (canhão leve) foi produzido com metais leves e em uma configuração mais simples que o seu antecessor italiano que possuía, inclusive, uma placa de blindagem para proteger seus operadores mas que aumentava o peso total da arma.
Acima: O Obus L-118 faz uso da munição calibre 105 mm, amplamente produzida e usada no mundo todo.
A munição usada pelo L-118 também é em calibre 105 mm, porém, o cano do canhão é mais longo, o que reflete em um melhor aproveitamento da queima do propelente da granada levando a um maior alcance balístico. Assim, o L-118, podem atingir um alvo a 17,2 km, que representa um tremendo incremento em relação ao seu antecessor. O canhão possui um sistema de recuo hidropneumático com a culatra deslizante vertical. Embora  uma equipe normal de operação do L-118 tenha 6 homens, uma equipem minima de 4 homens pode operar a função de tiro e conseguir uma cadência de até 8 tiros por minuto. Os tipos de granadas que podem ser usadas são HE (alto explosivo) L31 e L50, HESH (Contra alvos blindados e reforçados) L42, PRAC (munição inerte para treinamento) L41 e  marcadora de alvo L37 e L38.
Acima: O L-118 opera, normalmente com uma guarnição de 6 homens, porém com 4 deles, já é possível operar o sistema e conseguir uma cadência de até 8 tiros por minuto.
Seu baixo peso permite  que sele seja rebocado por um veículo leve, como um jeep Hummer ou transportado por um helicóptero médio UH-60 Black Hawk com facilidade. Essa mobilidade é a chave da proposta conceitual do L-118 e que o tornou um sucesso de exportação com 20 países na lista de clientes do modelo, entre eles, o Brasil, Estados Unidos (M-119 fabricado sob licença), Espanha e Austrália. As qualidades de alta mobilidade através de seu baixo peso, simplicidade de operação, e bom alcance farão com que o L-118 continue em serviço por muitos anos ainda sem a necessidade de ser substituído.
Acima: Uma das vantagens chave do L-118 é sua mobilidade. Aqui um AW-101 da Força Aérea Britânica  (RAF) transporta um L-118. Helicópteros menos potentes como o UH-60 Black Hawk transportam esse Obus com a mesma facilidade.

Acima: Um L-118 do Exército Brasileiro durante uma exposição. O Exército Brasileiro opera cerca de 54 unidades desse armamento. O Corpo de Fuzileiros navais do Brasil, operam 18 unidades do L-118 também.

ABAIXO UM VÍDEO APRESENTA A FACILIDADE DE MOBILIDADE DO L-118 LIGHT GUN.


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