O atual presidente do Brasil, o Capitão Jair Messias Bolsonaro, foi da artilharia paraquedista. |
French Airborne Wings and Insignia: From the origins to the present day. Jacques Batzer e Éric Micheletti. |
O atual presidente do Brasil, o Capitão Jair Messias Bolsonaro, foi da artilharia paraquedista. |
French Airborne Wings and Insignia: From the origins to the present day. Jacques Batzer e Éric Micheletti. |
Um Pak 97/38 sendo rebocado por um trator Vickers Utility B belga capturado. |
O seguinte relatório militar americano sobre a conversão alemã foi publicado em Tactical and Technical Trends, Nº 34, 23 de setembro de 1943. O Tactical and Technical Trends (Tendências Táticas e Técnicas) era um periódico do serviço de inteligência americano (U.S. Military Intelligence Service), inicialmente bi-semanal e depois mensal, que foi publicado de junho de 1942 a junho de 1945.
Os canhões franceses de 75mm, os famosos "soixante-quinze" que lutaram das guerras coloniais da era "Beau Geste" às Guerras Mundiais e além, e que até mesmo foram o pivô do Caso Dreyfus. O 75 era uma arma de tiro tenso, ou seja, fogo direto. Após a Batalha do Marne (1914), as armas de tiro direto foram ultrapassadas pela artilharia de fogo indireto para a guerra de trincheiras, com o 75 sendo usado em funções secundárias (como tiro anti-aéreo) e na Segunda Guerra Mundial como arma anti-carro (Canon de 75 Mle 1897/33).
"Honra ao nosso glorioso 75", cartão postal francês do anos 1910. |
Canhões 75 Mle 1897/33 capturados em 1940. |
Apesar da obsolescência provocada por novos desenvolvimentos nos projetos da artilharia, um grande número de 75 ainda estava em uso em 1939 em vários países, com 4.500 canhões apenas no exército francês e com 1.374 canhões no exército polonês, tornando-se de longe a peça de artilharia mais numerosa em serviço polonês.
A conversão alemã para a função anti-carro recebeu a designação Pak 97/38 (7.5 cm Panzerabwehrkanone 97/38), combinando o 75 com o reparo e escudo do Pak 38 alemão. Ele pesava 1.190kg em ordem de tiro e 1.246kg em ordem de marcha. Em 1942, a Wehrmacht recebeu 2.854 dessas peças.
Um Pak 97/38 exposto no Museu de Artilharia de Hämeenlinna, na Finlândia. |
Retaguarda do mesmo canhão, mostrando a culatra. |
Segue abaixo o relatório.
Da equipe do TOI, The Times of Israel, 4 de outubro de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 16 de dezembro de 2020.
O embaixador russo Levan Dzhagaryan ignora a ameaça de sanções dos EUA se a Rússia fornecer à República Islâmica o sistema avançado de defesa aérea.
O embaixador da Rússia no Irã disse que Moscou "não terá problemas" em vender a Teerã um sistema avançado de defesa aérea quando o embargo de armas da ONU à República Islâmica expirar no final [de outubro].
“Dissemos desde o primeiro dia que não haverá problemas para vender armas ao Irã a partir de 19 de outubro”, disse Levan Dzhagaryan ao jornal Resalat em uma entrevista publicada no sábado, segundo a agência de notícias iraniana Fars.
Embaixador da Rússia no Irã, Levan Dzhagaryan. |
Em agosto, o Conselho de Segurança da ONU votou contra uma resolução dos EUA para estender o embargo de armas ao Irã, que agora deve expirar em 18 de outubro. O governo Trump, no entanto, afirmou unilateralmente no mês passado que as sanções “instantâneas” da ONU estão agora em vigor e prometeu punir aqueles que as violarem.
Dzhagaryan ignorou a ameaça de sanções dos EUA e disse que Moscou consideraria qualquer pedido de armas do Irã após 18 de outubro. “Como você sabe, fornecemos ao Irã o S-300. A Rússia não teve nenhum problema para entregar o S-400 ao Irã e também não teve nenhum problema antes ”, disse ele.
Dzhagaryan estava se referindo à entrega do S-300 ao Irã após a assinatura do acordo de 2015 entre Teerã e potências mundiais que restringiu o programa nuclear iraniano em troca de sanções. Em 2010, a Rússia congelou um acordo para fornecer o sistema ao Irã, vinculando a decisão às sanções da ONU sobre o programa nuclear de Teerã.
Israel tentou sem sucesso bloquear a venda ao Irã do sistema S-300, que analistas dizem que poderia impedir um possível ataque israelense às instalações nucleares de Teerã, e provavelmente se oporia ao fornecimento do S-400 ao Irã.
Em 2015, a Rússia desdobrou o S-400 na Síria, onde, junto com o Irã, está lutando em nome do regime de Assad na guerra civil síria.
O desdobramento do sistema, que é poderoso o suficiente para rastrear a grande maioria do espaço aéreo israelense, minou a superioridade aérea de Israel na Síria, onde realizou centenas de ataques a alvos ligados ao Irã e ao grupo terrorista libanês Hezbollah.
Leitura recomendada:
Por que a Rússia realmente interrompeu seu fornecimento de S-400 para a China, 16 de dezembro de 2020.
Game Changer: A Rússia pode ter o sistema de defesa aérea S-400 na Líbia, 19 de setembro de 2020.
Primeiro-ministro Narendra Modi, presidente da China Xi Jinping, presidente russo Vladimir Putin na Cúpula do G20, 2016. |
Por Probal Dasgupta, The Print, 12 de novembro de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 15 de dezembro de 2020.
A Rússia quer ter um papel maior no sul da Ásia agora. Mesmo que atrapalhe o relacionamento com a China.
Enquanto a disputa Índia-China grassava no Himalaia ao longo deste ano, ambos os lados correram para estocar sistemas de mísseis e aeronaves. Mas, embora a Rússia tenha confirmado que estava a caminho de entregar cinco esquadrões de sistemas de defesa aérea S-400 Triumpf à Índia, não fez a mesma promessa à China. Moscou decidiu suspender o fornecimento dos S-400 para a China.
O S-400 é um moderno sistema de defesa antimísseis superfície-ar capaz de interceptar e destruir mísseis e aeronaves inimigas com um alcance de até 400km.
Em 2018, apesar da ameaça de sanções dos EUA, a Índia escolheu corretamente o S-400 da Rússia em vez dos mísseis americanos Patriot Advanced Capability (PAC-3) e THAAD (Terminal High Altitude Area Defense). Seguiu-se uma explosão previsivelmente ultrajante do presidente Donald Trump contra a decisão da Índia. Este ano, porém, sob uma série de negócios de armas, foi enterrada uma notícia que levantou algumas sobrancelhas. Os S-400 prometidos pela Rússia à China não chegaram. Correram boatos de que a Covid-19 pode ter sido o motivo do atraso. Mas parece que Moscou tomou uma posição deliberada.
Em fevereiro de 2020, Valery Mitko, um dos principais cientistas árticos da Rússia, foi preso sob a acusação de, alegadamente, passar segredos sobre tecnologia de detecção de submarinos para a China. Mais tarde, em junho, após investigações, um tribunal da Rússia estendeu sua prisão domiciliar. Cientistas russos têm estado sob uma nuvem por causa de ligações com a China nos últimos dois anos e o incidente de Mitko agravou uma crescente suspeita que paira sobre uma colaboração de conveniência entre a China e a Rússia. Um mês após a decisão do tribunal sobre Mitko, a Rússia optou por suspender o fornecimento de mísseis à China.
Manifestação anti-chinesa na Índia. |
Rivalidade China-Rússia
Na Ásia, a China se encontra em uma vizinhança hostil de estados litorâneos no Mar da China Meridional, piorada com a entrada dos Estados Unidos no Indo-Pacífico com seus aliados. A conversa sobre o renascimento do Quad envolvendo os EUA, Japão, Índia e Austrália é um exemplo. Dado seu status de isolado, um relacionamento estável com a Rússia assumiu uma importância crítica para a China. Uma China desconfiada, entretanto, sente que sua dependência da tecnologia de armas russa a torna vulnerável. O que pode ter levado à espionagem na Rússia e provavelmente no caso Mitko. Moscou, por outro lado, precisa de investimentos chineses para desenvolver portos e infraestrutura na região ártica, mas teme que Pequim possa reduzir sua influência na indústria de defesa e na Ásia Central.
No início da década de 1990, o colapso da União Soviética coincidiu com a ascensão da China. À medida que os EUA consolidavam seu status de única superpotência, Pequim e Moscou se uniram para desafiar a hegemonia americana. Os interesses russos, porém, estavam restritos à Ásia Central e ao Oriente Médio - visto que a natureza da postura militar na região se adequava ao manual russo tipicamente intrusivo. Seus interesses no Leste Asiático, dominado pela China, permaneceram principalmente marginais. No entanto, a deterioração das relações na vizinhança em torno do Mar da China Meridional e do Sul da Ásia pode fazer com que uma indústria de armamentos russa interessada entre na ponta dos pés. Enquanto uma rivalidade oculta limita sua colaboração com a China, a Rússia discretamente aumenta suas apostas de negociação no Leste Asiático.
Oficiais chineses e indianos na fronteira. |
Em vez de seu alcance político-militar arquetípico que poderia perturbar a China, a Rússia usou uma rota de comércio de poder suave para fortalecer seu relacionamento com o Japão e a Coréia do Sul. Em 2017, o Japão e a Coréia do Sul representaram 7 por cento das exportações russas (contra 11 por cento para a China).
De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Stockholm International Peace Research Institute, SIPRI), a Rússia aumentou substancialmente seu fornecimento de armas para o Sudeste Asiático nesta década. O ex-PM Dmitry Medvedev usou plataformas multilaterais como a ASEAN para se reunir com líderes do Laos, Tailândia e Camboja no ano passado. O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, chamou Vladimir Putin de “meu herói favorito”. E para regimes autoritários como o Camboja, a Rússia é uma presença menos exigente do que o Ocidente.
O único intermediário agora
Uma China ambiciosa, sob o comando de Xi Jinping, afirmou-se em regiões fora da Ásia Oriental. Qualquer impulso para a Ásia Central e Oriente Médio preocupa a Rússia, que gostaria de manter um cartão do Leste Asiático mais forte. Isso explica as relações da Rússia com países do Leste Asiático, onde a China tem novos inimigos. Isso também explica por que a Rússia provavelmente manterá a Índia do seu lado. Na frente dos EUA, o novo governo de Joe Biden poderia reabrir divergências anteriores com a Rússia, incluindo na Ucrânia e Bielo-Rússia. O silêncio de Moscou sobre a vitória de Biden nas eleições é um indicador, assim como o silêncio de Pequim indica a expectativa de uma linha americana firme e obstinada.
A Rússia e a China evoluíram muito em sua relação histórica e, hoje, compartilham o que Parag Khanna chama de “um eixo de conveniência ao invés de uma aliança real”. Cinquenta anos atrás, patrulhas chinesas engajaram um posto avançado soviético em uma ilha ao largo do rio Ussuri. Os soviéticos retaliaram, obliterando uma brigada militar chinesa inteira. Os beneficiários, então, foram os americanos, que acreditavam que o inimigo de um inimigo era seu amigo, e ficaram do lado dos chineses. Meio século depois, enquanto os russos suspeitam que uma China agora poderosa possa enganá-los novamente, estes precisam deles contra a América e seus aliados. Vasily Kashin, do Instituto de Estudos do Extremo Oriente da Academia Russa de Ciências, afirma: "A China não pode se dar ao luxo de alienar um vizinho que é um importante poder militar e de recursos por si só".
Anunciar-se como um mediador ativo entre a Índia e a China não é exatamente o estilo da Rússia, mas ela nunca se esquivou de hospedar cúpulas de paz (Tashkent em 1965 foi um exemplo). Em setembro deste ano, os chanceleres da Índia e da China se reuniram em Moscou e concordaram que os comandantes militares dos dois países precisavam dar continuidade ao diálogo. A Rússia sabe que pode reivindicar maior relevância na região por ser a intermediária, já que é a única potência aceitável para os dois vizinhos em guerra. Em uma região fragmentada e turbulenta da Ásia, uma mão sagaz russa deve desempenhar um papel fundamental.
Probal Dasgupta é um ex-oficial do Exército e autor do livro Watershed 1967: India’s Forgotten Victory over China (Divisor de Águas 1967: a vitória esquecida da Índia sobre a China).
Bibliografia recomendada:
A Índia pode vencer a China em uma guerra de fronteira?, 21 de junho de 2020.
Chefe do estado-maior indiano não descarta "conflito maior" com a China sobre Ladakh, 7 de novembro de 2020.
Tanques, navios e fuzis de assalto: a Índia ainda compra a maior parte de suas armas da Rússia, 25 de fevereiro de 2020.
Os condutores da estratégia russa, 16 de julho de 2020.
Game Changer: A Rússia pode ter o sistema de defesa aérea S-400 na Líbia, 19 de setembro de 2020.
Por H. I. Sutton, Aerospace & Defense, 6 de agosto de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 19 de setembro de 2020.
Analistas de defesa estão tentando confirmar se a Rússia implantou um sistema de defesa aérea de última geração na Líbia. Imagens que circularam nas redes sociais parecem mostrar um grande radar e tubos de mísseis verticais perto de Ra's Lanuf, no leste do país. Este poderia ser o famoso S-300 ou o ainda mais potente sistema de mísseis S-400. Se for assim, pode ajudar a inclinar a balança a favor da Rússia e de seus aliados locais contra as forças apoiadas pela Turquia.
As imagens foram postadas online pela primeira vez pelo usuário do Twitter KRS Intl, que acompanha o conflito na Líbia. Elas foram tiradas nos últimos dias.
Unidentified air defense system deployed by #LNA near Ras Lanouf oil port, eastern #Libya pic.twitter.com/ZeXsaBeMqc
— KRS Intel. (@alkaraisili) August 5, 2020
A partir dessas primeiras imagens, há um amplo consenso entre os analistas com quem conversei de que o radar se parece mais com o modelo russo 96L6E. Este é um radar de aquisição de alvos associado ao sistema de míssil superfície-ar (surface-to-air missile, SAM) S-300. Também é usado com o sistema S-400 Triumf ("Triunfo" em russo), mais novo e mais poderoso. A OTAN dá a esse radar o codinome Cheese Board (Tábua de Queijo).
Ao lado do radar está o que parece ser um míssil TEL (transporter erector launcher/ lançador eretor transportador). Os tubos do míssil estão na posição vertical, prontos para o lançamento. Podendo ser o S-300 ou S-400.
Esta imagem, tirada à distância de um veículo que passa, parece mostrar o sistema de mísseis de defesa aérea S-400 ou S-300. |
Os mísseis estariam lá para proteger o envolvimento rapidamente crescente da Rússia no país. Eles já trouxeram para a companhia militar privada Wagner e jatos de combate. Mas eles e seus aliados enfrentam adversários competentes, incluindo as forças turcas. Os drones TB2 turcos obtiveram sucessos notáveis contra as defesas aéreas de fabricação russa. Mas o S-300 ou S-400 prejudicaria seriamente essas operações.
“Os russos sinalizaram discretamente que Sirte e Jufra são uma linha vermelha, embora não tenham ido tão longe quanto outros países em termos de declarações públicas”, conforme me disse Aaron Stein, diretor de pesquisa do Foreign Policy Research Institute, da Filadélfia. Stein não acha que a implantação de tais sistemas avançados de defesa aérea seria surpreendente. A Rússia implantou sistemas semelhantes, incluindo o S-400, para proteger seus ativos na Síria. “Eles parecem ter tirado uma página do seu manual da Síria, que é enviar um esquadrão misto e aumentar os recursos de defesa aérea no país. O S-300, se for real, junta-se ao sistema de curto alcance Pantsir S-1. Juntos, eles fariam a Turquia pensar duas vezes em testar essa linha vermelha".
Ironicamente, o sistema SAM S-400 é exatamente o que a Rússia vendeu à Turquia. Isso levou os EUA a cancelarem a venda de caças F-35 Lightning-II para a Turquia devido à preocupação de que a Rússia poderia usar os sensores do sistema SAM para extrair informações valiosas sobre as capacidades do F-35.
Então, como um novo sistema de mísseis pode ter chegado à Líbia? Um avião de carga superpesado voou da Rússia para a base aérea de Al Khadim em Al Marj em 3 de agosto. O enorme An-124 Ruslan, o equivalente russo do C-5 Galaxy, fez uma rota tortuosa que contornou a Turquia.
Too risky for Turkish airspace : Russian Air Force contractor 224th Flight Unit Antonov An124-100 Ruslan (NATO: Condor) RA82014 is flying from Ru AFB Mozdok to Al Khadim AFB in Al Marj #Libya pic.twitter.com/jFpnMqqcoW
— Yörük Işık (@YorukIsik) August 3, 2020
Rob Lee, um estudante de doutorado do King's College London que segue a política de defesa russa, acredita que o An-124 pode ser uma pista importante. “O An-124 é a única aeronave em serviço na Rússia que pode transportar todos os componentes dos S-300 e S-400. Em todos os casos recentes em que foram transportados pela Rússia, por exemplo, o S-400 para a Turquia e a Síria e o S-300 para a Síria, envolveram o An-124”.
Os sistemas de mísseis recém-chegados podem mudar a situação no solo, especialmente se forem manejados por profissionais russos. Stein acha que a Rússia tira vantagem da ambigüidade de quem está tripulando o sistema. “Os russos gostam de jogar para que você nunca saiba quem está operando esses sistemas SAM. Portanto, você nunca se sente bem em matar um SAM se isso significar também matar russos. Especialmente quando eles têm um esquadrão misto que pode superar qualquer coisa que os turcos e seus aliados possam trazer para a festa rapidamente".
É possível, claro, que as fotos mostrem uma isca. A Rússia usa sistemas infláveis para confundir a inteligência militar. Todos os observadores com quem discuti isso concordam que pode ser isso que estamos vendo nas imagens. Mas, mesmo que sejam falsos, provavelmente apontam para a existência de um sistema real. Isso ocorre porque os infláveis são melhores como iscas para proteger um sistema real, não um ardil maior. Portanto, o que quer que estejamos olhando nessas fotos, isso sugere que o S-300 ou o S-400 estão no país.
Leitura recomendada:
Os condutores da estratégia russa, 16 de julho de 2020.
Dividendos da Diplomacia: Quem realmente controla o Grupo Wagner?, 22 de março de 2020.
Modernização dos tanques de batalha M60T do exército turco completos com sistema de proteção ativo incluído, 14 de julho de 2020.
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 13 de setembro de 2020.
No dia 8 de setembro, conforme noticiado pela mídia chinesa, as forças armadas chinesas concluíram seu primeiro lançamento aéreo de equipamento pesado do avião de transporte Y-20 durante um exercício de treinamento de combate na área do planalto tibetano, perto da sua fronteira com a Índia. A ação chinesa ocorre em um momento em que as tensões com a Índia aumentaram drasticamente. Na noite de 7 de setembro, soldados indianos e chineses trocaram tiros perto do Lago Pangong Tso, na seção oeste da fronteira entre a China e a Índia, em meio a acusações de transgressão da fronteira de ambos os lados.
Durante este treinamento de fogo real, a aeronave Y-20, com peso máximo de decolagem de 200 toneladas, lançou continuamente várias peças de equipamento pesado, incluindo lançadores de foguetes de múltiplos tubos (Multi-Barrel Rocket Launcher, MBRL) de 107mm, veículos paraquedistas Tipo 03 (ZBD-03) e veículos blindados. Quando o equipamento pousou no solo, centenas de pára-quedistas saltaram da aeronave, conforme informado pelo China Military, o site oficial do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA).
O avião chinês Y-20 se prepara para seu primeiro lançamento aéreo pesado na região do planalto tibetano. (Ministério da Defesa chinês) |
O MBRL é caracterizado por um poder de fogo leve e forte, tem um alcance máximo de cerca de 8km e é uma das principais armas de apoio para forças de resposta rápida, como tropas aerotransportadas, afirmou o PLA.
Segundo o especialista da Força Aérea do PLA, Fu Qianshao:
"Para entregar materiais e equipamentos com precisão a um destino de uma altitude de centenas de metros ou até mais, a aeronave e o pessoal envolvido devem estar totalmente equipados e altamente qualificados. O lançamento paraquedista é um sistema técnico altamente sofisticado de uma quantidade intensiva de tecnologias, incluindo sistemas de carga e descarga a bordo, sistemas de pára-quedas, sistemas de frenagem, etc; bem como o próprio equipamento de lançamento aéreo”.
Mapa do planalto tibetano. |
Bibliografia recomendada:
Leitura recomendada:
GALERIA: Salto paraquedista dos fuzileiros navais chineses, 9 de julho de 2020.
A Índia pode vencer a China em uma guerra de fronteira? Estudos desacreditam alegações de "superioridade" da China, 21 de junho de 2020.
GALERIA: Manobra blindada nas Montanhas Celestiais, 11 de abril de 2020.
FOTO: Puxando hora no topo do mundo, 12 de fevereiro de 2020.
GALERIA: O Steyr AUG e os fuzis bullpup na Índia, 28 de julho de 2020.
As Forças Armadas chinesas têm uma fraqueza que não podem consertar: nenhuma experiência de combate, 26 de janeiro de 2020.
O primeiro salto da América do Sul, 13 de janeiro de 2020.
Carro de combate T-72AV do Exército Árabe Sírio sendo explodido em Darayya, subúrbio de Damasco, pela Brigada dos Mártires do Islã, início de 2016. |
A Brigada dos Mártires do Islã (em árabe: لواء شهداء الإسلام; Liwa Shuhada al-Islam) é um grupo rebelde sírio formado no subúrbio de Darayya, em Damasco, e era o principal grupo que operava neste subúrbio. Foi o único grupo rebelde sírio totalmente sob a autoridade de um conselho municipal local e recebeu mísseis anti-carro BGM-71 TOW fabricados nos Estados Unidos, apesar do cerco apertado que Darayya estava sofrendo entre 2012 e 2016.
Entre 2013 e 2016, o mais alto nível de comando do grupo foi o Conselho Local da cidade de Daraya. O grupo é comandado por Saeed Narqash (nome de guerra Abu Jamal), um capitão que desertou do Exército Árabe Sírio. O chefe de gabinete inicial do grupo foi o 1º Tenente Abu Shahin, que deixou o grupo para formar outro em junho de 2013, enquanto seu comandante de operações era o 1º Suboficial Abu Omar. Uma academia militar foi estabelecida em Daraya quando era controlada pelo grupo.
A Brigada dos Mártires do Islã foi formada em 5 de março de 2013 como uma fusão de 9 unidades rebeldes afiliadas ao Exército Livre da Síria em Daraya. Em 14 de fevereiro de 2014, o grupo assinou uma convenção que estabeleceu a Frente Sul.
Símbolo da Brigada dos Mártires do Islã. |
Bibliografia recomendada:
Leitura recomendada:
As forças de tanques da Rússia tiveram um despertar muito rude na Síria, 7 de fevereiro de 2020.
GALERIA: Aprimoramentos de blindagem na Guarda Republicana Síria, 26 de junho de 2020.
Analisando o Ataque Urbano: idéias da doutrina soviética como um 'modelo de lista de verificação', 27 de junho de 2020.
VÍDEO: Emboscada noturna das Spetsnaz na Síria, 27 de fevereiro de 2020.
FOTO: Forças Especiais do Exército Livre da Síria em Alepo, 2 de julho de 2020.
FOTO: Entre dois leões na Síria, 4 de setembro de 2020.
GALERIA: Uso operacional do VSK-94 pelas Forças Armadas Árabes Sírias, 14 de julho de 2020.
*Nota do Tradutor: Um "think tank" é um corpo de especialistas suprindo conselhos e idéias sobre problemas específicos, como política ou economia, assim como estratégia.