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quinta-feira, 30 de abril de 2020

terça-feira, 7 de abril de 2020

FOTO: Spetsnaz Herói da Federação Russa

Monumento em Ulyanovsk ao Tenente-Coronel Dmitry Razumovsky, comandante da unidade Spetsnaz Vympel (Flâmula, guião) durante o massacre na escola de Beslan em 2004.

Tenente-Coronel Dmitry Razumovsky morreu durante o assalto à escola de Beslan e foi condecorado postumamente como Herói da Federação Russa pela sua determinação em salvar as crianças feitas reféns pelos terroristas chechenos.

Bibliografia recomendada:

Russian Security and Paramilitary Forces since 1991.
Mark Galeotti.

Spetsnaz:
Russia's Special Forces.
Mark Galeotti.

Leitura recomendada:

sexta-feira, 20 de março de 2020

FOTO: Grupo Alfa no Afeganistão

Comandos do Grupo Alfa da KGB no Afeganistão com capacetes de titânio suíços PSH-77, anos 80.

Bibliografia recomendada:

Spetsnaz:
The inside story of the Soviet special forces.
Viktor Suvorov.

Leitura recomendada:




FOTO: Spetsnaz no Afeganistão, 1986, 26 de janeiro de 2020.

FOTO: Flâmula no Afeganistão30 de abril de 2020.

FOTO: Hinds afegãos26 de abril de 2020.

FOTO: T-62M no Passo de Salang, 28 de janeiro de 2020.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

VÍDEO: Emboscada noturna das Spetsnaz na Síria

Spetsnaz russos operando na síria publicaram um vídeo mostrando a eliminação de rebeldes anti-Assad por meio de uma emboscada, linear e noturna, com uso de snipers e mísseis anti-carro guiados.

O vídeo é particularmente cinematográfico pelo uso de óculos de visão noturna (OVN), um assunto já tratado no blog aqui. A seqüência demonstra um conceito explorado no Best-Seller Call of Duty 4: Modern Warfareque foi revelado ao grande público quando da missão 8 "Death From Above".


Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

GALERIA: Spetsnaz russos em Palmira


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 18 de fevereiro de 2020.

Spetsnaz russos do novo comando SSO em Palmira, depois de expulsarem o Estado Islâmico, 2017.

Spetsnaz do novo comando de Forças de Operações Especiais (Sily spetsial’nykh operatsii, SSO), criado em 2009 devido às lições da Guerra da Geórgia (2008), e ativado em 2013 como força estratégica das forças armadas russas. Os operadores estão armados com fuzis Kalashnikov AK-74M de 5.45x39mm e com silenciadores, fuzis-metralhadores RPK-74, metralhadoras de apoio geral Pecheneg e PK, além de alguns fuzis de precisão Steyr Mannlicher SSG 69 de 7,62x51mm. Vários sistemas de mira podem ser vistos.

Os Spetsnaz das SSO participaram das batalhas em Latakia, Raqqa e Palmira, além da proteção de bases russas. Em 11 de dezembro de 2017, as unidades spetsnaz garantiram a visita do presidente russo Vladimir Putin na Base Aérea de Khmeimim, cobrindo as direções mais perigosas do mar, ar e terra. Vladimir Putin mais tarde agradeceu pessoalmente a todos os militares envolvidos por seu desempenho exemplar na tarefa. O governo russo reconheceu a morte de 10 operadores das SSO e 4 desaparecidos (presumidos mortos) nas Síria.












Bibliografia recomendada:

Spetsnaz: Russia's Special Forces.
Mark Galeotti.

Leitura recomendada:




FOTO: Fuzil subaquático russo APS9 de dezembro de 2020.

FOTO: Entre dois leões na Síria4 de setembro de 2020.

FOTO: Spetsnaz das SSO na Síria16 de maio de 2020.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Recrutamento de Agentes Terroristas Ecológicos no Ocidente

Manifestante ecológico com palavras de ordem anti-capitalistas.

Por Viktor Suvorov, oficial de inteligência soviético, 1987.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 11 de dezembro de 2019.

Um oficial spetsnaz* que busca recrutar agentes para ações terroristas diretas tem uma base maravilhosa para seu trabalho no Ocidente. Há um número tremendo de pessoas descontentes e prontas para protestar contra absolutamente qualquer coisa. E enquanto milhões protestam pacificamente, algumas pessoas recorrerão a qualquer meio para protestar. O oficial spetsnaz precisa apenas encontrar o descontente que está pronto para ir ao extremo.

*Nota do Tradutor: A palavra Spetsnaz (spetsialnovo naznacheniya, forças de propósitos especiais), é um termo Hiperônimo que abarca todas as unidades especiais russas/soviéticas, desde unidades mais mundanas como as de controle de distúrbios civis, quanto unidades altamente treinadas como os grupos Alfa e Zênite.

Na França, manifestantes dispararam um lançador de granadas RPG-7 no reator de uma usina nuclear. Onde eles conseguiram a arma fabricada pelos soviéticos, eu não sei. Talvez estivesse apenas ali na beira da estrada. Mas se fosse um oficial spetsnaz que tivesse a sorte de conhecer essas pessoas e fornecer-lhes seu equipamento, ele receberia, sem mais delongas, uma medalha da Bandeira Vermelha e uma promoção. Os altos funcionários do GRU detestam particularmente as centrais nucleares ocidentais, o que reduzirá a dependência do Ocidente em relação ao petróleo importado (incluindo o petróleo soviético) e o tornará mais forte e independente. Eles são um dos alvos mais importantes das spetsnaz.

Medalha da Ordem da Bandeira Vermelha.

Em outra ocasião, um grupo de ativistas dos direitos dos animais no Reino Unido injetou barras de chocolate com veneno. Se as spetsnaz fossem capazes de entrar em contato com esse grupo, e há toda probabilidade de que tenham, seria extremamente perspicaz (sem, é claro, mencionar o seu nome) sugerir a eles uma série de maneiras ainda mais eficazes de protestarem. Ativistas, radicais, paladinos da paz, membros dos partidos verdes: no que diz respeito aos líderes do GRU, são como melancias maduras, verdes por fora, mas vermelhas por dentro - e de dar água na boca.

- Viktor Suvorov (Vladmir Rezun), Spetsnaz - The inside story of the Soviet Special Forces, pg. 89-90, 1987.

Post Script: Tom Clancy e o terrorismo ecológico

O clássico e best-seller Rainbow Six, do famoso autor Tom Clancy, gira em torno de um grupo ecologista radical que pretendia criar um novo Éden na Amazônia brasileira (existe versão em português).

O romance foi escrito em conjunto com o jogo eletrônico, que contém fases no Brasil, incluindo a última missão - Operação Tigre Místico - onde o briefing menciona que tropas brasileiras estão cercando o novo Éden amazônico em apoio à equipe Rainbow.


O novo Éden amazônico da Corporação Horizon.

Tela de carregamento da missão Tigre Místico com os comandos Rainbow usando uniforme protetor.

Gameplay da Missão Tigre Místico


Leitura relacionada:

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Forças especiais russas mostram aos alunos da quinta série como enfrentar multidões

(Zlattv.ru)

Do jornal The Moscow Times, 29 de dezembro de 2019.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 7 de fevereiro de 2020.

Uma unidade de forças especiais (Spetsnaz) demonstrou suas habilidades de combate corpo-a-corpo a estudantes do ensino fundamental na Rússia central na semana passada, provocando indignação entre os pais, informou uma emissora de televisão local.

Os guardas do serviço prisional que usavam capacetes e escudos de proteção mostraram aos alunos da quinta série como atacar um inimigo imaginário em um auditório escolar na cidade de Zlatoust, na região de Chelyabinsk, como visto em um segmento de notícias do canal local, TV Zlat. A maioria dos pais das crianças não foi informada com antecedência da manifestação e inundou a escola com ligações depois de ver a reportagem.

Durante a exibição, o líder da unidade é visto ordenando que seus subordinados mostrem aos alunos reunidos como atacar em diferentes posições, enquanto uma faixa com a inscrição "vida pela pátria, honra a ninguém!" é vista na parede.

Críticos chamaram demonstrações semelhantes de poder militar para jovens russos de uma tentativa equivocada das autoridades de criar uma base leal de futuros eleitores.

"Acredito que demonstrações de força física contra os cidadãos não podem de forma alguma arraigar o patriotismo e o amor pela pátria", escreveu a deputada local Olga Mukhometyarova em um post de mídia social na segunda-feira.

O gabinete do prefeito de Zlatoust ligou para o diretor da escola para descobrir as circunstâncias da manifestação, informou o site de notícias Podyom da Rússia, depois que os canais nacionais publicaram segmentos sobre o vídeo.

No início deste mês, crianças em idade escolar na cidade receberam exibições de manuseio de fuzil e luta por garotos e moças usando camisetas com o logotipo do Ministério de Situações de Emergência.

Mais recentemente, as unidades policiais da república do Tartaristão recrutaram alunos do nono ano para se apresentarem como manifestantes em uma demonstração de táticas de dispersão de multidões. A polícia disse que estava investigando o incidente, que foi filmado na sexta-feira passada.

"O país inteiro está discutindo como a polícia do Tartaristão praticou dispersar comícios com crianças em idade escolar", escreveu Mukhometyarova.

"[Agora nossa] região também se destacou", acrescentou.

Nota do Tradutor: Esse tipo de comportamento não é novidade na Rússia. Com o fim da URSS em 1991, com a ideia do "patriotismo se esvaindo diante do perverso capitalismo", vários grupos russos de treinamento paramilitar para jovens foram criados - primeiro de forma natural, e depois apoiados ativamente pelo estado - emulando as antigas turmas de desportos da era soviética (que serviam de preparação militar antes dos 18 anos). O documentário à seguir mostra alguns desses grupos.

domingo, 26 de janeiro de 2020

FOTO: Spetsnaz no Afeganistão, 1986

Capitão Pavel Bekoev do 177º Destacamento Spetsnaz soviético com um M1 Garand capturado no Afeganistão, 1986. Seu companheiro tem um silenciador PBS1.

Versão colorizada no aqui.

Bibliografia recomendada:

Spetsnaz:
The inside story of the Soviet special forces.
Viktor Suvorov.

Leitura recomendada:




FOTO: Grupo Alfa no Afeganistão20 de março de 2020.

FOTO: Flâmula no Afeganistão30 de abril de 2020.

FOTO: Hinds afegãos26 de abril de 2020.

FOTO: T-62M no Passo de Salang, 28 de janeiro de 2020.

sábado, 18 de janeiro de 2020

Invasão Spetsnaz em um orfanato russo


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 18 de janeiro de 2020.

Forças Especiais russas, Spetsnaz, tomaram de assalto um dos orfanatos da Rússia para... desejar às crianças um feliz natal, distribuir presentes e até mesmo participar de cantigas natalinas com as crianças. As fotos são do Ministério do Interior da Federação Russa.

Uma unidade policial local no Distrito Autônomo de Yamalo-Nenets compartilhou fotos do evento: cinco operadores Spetsnaz caminhando pelo orfanato de uniforme completo, usando máscaras, coletes à prova de balas e chapéus de Papai Noel interagiram com as crianças e aparecem uma uma roda de ciranda em uma das fotos.



O Natal russo é comemorado segundo o calendário Juliano da Igreja Ortodoxa Russa no dia 25 de dezembro que, no calendário Gregoriano, cai no dia 7 de janeiro - data da publicação das fotos no Twitter. 

Os usuários de modo geral aplaudiram a iniciativa, mas alguns condenaram a ideia de comandos fardados "assustando" crianças. No entanto, as fotos mostram os órfãos muito confortáveis perto dos Spetsnaz, mas ainda assim as fotos foram apagadas do Twitter no dia 15 de janeiro; estando disponíveis em artigos de notícias na internet.







domingo, 5 de janeiro de 2020

Por que a equipe comando do Grupo Alfa da Rússia é verdadeiramente assustadora

Operadores do Grupo Alfa.

Por Darien Cavanaugh, Special Ops Magazine, 17 de março de 2019.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 02 de janeiro de 2020.

A Rússia e a milícia islâmica libanesa Hezbollah tornaram-se aliados próximos na guerra civil na Síria, com os dois apoiando o regime do presidente sírio Bashar al-Assad no conflito. O relacionamento deles nem sempre foi tão amigável. Quando membros do Hezbollah seqüestraram quatro diplomatas russos em 1985, matando um deles, a Rússia enviou o Grupo Alfa da KGB para lidar com a situação.

O Grupo Alfa é parte rede de espiões, equipe de contraterrorismo e equipe de comandos de propósito geral - e totalmente aterrorizante.

Primeiro ganhou notoriedade por liderar o ataque ao palácio presidencial de Cabul durante as fases iniciais da invasão russa do Afeganistão em 1979. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, seus membros participaram de várias derrubadas notórias de terroristas, insurgentes e seqüestradores.

Quando a KGB e partes das forças armadas soviéticas tentaram um golpe em 1990, os membros do Grupo Alfa foram encarregados de tomar o parlamento em Moscou e neutralizar o então presidente Boris Yeltsin.

O Grupo Alfa sobreviveu ao colapso da União Soviética e atualmente opera sob os auspícios do FSB, o sucessor do KGB. No entanto, seu confronto com o Hezbollah durante a crise dos reféns no Líbano continua sendo uma das operações mais discutidas e surpreendentemente brutais.

A KGB criou o Grupo Alfa - ou Spetsgruppa A - em 1974, em resposta aos ataques do Setembro Negro nas Olimpíadas de Munique, dois anos antes.

Oito terroristas ligados à Frente de Libertação da Palestina se infiltraram na Vila Olímpica, mataram dois atletas israelenses e fizeram vários outros reféns. A polícia da Alemanha Ocidental fracassou numa tentativa de resgate no aeroporto da OTAN horas depois. Outros nove israelenses morreram lá, junto com cinco dos terroristas e um policial alemão ocidental.

O Grupo Alfa formou-se na seqüência do fiasco. Mas o grupo rapidamente assumiu um papel mais amplo do que o mero contraterrorismo.

Comandos do Grupo Alfa da KGB no Afeganistão com capacetes de titânio suíços PSH-77, anos 80.

Quando a União Soviética invadiu o Afeganistão em 1979, o Grupo Alfa e o Grupo Zênite da KGB, outra unidade de forças especiais, lideraram um contingente de 700 soldados no ataque ao Palácio Tajbeg em Cabul*, de acordo com David Cox em seu livro Close Protection: The Politics of Guarding Russia's Rulers (Proteção Aproximada: A política de guardar os governantes da Rússia).

*Nota do Tradutor: O Alfa participou da Operação Tempestade-333 (quando os destacamentos Alfa e Zênite apoiaram o 154º Destacamento Independente das Spetsnaz - conhecido como "Batalhão Muçulmano" - do GRU em uma missão para derrubar e matar o presidente afegão Hafizullah Amin, em seu palácio de Tajbeg em Cabul.

Os comandos entraram no país sob os auspícios da proteção da embaixada russa. O ataque ao palácio de Tajbeg em 27 de dezembro de 1979 foi a primeira fase da invasão soviética. O presidente afegão Hafizullah Amin estava dando uma festa no palácio naquela noite. Inúmeros convidados civis e residentes do palácio, incluindo mulheres e crianças, estavam presentes quando o ataque começou.

Um membro das forças especiais que participou do ataque disse à BBC em 2009 que os oficiais encarregados ordenaram que os soldados matassem todos no edifício.

(1) Operador do “Batalhão Muçulmano”; Operação “Tempestade-333”, Cabul, 1979. (2) Operador do 411º Destacamento, Vale de Panjishir, 1985. (3) Sargento, 173° Destacamento, província de Kandahar, 1987. (4) Medalha afegã por bravura.
(Ilustração de Johnny Shumate / Osprey Publishing)

"Eu era um soldado soviético", lembra Rustam Tursunkulov. “Fomos treinados para aceitar ordens sem questionar. Eu estava nas forças especiais - é o pior trabalho.”

Uma afegã chamado Najiba estava dentro do palácio quando os soviéticos chegaram. Ela tinha apenas 11 anos na época. "As coisas que vi", disse Najiba à BBC. “Meu Deus - pessoas no chão. Eu vi uma pessoa... como uma cena de um filme de pesadelo. Cadáveres. Muitos."

"Por favor, tente entender que, quando há uma batalha, é difícil saber que há crianças lá", explicou Tursunkulov. "Em qualquer exército, deve haver alguém que faça as tarefas mais severas e terríveis. Infelizmente, não são soldados, mas políticos que fazem guerras."

O Palácio Tajbeg como quartel-general do 40º Exército Soviético em 1987.

O filho de 11 anos de Amin foi morto no ataque ao palácio, e o próprio Amin morreu durante a ação ou logo depois - talvez executado. Segundo Tursunkulov, os corpos de todos os mortos no palácio foram embrulhados em tapetes e enterrados nas proximidades sem cerimônia.

O Grupo Alfa continuou a liderar os esforços da KGB em contraterrorismo e contrainteligência doméstica até os anos 80. A unidade mirou agentes e operadores da CIA, e liderou a operação contra os seqüestradores do vôo 6833 da Aeroflot em Tbilisi, na Geórgia, em 1983. Eles mataram três dos seqüestradores e capturaram o restante, mas perderam cinco reféns.

Foi o envolvimento do grupo em uma crise de reféns em 1985 no Líbano que deu ao Grupo Alfa uma reputação internacional como uma unidade contra-terror cruel - mas eficaz.

Em 20 de setembro de 1985, a Organização de Libertação Islâmica, parte do Hezbollah, sequestrou quatro diplomatas russos em Beirute. Uma mensagem dos terroristas "alertou que os quatro prisioneiros soviéticos seriam executados, um a um, a menos que Moscou pressionasse milicianos pró-Síria a cessar o bombardeio de artilharia de posições mantidas pelas milícias fundamentalistas pró-Irã na cidade portuária de Trípoli, no norte do Líbano", de acordo com relatório contemporâneo de Jack McKinney, do Daily News da Filadélfia.

Moscou inicialmente tentou abrir canais de comunicação na esperança de negociar a libertação de reféns. Mas depois que os captores executaram um dos russos, Moscou enviou o Grupo Alfa.

Os reféns restantes foram libertados dentro de algumas semanas, o que surpreendeu os jornalistas, considerando que muitos reféns tomados no Líbano foram mantidos por meses ou até anos.

O General de Brigada Ghazi Kanaan, que era o chefe de inteligência das forças sírias no Líbano na época, foi originalmente creditado por orquestrar a libertação dos russos. Esse relato foi divulgado para jornalistas de outros países.

"Jornalistas ocidentais relataram que os seqüestradores foram forçados a libertar os reféns porque uma busca bloco-a-bloco por milicianos pró-Síria estava chegando perto deles", escreveu McKinney.

No entanto, de acordo com fontes israelenses citadas no Daily News, foi na verdade a KGB que negociou a libertação. E no livro Hezbollah: The Global Footprint of Lebanon's Party of God*, Matthew Levitt esclarece que não eram apenas seus agentes KGB comuns. Era o Grupo Alfa.

*NT: o título em português ficaria Hezbollah: A pegada global do Partido de Deus no Líbano.

"Em uma recontagem", escreve Levitt, "a KGB sequestrou um parente do chefe da organização que tomava reféns, cortou a orelha do parente e o enviou para sua família. Em outro, a unidade Alfa sequestrou um dos irmãos do seqüestrador e enviou dois dedos para sua família, em envelopes separados.

“Ainda outra versão tem os agentes soviéticos sequestrando uma dúzia de xiitas, um dos quais era parente de um líder do Hezbollah. O parente foi castrado e baleado na cabeça, seus testículos enfiados na boca e seu corpo enviado ao Hezbollah com uma carta prometendo um destino semelhante para os outros 11 cativos xiitas, se os três reféns soviéticos não fossem libertados.”

Embora os detalhes das várias "recontagens" sejam diferentes, o efeito é praticamente o mesmo. Dado o fato do Grupo Alfa ter sido despachado para Beirute, e de que os reféns foram libertados tão rapidamente quando outros países, incluindo os Estados Unidos, falharam em facilitar respostas tão prontas dos seqüestradores no Líbano, parece razoável que fosse o Grupo Alfa, em vez de uma busca síria que levou à liberação rápida.

Operadores do Grupo Alfa em treinamento de CQB, o distintivo da unidade é visível.

A Rússia tem uma política de longa data de atacar membros da família de terroristas. Os relatórios das ações alegadas do Grupo Alfa em Beirute são consistentes com essa tradição.

A saga de Beirute é sem dúvida a mais sensacional das operações do Grupo Alfa. Mas a unidade continuou a desempenhar um papel proeminente nos esforços militares, de inteligência e contraterrorismo soviéticos e russos.

Um destacamento lituano do Grupo Alfa tentou reprimir o movimento de secessão no país em janeiro de 1991, matando 14 civis e ferindo centenas mais quando eles tomaram a torre de televisão de Vilnius.

Mais tarde, no mesmo ano, comandos do Grupo Alfa assaltaram o parlamento russo durante um golpe contra o presidente soviético Mikhail Gorbachov. Eles foram instruídos a capturar o presidente da Federação Russa Boris Yeltsin - ou matá-lo, caso parecesse que ele poderia escapar.
Vinte comandos do Grupo Alfa recusaram a ordem, adiando a missão por tempo suficiente para o golpe entrar em colapso.

Operadores do Grupo Alfa durante o cerco ao parlamento russo, em agosto de 1991.

Mais recentemente, a unidade de contraterrorismo esteve envolvida no fim da crise dos reféns na escola de Beslan, na Ossétia do Norte, em 2004. Durante a batalha entre o Grupo Alfa e dezenas de terroristas, 330 pessoas morreram, incluindo 186 crianças.

Os comandos do Grupo Alfa foram criticados pelo uso imprudente de força excessiva em Beslan, observa Glenn Peter Hastedt em Spies, Wiretaps and Secret Operations. O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu seus operadores especiais, dizendo que eles não planejavam invadir a escola e o fizeram apenas depois de relatos de que os terroristas começaram a executar as crianças do lado de dentro.

Também houve relatos do Grupo Alfa lutando na guerra civil na Ucrânia.

Texto postado no Special Ops Magazine pelo membro Eric SOF, ele foi inicialmente postado por Darien Cavanaugh no site War is Boring em 2016.