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sábado, 4 de julho de 2015

UNITED DEFENSE M-2/ M-3 BRADLEY. O veículo de combate de infantaria bom de briga.


FICHA TÉCNICA 
Velocidade máxima: 66 Km/h.
Alcance máximo: 483 Km.
Motor: Cummins VTA-903T a diesel, com 8 cilindros e com 600 hp de potencia.
Peso: 22,94 Toneladas.
Altura: 2,97 m.
Comprimento: 6,55 m.
Largura: 3,61 m
Tripulação: 3+6 soldados equipados.
Armamento: 1 canhão Bushmaster M-242 Chain Gun em calibre 25 mm com 900 granadas; 1 metralhadora coaxial M-240 cal 7,62X51 mm  com 2400 munições, 1 lançador duplo de mísseis BGM-71 TOW com 6 mísseis para recarga. 8 granadas de fumaça.
Trincheira: 1,65 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 4
Obstáculo vertical: 0,91 m
Passagem de vau: Anfíbio.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
O veículo de combate e transporte de tropas sobre lagartas M-2 Bradley e seu irmão M-3 usado em missões de reconhecimento e combate, representam um dos principais blindados sobre lagartas do exercito do Estados Unidos atualmente. Ele foi projetado no final dos anos 70 e colocado em serviço no começos dos anos 80 do século passado para poder combater e sobreviver no teatro de operação europeu durante a fase final da guerra fria, quando se esperava um campo de batalha de alta intensidade composto por uma forte oposição de muitos blindados MBT soviéticos em uma eventual ocupação da Europa ocidental. Seguindo essa ideia, o Bradley é protegido por uma blindagem de alumínio capaz de resistir a impactos de projéteis perfurantes de blindagem em calibre 14,5 mm perfurantes de blindagem (armor piercing), muito comum nas metralhadoras pesadas usadas pelo extinto Pacto de Varsóvia.  Versões mais recentes deste veículo, como a M-2A3 possui uma blindagem melhorada com a instalação de placas de blindagem passiva de titânio ou de blindagens reativa ERA, para poder resistir a impactos de projéteis de 30 mm, foguetes RPG e mísseis ATGW (antitanque). O habitáculo do Bradley é preparado para operar em ambiente NBC (nuclear, químico e bacteriológico).

Acima: Os Estados Unidos são, naturalmente, o maior operador do M-2 Bradley com 2300 unidades além de 468 unidades do M-3, a versão de reconhecimento do Bradley.
O Bradley substituiu os antigos blindados M-113 que ainda são usados pelo exercito e marinha do Brasil. As diferenças entre o Bradley e o M-113 são bastante grandes, começando pela proteção blindada, que no M-113 é bastante fraca e pela capacidade, efetiva, do Bradley participar, ativamente, do combate, que com o M-113 não ocorria, uma vez que o M-113 é um mero transportador de tropas, com poucos recursos ofensivos, normalmente composto por uma metralhadora M-2 calibre 12,7 mm (. 50). 
A propulsão do Bradley é composta por um motor a diesel fabricado pela Cummins, dos Estados Unidos, modelo VTA-903T com 8 cilindros e que produz 600 hp de potencia capazes de levar esse blindado de 22,94 toneladas a uma velocidade máxima de 66 km/h. O Bradley tem uma autonomia de 483 km e possui capacidade anfíbia, sendo capaz de navegar a uma velocidade de 7,2 km/h. A versão M-2, de transporte de tropas, tem capacidade de transportar 6 soldados totalmente equipados, mais sua tripulação composta por três homens que são o comandante, o artilheiro e o motorista. Já versão M-3, de reconhecimento transporta cinco tripulantes, sendo eles, dois batedores, o comandante, o artilheiro e o motorista.

Acima: O Bradley consegue uma velocidade máxima de 66 km/h graças a seu potente motor Cummins VTA-903T que produz 600 Hp de potência.
O armamento do Bradley é particularmente pesado para um veículo de combate de infantaria e conta com uma torre  armada com um canhão automático M-242 de 25 mm, do tipo Chain Gun, fabricado pela Bushmaster. Este canhão dispara a uma cadencia de 200 tiros por minuto, normalmente, porém pode ter essa cadência acelerada para até 500 tiros por minuto. A granada de 25 mm usada é capaz de penetrar em diversos tipos de blindagens, a uma distancia efetiva máxima de 3000 metros, sendo um sério problema para viaturas blindadas leves do inimigo. O M-2 Bradley transporta 900 granadas de 25 mm para o seu canhão enquanto que o M-3, versão de reconhecimento e combate, transporta até 1200 granadas. Destas, 300 estão prontas para o disparo.
Uma metralhadora coaxial do modelo M-240 (FN Mag) em calibre 7,62X51 mm está montado a direita do canhão de 25 mm. Para a metralhadora, há 2200 munições. Já para destruir tanques inimigos, o Bradley está armado com um lançador duplo para mísseis BGM-71 TOW. Este famoso míssil é guiado por fibra óptica e seu alcance é de 3750 metros. Sua ogiva pesa 6 kg e é capaz de fazer um sério estrago na blindagem dos carros de combate atuais. O Bradley transporta, ao todo, 6 mísseis TOW. Esse armamento permite ao Bradley impor respeito a qualquer tipo de carro de combate no campo de batalha.

Acima: Esta foto mostra o momento do lançamento do míssil anti tanque BGM-71 TOW. Com esta arma, o Bradley pode ser uma dor de cabeça até para um MBT inimigo.
Os blindados Bradley receberam, recentemente, uma atualização em seus sistemas eletrônicos, com a instalação do sistema IBAS (Improved Bradley Acquisition Subsystem), composto por um moderno FLIR de segunda geração que fornece imagem em qualquer situação climática, de dia ou de noite. Além do FLIR, há uma câmera de TV com imagem eletrooptica e um telêmetro laser. O computador de controle de fogo calcula os parâmetros de tiro através da avaliação do tipo de munição, e dados recebidos do telêmetro a laser e outros sensores.  O veículo possui, ainda, um sistema de navegação que usa dados recebidos da rede de satélites GPS e de uma unidade de navegação inercial. O motorista conta com um sistema de visão noturna AN/VVS-2 fornecido pela Northrop Grumman, que permite a ele dirigir o veículo em condições de baixíssima visibilidade.

Acima: O veículo desta foto é uma das variantes menos conhecida do Bradley, e é chamada M-6 Linebacker que teve os mísseis TOW substituídos por um lançador quadruplo de mísseis Stinger. Este modelo não está em serviço.
Com a mudança na doutrina militar aplicada às forças terrestres, visando a mobilidade, acima de tudo e a capacidade de combate em áreas urbanas, o M-2/ M-3 Bradley, tem sentido uma diminuição na sua importância no arsenal do exercito dos Estados Unidos. Porém, nos desertos do oriente médio, a Arábia Saudita possui 400 unidades do M-2A2 Bradley sendo ó único operador estrangeiro deste blindado, ainda pode contar com a maquina de guerra formidável que é o Bradley, em combates em áreas abertas. O governo iraquiano está negociando a possível aquisição de 200 unidades do M-2A2 ODS, mas ainda não assinou um contrato de aquisição.

Acima: O M-2A2 Bradley transporta 3 tripulantes mais 6 soldados totalmente equipados. O espaço interno não é dos maiores, porém o veículo tem uma proteção blindada mais espessa. 



ABAIXO TEMOS UM DOCUMENTÁRIO EM VÍDEO SOBRE O M-2 BRADLEY. 


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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

PATRIA AMV. Um moderno conceito com tração 8X8.

FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 100 Km/h.
Alcance Maximo: 800 Km (em rodovia) 600 km (off road).
Motor: Motor Caterpillar C-9 com 400 hp a diesel.
Peso: 17 toneladas (vazio) 27 Toneladas (máximo).
Altura: 2,4 m.
Comprimento: 7,9 m.
Largura: 2,8 m
Tripulação: 2 +10 soldados equipados.
Armamento: Metralhadora FN Mag cal 7,62X51 mm, um lançador automático de granadas LAG-40 de 40 mm, ou uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm)
Trincheira: 2,1 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,70 m
Passagem de vau: Anfíbio.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O exército da Finlândia estava usando um veículo blindado sobre rodas para transporte de tropas e reconhecimento conhecido como Patria XA-180  Pasi, configurado com tração 6X6 e que foi bastante popular na década de 80 do século passado. Com a evolução da dinâmica do campo de batalha, surgiu a necessidade de um veículo mas capaz, protegido e com maior flexibilidade de emprego. Com esse objetivo traçado, o exército finlandês queria um veículo modular, para que não fosse necessário grandes mudanças estruturais para adaptar a missões diferentes e que, acima de tudo, fosse configurado para tração 8X8. Os estudos começaram em 1999 e um primeiro protótipo do veículo que foi chamado de AMV (Armored Modular Vehicle) ou "Veículo Blindado Modular" foi entregue em 2001 pela empresa Patria. As primeiras encomendas ocorreram nos anos subsequentes e as entregas começaram em 2004.
Acima: De conceito ultrapassado e pouco eficiente dentro dos novos desafios do campo de batalha do seculo XXI, o popular XA-180  Pasi precisou ser substituído por um veículo muito mais capaz no final da década de 90 do seculo passado.
Um aspecto que chama a atenção quando tratamos do AMV é sua resistente proteção blindada. Graças a sua elevada modularidade, a blindagem pode ser reforçada até o limite de resistir a granadas de 30 mm perfurante APFSDS no arco frontal do veículo. Sem preparação alguma, o AMV padrão suporta impactos de munição calibre 7,62X51 mm por todos os lados. Sua resistência a minas ou IEDs é considerável também, podendo resistir a explosões equivalente a 10 kg de TNT sob seu assoalho. Para se ter uma ideia da boa proteção do AMV, basta observar que dois AMVs poloneses destacados no Afeganistão foram atingidos por RPG-7 sem que houvesse penetração e sua blindagem. O AMV vem com proteção para ambientes NBQ (Nuclear Biológico e Químico) e sistemas contra incêndio no veículo como padrão de todas as versões.
Acima: O AMV é um dos mais modernos veículos modulares do mundo atualmente. Sua capacidade de proteção, mobilidade e flexibilidade de emprego são admiráveis, mas tem seu custo.
A excelente mobilidade do AMV é fornecida por, alternativamente, dois modelos de motores Scania, podendo ser um DC-12 com 480 Hps ou um DI-12, mais potente, com 530 Hps, ambos movidos a diesel. A escolha do motor varia de acordo com a escolha do cliente e da variante do AMV. Com qualquer uma dessas duas opções de motorização, o AMV atinge 100 km/h em estrada e consegue uma autonomia de 800 km em estradas ou 600 km em terreno irregular. Uma característica do AMV que considero interessante é que, mesmo ele podendo virar as quatro rodas da frente, ele ainda pode travar todas as rodas de um lado para fazer curvas, como um carro de combate sobre lagartas. O veículo é anfíbio e possui duas hélices propulsoras que permitem uma velocidade de navegação de 10 km/h.
Acima: Desenvolvido para operar em qualquer tipo de ambiente e ter alta mobilidade, o AMV pode ser equipado com dois modelos de motores fabricados pela Scania. Sua velocidade, em qualquer um dos tipos pode superar 100km/h.
O armamento básico que pode ser usado no AMV é composto por metralhadoras de uso geral FN MAG em calibre 7,62X51 mm, porém não há problemas para instalar metralhadoras de modelos diferentes caso o cliente assim queira. No lugar da metralhadora pode ser instalado um lança granadas automático LAG-40 de 40 mm capaz de lançar 215 granadas por minuto. Alternativamente pode ser instalado uma metralhadora pesada M-2HB em calibre 12,7 mm (cal .50). Versões especiais como o AMC HWP (Heavy Weapon Plataform) pode ser equipado com sistemas de armas mais pesados como o sistema de lançamento de morteiro automático AMOS (Advanced Mortar System), em calibre 120 mm capaz de disparar 16 morteiros por minuto garantindo um consistente suporte de fogo de campo de batalha a distancia de até 10 km ou até 1550 metros com fogo direto. A Patria desenvolveu, também um lançador de morteiro automático remotamente controlado chamado de Nemo, que também lança morteiros de 120 mm. A empresa CMI Defense disponibiliza a torre Cockerill LCTS 90MP com um canhão calibre 90 mm para o AMV que permitira ele operar em missões de reconhecimento e caça tanques. Pode, ainda, receber torres com canhões de 25 ou 30 mm de diversos modelos e origens assim como lançadores de mísseis antitanque.
Acima: O moderno sistema de morteiros automáticos AMOS instalado no AMV permite alta cadência de tiro e eficiente suporte de fogo até 10 km de distancia.
O AMV é um produto premium em um mercado com muitas opções de diversas qualidades, capacidades e, acima de tudo, preço. Hoje a Suécia, Finlândia, Polônia, Croácia, Eslovênia e África do Sul operam este moderno e capaz veículo. Os Estados Unidos está avaliando o AMV, através de uma joint venture entre a Patria e a poderosa empresa de defesa Lockheed Martin (fabricante do caça F-22 Raptor e do F-35 Lightining II) que está oferecendo o AMV com o nome de "Havoc" para osseu corpo de fuzileiros navais dos (USMC). O Emirados Árabes Unidos também está avaliando o AMV para suas forças armadas. O Brasil chegou a avaliar o modelo que poderia ser construído no Brasil pela Imbel, porém, o modelo foi preterido em favor do modelo Guarani da Iveco. O elevado custo do AMV, cerca de U$ 3 000 000,00 cada um deve ter sido decisivo na desclassificação do modelo no Brasil.
Acima: Outro armamento avançado que pode ser empregado no AMV é o morteiro NEMO, mais leve que o sistema AMOS,, mas com o mesmo calibre, 120 mm, com cadência de 10 tiros por minuto.

Acima: Um protótipo de um AMV armado com uma torre Cockerill LCTS 90MP com canhão de 90 m m que pode ser usado como caça tanques.


ABAIXO TEMOS UM VÍDEO PROMOCIONAL DA PATRIA SOBRE O AMV.

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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

FOOD MACHENERY CORP M-113. Um clássico blindado de transporte de tropas

FICHA TÉCNICA (M-113A2)
Velocidade máxima: 67,6 Km/h.
Alcance máximo: 595 Km (em rodovia).
Motor: Motor GMC Detroit Diesel 16V-53 com 215 hp.
Peso: 11,2 Toneladas.
Altura: 2,52 m.
Comprimento: 4,86 m.
Largura: 2,68 m
Tripulação: 2 +11 soldados equipados.
Armamento: Metralhadora FN Mag cal 7,62X51 mm, um lançador automático de granadas LAG-40 de 40 mm, ou uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm), Um lançador de mísseis TOW, entre muitas outras armas que variam de acordo com a versão.
Trincheira: 1,65 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,60 m
Passagem de vau: Anfíbio. 

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
Alguns sistemas de armas causam tamanho impacto na história militar que acabam se tornando clássicos e  se mantém operacionais por muito mais tempo do que seus similares. O veiculo M-113 que trataremos a partir de agora se encaixa perfeitamente dentro dessa categoria. Projetado pela  FMC (Food Machinery Corp) no final da década de 50 do século passado, entrou em serviço em 1960 e foi logo enviado para o sudeste asiático prestar apoio as tropas dos Estados Unidos no Vietnã. A grande sacada do M-113 é que ele foi o primeiro blindado fabricado com blindagem feita em  liga de alumínio 5083 o que permitiu uma significativa redução de seu peso, sendo que ele pesa 11600 kg, valor este que se equipara a de veículos sobre rodas, normalmente mais leves que os veículos sobre lagartas. Essa blindagem é suficiente para proteger sua tripulação de 11 soldados mas motorista e artilheiro, contra armas leves (até 7,62 mm). Porém, o M-113 deu origem a dezenas de variantes, sendo algumas com blindagem bastante reforçada.
Acima: O Brasil é um dos maiores operadores do M-113. recentemente se iniciou um programa de modernização deste veículo que o manterá em serviço por muitos anos ainda.
Graças a muitas variantes, a propulsão do M-113 foi, igualmente modificada em muitas nações, porém o principal modelo, o M-113A2 usa um motor GMC Detroit Diesel 16V-53 que desenvolve 215 HP de força, que levam o veículo a velocidade máxima, em estrada, de 67,6 km/h. A transmissão é do tipo automática e foi fornecida pela Allison. A autonomia, também em estrada, chega a 595 km. O M-113 tem capacidade anfíbia para operar em rios e lagos, porém não sendo capaz de operar em mar aberto devido a ausência de sistema de propulsão por hélice.  Na água, a propulsão é feita pelas próprias lagartas do veiculo. A versão em uso no exército brasileiro usa um motor diferente, modelo turbo diesel Mercedes Benz OM-352-A 6 com 6 cilindros em linha menos potente, com 180 HP.
Acima: A versão de transporte de tropas do M-113 transporta 11 soldados equipados, além de seus tripulantes.
A simplicidade do projeto do M-113 veio a ajudar as coisas para facilitar a adaptação dele a inúmeras missões que vão desde o transporte de tropas, passando por centro de comando, sistema antiaéreo com o míssil Chaparral (que não foi bem sucedido), até o sistema M-163 , também antiaéreo, e que usa um canhão M-61 Vulcan em calibre 20 mm. A versão de transporte de tropas, no entanto, é armada com uma metralhadora pesada M-2HM em calibre .50 (12,7X99 mm). No caso do modelo usado no Brasil, essa metralhadora fica dentro de uma semi torre blindada que presta uma proteção ao artilheiro da qual, nos exemplares norte americanos, por exemplo, não tem esse "luxo". Outras armas como a metralhadora FN MAG ou M-60 em calibre 7,62 mm podem ser usada no lugar da M-2HB. Existe, ainda , a possibilidade de se instalar um lançador de mísseis anticarro BGM-71 TOW cujo alcance pode chegar a 4200 metros e com guiamento por fio.
Uma versão, particularmente interessante é a AIFV ((Armored Infantry Fighting Vehicle ou veículo de combate de infantaria blindado) que é uma das versões mais bem armadas do M-113 tendo uma torre com um canhão KBA-B02 de 25 mm que dispara 600 tiros por minuto e ainda tem uma metralhadora FN MAG calibre 7,62 X 51 mm para apoio.
Acima: O M-163 é uma das versões de defesa antiaérea do M-113. Este da foto, além de seu canhão gatling M-61 Vulcan em calibre 20 mm, está armado com um lançador quadruplo de mísseis FIM-92 Stinger. 
Mesmo sendo um projeto com mais de 50 anos de idade, o M-113 continua em operação com plena saúde e isso não deve mudar em curto ou médio prazo. Os Estados Unidos ainda operam 6000 unidades desse veículo. O Brasil, acostumados com números minguados de seus equipamentos, tem uma quebra de padrão com o M-113. Temos uma respeitável quantidade  de 548 unidades deste clássico blindado que está passando por um processo de modernização para adequação as novas necessidades táticas e que deverá manter o M-113 no exército por muito anos ainda. No Brasil, o corpo de fuzileiros navais também fazem uso do M-113. Muitos outros países ainda mantem diversas versões do M-113 operacionais e estão modernizado ele o que, realmente reforça a perspectiva de muitos anos de serviço a o valente blindado.
Acima: O M-113 pode ser configurado para operar como uma ambulância de combate, função bastante usada deste veículo.
Acima: Israel, outro grande operador do M-113, usou sua criativa industria de defesa e desenvolveu um kit de proteção composto por uma blindagem reativa ERA para evitar que granadas propulsadas por foguetes RPG possam destruir seus M-113.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O M-113.

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

MOWAG PIRANHA III. O sucesso suiço para apoio da infantaria.


FICHA TÉCNICA (Piranha III C CFN Brasil)
Velocidade máxima: 100 Km/h.
Alcance Maximo: 750 Km (em rodovia).
Motor: Motor Caterpillar C-9 com 400 hp a diesel.
Peso: 22 Toneladas (máximo).
Altura: 2,18 m.
Comprimento: 7,58 m.
Largura: 2,66 m
Tripulação: 2 +12 soldados equipados.
Armamento: Metralhadora FN Mag cal 7,62X51 mm, um lançador automático de granadas LAG-40 de 40 mm, ou uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm)
Trincheira: 2 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,60 m
Passagem de vau: Anfíbio. 

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O veículo blindado Piranha, da Mowag suíça, representa uma das mais bem sucedidas famílias de veículos blindados multifuncionais do ocidente tendo sido entregues cerca de 8000 unidades em suas diversas versões. Seu projeto data do final dos anos 60 e seu primeiro protótipo ficou pronto em 1972. O projeto foi feito sem apoio do governo, ou seja, com dinheiro da própria MOWAG, o que não costuma ser comum nesse segmento de sistema de armas. Suas quatro gerações (já existe uma quinta em desenvolvimento), em suas muitas versões têm se mostrado com grande capacidade de se adaptar nas mais diferentes missões como o simples transporte de tropas, ao combate direto como caça tanques através da sua ultima versão, a M-1128 do Exercito dos Estados Unidos.
A terceira geração deste blindado, conhecida como Piranha III, é o foco deste artigo, pois o corpo de fuzileiros navais do Brasil usa este excelente carro blindado.

Acima: O Piranha III é um dos mais populares veículos de transporte de tropas de todo o mundo. Nessa foto um exemplar do exército romeno.
Atualmente a Mowag faz parte da General Dynamics European Land Combat Systems que fabrica e desenvolve o Piranha III, que também é conhecido como LAV-III e pode ser encontrado nas configurações 6X6, 8X8 e 10X10.
O exercito dos Estados Unidos usa uma versão do Piranha III chamada localmente de LAV-25 e que, também possui diversas versões especiais que o manterão em serviço por muitas décadas ainda. Certamente que muito das experiências de combate dos Estados Unidos nas guerras do Iraque e do Afeganistão, geraram conhecimentos para serem aplicados em soluções nas novas gerações do Piranha.
Acima: O LAV-25 é uma versão do Piranha III usada pelo exército canadense e pelos fuzileiros navais dos Estados Unidos. Seu armamento é pouco mais pesado que o Piranha IIIC padrão.
A modularidade deste veículo permite a instalação de diversos tipos de motorização para ir de encontro com as necessidades do cliente. Ao todo estão disponíveis, hoje, 5 motores, sendo eles:
- MTU 6V183 TE 22 com 400 hp a 2300 rpm (Alemão)
- Scania DSJ9 48A com 400 hp a 2300 rpm (sueco)
- Caterpillar 3126 com 400 hp a 2500 rpm (Estados Unidos) (usada pelo Brasil)
- Detroit Diesel 6V53TA com 350 hp a 2800 rpm (Estados Unidos)
- Cummins 6CTAA8-3 T350 com 350 hp a 2200 rpm (britânico)
Com qualquer um desses motores a transmissão é feita automaticamente. A suspensão hidropneumática e de ajuste individual para cada roda é conjugada com um sistema central de calibragem dos pneus (CTIS) permite mobilidade elevada em qualquer tipo de terreno. Os freios são do tipo ABS e a velocidade  máxima do Piranha III é de 100 km/h, sendo de 30 a 40 % mais rápida que a atingida pelos veículos sobre lagartas. Outra característica do Piranha III relacionado a sua mobilidade é a sua capacidade anfíbia, sendo que há dois lemes e duas hélices que permitem uma velocidade de navegação de 8 km/h.
Acima: O Exército dos Estados Unidos usa o 4466 unidades da família Stryker, outro derivado do Piranha III, para funções de transporte de tropas, comando, ambulância, reconhecimento entre outras.
A blindagem do Piranha III também é modular e por isso varia de resistência contra projéteis de armas leves, como fuzis 7,62X51 mm, passando por proteção contra munição .50 e podendo, ao extremo ser blindada contra granadas de 40 mm.  A necessidade dessas proteções será decidida por cada cliente. O assoalho é construído com proteção anti-minas. Há previsão para uso de filtros contra guerra QBN (Química, biológica e nuclear), que é típico nesse tipo de veículo de projeto mais recente.

Acima: A saída da tropa do Piranha IIIC se dá por trás do veículo permitindo uma boa proteção aos soldado nesse momento critico. Foto: Alexandre Galante do site: www.forte.jor.br
A versão para transporte de tropas com a configuração 8X8 pode transportar até 12 soldados totalmente equipados além da tripulação de 2 homens. As versões especiais, de reconhecimento, ambulância, e antitanque, transportam numero de soldados bem menor, devido as necessidades de transporte de munição e sistemas de miras e armamentos.
Falando em armamentos, o piranha III pode ser equipado com metralhadoras calibre 7,62X51 mm de diversos modelos, metralhadoras M-2HB .50 (12,7 mm), lançadores automáticos de granadas como o LAG-40, em calibre 40 mm, da empresa Santa Barbara espanhola ou outros modelos como o General Dynamics MK-19 norte americano.  Uma torre com um canhão automático M-242 de 25 mm, do tipo Chain Gun, fabricado pela Bushmaster dos Estados Unidos, pode ser instalada. Os Piranhas III norte americanos, conhecidos como LAV-25 usam esta torre. Este canhão possui uma cadencia de tiro de 200 tiros por minuto. Uma versão do Piranha norte americano chamado de M1128 MGS (Mobile Gun System)  pode ser equipado com um canhão de carregamento automático M-68 A2 de 105 mm. Podem, ainda, ser transportado no Piranha, morteiros de 81 mm e lançadores de mísseis anticarro de diversos tipos.
Acima: O M-1128 MGS (Mobile Guns System) é a versão com amamento mais pesado do Piranha III desenvolvido pela General Dynamics Canadá para o exército dos Estados Unidos (US Army). Seu canhão M-68A2 de 105 mm tem carregamento automático.
No Brasil o Piranha III foi testado pelo exercito brasileiro no centro de avaliação do exercito quando a Mowag trouxe por sua conta e risco um veiculo desses sabendo da necessidade do Exercito Brasileiro de um substituto para o URUTU. Porém foi a Marinha do Brasil, através do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) que colocou uma primeira encomenda do Piranha III C devido as deficiências do URUTU na missão de paz no Haiti comandada pelo Brasil. A marinha adquiriu, inicialmente 7 unidades, sendo 6 delas do tipo APC (transporte de tropas) e uma de socorro e no final de 2007 foi assinado um novo contrato de fornecimento de mais 5 unidades configuradas como APC. Os piranhas III C dos fuzileiros do Brasil transportam 8 soldados totalmente equipados mais a tripulação de 3 homens. Hoje o corpo de fuzileiros navais do Brasil operam 30 unidades do Piranha III.

Acima: Temos aqui uma foto do Piranha IIIC do corpo de fuzileiros navais do Brasil (CFN) armado com um lançador de granadas espanhol SB 40 LAG de 40 mm. Foto: Alexandre Galante do site: www.forte.jor.br 



ABAIXO TEMOS UM VÍDEO DE APRESENTAÇÃO DO PIRANHA IIIC

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