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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Armas vietnamitas para a Argélia

Atores Alain Delon e Anthony Quinn armados de MAT-49 no filme Lost Command (1966), adaptação do livro Os Centuriões.

Por Ian McCollum, Forgotten Weapons, 18 de outubro de 2016.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 14 de dezembro de 2020.

Fui apontado para este trecho interessante de um documento sobre um carregamento específico de armas para os rebeldes argelinos que lutavam contra a ocupação colonial francesa na década de 1950 - proveniente do Vietnã. Não posso dizer que teria pensado nos vietnamitas tentando fornecer exportação de ajuda militar na época! As armas em questão eram submetralhadoras francesas MAT-49, o que também é um detalhe interessante - armas francesas capturadas no Vietnã enviadas para complementar o mesmo tipo de armas francesas capturadas na Argélia, enquanto as forças militares francesas com seus próprios MAT-49 eram a oposição. Faz sentido, e certamente seria conveniente.

Soldado vietnamita em serviço francês trabalhando na sua submetralhadora MAT-49. (ECPAD)

Transcrição do documento:

23 de junho de 1958

Implementando as instruções recebidas do Comitê Militar Geral do Partido[1] e do Ministério da Defesa, o Departamento de Material Bélico providenciou para que uma grande quantidade de submetralhadoras Tulle (armas capturadas por nossas forças durante a guerra de resistência contra os franceses)[2] fossem embaladas e empacotadas para que pudessem ser fornecidas ao povo argelino para ajudá-los em sua guerra de resistência contra os colonialistas franceses.

Este era um programa especial e ultrassecreto, então o Departamento de Material Bélico providenciou para que fosse executado de maneira muito cuidadosa e segura. Uma equipe técnica foi selecionada para realizar esta missão. Esta equipe era chefiada pelo camarada Nguyen Quang Thanh e incluía Phung Thanh Toan, Ha Vien, etc.

A preservação, padronização e embalagem das armas foram feitas no Armazém 560 em Bach Mai, após o qual as armas foram secretamente transportadas para um local de teste no Armazém Kha Lam em Kien An para serem mantidas lá para serem carregadas a bordo de um navio polonês que as transportaria para nossos amigos [argelinos] sob o pretexto de mercadorias comerciais.

Este plano foi executado sob a orientação e estreita supervisão do Secretariado do Partido, do Comitê Militar Geral do Partido e do Ministério da Defesa. Esta operação teve início a 23 de junho e foi concluída a 24 de julho de 1958, sendo mantida total segurança e sigilo durante a implementação do plano.

Digitalização do documento original em vietnamita.

Notas de Merle Pribbenow:

[1] O Comitê Militar Geral do Partido (Tong quan uy) era um comitê composto por um pequeno número de membros do Politburo do Partido Comunista que era responsável por supervisionar e dirigir as forças armadas vietnamitas. Este comitê foi chefiado pelo General Vo Nguyen Giap.

[2] A submetralhadora Tulle mencionada é a MAT-49, uma submetralhadora francesa de 9mm que foi usada pelo exército francês durante a guerra na Indochina. Os vietnamitas capturaram grandes quantidades dessas armas durante a guerra, especialmente na Batalha de Dien Bien Phu. O termo Tulle vem do nome do fabricante francês: Manufacture Nationale d'Armes de Tulle (MAT) [localizada na cidade de Tulle].


Vídeo recomendado:


Bibliografia recomendada:

Les pistolet-mitrailleurs Français.
Jean Huon.

Leitura recomendada:


domingo, 29 de novembro de 2020

FOTO: Soldado vietnamita com prisioneiro Viet Minh

Um jovem Bawouan, um pára-quedista vietnamita do 3e BVPN (recrutado na região de Hanói) traz um também muito jovem prisioneiro Viet Minh que foi ferido nos combates pelo posto avançado de Banh-Hine-Siu, no Laos, em 9 de janeiro de 1954.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 29 de novembro de 2020.

A foto mostra a juventude das tropas engajadas e também a natureza de guerra civil do conflito na Indochina, em seus 25 anos de duração. Ao mesmo tempo ocorria a épica Batalha de Dien Bien Phu, onde metade da guarnição francesa do camp retranché era indochinesa.

Paraquedistas vietnamitas do 3e BPVN (3ème Bataillon de Parachutistes Viêtnamiens, apelidados "bawouans"), sob o comando do Chef de bataillon Mollo, engajados em pesados combates no Laos, no posto de Banh-Hine-Siu e na vila de Na Pho de 5 a 9 de janeiro de 1954, contra elementos da 325ª Divisão Viet Minh (Daï Doan 325). (Galeria da batalha)

Bibliografia recomendada:



Leitura recomendada:

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

GALERIA: Operação Mercure na Indochina

Explosão de uma mina em um caminho que separa duas plantações de arroz, durante a Operação "Mercúrio", abril de 1952.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 7 de outubro de 2020.

Na Operação Mercure (Mercúrio, abril de 1952), o General Linarès decidiu adiar o esforço militar para o leste de Thaï Binh, onde o grosso da Divisão 320 Viet-Minh (Sư đoàn Đồng Bằng, Divisão Đồng Bằng - Divisão do Delta)  acabara de se reagrupar entre Giem Ho, o rio Vermelho e o mar, com a esperança da destruição completa da divisão Viet-Minh.

Fotos de Bouvet Robert, Jahan Pierre e Varoqui Raymond, para o ECPAD, mostrando os legionários paraquedistas do 1er BEP (Bataillon Étranger de ParachutistesBatalhão Estrangeiro de Paraquedistas)

O "expurgo" no País T'ai empurrou os Chu Luc (regulares) Viet-Minh, mas falhou em destruir a unidade. Ela se reagruparia e seria alvo de uma nova operação, Operação Muette (Gaivota) no ano seguinte, sendo novamente sangrada, e o Delta do Rio Vermelho foi ocupado pelos franceses até novembro de 1953.

Legionários do 1er BEP apoiam o avanço dos seus camaradas utilizando uma metralhadora .30 para permitir a busca de um povoado durante a Operação Mercure.

Legionários do 1er BEP negociando o terreno lamacento na fronteira marítima do delta tonquinês.

Progresso de um soldado do 1er BEP, armado com uma MAT-49, na floresta e nos arrozais durante a operação.

Dois legionários do 1er BEP lutam para progredir na floresta.

Bibliografia recomendada:

Street Without Joy:
The French Debacle in Indochina,
Bernard B. Fall.

Leitura recomendada:

GALERIA: Operação Brochet no Tonquim3 de outubro de 2020.

sábado, 3 de outubro de 2020

GALERIA: Operação Brochet no Tonquim


Um posto de comando do 2e BEP foi instalado em uma aldeia. Entre os equipamentos acoplados à cabana, está um fuzil de coronha dobrável US M1A1 e um transceptor SCR 536. Um operador de rádio (em pé) presta serviço à estação transceptora PRC 10, a qual carrega nas costas.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 3 de outubro de 2020.

A Operação "Brochet" (Peixes Predadores) se desenrolou no setor de Hung-Yen, de 24 de setembro a 13 de outubro de 1953, com o  objetivo de destruir os regimentos (Tieu Doan) 42 e 50 do Viet-Minh e suas bases, localizadas ao norte do Canal de Bambus, no Tonquim (norte do Vietnã), ocorreu em diferentes fazes (Brochet I-IV) envolvendo 18 batalhões franceses e vietnamitas. Fotos de Ferrari Pierre para o ECPAD tiradas em setembro, em sua totalidade focando nos dois batalhões da Legião Estrangeira Francesa presentes na operação.

Participaram da operação em 24 de setembro:
  • O 2º BEP (2e Bataillon Étranger de Parachutistes2º Batalhão Estrangeiro de Paraquedistas), 
  • O II/5º REI (2e bataillon du 5e Régiment Étranger d’Infanterie2º Batalhão do 5º Regimento Estrangeiro de Infantaria), 
  • O 8º BPC (8e Bataillon de Parachutistes de Choc8º Batalhão de Paraquedistas de Choque), - o GM 3 (3e Groupe Mobile, 3º Grupo Móvel), 
  • O RICM (Régiment d’Infanterie Coloniale du MarocRegimento de Infantaria Colonial do Marrocos), 
  • Além de artilharia e consideráveis forças da Marinha.

Supletivos vietnamitas

Um legionário-paraquedista de 2ª classe, originário de Hanói, do 2e CIPLE, a companhia de supletivos nativos.

O legionário do 2e CIPLE (2e Compagnie Indochinoise Parachutiste de la Légion Étrangère / 2ª Companhia Indochinesa Paraquedista da Legião Estrangeira) está vestido com um blusão camuflado "à prova de vento" britânico M1942, redimensionado e modificado localmente para a sua estatura mais baixa, apelidado de "peau de saucisson" ("pele de salsicha"). Seu capacete US M1 é modificado "EO" (Extrême-Orient / Extremo Oriente) pela adição de uma jugular produzida localmente, tornando-a adequado ao paraquedismo.

Os supletivos não foram autorizados o képi blanc por não estarem sujeitos às especificidades contratuais dos demais legionários, portando, foram equipados com boinas brancas. Além da questão da exclusão, haveria também o incômodo da necessidade de encomendar quepes brancos em tamanho pequeno.

O Sergent-Chef N'Guyen Van Phong, um desses legionários-supletivos (com o 1er BEP e depois 2e BEP), carregou a mão de madeira do Capitão Danjou no Camerone de 30 de abril de 2017, a maior honra que um legionário pode aspirar. 

Boinas verde e branca dos batalhões paraquedistas da Legião Estrangeira na Indochina (1er BEP e 2e BEP) no Museu da Legião Estrangeira em Aubagne, no sul da França.
(Foto do autor)


Cerimônia em homenagem ao Sergent-Chef N'Guyen Van Phong

Patrulha à pé nos arrozais

Legionários do 3º batalhão do 5º REI durante a operação.
Em primeiro plano, um legionário carrega uma granada ofensiva OF 37 no cinto e um fuzil MAS 36 sobre o ombro. Atrás dele há um legionário com a venerável MAT-49.

Durante a operação, legionários-paraquedistas do 2e BEP avançam por um arrozal.
O primeiro carrega sua submetralhadora na posição de "segurança" (carregador dobrado para evitar uma rajada acidental) e enfiou um maço de cigarros sob o elástico de camuflagem de seu capacete, em vez do maço de bandagens habitual. Ele é seguido por um fuzileiro-metralhador com o tipo 1924/29 Châttellerault.

Travessia de um arroio por paraquedistas do 2º BEP no setor de Hung Yen durante a operação, o homem do centro carrega o fuzil paraquedista MAS 36 CR39 de coronha dobrável.

A rabeira do mesmo grupo cruzando um marcador em pedra no arroio.

Paraquedistas do 2e BEP avançam pelos arrozais.

Estacas punji

Os feridos do 2e BEP foram evacuados por helicóptero Hiller 360.

No período de 1951-1954, 10.820 feridos foram evacuados, incluindo 6.499 outros apenas em 1954, com apenas 32 aeronaves (número alcançado em março de 1954) distribuídas entre Saigon e Hanói. Foi em 1950 que os primeiros dois helicópteros Hiller 360 foram adquiridos por subscrição pública e oferecidos à Força Expedicionária Francesa no Extremo Oriente.

As estacas punji eram uma armadilha colocada em uma prancha na qual estão pregados pregos de aço, escondidos no fundo de um buraco cavado sob o água de um arrozal ou de um arroio. Surpreso à medida que avançava, o soldado empala pesadamente o pé nas pontas, destinadas a agravar a lesão e evitar que o dispositivo seja removido por simples tração. Essas estacas podiam também ser cobertas com fezes humanas para causar infecção grave na vítima.

Legionários paraquedistas do 2e BEP apresentam uma armadilha rudimentar, mas eficaz, do Viêt-Minh, da qual um deles acaba de ser vítima: as estacas punji.

Estacas punji: Armadilha com pontas de aço de 15cm, desenvolvida pelos Viet-Minh.
O legionário posando ao lado calça as famosas botas de selva francesas Pataugas.

Exemplar de uma tal armadilha no Museu da Legião Estrangeira em Aubagne, no sul da França.
(Foto do autor)


Bibliografia recomendada:

French Foreign Legion Paratroops.
Martin Windrow & Wayne Brady, e Kevin Lyles.

Leitura recomendada:

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

GALERIA: Ratissage dos Tirailleurs Argelinos na Indochina

Soldados do 22e BTA são subitamente "accrochés" ("fisgados") pelo Viet-Minh. Os tirailleurs ripostam (no centro, o atirador com um fuzil-metralhador Châtellerault 24/29 e seu municiador). O combate é tão brutal quanto rápido e terminará à arma branca, o oponente tentando romper a posição com um ataque frontal.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 2 de outubro de 2020.

Operação de “limpeza” dos Giongs realizada pelo 22e BTA (22e Bataillon de Tirailleurs Algériens/ 22º Batalhão de Atiradores Argelinos), de 6 a 8 de outubro de 1950, lançada seguindo os passos de uma formação inimiga que massacrou a guarnição de um posto de observação na região de Tra Vinh, na Cochinchina.

Na região de Tra Vinh, os tirailleurs do 22e BTA revistam as ruínas de um pequeno posto de observação destruído durante a noite pelo Viet-Minh. Em primeiro plano, um tirailleur armado com a submetralhadora MAS 38.

Tirailleurs argelinos procedem à escavação dos escombros do pequeno posto de observação. Os soldados, armados com fuzis MAS 36, espetam a baioneta no chão para sondar o solo e remexer as cinzas cuidadosamente, pois a presença de armadilhas é provável.

O Major Chateaureynaud (à esquerda), chefe do 22e BTA e um dos seus quadros examinam tochas usadas pelo Viêt-Minh para incendiar a infraestrutura e encontradas intactas nas ruínas do pequeno posto ao redor de uma torre de vigia cuja fraca guarnição foi massacrada durante a noite.

Folhetos de propaganda vietnamita abandonados por um "Can Bo" (comissário político encarregado da doutrinação da população) são apreendidos pelos soldados do 22e BTA nas ruínas de um pequeno posto de observação na região de Tra Vinh, para ser encaminhado ao oficial de inteligência do batalhão.

O batalhão realizou a escavação das ruínas das torres do posto que os Viet-Minh explodiram, encontrando folhetos políticos do comissariado Viet-Minh. O batalhão avançou por arrozais e matagais até um ponto suspeito, onde teve início uma emboscada Viet-Minh violenta e muito próxima mas que foi parada de forma abrupta pela resposta dos tirailleurs, terminando em combate corpo-a-corpo. O batalhão se reagrupou, o atendimento aos feridos, investigando cadáveres Viet-Minh, e interrogando guerrilheiros Viet-Minh feitos prisioneiros. Após um momento de descanso, o batalhão fez seu penoso retorno por terreno difícil até realizar a junção com um dos REC (Régiment Étranger de Cavalerie/ Regimento Estrangeiro de Cavalaria) equipado com veículos anfíbios Weasel M29C chamados "Crabes" (Caranguejos), e finalmente seu respectivo retorno ao seu acantonamento.

Uma companhia de tirailleurs argelinos do 22e BTA avança com dificuldade por um arrozal durante a operação.

A base de fogo do grupo de combate, armada com um FM Châtellerault 24/29, despeja fogo supressor para quebrar o assalto dos Viet-Minh.

Os tirailleurs repelem um ataque frontal de elementos Viet-Minh. Um projétil (uma granada de fuzil) explode no arrozal, levantando uma coluna de água.

Os tirailleurs são assaltados frontalmente e abrem fogo para interromper o ataque dos "Du Kich" (guerrilheiros do Viet-Minh).
Uma granada de fuzil francesa explode pouco antes do início do combate corpo-a-corpo.

No final do breve porém violento confronto com o Viêt-Minh, um tirailleur do 22e BTA mata a sede de um dos seus companheiros feridos. Este, deitado em uma maca e enfaixado rapidamente, conservou sua submetralhadora MAS 38 consigo.

Enquanto seus camaradas contemplam a extensão dos danos, um tirailleur do 22e BTA, armado com um fuzil MAS 36, permanece coberto e abrigado nas ruínas do pequeno posto de observação destruído, cuja fraca guarnição foi massacrada e as infraestruturas dinamitadas ou incendiadas.

Bibliografia recomendada:

Street Without Joy:
The French Debacle in Indochina,
Bernard B. Fall.

Leitura recomendada:

GALERIA: Blindados Anfíbios do 1er REC na Indochina2 de outubro de 2020.

GALERIA: Largagem paraquedista em Quang-Tri durante a Operação Camargue2 de outubro de 2020.

GALERIA: Bawouans em combate no Laos28 de março de 2020.

GALERIA: Operação Chaumière em Tay Ninh com o 1er BPVN16 de junho de 2020.

GALERIA: Operação de limpeza com blindados em Tu Vu25 de abril de 2020.

FOTO: Um M24 Chaffee no Tonquim9 de julho de 2020.

O que um romance de 1963 nos diz sobre o Exército Francês, Comando da Missão, e o romance da Guerra da Indochina12 de janeiro de 2020.

sábado, 28 de março de 2020

GALERIA: Bawouans em combate no Laos

Durante os pesados combates em Banh-Hine-Siu, pára-quedistas do 3º BPVN estão prontos para repelir os ataques dos "bô dôï" (soldados das formações regulares do Viet Minh) de dois regimentos da 325ª Divisão.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 28 de março de 2020.

Paraquedistas vietnamitas do 3e BPVN (3ème Bataillon de Parachutistes Viêtnamiens, apelidados "bawouans"), sob o comando do Chef de bataillon Mollo, engajados em pesados combates no Laos, no posto de Banh-Hine-Siu e na vila de Na Pho de 5 a 9 de janeiro de 1954, contra elementos da 325ª Divisão Viet Minh (Daï Doan 325).

As fotos de Ferrari Pierre para o ECPAD mostram o armamento típico dos paraquedistas franceses da fase final da Guerra da Indochina: fuzis e carabinas de coronha dobrável MAS 36 CR 39 e M1A1, submetralhadoras MAT 49, fuzis-metralhadores Châtellerault 24/29.

Em 9 de janeiro, um batalhão de paraquedistas vietnamitas tomou o posto de Banh-Hine-Siu, que ele teimosamente defendeu contra os combatentes do Viet Minh emboscados nas proximidades. Um lançamento de munição, a intervenção da artilharia e bombardeios com napalm os ajudam a contra-atacar os adversários entrincheirados nos arredores.

Ao mesmo tempo, combates de rua aconteceram na vila de Na Pho, onde um batalhão do Viet Minh passou a noite. Além do aspecto militar, o relatório da ação também citou refugiados do Laos que fugiram do avanço do Viet Minh, uma evacuação médica dos feridos por helicóptero e feridos aguardando tratamento.

Distintivo do 3e BPVN, em vietnamita Tien Doan Nhay Du 3 (TDND 3).

Anverso e reverso.

O 3e BPVN foi criado como parte do "amarelamento" ("jaunissement") do General Jean de Lattre de Tassigny - a criação de exércitos nacionais vietnamita, laociano e cambojano. A criação de formações paraquedistas indochineses começou em nível companhia, em 1948. Os quadros do 3e BPVN vieram da 10e CIP (10ème Compagnie Indochinoise Parachutiste), de 195 homens, incorporado ao 10e BPCP (10e Bataillon Parachutiste de Chasseurs à Pied, de tradição alpina e elevado a "groupement" por pouco tempo) de 1950 a 1952; comandada pelo Tenente Louis d'Harcourt, um futuro general, a companhia foi recrutada na região de Hanói, no Tonquim (norte do Vietnã).

3e Bawouan foi criado em 1º de setembro de 1952 com uma companhia de comando (compagnie de commandement de bataillon, CCB), e três companhias de combate (com a posterior adição de uma quarta), ele tinha um efetivo de cerca de 1.000 homens. O 3e Bawouan foi um dos cinco batalhões paraquedistas vietnamitas - 1º, 5º (que lutou em Dien Bien Phu), 6º e 7º BPVN - criados entre 1951 e 1954, e pertencendo ao Exército Nacional Vietnamita (Armée Nationale Vietnamienne, ANV); além do 1er Bataillon de Parachutistes Laotiens (1er BPL), do Laos, e o 1er Bataillon de Parachutistes Khmers (1er BPK), do Camboja.

O 3e BPVN participou das operações Mimosa (maio de 1953), Camargue (julho de 1953), Concarneau, Lamballe e Mont St Michel (agosto de 1953), Flandre (setembro de 1953) a operação no posto de Ban-Hine-Siu (janeiro de 1954) e Églantine (junho de 1954).

Os paras do 3e Bawouan mantêm o posto de Banh-Hine-Siu contra elementos da 325ª Divisão Viet Minh.

Bawouans carregam o cadáver de um camarada com um poncho usado de mortalha.

O soldado está usando um capacete de origem americana coberto com uma bandeira de sinalização para a aviação.

Durante um contra-ataque do 3º BPVN nos ferozes combates de rua de Na Pho, um paraquedista armado com um fuzil de coronha dobrável MAS 36 CR 39 capturou um fuzil alemão Mauser Karabiner 98K, equipado com sua baioneta, equipando os "bô dôï" (soldado das tropas regulares vietnamitas) da 325ª Divisão VM (Daï Doan 325).
À esquerda, um paraquedista e seu FM 24/29, à direita as pernas do Viet-Minh morto.

Elementos da 325ª Divisão do Viêt-minh se infiltraram dentro do posto de Banh-Hine-Siu, e os paraquedistas do 3º BPVN lançaram um contra-ataque para desalojá-los.

Um "bô dôi" que operava uma metralhadora Browning .30 (recalibrada em 7.62×54mmR) foi morto, com um paraquedista vietnamita trazendo a arma de emprego coletivo de volta para o posto de Banh-Hine-Siu, enquanto seus companheiros continuam a repelir uma infiltração inimiga.

Protegidos em uma trincheira, os paraquedistas de uma equipe de morteiro lutam contra a 325ª Divisão Viet Minh, ao redor do posto de Banh-Hine-Siu.

Os paraquedistas do 3º BPVN defendem o posto de Banh-Hine-Siu.
À esquerda, o soldado está armado com um fuzil-metralhador M 24/29 de 7,5mm.

Um paraquedista ferido é confortado por um camarada.
No fundo, outro paraquedista vietnamita ferido, com um fuzil MAS 36 CR 39 em bandoleira.

Paraquedistas aproveitam uma pausa para relaxar e saciar a sede.
O paraquedista no centro segura uma baioneta alemã do Mauser Karabiner 98K, capturada do inimigo.

Um paraquedista, o cinto contendo granadas defensivas MK 2 e DF 37, traz para cobertura um companheiro de combate ferido no rosto.

Um paraquedista, armado com um fuzil MAS 36 CR 39, ferido no pescoço durante fortes combates no posto de Banh-Hine-Siu. 

Paraquedistas feridos durante a defesa do posto de Banh-Hine-Siu.
O paraquedista à direita está usando um capacete francês modelo 51, enquanto seu camarada é protegido pelo capacete de paraquedista de origem americana, mais comum na época na Indochina.

Em Banh-Hine-Siu, um paraquedista do 3º BPVN depena galinhas compradas na aldeia para melhorar a ração individual da base, uma das quais é cozida em fogo de bambu.

Um oficial da 3ª BPVN conversa com uma laociana de Banh-Hine-Siu.

Retrato de um Viêt-Minh ferido durante os combates em Banh-Hine-Siu.

Bônus:


Foto do autor com um bawouan veterano da Indochina e da Argélia.

Pôster de alistamento nas forças paraquedistas vietnamitas.