quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

CLASSE KIROV. O maior cruzador debatalha do mundo.


FICHA TÉCNICA
Tipo: Cruzador de batalha.
Tripulação: 727 homens.
Data de comissionamento: Dezembro 1980.
Deslocamento: 26500 Toneladas (carregado).

Comprimento: 252 mts.
Calado: 9.1 mts.
Boca: 28.5 mts.
Propulsão: 2 reatores nucleares KN-3, 2 turbinas a vapor que geram 280000 HP juntas e 2 caldeiras a óleo.
Velocidade máxima: 31 nós (58 km/h).
Alcance: Praticamente ilimitado.
Sensores: Radar de busca aérea MR-800 Top Pair; Radar 3D de busca de superfície e aérea Fregat MR-710 Top Plate; Radar de navegação Palm  Frond; Radar de controle de fogo Top Dome.
Armamento: SSM: 20 SS-N 19 Shipwreck; SAM: 12 S-300F, 2 lançadores duplos SA-N-4 Gecko, 2 lançadores de 8 células verticais para mísseis SA-N-9 Gauntlet, 6 sistemas  Kashtam com 2 lançadores de mísseis SA-N-19 Grison e 2 canhões de 6 canos rotativos de 30 mm, 8 canhões AK 130 de 30 mm e 6 canos rotativos. Um canhão duplo de 130 mm de uso geral. ASW: 10 tubos de torpedos de 533 mm type 53, 10 mísseis SS-N-16 Stallion anti-submarino e antinavio. 1 lança morteiro RBU 1000, 1 Lança morteiro RBU 2000 e 2 lança morteiro RBU 6000. 

Aeronaves: 3 helicópteros anti-submarino Kamov Ka-27PL ou Ka-25RT.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
Os grandes navios da classe Kirov são os maiores cruzadores do mundo e um dos mais bem armados também. Seu tamanho (252 m) é comparável a dos porta aviões. Inicialmente se planejava que a função deste navio fosse a de caçar e destruir os submarinos lançadores de mísseis nucleares SLBM dos Estados Unidos e seus aliados durante a guerra fria, porém, se decidiu posteriormente que ele desempenharia outras funções como o ataque a grandes alvos de superfície como porta aviões, além de garantir a proteção de um grupo de batalha contra ataques aéreos. Para isso o Kirov, foi armado com uma poderosa gama de mísseis, que o tornam um dos mais bem armados navios de guerra do mundo. Seu armamento antiaéreo é composto por 12 lançadores verticais octóplus para mísseis S-300F, conhecido como SA-N-6, que possui um alcance de 90 km e podendo destruir um alvo a 25000 m de altitude, guiado por radar semi ativo (exige que um radar de controle de fogo do navio ilumine o alvo para o míssil). Essa versão, do S-300, é um dos mais perigosos mísseis antiaéreos do mundo. Os 96 mísseis S-300F permitem uma enorme resistência de combate para essa classe de navio. Além do S-300F, há também dois lançadores duplos de mísseis OSA-MA com alcance de 10 Km, guiados pelo sistema comando de linha de visada, que é, na pratica um controle remoto feito por uma estação do navio que passa as coordenadas para o míssil para que ele acerte o alvo. Para defesa de ponto é usado o sistema antiaéreo Kashstan que é composto por dois lançadores de míssil SA-N-19 Grisom com alcance de 8 km, guiado por comando de rádio e 2 canhões GSH- 30K de 6 canos rotativos de 30 mm que são usados contra mísseis lançados contra o navio. O alcance desses canhões é de 3,5 km e existem 6 sistemas desses montados no navio. Para apoiar os mísseis, estão montados mais 8 canhões AK 630 de 30 mm de 6 canos rotativos. Para essas armas de 30 mm existem 72 000 cartuchos dentro do Kirov. Um numero bem impressionante, que só é possível graças ao tamanho deste cruzador.
Acima: O Kirov tem dimensões que se assemelham aos couraçados da segunda grande guerra mundial. 
Para ataque contra alvos de superfície, o Kirov está armado com 20 mísseis P-700 Granit (SS-N-19 Shipwreck, na nomenclatura da OTAN) em 20 silos montados na proa do navio. Estes poderosos mísseis possuem alcance 550 Km e seu sistema de guiagem se dá por radar ativo com modo Home-on-Jam, o que significa que, caso o alvo use métodos de interferência para atrapalhar o sistema de guiagem do míssil, o míssil passará a seguir a fonte dessa interferência. Esses poderosos mísseis, possuem uma ogiva que pode ser convencional de 750 Kg de alto explosivo, ou nuclear de 500 Kt. Com essa arma, este navio pode afundar qualquer porta aviões do mundo ou, ainda, incinerar um grupo de batalha com sua versão versão nuclear. Ele ainda é supersônico, atingindo a velocidade de mach 2,5 (2650 km/h) no momento do impacto, garantindo uma dificuldade extrema de ser interceptado durante um ataque já que o alvo teria pouco tempo de reagir a um ataque deste míssil.

Acima: Nesta foto podemos ver com os silos para os mísseis P-700 Granit com as portas maiores, e os silos dos mísseis antiaéreos SA-N-6. Dois dos seis sistemas de defesa aérea de ponto Kashstan também podem ser vistos nessa foto, um de cada lado do convés. 
O Kirov tem uma torre com um canhão duplo automático AK-130 de 130 mm que pode ser usado contra alvos aéreos ou de superfície. Esse canhão consegue uma taxa de tiro na ordem de 35 tiros por minuto, tendo um alcance máximo contra alvos aéreos de 15000 metros e 8000 metros contra alvos de superfície. A capacidade de armazenamento de munição  é de 840 tiros. Por ultimo, há 10 tubos lança torpedos de 533 mm Type 53, e que podem disparar mísseis Vodopad NK, também conhecidos como SS-N-16 Stallion, que pode ser usado contra navios de superfície e contra submarinos, quando transporta no lugar da ogiva, um torpedo. O alcance deste sistema é de 100 Km.. Existe também a provisão para operação de 3 helicópteros Kamov Ka-27PL ou Ka-25RT antissubmarinos.
Acima: Na foto podemos ver um helicóptero  Kamov Ka-25RT Hormone uado para missões antissubmarino pelo Kirov. Podem ser operados até 3 helicopteros no grande heliporto do Kirov. 
A propulsão deste navio é feita por  2 reatores nucleares KN-3, apoiados por duas turbinas a vapor. As 2 turbinas a vapor conseguem uma potência de 280000 HP cada e essa força move 2 eixos com uma hélice cada um, com 5 pás. Esse sistema acelera o Kirov até 31 nós (58 km/h), o que pode ser considerado muito bom considerando o enorme deslocamento de cerca de 26500 toneladas deste navio. O sistema de radar é composto por um sistema de radar MR 800 Flag (Top Pair) do tipo tridimensional, com 450 Km de alcance e um segundo radar  MR 500 Big net, do tipo 2 D, com 280 Km de alcance. Essa ultima funciona como um backup da antena maior. Para busca aérea e de superfície é usado um radar Fregat MR-710 Top Plate  com alcance de 300 km. O radar de controle de fogo é um Top Dome . O Kirov tem um sonar Horse Jaw, de baixa frequência montado no casco e um sonar de profundidade variável Horse Tail. Para auto defesa é usado dois lançadores de iscas tipo chaff PK-2, para iludir mísseis inimigos guiados por radar.

Acima: O Kirov está baseado na frota do norte e graças a sua propulsão nuclear, ele pode operar em qualquer ponto do planeta sem preocupação com combustível que torna sua autonomia quase ilimitada. 
Foram construidos quatro navios da classe Kirov e hoje, apenas um continua em serviço, o Yuri Andropov. Depois da queda da União Soviética, o Yuri Andropov teve seu nome mudado para Pyotr Velikiy ou "Pedro o Grande". Um segundo navio desta classe, chamado Admiral Nakhimov está sendo reformado e deverá voltar para a frota russa em 2018.  Estes navios tem um poder de fogo espetacular e um desempenho formidável. O maior inimigo dos navios da classe Kirov são os submarinos nucleares de ataque que poderiam se aproximar sem serem detectados e atacar o navio. Mesmo com os avanços nos sonares, houve, também, avanços na discrição dos modernos submarinos e por isso, mesmo com todo o poder de fogo do Kirov, ele poderia ser seriamente avariado ou mesmo afundado por um submarino moderno.




ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM CENAS DO KIROV.

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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

BENELLI M-3 SUPER 90 - Atualização Full Metal Jacket

O blog Full Metal Jacket foi atualizado com uma matéria sobre uma das melhores espingardas de combate do mundo, a Benelli M-3 Super 90. para conhecer melhor esta arma clique na foto abaixo.
http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2014/11/benelli-m-3-super-90-uma-lenda-entre-as.html

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

FN HERSTAL SCAR. Atualização Full Metal Jacket


Clique na foto acima e conheça o fuzil FN SCAR desenvolvido para equipar a elite das forças armadas dos Estados Unidos. Mais uma atualização do blog Full Metal Jacket.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

KRAUSS – MAFFEI WEGMANN PzH-2000. O mais avançado sistema de artilharia auto propulsada do mundo.


FICHA TECNICA
Tripulação: 5 homens.
Motor: Um motor de  8 cilindros MTU 881 Ka-500 com 1000 hp de força.
Peso: 55,3 toneladas (carregado).
Comprimento: 11,67 m (contando o canhão)
Largura: 3,48 m
Altura: 3,4 m.
Autonomia: 420 km.
Velocidade: 60 Km/h em estrada ou 45 km/h em terreno irregular.
Passagem de vau: 1,2 m.
Obstáculo vertical: 1,1 m.
Trincheira: 3 m.
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º.
Armamento: Um canhão Rheinmetall L-52 de 155 mm e uma metralhadora Rheinmetall MG-3 em calibre 7,62X51 mm.
Alcance das granadas: Convencional : 40 km, Granada assistida por foguete: 56 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S.Junior
Quando pensamos em sistemas de armas, seja de qualquer segmento como aviação militar, mísseis, navios de guerra, tanques ou mesmo fuzis de assalto, sempre há um determinado equipamento que é coroado com o status de “melhor do mundo”, ou “mais poderoso do mundo”. São exemplos dessa condição o caça norte americano F-22 Raptor, considerado o melhor avião de superioridade aérea do mundo nos dias atuais, ou o destróier da classe Arleigh Burke (DDG-51) da marinha dos Estados Unidos, considerado o mais poderoso destróier nos dias de hoje. O sistema de armas que será foco do texto a seguir tem, justamente, esse status de melhor do mundo, dentro de sua categoria. O veiculo de artilharia auto propulsada PzH-2000, desenvolvido pela poderosa Krauss- Maffei, Wegmann KMW da Alemanha e que tem a o status de mais poderoso sistema de artilharia auto propulsado dos dias atuais.
Acima: O PzH-2000 é mais um dos muitos produtos bélicos desenvolvidos pela Krauss-Maffei Wegmann que aparecem no topo do pódio ente os melhores sistemas de seu tipo.
O PzH-2000 foi encomendado pelo exercito alemão em 1996 que solicitou a construção de 185 unidades para substituir o obus autopropulsado M-109 de origem norte americana usado pelo exercito alemão. Além do exercito alemão, a Itália, Holanda, Qatar, Croácia e Grécia adquiriam p PzH-2000 para seus exércitos.
Uma das características diferenciais do PzH-2000 que o colocam a frente dos outros sistemas de artilharia autopropulsadas são sua alta cadência de tiro de 12 tiros em 1 minuto. Pode parecer pouco para as pessoas acostumadas a ver dados de cadência de tiro de armas leves automáticas, mas quando se fala de granadas de 155 mm, esse dado se mostra muito bom. O processo de carregamento das granadas é automático enquanto que 2 soldados são encarregados de por as cargas depois das granadas no canhão Rheinmetall L-52, o que facilita e muito o processo de recarregamento. O alcance das granadas convencionais chega a 30 km enquanto que a granada propulsada por foguete consegue aumentar essa distancia para 60 km. P PzH-200 pode empregar, também, granadas inteligentes como a munição norte americana M-982 Excalibur que usa um sistema GPS para garantir uma maior precisão, podendo ser empregada contra alvos distantes 48 km e apresentando uma margem de erro de apenas 1 metros do ponto de impacto previsto. para se entender o excelente nível dessa precisão, basta observar que bombas guiadas a laser uada por aeronaves de combate tem margem de erro de 5 metros, ou seja, 5 vezes mais que uma granada Excalibur. Outras granadas inteligentes podem ser usadas também, como a SMArt-155 empregada contra veículos blindados inimigos posicionados a 28 km de distancia. Ao todo são transportados 60 granadas por veículo permitindo um considerável fogo sustentado.


Acima: O canhão Rheinmetall L-52 calibre 155 mm usado no PzH-2000 tem um freio de boca para reduzir o recuo da arma. O canhão tem grande flexibilidade de emprego para diversos tipos de munições simples e inteligentes.
Outro difrencial do PzH-2000 é a sua precisão frente aos sistemas anteriores a ele. O PzH-2000 é equipado com um sistema autônomo de controle de fogo  MICMOS  desenvolvido pela EADS. Esse sistema recebe dados via data link de fontes externas, como aeronaves ou soldados em posições avançadas e executa os cálculos de parâmetros de tiros automaticamente, agilizando em muito o disparo das granadas. O PzH-2000 pode engajar alvos diretamente a curtas distancias e para isso o comandante está equipado com um periscópio Leica PERI-RTNL-80 enquanto que o artilheiro está equipado com uma mira Leica PzF-TN-80 com intensificador de luminosidade para ser usada de dia e de noite.
O PzH-2000 é propulsado por um motor de 8 cilindros MTU 881 Ka-500 que fornece 1000 hp de força permitindo uma velocidade máxima de 60 km/h em estrada ou de 45 km/h em terreno irregular. A autonomia é de 420 km, o que representa uma melhora de 70 km quando comparado com o seu antecessor o M-109.
Acima: Os sofisticados sistemas embarcados ligados ao computador de controle de fogo colocam este obuseiro na vanguarda da artilharia moderna.
O PzH-2000 é protegido para operar em ambientes NBC (Nuclear, Biological e Chemical), além de ser blindado contra projéteis de calibre até 14,5 mm na parte frontal do veículo enquanto nas partes laterais a proteção suporta impactos de armas leves até o calibre 7,62X51 mm e estilhaços de granadas de artilharia e minas terrestres, o veículo pode receber placas de blindagem reativa ERA para aumentar sua sobrevivência em um campo de batalha de alta intensidade.
O PzH-2000 é hoje o mais avançado sistema de artilharia auto propulsado do mundo e certamente um dos maiores também. O vídeo que segue nesta matéria mostra bem claramente as dimensões avantajadas deste moderno sistema de combate terrestre. Seu elevado custo se justifica uma vez que devido a sua precisão e elevada cadência de tiro permitem que um PzH-2000 faça o trabalho de 3 obuses de geração anterior. Sem sombra de dúvidas uma arma magnífica desenvolvida pela excelente engenharia alemã.
Acima: Devido a seu enorme tamanho, o PzH-2000 só pode ser aerotransportado por aeronaves de grande porte, como esse C-17 da foto.

ABAIXO TEMOS UM DOCUMENTÁRIO SOBRE O PZH-2000

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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

HISTÓRIA DE UM PRACINHA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. Memórias de meu pai.


Olá amigos.
Em um país como o Brasil, onde a memoria é curta e a história não é cultuada e nem estudada de forma adequada, surge uma pessoa disposta a gravar uma parte do heroísmo de nossos bravos homens de outrora. O livro da minha amiga Maria Isalete de Brito Leal sobre as aventuras de seu pai, o senhor Francisco Conceição Leal. 
História de um Pracinha da Segunda Guerra Mundial - Memórias do meu pai
            "O livro conta histórias verídicas de um veterano da Segunda Guerra Mundial. Histórias que ele sempre contou e outras que só começou a falar depois que comecei a escrever o livro, pois, não gosta muito de falar sobre a Guerra.
            Um livro com palavras simples, que não narra as estratégias da Segunda Guerra Mundial, não entra no mérito das batalhas. Porém, faz um breve comentário de algumas batalhas que participou.
            Conteúdo rico em histórias reais. Passando os sentimentos de angústias, tristezas, alegrias e esperança de voltar. Contribuindo para um mundo livre e melhor.
            Com fatos marcantes em sua vida e em sua memória. Fatos que vivenciou bem de perto. Que hoje são marcas em sua mente e em seu físico. Histórias vividas por ele e seus companheiros, mais próximos. Histórias tristes que deixarão muitos a pensar e também as que darão boas risadas. Histórias de companheiros que partiram durante o conflito e de companheiros que fizeram parte do seu convívio no pós-guerra, que deixaram saudades.
            Está registrado no livro todo o acervo que guardou, podendo ver a farda, cartas, telegramas e objetos usados por ele durante a campanha na Itália.
            Dessa forma, acredito, ficará registrada e eternizada a participação de um soldado no Teatro de Operações em Território Italiano."

Quem tiver interesse em adquirir esta obra, entre em contato com Maria Isalete pelo seu e-mail: mariaisalete@globo.com. O custo do livro é de R$ 30,00 (frente incluso)


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

PROGRAMA FX 2 FOI CONCLUIDO.

 
O Ministério da Defesa do Brasil e o Comando da Aeronáutica assinaram na ultima sexta feira, dia 24 de outubro de 2014, com a empresa aeronáutica sueca Saab, o contrato de aquisição e desenvolvimento de 36 aviões de combate Saab JAS-39E Gripen (também conhecido como Gripen NG). O anuncio foi feito na data de hoje, segunda feira dia 27 de outubro de 2014. Esse marco pode ser considerado a conclusão do programa FX-2, que se arrastou por mais deuma decada e teve sua história iniciada sob a gestão tucana do então presidente Fernando Henrique Cardoso, anda com o nome de programa FX, e concluído sob a gestão ptista da atual presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
O primeiro exemplar deste contrato deve ser entregue apenas em 2019, e até lá, a FAB deve empregar alguns caças Saab JAS-39C Gripen, uma versão menos sofisticada que poderão ser cedidos ao Brasil até a chegada dos novos Gripens E. Para conhecer melhor o futuro caça da Força Aérea Brasileira entre no link:
http://warfareblog.blogspot.com.br/2014/06/saab-jas-39-gripen-e-o-guerreiro.html

terça-feira, 21 de outubro de 2014

EMBRAER APRESENTA O KC-390.

Atenção! Respeitável público! Apresento-lhes o novíssimo Embraer KC-390. O maior avião militar já desenvolvido e fabricado no Brasil!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

CLASSE BOREI. O futuro da dissuasão estratégica russa


FICHA TÉCNICA
Comprimento: 170 m.
Largura: 13,5m.
Calado: 10 m.
Deslocamento: 24000 toneladas (Submerso e totalmente carregado).
Velocidade máxima: 46 Km/h (submerso).
Profundidade: 450 m.
Armamento: 6 Tubos para torpedos 533 mm, 16 mísseis SS-NX-30 Bulava SLBM (míssil balístico lançado de submarino), 24 torpedos VA-111 Schkval, minas ou mísseis SS-N-22 Sunburn.
Tripulação: 130 homens.
Propulsão: Um reator nuclear OK-650 B e uma turbina AEU que produz 43000 Hp de potência.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
Com os elevados custos de operação do super submarinos da classe Typhoon, os maiores e mais poderosos submarinos já construídos, a marinha russa se viu na necessidade de substituir essa embarcação por um novo submarino que fosse menos custoso e operar e mais eficiente. Porém, o novo submarino deveria manter o poder de fogo estratégico que norteia a doutrina russa no pós guerra fria, fazendo com que a Rússia seja capaz de destruir qualquer inimigo no planeta e gerando o efeito dissuasório necessário. O submarino que será responsável para assumir a posição de principal elemento naval de ataque estratégico será o novo submarino do Projeto 955, ou, como é mais conhecido, classe Borei.
Acima: Esta interessante fotografia nos mostra um submarino da classe Borei e ao fundo, atras dele, o super submarino da classe Typhoon, que está sendo substituída por ele. reparem na diferença de tamanho.
O projeto do Borei começou antes da queda da União Soviética, e devido a forte crise financeira na qual a Rússia acabou caindo, houve um significativo atraso na conclusão deste projeto. O primeiro submarino desta classe foi apresentado oficialmente em 15 de abril de 2007 sob o nome de Yury Dolgorukiy e entrou em operação em janeiro de 2013.
Com 170 metros de comprimento, e um deslocamento de 24000 toneladas,  suas dimensões são similares ao submarino norte americano da classe Ohio, sendo  a metade do tamanho do submarino classe Typhoon que o Borei substitui.

Acima: O primeiro submarino da classe Borei a entrar em serviço foi o Yury Dolgorukiy, mostrado aqui ainda durante a sua finalização de sua construção. O esfalecimento da União Soviética levou a esse programa um grande atraso nas entregas dos submarinos.
O Borei possui um sistema de propulsão nuclear baseado em um reator OK-650 B e uma turbina AEU, que conseguem impulsionar o Borei a uma velocidade máxima de 30 nós (55,5 km/h), quando submerso. Na superfície sua velocidade máxima é de 15 nós (27 km/h). O sistema de propulsão é caracterizado pelo sistema de jato de água, que garante uma discrição mais eficaz, sendo que este sistema já foi utilizado no submarino da classe Lê Triomphant da marinha francesa. A capacidade máxima de mergulho do Borei é de 450 metros de profundidade, porém, por motivo de segurança, essa profundidade raramente será atingida, sendo que o navio se limita a mergulhar a apenas 380 m, quando em época de paz.
Acima: O Borei representa a ultima geração de submarinos nucleares lançadores de mísseis balísticos estratégicos da marinha russa. Mesmo que seu numero de unidades não chegue perto da quantidade de submarinos do mesmo tipo da marinha americana, a dissuasão nuclear está totalmente garantida.
Embora os sistemas de sensores do Borei sejam um assunto classificado, tanto  que não há dados detalhados publicados a respeito, o único dado que consegui verificar é que o Borei usa um sonar esférico SCAT-3M na parte interna da proa. Os outros dados que dizem respeito aos armamentos que ele transporta são bem detalhados e pode-se dizer que o Borei é muito bem armado. Em primeiro lugar vamos citar o armamento principal, para o qual o Borei foi planejado para transportar.
O Borei está armado com 16 moderníssimos mísseis balísticos intercontinentais (SLBM) RSM-56 Bulava. O míssil Bulava tem um alcance de 10000 km e transporta 6 ogivas manobráveis apoiadas por iscas para anular os sistemas de defesa antimísseis disponíveis. Cada ogiva tem uma potencia nominal de 150 kt (quilotons) e uma margem de erro (CEP) de 250 m. 
Acima: O lançamento de teste de um míssil RSM-56 Bulava em uma rara foto. Muitos testes desta arma falharam o que acarretou em atrasos no cronograma de entrada em serviço esta moderna arma.
Para combate naval existem 6 tubos de torpedos de 533 mm qualificados para lançamento dos modernos torpedos VA-111 Schkval cuja velocidade máxima chega a mais de 200 nós, ou cerca de 370 km/h, sendo o mais rápido torpedo do mundo e capaz de atingir um alvo a 13 km de distancia. O torpedo USET-80 de 533 mm também faz parte do arsenal do Borei, e seu alcance chega a 20 km, sendo sua guiagem feita através de sonar ativo/ passivo. Ainda pode ser transportado míssil de cruzeiro RPK-2 Viyuga, que são lançados dos tubos de torpedos. Este míssil é usado para atacar outros submarinos e tem como análogo o sistema Subroc norte americano. Assim sendo, o míssil é lançado dos tubos de torpedos e sai da agua, seguindo um trajeto pré determinado e soltando um torpedo na agua perto da área onde o submarino inimigo foi detectado a uma distancia máxima de até 45 km. Como alternativa a esse torpedo, pode ser usado em seu lugar, uma ogiva nuclear de 5 kt de potência. Ao todo podem ser transportados 24 torpedos, minas e mísseis dentro do Borei, além dos 16 mísseis Bulava.
Acima: O Borei possui 6 tubos de torpedos de 533 mm capazes de lançar mísseis de cruzeiro antissubmarino RPK-2 Viyuga ou o torpedo VA-111Schkval, o mais rápido torpedo do mundo.
O submarino da classe Borei representa a 4º geração de submarinos nucleares estratégicos da marinha russa. Hoje pode ser considerado como sendo um submarino no estado da arte, superando todos os modelos do tipo atualmente em serviço, graças a sua discrição e desempenho, além, é claro, de ser a plataforma de lançamento do mais avançado míssil SLBM do mundo, o Bulava. A marinha russa tem planejado adquirir 8 unidades do Borei, sendo que dois submarinos já foram comissionados e até dezembro de 2014, o terceiro submarino desta classe, hoje em testes na frota do Pacífico, deverá ser comissionado também.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO QUE TRATA SOBRE O BOREI. 

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