sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

LOCKHEED MARTIN F-16C BLOCK-50/52 FIGHTING FALCON. O cavalo de batalha do ocidente.


FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: Mach 2.
Velocidade de cruzeiro: Mach 0,9.
Razão de subida: 15240 m/min.
Potência: 1,10 (só com combustível interno e desarmado).
Carga de asa: 88 lb/ft².
Fator de carga: 9 Gs.
Taxa de giro instantânea: 28º/s.
Razão de rolamento: 270º/s.
Teto de serviço: 15240 m.
Raio de ação/ alcance: 550 km sem reabastecimento aéreo/ 4220 km (máximo).
Alcance do radar: Northrop Grumman AN/APG-68(V)9:  105 Km (alvo de 5 m2 de RCS).
Empuxo: Um motor General Eléctric F-110 GE-129 com 13160 kgf de empuxo máximo ou um motor Pratt & Whitney F-100-PW-229 com 12940 kgf.
DIMENSÕES
Comprimento: 15,03 m
Envergadura: 10 m
Altura: 5,9 m
Peso: 8570 kg.
Combustível interno: 7055 lb,
ARMAMENTO
Capacidade total: 7700 kg de carga externa divididos por 11 pontos fixos entre asas e fuselagem.
Ar Ar: Míssil AIM-120 Amraam, AIM-9L/M/X Sidewinder, Iris-T, Python 4, Python V, A-Darter, AIM-132 Asraam, Míssil Derby, MICA.
Interno: Canhão General Electric M-61A1 Vulcan de 20 mm com 511 munições.
Ar Terra: Míssil AGM-65 Maverick, Bombas guiadas a laser da família Paveway (GBU-10, 12,16,24 e 27), Bomba dispensadora de submunições,CBU-87  Bombas da família JDAM, guiadas por GPS (GBU-31, 32, 38), Mísseis AGM-154 JSOW, Bombas de queda livre da série MK-80.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O F-16 já entrou para a história no mundo da aviação militar mundial com um marco da mudança de postura dos projetistas de caças. Esse caça foi desenvolvido no começo dos anos 70 para concorrer no programa LWF (lightweight Fighter, ou cala leve) contra o então Northrop F-17 Cobra, que depois de aperfeiçoado se tornaria o F/A-18 que conhecemos hoje. A ideia foi ter um mix de caças leves complementando os caças pesados e mais caro como o F-15 Eagle. O F-16 foi declarado vencedor dessa concorrência em janeiro de 1975 e se mostrava uma aeronave bem leve, preparada para combate aéreo de curto alcance em céus limpos e capacidade de ataque básica. Porém com o passar dos anos, inúmeros aperfeiçoamentos foram incorporados a esse caça tornando ele mais caro e mais capaz também. Embora, oficialmente exista a informação que esse caça nunca foi derrubado em combates ar ar real, outras informações dão conta de que um F-16 turco já sucumbiu em um combate frente a um Mirage 2000 Grego e pelo menos seis F-16A israelenses foram derrubados por caças MIG-23 sírios.
Acima: O protótipo do F-16, chamado de YF-16 era um caça extremamente mais leve e simples que o atual caça multifunção F-16C.
O F-16 desempenhou muito bem suas tarefas durante as guerras em que foi usado mas o tempo passou e novas ameaças foram aparecendo, colocando a capacidade de combate e e mesmo de sobrevivência do F-16 e cheque. Muitas versões foram sendo produzidas e a cada nova versão classificada por um block, sendo block 10, block 15, block 20... e assim por diante. O modelo original F-16A foi atualizado até o block 20. os modelos posteriores já deram uma nova versão que foi chamada de F-16C cujas capacidades já davam o tom das novas missões que seriam exercidas por este fantástico caça leve. O F-16C já tinha uma capacidade multimissão consideravelmente superior ao do F-16A. Porém, novos blocks foram sendo desenvolvidos para o F-16C também, chegando a atual  versão, conhecida como F-16C Block 50/52+ (Plus), que representa a mais sofisticada versão do F-16C. Esta é a versão que será foco desta matéria a partir de agora.
Uma das mudanças que chamam a atenção no modelo Block 52, foi a possibilidade de instalação de tanques conformais CFT com capacidade de 1400 kg de combustível extra sob a extensão do bordo de ataque (LERX) da aeronave, perto da base das asas elevando o alcance do F-16 em cerca de 40 % dependendo da configuração de cargas externas.
Acima: Nesta foto podemos ver 3 F-16C Block 52+ com seus tanques de combustível conformais CFT montado sob a LERX e raiz das asas. esses dispositivos permitem um aumento da autonomia em cerca de 40 % e ainda libera as asas para mais armamentos.
O radar instalado no F-16C block 50/52 também foi mudado para que a aeronave conseguisse cumprir os novos desafios que se esperava dele. O radar que foi instalado foi o AN/APG-68(V)9 que possui um alcance de 105 Km contra um alvo com 5m2 de RCS (um MIG-29) o que representa 30% mais alcance que a versão anterior AN/APG 68(V)2. Outro importante incremento na capacidade do Falcon Block 50 foi a integração do capacete JHMCS que permite ao piloto receber as informações de navegação e de combate direto na viseira do capacete podendo, inclusive, ser operado integrado com o míssil AIM-9X Sidewinder, para apontar o míssil com o movimento da cabeça e dos olhos para o alvo e assim poder disparar contra alvos mesmo fora de sua linha de visada do caça. Esta capacidade, desenvolvida inicialmente pelos russos para operação de seus caças MIG-29 e Su-27 está plenamente desenvolvida e operacional nos F-16 Block 50/52 o que lhe dá a possibilidade de vencer aeronaves mais manobráveis em combate aéreo de curto alcance.
Acima:  O avançado capacete JHMCS usado nos F-16C Block 50/52 permite uma  alta letalidade em combate aproximado quando em uso junto do míssil AIM-9X Sidewinder. 
O F-16 está integrado a diversos tipos de pods designador de alvos como o Lockheed Martin Sniper XR, também conhecido como AN/ AAQ-33 composto por um avançado FLIR de alta resolução, um sistema CCD-TV para produção de imagens de alta resolução de TV e um iluminador a laser que permite guiar armas como bombas guiadas a laser a distancias elevadas garantindo um bom nível de operação stand off (fora do alcance das defesas inimigas). Outros sistemas similares como o LANTIRN que usa dois pods para executar a tarefa de navegação através de um FLIR e de designação de alvos com um iluminador a laser em um pod separado que embora inferior ao sistema Sniper, também proporciona maior segurança em voo em condições noturnas e com clima adverso. E o sistema Litening, de Israel, que agrega as mesmas capacidades do Sniper. O Brasil, usa esse ultimo sistema em seus aviões de combate A-1 AMX.
O F-16C Block 50/52 possui, também um sistema de contra medidas eletrônicas que é composta por um sistema de alerta de radar (RWR) modelo AN/ALR-56M que informa o piloto quando um radar inimigo estiver rastreando o seu caça. Este sistema opera integrado a lançadores de iscas  Flares e Chaffs ALE 40 e ALE-47 que são lançadas de acordo com a identificação da ameaça para despistar mísseis guiados por calor e por radar, respectivamente.

Acima: O cockpit do F-16C já mostra o peso de sua idade. Porém ainda é considerado uma aeronave relativamente simples de pilotar. 
O F-16C Block 50/52 pode receber dois modelos de motores o que dá uma maior flexibilidade para agradar os clientes. O primeiro motor, um General Eléctric F-110 GE-129 com 13160 kgf instalado nos F-16C Block 50. O segundo motor é um Pratt & Whitney F-100-PW-229 foi instalado nos modelos Block 52. este motor produz uma potência máxima, com pós queimadores de 12940 kgf de força. A relação empuxo peso da versão Block 50 com o motor GE F-110 chega a 1,10, o que supera a grande maioria dos caças de todo o mundo em potência. Com isso, o F-16 e mostra um verdadeiro "dragster" em termos de aceleração, e sua estabilidade relaxada, controlada por um sistema FBW (Fly By Wire) quádruplo para garantir a segurança de voo caso da perda de um dos sistemas por danos de combate ou por falha sistêmica lhe garante a agilidade  que é a marca registrada desse caça. O F-16C consegue puxar 9 Gs em curvas sustentadas e um desempenho de curva com uma taxa de giro instantânea de 28º/ seg. Embora esses números não representem o melhor desempenho do mundo, certamente é superior ao do F-15 Eagle e do F/A-18 e só foi superado pelo muito mais capaz F-22 Raptor, um caça de 5º  geração. Até o sucessor natural do F-16, o F-35 em desenvolvimento, não consegue igualar a taxa de giro instantâneo do F-16 segundo informações passadas por pilotos de testes da Lockheed, seu fabricante. Cabe observar, por ultimo, que todos os caças delta canards europeus de 4º geração, incluindo o JAS-39E Gripen NG recém adquirido pelo Brasil superam esse desempenho de curva com folga.

Acima: O F-16 continua sendo uma referência de voo em combates aéreos, mesmo considerando que seus números já foram superados pela nova geração de caças europeus e russos. Certamente que ele seria um adversário duro em uma batalha aérea.
O armamento que pode ser instalado em um F-16C Block 52 é tão amplo que o assunto merecia uma matéria a parte. Aqui vou enumerar apenas as principais armas que ele leva. Como a grande maioria dos caças norte americanos modernos, o F-16C usa um canhão interno General Electric M-61A1 Vulcan tipo gatling com 6 anos rotativos em calibre 20 mm com uma cadência de 6600 tiros por minuto. Para combate ar ar, o F-16C opera o míssil de curto alcance AIM-9M Sidewinder, guiado por infravermelho (IR). A versão mais avançada deste míssil, o AIM-9X, com capacidade de engajamento fora da linha de visada do piloto ou "off boresight" de 90º, onde a cabeça de busca do míssil segue o olhar do piloto através do capacete JHMCS, representa o estado da arte em mísseis de curto alcance disponível para o F-16C. Seu alcance pode chegar a 22 km. Para combate além do alcance visual, o armamento mais usado é o míssil de médio alcance AIM-120C-5 Amraam guiado por radar ativo, e capaz de atacar um alvo distante 105 km. O F-16 pode ainda receber armamento de outras nacionalidades como o míssil europeu de curto alcance IRIS-T, similar ao AIM-9X em capacidade de engajamento off boresight ou o míssil de médio alcance francês MICA, guiado por radar ativo e com desempenho de alcance de cerca de 50 km.

Acima: Um F-16 durante o reabastecimento em voo durante uma missão no Oriente Medio. Notem sua configuração de armas para missão de patrulha aérea de combate CAP com dois mísseis de médio alcance AIM-120 na ponta das asas e um míssil de curto alcance AIM-9M na asa esquerda. 
Para missões ar superfície, o F-16C pode ser armado mísseis AGM-65 Maverick para destruir alvos reforçados móveis como um carro de combate MBT ou fixos como um hangar reforçado de concreto. O Maverick foi produzido em muitas versões que podem ser guiadas por infravermelho (IR), sistema eletroóptico (TV), ou a laser e seu alcance chega a 22 km.
O míssil de cruzeiro de longo alcance AGM-158 JASSM guiado por GPS e com alcance que varia de 370 km (versão  normal) a 1000 km (versão ER - alcance estendido), também faz parte do arsenal do Falcon. Este míssil permite atacar alvos bem defendidos longe das defesa antiaéreas (capacidade stand off) dando uma boa segurança ao F-16. Para missão de supressão de defesa antiaérea, uma das mais importante levadas a cabo pelo F-16, o míssil anti-radar AGM-88 HARM que opera no modo home on jan (seguindo as emissões dos radares e sinais inimigos) é usado. O HARM pode ser lançado contra um radar que esteja localizado a uma distancia máxima de 150 km. Se o radar inimigo parar de emitir, o míssil, automaticamente seguirá o curso da ultima emissão.
A variedade de bombas que podem ser lançadas pelo Falcon começa nas bombas burras da família MK, passando pela bombas guiadas a laser da família Paveway que foram muito usadas nos bombardeiros no Iraque, Iugoslavia e Afeganistão. Porém, a grande melhoria na família F-16 que a versão Block 50/52 recebeu foi a integração de novos sistemas para permitir a incorporação de armas guiadas por GPS como as bombas da família JDAM, JSOW e as novíssimas e avançadas bombas GBU-39 SDB, cuja precisão é tamanha, que elas podem operar com ogivas extremamente pequenas que o alvo será destruído em um só impacto direto justamente devido a sua elevada precisão. Por ultimo, embora pouco usual, os F-16C podem lançar mísseis anti-navio como o AGM-84 Harpoon guiados por radar ativo e com alcance de 120 km. O míssil AGM-119MK-3 Penguin de fabricação norueguesa, também faz parte do arsenal do Falcon. Este míssil tem alcance de 55 km e sua guiagem se dá por buscador Infravermelho IR. O F-16 poderia usar armas nucleares como as bombas atômicas B-61 com 340 kilotons de potência e a B-83 com potência de 1,2 megatons caso fosse necessário.
Acima: Uma das mais importantes missões levado a cabo pelos F-16C durante a campanha Desert Storm, no Iraque em 1991 foi a supressão de defesas antiaéreas. Este F-16C mostrado na foto apresenta o míssil anti radar AGM-88 HARM instalado perto do tanque externo.
O F-16C Block-50/52 é o terceiro caça mas avançado da família F-16 cujo projeto já tem  mais de 40 anos. Claro que os primeiros F-16 não chegam aos pés do que este pequeno caça leve se tornou depois de suas inúmeras modernizações, o que lhe permitiu se manter como um vetor válido mesmo no começo do século XXI e deverá se manter em operação em muitos países até pelo menos 2030. Os países que usam esta versão do Falcon hoje são os Estados Unidos, Chile, Grécia, Turquia, Marrocos, Egito, Iraque, Oman,  Polônia, Paquistão, Coreia do Sul  e Israel. Vale lembrar que as outras versões do F-16 são usados por muitos outros países, principalmente europeus, membros da OTAN.
Acima: A Polônia é um importante operador europeu do F-16C Block 50/52. Nesta foto podemos ver um modelo C e um D ao fundo, equipado com os tanques CFTs.



ABAIXO TEMOS UMA DEMONSTRAÇÃO DA AGILIDADE DO F-16C BLOCK 52 POLONÊS.


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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

CLASSE KIROV. O maior cruzador debatalha do mundo.


FICHA TÉCNICA
Tipo: Cruzador de batalha.
Tripulação: 727 homens.
Data de comissionamento: Dezembro 1980.
Deslocamento: 26500 Toneladas (carregado).

Comprimento: 252 mts.
Calado: 9.1 mts.
Boca: 28.5 mts.
Propulsão: 2 reatores nucleares KN-3, 2 turbinas a vapor que geram 280000 HP juntas e 2 caldeiras a óleo.
Velocidade máxima: 31 nós (58 km/h).
Alcance: Praticamente ilimitado.
Sensores: Radar de busca aérea MR-800 Top Pair; Radar 3D de busca de superfície e aérea Fregat MR-710 Top Plate; Radar de navegação Palm  Frond; Radar de controle de fogo Top Dome.
Armamento: SSM: 20 SS-N 19 Shipwreck; SAM: 12 S-300F, 2 lançadores duplos SA-N-4 Gecko, 2 lançadores de 8 células verticais para mísseis SA-N-9 Gauntlet, 6 sistemas  Kashtam com 2 lançadores de mísseis SA-N-19 Grison e 2 canhões de 6 canos rotativos de 30 mm, 8 canhões AK 130 de 30 mm e 6 canos rotativos. Um canhão duplo de 130 mm de uso geral. ASW: 10 tubos de torpedos de 533 mm type 53, 10 mísseis SS-N-16 Stallion anti-submarino e antinavio. 1 lança morteiro RBU 1000, 1 Lança morteiro RBU 2000 e 2 lança morteiro RBU 6000. 

Aeronaves: 3 helicópteros anti-submarino Kamov Ka-27PL ou Ka-25RT.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
Os grandes navios da classe Kirov são os maiores cruzadores do mundo e um dos mais bem armados também. Seu tamanho (252 m) é comparável a dos porta aviões. Inicialmente se planejava que a função deste navio fosse a de caçar e destruir os submarinos lançadores de mísseis nucleares SLBM dos Estados Unidos e seus aliados durante a guerra fria, porém, se decidiu posteriormente que ele desempenharia outras funções como o ataque a grandes alvos de superfície como porta aviões, além de garantir a proteção de um grupo de batalha contra ataques aéreos. Para isso o Kirov, foi armado com uma poderosa gama de mísseis, que o tornam um dos mais bem armados navios de guerra do mundo. Seu armamento antiaéreo é composto por 12 lançadores verticais octóplus para mísseis S-300F, conhecido como SA-N-6, que possui um alcance de 90 km e podendo destruir um alvo a 25000 m de altitude, guiado por radar semi ativo (exige que um radar de controle de fogo do navio ilumine o alvo para o míssil). Essa versão, do S-300, é um dos mais perigosos mísseis antiaéreos do mundo. Os 96 mísseis S-300F permitem uma enorme resistência de combate para essa classe de navio. Além do S-300F, há também dois lançadores duplos de mísseis OSA-MA com alcance de 10 Km, guiados pelo sistema comando de linha de visada, que é, na pratica um controle remoto feito por uma estação do navio que passa as coordenadas para o míssil para que ele acerte o alvo. Para defesa de ponto é usado o sistema antiaéreo Kashstan que é composto por dois lançadores de míssil SA-N-19 Grisom com alcance de 8 km, guiado por comando de rádio e 2 canhões GSH- 30K de 6 canos rotativos de 30 mm que são usados contra mísseis lançados contra o navio. O alcance desses canhões é de 3,5 km e existem 6 sistemas desses montados no navio. Para apoiar os mísseis, estão montados mais 8 canhões AK 630 de 30 mm de 6 canos rotativos. Para essas armas de 30 mm existem 72 000 cartuchos dentro do Kirov. Um numero bem impressionante, que só é possível graças ao tamanho deste cruzador.
Acima: O Kirov tem dimensões que se assemelham aos couraçados da segunda grande guerra mundial. 
Para ataque contra alvos de superfície, o Kirov está armado com 20 mísseis P-700 Granit (SS-N-19 Shipwreck, na nomenclatura da OTAN) em 20 silos montados na proa do navio. Estes poderosos mísseis possuem alcance 550 Km e seu sistema de guiagem se dá por radar ativo com modo Home-on-Jam, o que significa que, caso o alvo use métodos de interferência para atrapalhar o sistema de guiagem do míssil, o míssil passará a seguir a fonte dessa interferência. Esses poderosos mísseis, possuem uma ogiva que pode ser convencional de 750 Kg de alto explosivo, ou nuclear de 500 Kt. Com essa arma, este navio pode afundar qualquer porta aviões do mundo ou, ainda, incinerar um grupo de batalha com sua versão versão nuclear. Ele ainda é supersônico, atingindo a velocidade de mach 2,5 (2650 km/h) no momento do impacto, garantindo uma dificuldade extrema de ser interceptado durante um ataque já que o alvo teria pouco tempo de reagir a um ataque deste míssil.

Acima: Nesta foto podemos ver com os silos para os mísseis P-700 Granit com as portas maiores, e os silos dos mísseis antiaéreos SA-N-6. Dois dos seis sistemas de defesa aérea de ponto Kashstan também podem ser vistos nessa foto, um de cada lado do convés. 
O Kirov tem uma torre com um canhão duplo automático AK-130 de 130 mm que pode ser usado contra alvos aéreos ou de superfície. Esse canhão consegue uma taxa de tiro na ordem de 35 tiros por minuto, tendo um alcance máximo contra alvos aéreos de 15000 metros e 8000 metros contra alvos de superfície. A capacidade de armazenamento de munição  é de 840 tiros. Por ultimo, há 10 tubos lança torpedos de 533 mm Type 53, e que podem disparar mísseis Vodopad NK, também conhecidos como SS-N-16 Stallion, que pode ser usado contra navios de superfície e contra submarinos, quando transporta no lugar da ogiva, um torpedo. O alcance deste sistema é de 100 Km.. Existe também a provisão para operação de 3 helicópteros Kamov Ka-27PL ou Ka-25RT antissubmarinos.
Acima: Na foto podemos ver um helicóptero  Kamov Ka-25RT Hormone uado para missões antissubmarino pelo Kirov. Podem ser operados até 3 helicopteros no grande heliporto do Kirov. 
A propulsão deste navio é feita por  2 reatores nucleares KN-3, apoiados por duas turbinas a vapor. As 2 turbinas a vapor conseguem uma potência de 280000 HP cada e essa força move 2 eixos com uma hélice cada um, com 5 pás. Esse sistema acelera o Kirov até 31 nós (58 km/h), o que pode ser considerado muito bom considerando o enorme deslocamento de cerca de 26500 toneladas deste navio. O sistema de radar é composto por um sistema de radar MR 800 Flag (Top Pair) do tipo tridimensional, com 450 Km de alcance e um segundo radar  MR 500 Big net, do tipo 2 D, com 280 Km de alcance. Essa ultima funciona como um backup da antena maior. Para busca aérea e de superfície é usado um radar Fregat MR-710 Top Plate  com alcance de 300 km. O radar de controle de fogo é um Top Dome . O Kirov tem um sonar Horse Jaw, de baixa frequência montado no casco e um sonar de profundidade variável Horse Tail. Para auto defesa é usado dois lançadores de iscas tipo chaff PK-2, para iludir mísseis inimigos guiados por radar.

Acima: O Kirov está baseado na frota do norte e graças a sua propulsão nuclear, ele pode operar em qualquer ponto do planeta sem preocupação com combustível que torna sua autonomia quase ilimitada. 
Foram construidos quatro navios da classe Kirov e hoje, apenas um continua em serviço, o Yuri Andropov. Depois da queda da União Soviética, o Yuri Andropov teve seu nome mudado para Pyotr Velikiy ou "Pedro o Grande". Um segundo navio desta classe, chamado Admiral Nakhimov está sendo reformado e deverá voltar para a frota russa em 2018.  Estes navios tem um poder de fogo espetacular e um desempenho formidável. O maior inimigo dos navios da classe Kirov são os submarinos nucleares de ataque que poderiam se aproximar sem serem detectados e atacar o navio. Mesmo com os avanços nos sonares, houve, também, avanços na discrição dos modernos submarinos e por isso, mesmo com todo o poder de fogo do Kirov, ele poderia ser seriamente avariado ou mesmo afundado por um submarino moderno.




ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM CENAS DO KIROV.

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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

BENELLI M-3 SUPER 90 - Atualização Full Metal Jacket

O blog Full Metal Jacket foi atualizado com uma matéria sobre uma das melhores espingardas de combate do mundo, a Benelli M-3 Super 90. para conhecer melhor esta arma clique na foto abaixo.
http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2014/11/benelli-m-3-super-90-uma-lenda-entre-as.html

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

FN HERSTAL SCAR. Atualização Full Metal Jacket


Clique na foto acima e conheça o fuzil FN SCAR desenvolvido para equipar a elite das forças armadas dos Estados Unidos. Mais uma atualização do blog Full Metal Jacket.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

KRAUSS – MAFFEI WEGMANN PzH-2000. O mais avançado sistema de artilharia auto propulsada do mundo.


FICHA TECNICA
Tripulação: 5 homens.
Motor: Um motor de  8 cilindros MTU 881 Ka-500 com 1000 hp de força.
Peso: 55,3 toneladas (carregado).
Comprimento: 11,67 m (contando o canhão)
Largura: 3,48 m
Altura: 3,4 m.
Autonomia: 420 km.
Velocidade: 60 Km/h em estrada ou 45 km/h em terreno irregular.
Passagem de vau: 1,2 m.
Obstáculo vertical: 1,1 m.
Trincheira: 3 m.
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º.
Armamento: Um canhão Rheinmetall L-52 de 155 mm e uma metralhadora Rheinmetall MG-3 em calibre 7,62X51 mm.
Alcance das granadas: Convencional : 40 km, Granada assistida por foguete: 56 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S.Junior
Quando pensamos em sistemas de armas, seja de qualquer segmento como aviação militar, mísseis, navios de guerra, tanques ou mesmo fuzis de assalto, sempre há um determinado equipamento que é coroado com o status de “melhor do mundo”, ou “mais poderoso do mundo”. São exemplos dessa condição o caça norte americano F-22 Raptor, considerado o melhor avião de superioridade aérea do mundo nos dias atuais, ou o destróier da classe Arleigh Burke (DDG-51) da marinha dos Estados Unidos, considerado o mais poderoso destróier nos dias de hoje. O sistema de armas que será foco do texto a seguir tem, justamente, esse status de melhor do mundo, dentro de sua categoria. O veiculo de artilharia auto propulsada PzH-2000, desenvolvido pela poderosa Krauss- Maffei, Wegmann KMW da Alemanha e que tem a o status de mais poderoso sistema de artilharia auto propulsado dos dias atuais.
Acima: O PzH-2000 é mais um dos muitos produtos bélicos desenvolvidos pela Krauss-Maffei Wegmann que aparecem no topo do pódio ente os melhores sistemas de seu tipo.
O PzH-2000 foi encomendado pelo exercito alemão em 1996 que solicitou a construção de 185 unidades para substituir o obus autopropulsado M-109 de origem norte americana usado pelo exercito alemão. Além do exercito alemão, a Itália, Holanda, Qatar, Croácia e Grécia adquiriam p PzH-2000 para seus exércitos.
Uma das características diferenciais do PzH-2000 que o colocam a frente dos outros sistemas de artilharia autopropulsadas são sua alta cadência de tiro de 12 tiros em 1 minuto. Pode parecer pouco para as pessoas acostumadas a ver dados de cadência de tiro de armas leves automáticas, mas quando se fala de granadas de 155 mm, esse dado se mostra muito bom. O processo de carregamento das granadas é automático enquanto que 2 soldados são encarregados de por as cargas depois das granadas no canhão Rheinmetall L-52, o que facilita e muito o processo de recarregamento. O alcance das granadas convencionais chega a 30 km enquanto que a granada propulsada por foguete consegue aumentar essa distancia para 60 km. P PzH-200 pode empregar, também, granadas inteligentes como a munição norte americana M-982 Excalibur que usa um sistema GPS para garantir uma maior precisão, podendo ser empregada contra alvos distantes 48 km e apresentando uma margem de erro de apenas 1 metros do ponto de impacto previsto. para se entender o excelente nível dessa precisão, basta observar que bombas guiadas a laser uada por aeronaves de combate tem margem de erro de 5 metros, ou seja, 5 vezes mais que uma granada Excalibur. Outras granadas inteligentes podem ser usadas também, como a SMArt-155 empregada contra veículos blindados inimigos posicionados a 28 km de distancia. Ao todo são transportados 60 granadas por veículo permitindo um considerável fogo sustentado.


Acima: O canhão Rheinmetall L-52 calibre 155 mm usado no PzH-2000 tem um freio de boca para reduzir o recuo da arma. O canhão tem grande flexibilidade de emprego para diversos tipos de munições simples e inteligentes.
Outro difrencial do PzH-2000 é a sua precisão frente aos sistemas anteriores a ele. O PzH-2000 é equipado com um sistema autônomo de controle de fogo  MICMOS  desenvolvido pela EADS. Esse sistema recebe dados via data link de fontes externas, como aeronaves ou soldados em posições avançadas e executa os cálculos de parâmetros de tiros automaticamente, agilizando em muito o disparo das granadas. O PzH-2000 pode engajar alvos diretamente a curtas distancias e para isso o comandante está equipado com um periscópio Leica PERI-RTNL-80 enquanto que o artilheiro está equipado com uma mira Leica PzF-TN-80 com intensificador de luminosidade para ser usada de dia e de noite.
O PzH-2000 é propulsado por um motor de 8 cilindros MTU 881 Ka-500 que fornece 1000 hp de força permitindo uma velocidade máxima de 60 km/h em estrada ou de 45 km/h em terreno irregular. A autonomia é de 420 km, o que representa uma melhora de 70 km quando comparado com o seu antecessor o M-109.
Acima: Os sofisticados sistemas embarcados ligados ao computador de controle de fogo colocam este obuseiro na vanguarda da artilharia moderna.
O PzH-2000 é protegido para operar em ambientes NBC (Nuclear, Biological e Chemical), além de ser blindado contra projéteis de calibre até 14,5 mm na parte frontal do veículo enquanto nas partes laterais a proteção suporta impactos de armas leves até o calibre 7,62X51 mm e estilhaços de granadas de artilharia e minas terrestres, o veículo pode receber placas de blindagem reativa ERA para aumentar sua sobrevivência em um campo de batalha de alta intensidade.
O PzH-2000 é hoje o mais avançado sistema de artilharia auto propulsado do mundo e certamente um dos maiores também. O vídeo que segue nesta matéria mostra bem claramente as dimensões avantajadas deste moderno sistema de combate terrestre. Seu elevado custo se justifica uma vez que devido a sua precisão e elevada cadência de tiro permitem que um PzH-2000 faça o trabalho de 3 obuses de geração anterior. Sem sombra de dúvidas uma arma magnífica desenvolvida pela excelente engenharia alemã.
Acima: Devido a seu enorme tamanho, o PzH-2000 só pode ser aerotransportado por aeronaves de grande porte, como esse C-17 da foto.

ABAIXO TEMOS UM DOCUMENTÁRIO SOBRE O PZH-2000

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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

HISTÓRIA DE UM PRACINHA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. Memórias de meu pai.


Olá amigos.
Em um país como o Brasil, onde a memoria é curta e a história não é cultuada e nem estudada de forma adequada, surge uma pessoa disposta a gravar uma parte do heroísmo de nossos bravos homens de outrora. O livro da minha amiga Maria Isalete de Brito Leal sobre as aventuras de seu pai, o senhor Francisco Conceição Leal. 
História de um Pracinha da Segunda Guerra Mundial - Memórias do meu pai
            "O livro conta histórias verídicas de um veterano da Segunda Guerra Mundial. Histórias que ele sempre contou e outras que só começou a falar depois que comecei a escrever o livro, pois, não gosta muito de falar sobre a Guerra.
            Um livro com palavras simples, que não narra as estratégias da Segunda Guerra Mundial, não entra no mérito das batalhas. Porém, faz um breve comentário de algumas batalhas que participou.
            Conteúdo rico em histórias reais. Passando os sentimentos de angústias, tristezas, alegrias e esperança de voltar. Contribuindo para um mundo livre e melhor.
            Com fatos marcantes em sua vida e em sua memória. Fatos que vivenciou bem de perto. Que hoje são marcas em sua mente e em seu físico. Histórias vividas por ele e seus companheiros, mais próximos. Histórias tristes que deixarão muitos a pensar e também as que darão boas risadas. Histórias de companheiros que partiram durante o conflito e de companheiros que fizeram parte do seu convívio no pós-guerra, que deixaram saudades.
            Está registrado no livro todo o acervo que guardou, podendo ver a farda, cartas, telegramas e objetos usados por ele durante a campanha na Itália.
            Dessa forma, acredito, ficará registrada e eternizada a participação de um soldado no Teatro de Operações em Território Italiano."

Quem tiver interesse em adquirir esta obra, entre em contato com Maria Isalete pelo seu e-mail: mariaisalete@globo.com. O custo do livro é de R$ 30,00 (frente incluso)


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

PROGRAMA FX 2 FOI CONCLUIDO.

 
O Ministério da Defesa do Brasil e o Comando da Aeronáutica assinaram na ultima sexta feira, dia 24 de outubro de 2014, com a empresa aeronáutica sueca Saab, o contrato de aquisição e desenvolvimento de 36 aviões de combate Saab JAS-39E Gripen (também conhecido como Gripen NG). O anuncio foi feito na data de hoje, segunda feira dia 27 de outubro de 2014. Esse marco pode ser considerado a conclusão do programa FX-2, que se arrastou por mais deuma decada e teve sua história iniciada sob a gestão tucana do então presidente Fernando Henrique Cardoso, anda com o nome de programa FX, e concluído sob a gestão ptista da atual presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
O primeiro exemplar deste contrato deve ser entregue apenas em 2019, e até lá, a FAB deve empregar alguns caças Saab JAS-39C Gripen, uma versão menos sofisticada que poderão ser cedidos ao Brasil até a chegada dos novos Gripens E. Para conhecer melhor o futuro caça da Força Aérea Brasileira entre no link:
http://warfareblog.blogspot.com.br/2014/06/saab-jas-39-gripen-e-o-guerreiro.html