quarta-feira, 17 de junho de 2015

CZ P-09 DUTY - Atualização Full Metal Jacket

Olá amigos.
O blog Full Metal Jacket traz esta semana uma matéria sobre a nova pistola CZ P-09. Para conhecer melhor esta excelente pistola entre em: http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2015/06/cz-p-09-duty-as-melhores-qualidades-que.html
Abraços

CZ-P-09 DUTY. As melhores qualidades que uma pistola pode ter inseridas em um único produto.

FICHA TÉCNICA
Calibre: 9x19 mm, .40 S&W.
Peso: 860 g.
Capacidade: 19+1 em 9x19 mm, 15+1 em .40 S&W.
Comprimento do cano: 4,53 polegadas.
Comprimento total: 20,8 cm.
Gatilho: Ação dupla/ ação simples.
Sistema de operação: Recuo curto.
Mira: Fixa com sistema tridot.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O universo das armas é extremamente rico em variedades de modelos. Graças a grande competitividade entre os fabricantes, hoje temos um alto padrão de qualidade que permite a escolha de uma arma ser muito mais pessoal do que propriamente técnica, uma vez que os níveis de confiabilidade mecânica atingiu níveis bem altos. Embora eu tenha uma forte admiração pelos produtos da Heckler & Koch, ou "HK", minha pistola preferida é de uma outra grande fabricante, a Ceska Zbrojovka ou simplificando, "CZ", orgulho da Republica Checa, a fábrica de armas CZ produz algumas das mais bem sucedidas pistolas do mundo. O produto de maior sucesso da CZ é sua pistola CZ-75 projetada em 1975 e em linha de produção até os dias de hoje, é reconhecida como sendo a pistola com a empunhadura de melhor ergonomia já projetada, o modelo se mantém em produção até os dias de hoje. A CZ-75 foi sendo aperfeiçoada no decorrer desses 39 anos de existência, sendo que a variante mais recente, responde pelo nome de CZ-75 P07 Duty. A P-07 é uma pistola compacta com armação em polímero que agrega as melhores características de operação, segurança, mira e ergonomia que se pode encontrar em uma pistola moderna. 
A pistola cuja minha predileção eu expus no começo deste artigo é uma variante de P-07, chamada CZ P-09. 

Acima: A CZ P-09 ao lado de sua irmão mais velha e mais compacta CZ P-07 Duty.
A P-09, na pratica, é uma P-07 com todas as dimensões aumentadas para uma arma em tamanho full, cujo objetivo é uma arma de porte ostensivo dada suas dimensões, sendo portanto, pensada para uso tático policial ou militar embora possa ser usada para defesa pessoal também. A P-09 é fabricada com sua armação em polímero, seguindo uma forte tendência para esse tipo de armamento atualmente. A empunhadura conta com o recurso de substituição de seus calços traseiros (backstraps) de forma que a arma vem acompanhada em sua caixa, de 3 calços de tamanhos diferentes para garantir uma melhor adaptação da empunhadura as dimensões das mãos dos seus usuários. A armação, em sua parte frontal possui um trilho para instalação fácil de acessórios como apontadores a laser ou lanternas táticas. A armação pode ser em acabamento negro ou com cor "desértica" lembrando areia.
Outro ponto que chama a atenção na P-09 é seu sistema de segurança que pode ser facilmente substituído pelo próprio usuário, sem a necessidade de levar a arma a um armeiro. A tecla de trava da armadilha, posicionada na parte posterior da armação, pode ser substituída por uma tecla que funcione como desarmador do cão (decocking lever), simplesmente trocando a peça na desmontagem de primeiro escalão. A peça é vendida nas lojas de armas como acessório.

Acima: A tecla de trava pode ser substituída pelo uma tecla de desarmar o cão sem necessidade de uma mão de obra técnica. Observe a tecla atras da arma e os calços (backstraps) da empunhadura abaixo da P-09.

Acima: A armação em cor desértica com uma lanterna tática presa ao trilho. Este padrão de acabamento tem se tornado popular no mercado norte americano.
O seu sistema de operação ocorre por recuo curto com cano pivotante, o que significa que no momento do disparo, com o movimento de retrocesso do ferrolho, o cano também se movimenta, levando a câmara para uma posição mais baixa, para facilitar a entrada de uma nova munição na câmara. O gatilho da P-09 é do tipo ação dupla/ ação simples, ou seja, a arma faz o primeiro disparo em ação dupla e os demais em ação simples, como ocorre nas pistolas da Taurus modelo PT-58 amplamente conhecida em nosso mercado civil. É interessante notar, também, que o guarda mato do gatilho é de boa dimensão permitindo seu uso mesmo com o uso de luvas, o que mostra a preocupação da CZ em facilitar o uso da arma em situações táticas.
A P-09 é fabricada em dois calibres, sendo o 9x19 mm e o popular calibre .40 S&W, muito usado por departamento de policias norte americanos e brasileiros. A capacidade do carregador é de 19 munições que se soma a mais uma munição que pode ser colocada diretamente na câmara, para o calibre 9 mm enquanto que para o calibre .40 S&W, o carregador comporta 15 munições, que também se soma a mais uma munição direto na câmara. O sistema de mira que vem na P-09 é do tipo tridot, com alça fixa e massa. A alça é substituível e pode ser "zerada" com o uso de uma ferramenta que alinha ela.

Acima: Nessa foto podemos perceber o tamanho da P-09.  Trata-se de uma pistola em tamanho full comparável a uma Colt M-1911 ou a Beretta M-92.

Em testes feitos com a P-09 o modelo apresentou um funcionamento impecável, sem apresentar qualquer tipo de falha de alimentação ou precursão, se mostrando extremamente confiável, qualidade esta, que já se tornou rotina nos produtos da CZ. A precisão é demonstrada nos alvos que aparecem na foto deste artigo sendo considerada muito boa. O modelo foi lançado, inicialmente no mercado norte americano, e as características que a CZ procurou inserir nesse projeto deixam claro para mim que o publico norte americano de fato era o principal alvo deste modelo. Porém, aqui no Brasil, o modelo poderia ser muito útil para o policial ser fosse possível importar e usar, operacionalmente a P-09 para seu uso profissional, Porém, nossa legislação obriga aos policiais usarem apenas armas fabricadas em solo nacional.. No mercado norte americano, a P-09 pode ser considerada uma arma relativamente barata (pelo menos bem mais barata que suas concorrentes da HK P-30 FN FNX ou Sig Sauer P-226), sendo que as pistolas Glock são as mais fortes concorrentes devido a seu preço equivalente (U$650,00). Aqui no Brasil, com as taxas todas, a arma não sairia por menos que R$ 10000,00, um verdadeiro absurdo para quem precisa de uma arma para trabalhar.  

Acima: O sistema de mira tridot, tem sido usado amplamente pelos principais fabricantes do mundo. Este sistema permite rápida visada com boa precisão em situações de combate.


Acima: A desmontagem de primeiro escalão da P-09 é fácil e possui poucas peças, o que facilita o processo de limpeza.


Acima: Teste com a P-09 com diversas marcas de munição em 9 mm. A precisão desta arma é considerada muito boa.

ABAIXO TEMOS UM TESTE COM A CZ P-09.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

METRALHADORA FN MINIMI - Atualização Full Metal Jacket


Olá amigos.
A metralhadora Minimi, fabricada pela FN Herstal e´a arma escolhida para substituir nosso velho fuzil FAP para a função de apoio de fogo. Porém o modelo é usado por muitas forças militares importantes no mundo todo. Para conhecer melhor esta metralhadora entre em: http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2015/06/fn-herstal-minimi-versatil-escolha-do.html
Abraços

quarta-feira, 10 de junho de 2015

RAYTHEON/ LOCKHEED MARTIM MIM-104 PATRIOT. A celebridade aliada da Guerra do Golfo


FICHA TÉCNICA
Motor: Propelente sólido de estágio único Thiokol TX-486-1
Velocidade: PAC-1: 3675 km/h; PAC-2 e PAC-3:  6125 Km/h.
Alcance: PAC-1: 70 Km, PAC-2: 160 Km, PAC-3: 45 Km.
Altitude: PAC-1/ PAC-2: 24000 metros; PAC-3: 15000 metros..
Comprimento:  PAC-1:  5,3 m, PAC-2: 5,18 m, PAC-3:  5,2 m.
Peso: PAC-1: 914 kg, PAC-2: 900 kg, PAC:3: 312 kg.
Ogiva: PAC-1: 90 kg de alto explosivo (HE); PAC-2: 91 kg de alto explosivo (HE) fragmentada com espoleta de proximidade; PAC-3: 73 kg De alto explosivo fragmentada com espoleta de proximidade, e capacidade de impacto direto.
Lançadores: PAC-1/ PAC-2: Contêiner rebocável com 4 mísseis; PAC-3: Contêiner rebocável com 8 mísseis.
Guiagem: Comando de radio e guiagem semi ativa.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
Para as pessoas que puderam acompanhar pela mídia a guerra do golfo em 1991, alguns sistemas de armas se tornaram verdadeiras “celebridades” graças ao sensacionalismo da imprensa leiga e da propaganda norte americana, como sempre, distorcendo a realidade em proveito próprio. Uma dessas “celebridades” da tecnologia militar foi o míssil antiaéreo MIM-104 Patriot, que pudemos ver interceptar alguns dos muitos mísseis Scuds iraquianos lançados contra alvos em Israel e na Arábia Saudita.
O Míssil Patriot foi desenvolvido, a partir de 1965 pela Raytheon, a mais importante empresa fabricante de mísseis dos Estados Unidos e pela Lockheed Martim visando substituir o míssil Hawk e o míssil Nike Hercules na função de defesa antiaérea de média e alta altitude. O primeiro lançamento ocorreu em 1970, porém os elevados custos do sistema e alguns problemas técnicos atrasaram a autorização do governo americano para dar continuidade ao processo de aquisição deste sistema antiaéreo até meados de 1983.
Acima: O Míssil MIM-109 Patriot é responsável pela defesa antiaérea de longo alcance do exército dos Estados Unidos e de muitos outros países aliados dos norte americanos.
O sistema de defesa aérea Patriot consiste, primeiramente, em um radar de varredura eletrônica passiva AN/MPQ-53/ 65 equipado com um sistema IFF (identificação amigo inimigo), sistema anti-interferência (ECCM) e o sistema guiagem TVM para o míssil. O alcance deste radar é de 100 km, podendo rastrear mais de 100 alvos simultaneamente e atacar mais de 9 alvos ao mesmo tempo. 
Uma estação de controle de tiro AN/MSQ-104 ECS que fica montada num abrigo móvel que pode estar em um caminhão M-927 ou em um caminhão  Light Medium Tactical Vehicle  (LMTV ), é o centro nervoso do sistema, pois é o lugar onde os operadores do Patriot operam o sistema. É interessante observar aqui que o ECS é totalmente protegido para ambientes NBQ (Nuclear Biológico e Quimico), além de ter uma blindagem contra pulsos magnéticos. Os lançadores M-901 são compostos por 4 contêineres com 1 míssil Patriot, cada, sendo que na ultima versão do Patriot, conhecida como PAC-3, dado a suas menores dimensões, cada contêiner que pode abrigar  4 mísseis totalizando 16 mísseis. Uma bateria de mísseis Patriot por acomodar até 16 lançadores M-901 fornecendo um poder de fogo antiaéreo bastante pesado com 64 mísseis da versão PAC-1 e PAC-2.
Acima: A estação AN/MSQ-104 ECS é onde os operadores do sistema Patriot controlam todo o sistema. Essa estação é protegida contra pulso magnético e para ambientes NBQ.
O míssil MIM-104 Patriot, tem um sistema de guiagem chamado de “track via missile” (TVM) que consiste, na pratica em um sistema de guiagem híbrido entre a guiagem por radar semi-ativo (SARH) e o sistema de guiagem por comando de radio. No sistema TVM o radar AN/MPQ-53/ 65 ilumina o alvo, porém os dados dessa iluminação não são usados pelo míssil diretamente para ter o parâmetro do alvo, como nos sistemas SARH  normais. Os dados do alvo iluminado são retransmitidos para  o radar que envia os dados de correção de trajetória para o Patriot através de um sistema datalink.  O alcance do Patriot PAC-1 é de 70 km e pode destruí alvos a altitudes de até 24000 metros, sendo sua velocidade de mach 3 (3675 km/h). Esses dados fazem do Patriot o sistema de mísseis ocidental de maior desempenho atualmente.
Acima: O radar de varredura eletrônica passiva AN/MPQ-53 é o principal elemento para a precisão do sistema Patriot. Depois da primeira guerra do Golfo, onde houve um desempenho pobre do sistema, muitas melhorias foram incorporadas ao sistema de aquisição e designação de alvo.
Hoje, temos 8 versões distintas do Patriot sendo que a primeira versão, chamada MIM-104 A, é um míssil antiaéreo bastante capaz, porém com limitada capacidade anti míssil balísticos. Uma das versões do Patriot, conhecida como PAC-1 (Patriot Advanced Capability), também chamada de MIM-104B ASOJ (Anti Stand Off Jammer), tem como diferencial que ele busca alvos que emitem contramedidas eletrônicas ECM, ou seja, aeronaves de guerra eletrônica ou aeronaves de combate que esteja usando esse artifício para despistarem de radares inimigos. A versão MIM-104C PAC-2, foi a primeira versão do Patriot otimizada para destruir, especificamente mísseis balísticos, como os Scud, usados pelo Iraque na guerra do Golfo. A versão PAC-2 teve 2 aperfeiçoamentos gerais de software do sistema guiagem que renderem as novas denominações MIM-104 D/E. Já a atual versão do Patriot, chamada de PAC-3 é um míssil totalmente novo, de menores dimensões com elevada capacidade anti míssil balístico e anti mísseis de cruzeiro, que proporciona a possibilidade de destruir seus alvos com impacto direto, dado a precisão do sistema. Essa versão, particularmente tem na Lockheed Martim seu principal contratante enquanto, a Raytheon foi contratada como integradora do sistema. O PAC-3 usa, essencialmente o mesmo sistema de guiagem TVM das versões anteriores do Patriot, porém com maior precisão e com o uso de um radar ativo que é ligado na fase final do engajamento dando uma elevadíssima precisão. O alcance máximo do PAC-3 é de 45 km, porém sua velocidade máxima é quase o dobro das versões mais antigas do Patriot, chegando a mach 5 (61 km/h). Essa maior velocidade, assim como a maior manobrabilidade terminal do míssil, permite uma interceptação mais ágil que compensa o alcance inferior. Como dito anteriormente o míssil PAC-3 é bem menor que as versões anteriores do Patriot, sendo que um lançador M-901, acomoda 16 mísseis em lugar de apenas 4 das outras versões.
Acima: Aqui temos dois veículos lançadores do sistema Patriot PAC-2 do exército alemão. Uma bateria tipica do sistema Patriot possui 4 veículos destes com 16 mísseis, Um radar AN/MPQ-53/65 para localização e designação de alvos, uma estação de controle de tiro AN/MSQ-104 ECS e um caminhão com um gerador de energia para o sistema todo. Recentemente o Exército alemão selecionou o substituto do sistema Patriot que será o moderno sistema MEADS.
Atualmente, os países que usam o Patriot são Estados Unidos, Coreia do Sul, Grécia (que também usa o S-300 russo), Taiwan, Espanha, Holanda, Arábia Saudita, Jordânia, Kuwait, Israel, Alemanha, Egito, Alemanha, Bahrain, Qatar, Emirados Árabes Unidos,  e Japão. Como se pode ver, o sistema é bem “popular” entre os aliados dos Estados Unidos.
Na guerra do Golfo, muitas informações sobre o sucesso do Patriot frente aos Scuds foram publicados, porém, tempos após o termino daquele conflito os dados que, inicialmente, eram bastante positivos, eu diria até otimistas, foram sendo desmentidos, sendo que os resultados mais próximos da realidade ficaram entre 25 e 33 % de precisão. Certamente, e não poderia deixar de ser, que o desempenho do Patriot nesse conflito ajudou no desenvolvimento da atual versão PAC-3, muito mais precisa e especialmente desenvolvida para defesa antimíssil. Ainda sim, deve-se observar que é interessante o fato do míssil Patriot não ter um sistema de lançamento vertical como o MICA VL ou o sistema S-300/ 400 russo que possibilita uma maior eficácia contra alvos vindos de todas as direções. Essa característica representa a maior limitação, atualmente deste sistema quando comparado com os novos sistemas similares europeus e russos.
Acima: O míssil PAC-3 é o mais avançado membro da família Patriot. Com dimensões bem reduzidas e uma precisão radicalmente melhorada, permite ser eficiente a distancias menores e com capacidade de destruição do alvo com impacto direto e com uma ogiva menor e mais leve.

ABAIXO UM VÍDEO COM O PATRIOT DO EXÉRCITO ALEMÃO EM OPERAÇÃO.

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sábado, 6 de junho de 2015

CLASSE KUZNETSOV TYPE 1143.5. O porta aviões de Moscou.

FICHA TÉCNICA
Comprimento: 304,50 m.
Calado: 10,49 m.
Boca: 37 m.
Deslocamento: 67000 toneladas.
Propulsão: 4 turbinas a gás TV-12-4 com 8 caldeiras que produzem  200 000 Hp, 2 turbinas com 50 000 Hp, 9 turbogeradores com 2011 Hp e 6 motores turbodiesel com 2011 Hp.
Velocidade máxima: 35 nós (65km/h).
Autonomia: 7129 km.
SensoresBusca aérea e de superfície: MR-710 Fregat-MA/Top Plate com 300 km de alcance, 2 radares MR-320M Topaz/Strut Pair 2D, Navegação: 3 radares Palm Frond, Controle de tiro: 4 radares  MR-360 Podcat (SA-N-9), 6X MR-123 Bass Tilt (Para os sistema Kashstan
Armamento: 12 mísseis de cruzeiro antinavio P-700 Granit. Mísseis anti-aéreos: 24 lançadores verticais SA-N-9 Gauntlet, Canhões anti-aéreos (CIWS): 8 sistemas kashtan composto por 2 canhões de 6 canos rotativos de 30 mm e 8 lançadores de mísseis SA-N-11 Grison, Anti-submarino: 2 lançadores de 10 tubos lançadores de foguetes com torpedos integrados Udav-1.
Aviação: 20 caças bombardeiros MIG-29K Fulcrum, 5 Aviões de treinamento e ataque Sukhoi Su-25 UTG; 18 helicópteros anti-submarinos Kamov Ka-27 PLO Helix e 2 helicópteros Kamov Ka-27S, Helix de busca e salvamento.


DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
A Rússia, desde a época da União Soviética, carecia de um navio aeródromo que fosse capaz de operar aviões de alto desempenho. O porta aviões Kiev, era equipado, apenas com aeronaves VSTOL Yak-38 Forger, uma aeronave com um desempenho limitado, e helicópteros Kamov KA-25 Hormone e KA-27 Hellix. A capacidade de defender o navio ou uma  esquadra era inexpressivo, principalmente, se considerarmos um combate contra um grupo de batalha norte americano, onde os caças usados eram os Grumman F-14 Tomcat, apoiados por aeronaves Vought A-7 Corsair ll e posteriormente, Mc Donnell Douglas F/A-18A Hornet. Com isso, a marinha soviética solicitou ao estaleiro Nikolayev South que construísse um novo porta aviões de maior deslocamento para poder operar um novo caça naval que seria escolhido entre uma versão navalizada do Mig-29 e o Su-33 Sea Flanker. Esse novo projeto foi batizado como projeto 1143.5 ou classe Orel e foi, posteriormente, batizado de Classe Kuznetsov com seu lançamento feito em 1985.

Acima: O porta aviões Kuznetsov é o único navio do seu tipo em operação na marinha russa. Na terceira década deste século, essa condição deverá mudar com uma nova classe de porta aviões que fará companhia ao Kuznetsov.
Uma característica interessante do Kuznetsov é que diferentemente dos super porta aviões americanos, ele é extremamente bem armado. Na verdade, este navio é mais bem armado que muitas fragatas ou mesmo destróieres ocidentais. O armamento do Kuznetsov é composto por 12 potentes mísseis de cruzeiro antinavio P-700 Granit, também conhecido pela nomenclatura da OTAN como SS-N-19 Shipwreck, que são lançados de 12 silos verticais próximo a proa do navio. Este míssil tem um alcance de  550 km quando armado com uma ogiva convencional. Se for equipado com a ogiva nuclear, seu alcance chega a 630 km, voando contra um navio, a uma velocidade de 1650 km/h. A ogiva nuclear e tem um rendimento de 500 Kt, enquanto que a convencional de alto explosivo (HE) tem 750 kg. Para defesa antiaérea é usado um sistema de lançamento vertical Klinok com 24 lançadores com 8 mísseis cada, somando 192 mísseis SA-N-9 Gauntlet. Este míssil, tem um alcance de 12 km e é eficiente contra alvos voando até uma altitude de 6000 metros. A precisão deste míssil é impressionante, com um índice de 95% de acerto contra aeronaves. Seu sistema de guiagem se dá por comando de rádio. Ainda, para defesa antiaérea de ponto, o Kuznetsov está equipado com 8 sistemas Kashstan, que é composto por dois lançadores de míssil 9M311 (SA-N-11 Grisom, segundo a nomenclatura da OTAN) com alcance de 8 km e guiagem por comando de radio; 2 canhões GSH-30K de 6 canos rotativos de 30 mm, cada, e que são usados contra mísseis a caminho do navio e outros projéteis de precisão que sejam lançados contra o Kusnetsov. Esses canhões atingem uma cadência de tiro da ordem de 9000 tiros por minuto e alcance de 4 km. Outros 6 canhões AK-630 de 30 mm com cadencia de 10000 tiros por minuto e 4 km de alcance também completam a  capacidade defensiva de curto alcance do navio. 
Para guerra anti-submarina, é usado o  sistema de foguetes anti-submarinos Udav-1, com 60 foguetes. Esse sistema é capaz de destruir torpedos que sejam lançados contra o navio e submarinos.

Acima: Uma das principais diferenças entre o Kuznetsov e seus pares ocidentais está em sua capacidade ofensiva. Enquanto os porta aviões ocidentais dependem de sua aviação para atacar seus alvos, o Kuznetsov tem uma capacidade orgânica de combate que supera a maioria das modernas fragatas e mesmo de alguns destróieres.
Pode se observar que existe uma rampa na proa do convés do Kuznetsov. Ela é necessária pois o navio não conta com as catapultas que encontramos nos porta aviões ocidentais, sendo que os aviões decolam do Kuznetsov exclusivamente com a força de seus motores. Embora isso diminua a complexidade do navio, ela limita, e muito a capacidade de transporte de cargas pelos aviões em suas decolagens pois não há espaço suficiente para ganhar velocidade em um navio. O navio iniciou sua vida operacional em 1990 operando 12 caças Sukhoi Su-33 Sea Flankers, derivado naval do super caça Su-27 Flanker. Hoje, em 2015, os Su-33 estão em processo de substituição pelo modelo MIG-29K Fulcrum D, do qual serão operados 20 exemplares monoposto e 4 exemplares biposto MIG-29KUB para treinamento operacional. Além dessas aeronaves de asas fixas, o Kuznetsov transporta 18 helicópteros anti-submarino (ASW) kamov Ka-27 PLO Helix, que permitem uma ampla capacidade de ataque e defesa na guerra anti-submarina. Mais 2 outros helicópteros Kamov  Ka-27 S para missões de busca e salvamento (SAR) são transportados, completando a ala aérea do Kuznetsov.
Acima: A foto desse angulo permite ver bem a rampa (sky jump) na proa do Kuznetsov usada para ajudar na decolagem de suas aeronaves de asa fixa.
Todo este poder de fogo proporcionado pela ala aérea e pelas armas transportadas pelo Kuznetsov, não seriam suficientes para manter o navio em atividade, se não fossem os sistemas eletrônicos avançados instalados no navio. O principal radar de busca aérea e de superfície é o radar tridimensional de longo alcance MR-710 Fregat-MA/Top Plate, capaz de detectar um alvo aéreo de grande porte (uma avião de patrulha P-3C orion, por exemplo) a 300 km e rastrear até 48 alvos simultaneamente. Outros 2 radares MR320 Topaz/Strut Pair 2D, fazem busca em apoio ao Top Plate cujo alcance contra alvos aéreos chega a 176 km e para alvos de superfície grandes (um porta aviões inimigo, por exemplo), pode ser detectado a 50 km (a curvatura da terra é um problema para alvos de superfície). Para navegação são usados 3 radares Palm Frond, um dos radares mais usados na marinha russa para esse fim. Para controle de fogo dos mísseis SA-N-9 são usados 4 radares MR-360 Podcat/"Cross Sword".
Para detecção de submarinos, está montado no casco do Kuznetsov um sonar MGK-345 Bronza com um alcance que pode chegar a 4,5 km. Uma suíte de sonar Zvezda-2 também complementa a capacidade de detecção de submarinos.

Acima: O Kuznetsov é usado para apoio a frota de superfície e aos submarinos da frota russa. A próxima geração de porta aviões russos será mais capaz de projetar força e por isso , se presume será maior que o Kuznetsov.
A propulsão do Kuznetsov é convencional e é feita por 4 turbinas a gás TV-12-4 com 8 caldeiras que produzem  200000 Hp de força. Essas turbinas movimentam os 4 eixos das hélices que impulsionam este porta aviões a uma velocidade máxima de 65 km/h. O alcance do Kuznetsov está em 7129 km, em velocidade máxima, ou 15742 km em velocidade econômica de 18 nós (33 km/h). O deslocamento do Kuznetsov é 67000 toneladas quando totalmente carregado e seu comprimento de 304,5 m o coloca como sendo o maior navio de guerra não americano do mundo. 
O kuznetsov teve um irmão, que não chegou a ser comissionado na marinha russa. O navio que chamava-se Varyag que acabou sendo vendido a China que reformou o navio e acabou incorporando a sua marinha com o nome de Liaoning, gerando uma nova classe.
A marinha russa usa o Kuznetsov como um navio de apoio a sua força de submarinos, e a seus navios de superfície não sendo, portanto, o centro de um grupo de batalha como são os porta aviões norte americanos. A marinha russa pretende construir uma nova classe de porta aviões que será maior e mais capaz que a classe Kuznetsov e provavelmente dará a seus novos navios uma função mais parecida com as das marinhas ocidentais que é a projeção global de força.
Acima: Dois MIG-29K, um russo e outro indiano no convés do Kuznetsov para testes operacionais. O MIG 29K substituirá os atuais Su-33 Sea Flanbker como componente aéreo do navio. 


Acima: O Kuznetsov sendo escoltado por um destróier classe Daring em águas internacionais próximo da Inglaterra durante uma das muitas missões de patrulha que a frota russa está levando a cabo pelo mundo.

Acima: O Kuznetsov serve na frota do norte em  Severomorsk, junto do cruzador de batalha classe Kirov, já descrito no WARFARE.

ABAIXO PODEMOS VER UM VÍDEO COM O MIG-29K OPERANDO NO KUZNETSOV.

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sábado, 30 de maio de 2015

BELL AH-1Z VIPER. O ultimo descendente da grande família Cobra.

FICHA TÉCNICA 
Peso: 5580 kg (vazio).
Altura: 4,37 m.
Comprimento: 17,8 m.
Propulsão: 2 General Electric T700-GE-401C  com 1800 Hp cada..
Velocidade máxima: 337 Km/h.
Velocidade de cruzeiro: 296 Km/h.
Alcance: 400 km com combustível interno e 1900 Km com combustível externo.
Razão de subida vertical: 541 m/min.
Fator de carga: +2.5/ -0,5 G.
Altitude maxima: 6000 m.
Armamento: 987 Kg de cargas externas. Um canhão  M-197 calibre 20 mm com 750 tiros, Misseis AGM-114 Hellfire, Misseis AIM-9L/M Sidewinder, para combate aéreo, e mísseis Stingers contra helicópteros. Lançadores de foguetes Hydra 70 de 70 mm.

PREFÁCIO
Por MessiaH  em parceria com o site Plano Brasil
Em meados dos anos 60 no auge da Guerra do Vietnam após uma requisição do US ARMY (Exército dos Estados Unidos) a Bell Helicopter apresentava um modelo nomeado de Model 209. Utilizando o motor, transmissão e rotor do famoso Bell UH-1 Iroquois “Huey”, nascia o então Bell AH-1, batizado de Cobra. O helicóptero que revolucionou o conceito de “Cavalaria Aérea”.
Por muitos anos, o AH-1 foi a espinha dorsal das forças armadas americanas e a última palavra em helicóptero de ataque e escolta, até o surgimento do Apache.
Quase 50 anos depois, entrava em operação a variante Z denominada de ZULU ou Viper no USMC (Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos) onde será utilizado pelo corpo aéreo dos Marines.
Baseado no seu antecessor, o AH-1 “Whiskey” Super Cobra com dois motores, e carregando armas e sensores no estado da arte, o AH-1Z, dá sinais claros de que a cobra está mais potente e mais letal, representando a continuidade dessa família que está pronta para responder às demandas modernas para guerra contemporânea.
Acima: O começo de tudo. O Bell 209 foi o primeiro helicóptero dedicado de combate da história e o irmão mais velho do Viper.

O HELICÓPTERO.
O AH-1Z Viper é derivado direto do AH-1W Super Cobra. Representando um dos helicópteros mais poderosos e avançado, voando hoje. A ideia de uma nova versão do famoso Cobra, surgiu em paralelo ao desenvolvimento da versão Y do helicóptero UH-1, também produzido pela Bell Helicopter com o programa de modernização H1 lançado em 1996, o resultado foi uma comunalidade entre o AH-1Z e UH-1Y tendo 84% de seus componentes idênticos. Assim como o AH-1W que está sendo reconstruído e redesenhado para o padrão AH-1Z. A confiabilidade tradicional da série Huey agora contribui para o excelente desempenho, dinâmica de state-of-the-art e aviônicos do Programa H1. O primeiro voo ocorreu em 2000. Sendo introduzido no US Marine Corps dez anos depois, em 2010. E tendo produção de grande escala iniciando já em 2012.
Acima: O AH-1Z Viper é o mais avançado helicóptero da família Cobra. As mudanças incorporadas nesta versão tornaram o Viper mais rápido, manobrável, e melhor armado que as variantes anteriores.

PROPULSÃO
Uma das modificações principais no AH-1Z Viper foi a nova propulsão, agora baseada em duas turbinas General Electric T700-GE-401C Turboshaft que podem entregar uma potência de até 1.940 shp cada uma se necessário (a potência operacional fica em torno de 1800 shp). Vale ressaltar que turbinas da mesma família equipam outras aeronaves de asas rotativas como o UH-1Y Venom, UH-60 Blackhawk, MH-60 Seahawk e AH-64 Apache.
Além da remotorização, foi adicionado um novo rotor com 4 pás ao invés das tradicionais duas que equipavam os Cobras desde sua primeira versão. As pás são feitas de compósitos que reduzem o peso e aumentam a proteção balística, além de contarem com um sistema de dobragem semi-automática para facilitarem o armazenamento a bordo de navios de assalto anfíbio. Para fins de supressão de ruído e calor, os escapes das turbinas são cobertos com defletores de calor (HIRSS) Hover Infrared Suppression System, uma carenagem que direciona o fluxo para longe da estrutura da aeronave e refrigerar o mesmo.
A configuração de quatro pás fornece melhorias nas características de voo, incluindo o aumento do envelope de voo, velocidade máxima, subida da velocidade vertical, carga útil e redução do nível de vibração do rotor. Modificações que trouxeram melhor desempenho e aumento significativo da segurança em voo. O novo sistema utiliza 75% menos peças do que rotores articulados convencionais, reduzindo significativamente o seu peso.
Acima: Os novos motores General Electric T-700-GE-401C possuem defletores de calor (HIRSS) para afastar o calor do escape para longe da aeronave.

SENSORES
A versão ZULU do AH-1 teve sua aviônica e sistemas integrados (IAS) desenvolvidos pela Northrop Grumman. O “cérebro” do Viper consiste em dois computadores de missão e um sistema automático de controle de voo, garantindo mais confiabilidade as operações. Cada estação da tripulação possui duas telas multifunções de LCD 8 × 6 polegadas e um display de 4.2 × 4.2 polegadas.
Os monitores são fornecidos pela L-3 Ruggedised Command and Control Solutions. Enquanto que a Smiths Aerospace fornece o sistema de controle de estoque de armamentos e de transferência de dados.
Além da suíte de navegação que conta com mapas digitais dinâmico, um moderno sistema de navegação inercial e sensores que auxiliam a tripulação quando em voo pairado garantido a máxima letalidade sem a necessidade de se expor ao fogo inimigo.
Tanto piloto quanto artilheiro do AH-1Z estão equipados com capacetes HMS/D (Helmet Mounted Sight and Display) no qual todas as informações referentes a velocidade, potência, altitude e principalmente informações sobre o alvo são providas na viseira da tripulação. O modelo “Top-Owl” da Thales foi o escolhido para equipar as tripulações do Viper que incorpora conceitos alternativos de visão noturna com base na tecnologia existente promovendo uma integração com a tecnologia já comprovada, ou seja, um aperfeiçoamento do “Top-Owl”.

Acima: O capacete Top-Owl é parte integrada do sistema de sensores do Viper. Graças a ele o piloto pode atuar com muito maior agilidade e maior conciência situacional em condição de combate.
A projeção na viseira fornece imagens em infravermelho, o que garante a operação em quaisquer condições climáticas, seja dia ou noite. O sistema de mira do Viper foi desenvolvido pela Lockheed Martin, conhecido por Hawkeye XR ou TSS – Target Sight System, o sistema incorpora um sistema de controle de fogo (AN/AAQ-30) múltiplos sensores eletro-ópticos e infravermelhos(EO/IR), um sensor FLIR de 3º geração que opera nas bandas de 3-5 microns, um sensor CCD TV em cores com uma resolução de 640×512 e um designador laser. O TSS oferece a capacidade de identificar e designar alvos na faixa máxima das armas, melhorando significativamente a plataforma nos quesitos de sobrevivência e letalidade, principalmente se comparado ao antigo NTS operado nos AH-1W. O AH-1Z Viper pode operar ainda com um radar Longbow instalado na ponta de um de seus cabides de armamentos (asa). Este radar poderá detectar, classificar e priorizar múltiplos alvos fixos e moveis, sendo que o alcance para alvos moveis é de 8 km e para alvos estáticos é de 4 km.
Para defesa ativa, o helicóptero é equipado com o dispensador chaff/flare AN/ALE-47 “Smart” fabricado pela BAE Systems Defesa Integrated Solutions e Lockheed Martin Tactical Defense Systems, dispositivos de alerta de mísseis AAR-47 Missile Warning Device e um sistema AVR-2A Laser Warning Receive APR-39A(v) 2 Radar Warning Receiver que alerta a tripulação em caso de estarem sob mira, seja de um míssil guiado por radar ou a laser.
Acima: O sistema multi sensor TSS AN/AAQ-30 dá ao Viper a capacidade de enxergar em qualquer condição de luminosidade ou climática, além de fornecer dados para pontaria das armas guiadas a laser.

ARMAMENTO
O AH-1Z pode ser armado em seus 6 pontos fixos nas asas com mísseis ar-terra AGM-114 Hellfire, usados para destruir carros de combate pesados ou qualquer outro tipo de alvo reforçado e mísseis ar-ar AIM-9L/M Sidewinder, guiados por infravermelho, para auto defesa contra aeronaves de baixo rendimento como outros helicópteros ou aeronaves lentas; pods de foguetes Hydra de 70 milímetros (7 e 19 tiros) e a versão APKWS guiada, além do armamento fixo na torreta abaixo do nariz um canhão M-197 Gatling com 3 canos rotativos que disparam a uma cadência de 1500 tiros por minuto e com uma capacidade para até 750 munições ou levar ainda tanques externos auxiliares de combustível de 291 e 378 litros. Bombas de manejo Mk-76, BDU-33D, Mk-106 e bombas incendiárias Mk-77.
Acima: Nessa foto o Viper apresenta sua carga de armas completa com dois mísseis ar ar AIM-9M Sidewinder, 8 mísseis AGM-114 Hellfire, dois casulos com 19 foguetes Hydra de 70 mm além do canhão rotativo M-197 calibre 20 mm.

COCKPIT E SEGURANÇA
O cockpit do AH-1Z foi projetado de acordo com o conceito HOCAS (Hands on Collective and Stick) que permite ao piloto voar sempre com as mãos nos controles direcionais e de potência. Outra característica peculiar ao Viper é que ambas as posições, tanto operador/artilheiro quanto a do piloto são bastante similares dando total capacidade de pilotagem e combate a qualquer um dos tripulantes, característica que facilita inclusive o treinamento das tripulações.
Os assentos foram projetados para serem resistentes e atenuarem o choque em caso de queda da aeronave. Os skis de aterrissagem também foram concebidos para absorverem a energia do choque. E todos os tanques de combustíveis possuem auto vedação para impedirem que se incendeiem.
Toda a célula foi construída de modo a resistir a impactos e preservar as estruturas sensíveis um design conhecido como Mass Retection (retenção de massa).
Acima: O cockpit do piloto e do artilheiro é praticamente idêntico, o que possibilita a funcionalidade dobrada e maior segurança de voo para a tripulação.

CONCLUSÃO
De fato, o AH-1Z Cobra/Viper pode ser considerado o mais revolucionário helicóptero da atualidade, sendo descendente de uma já testada e aprovada família, este formidável helicóptero garantirá por outros muitos anos a vanguarda da aviação de escolta e ataque dos Fuzileiros Americanos (Marines) e demais nações que venham a adquiri-lo.
Agregando a experiência adquirida nos últimos conflitos ao que há de mais moderno hoje em tecnologia o Cobra/Viper foi desenvolvido sob medida para o USMC e poderá enfrentar qualquer ameaça além das convencionais para o qual foi projetado. A capacidade de operar mísseis ar- ar AIM-9L/M Sidewinder e futuramente a versão AIM-9X, deixará o campo de batalha muito mais hostil para aeronaves inimigas. Porém sua principal característica ainda será a de aeronave de contra insurgência, atuando em apoio direto as tropas.
No cenário brasileiro, o AH-1Z Viper seria um excelente vetor se operado pela Aviação do Exército ou por um corpo aéreo dos Fuzileiros Navais brasileiros que estrategicamente seria criado, visto que a Estratégia Nacional de Defesa prevê como força expedicionária o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha.
Atuando em parceria com os EC-725 Caracal e Blackhawk’s brasileiros nas missões de C-SAR, escolta e ataque os Cobras seriam ferramentas importantes nas ações estratégicas brasileiras, principalmente no teatro Amazônico que hoje carece de meios operativos de transporte e vigilância.
Por fim, percebe-se que muito de suas linhas originais foi preservada nesta variante Z, porém como já citado, com novo coração, novo cérebro e novos olhos essa Cobra demonstra que está mais venenosa e mais letal do que nunca e pronta para a qualquer momento dar seu bote fatal.


ABAIXO UM VÍDEO DOCUMENTÁRIO SOBRE O AH-1Z VIPER