terça-feira, 2 de agosto de 2016

MAGNUM RESEARCH/ IMI DESERT EAGLE. A Queridinha de Hollywood.

FICHA TÉCNICA
Calibre: 357 Magnum; 41 Magnum; 44 Magnum; 440 Cor-Bon e 50 AE
Peso: 1998,6. gr (Descarregada).
Capacidade: 9+1 em 357 Magnum; 8+1 em 41 Magnum e 44 Magnum; 7+1 em 440 Cor Bon.
Comprimento do cano: 6 polegadas.
Comprimento total: 27,30 cm.
Gatilho: ação simples.
Sistema de operação: Aproveitamento de gases com ferrolho rotativo.
Mira: Alça e massa fixa. Possibilidade de substituição por alça ajustável e miras ópticas.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
Uma das mais populares armas de fogo nas telas dos cinemas que passam filmes "hollywoodianos" é a "encorpada" pistola Desert Eagle. Equivocadamente tratada como um projeto israelense, poucos sabem que a verdadeira origem dessa poderosa e eficiente pistola teve início nas terras do Tio Sam.
A empresa norte americana Magnum Research começou a projetar uma pistola que fizesse uso do sistema de operação de aproveitamento dos gases do disparo e com trancamento rotativo do ferrolho. Ou seja, estavam atrás de uma arma curta que fazia uso de um sistema comum em fuzis de assalto, mas que era inédito em uma arma curta. A ideia de inovação não parava apenas no sistema de operação. Na verdade o que norteou a escolha desse sistema foi o de adaptar uma pistola para usar grandes calibres de revolveres, como o excelente 357 Magnum, uma das mais eficientes munições no mundo para uso em defesa. O estojo das munições de revolveres não são adequadas para uso em pistolas devido a sua forma de sua base que dificulta a extração do cartucho deflagrado. Com o projeto sendo iniciado em 1979 e chegando a um protótipo batizado de Eagle 357, que apresentava algumas falhas em 1981, a Magnum Research contratou a competente IMI (Israel Military Industries) para aperfeiçoar este projeto, e que acabou por dividir a "paternidade" deste muito bem sucedido projeto.
Acima: Existem poucas fotos da pistola Eagle 357 que levou ao desenvolvimento da Desert Eagle. esta acima é uma destas raras imagens.
A partir dessa parceria, a IMI desenvolveu o projeto  norte americano da, então Eagle 357, e produziu uma pistola totalmente funcional, eficiente que foi batizada de Desert Eagle. Uma das características marcantes no design da Desert Eagle  o formato triangular que a parte frontal do cano da arma apresenta. Justamente nessa parte, embaixo, é onde está localizado o furo na alma do cano que faz a captação dos gases do disparo que movem o ferrolho, destravando-o e permitindo que a ejeção do cartucho deflagrado ocorra, e a alimentação de uma mova munição na câmara seja concluído, deixando a pistola pronta para um novo disparo. Inicialmente, a Desert Eagle estava disponível apenas em 357 Magnum e no 44 Magnum, mas seu desenvolvimento continuou e a arma também acabou sendo fabricada no pouco conhecido calibre 41 Magnum. Porém, a incorporação do mais potente calibre para a Desert Eagle ocorreu em 1996 com a adoção do potentíssimo calibre 50 AE (Action Express Magnum). Este sim, uma ignorância de calibre e que representa um dos mais potentes calibres para uma arma curta já produzidos. Porém, dado a sua potência absurda, e seu elevado recuo, trata-se de uma arma mais adequada para defensa contra animais de grande porte como ursos ou para tiro a silhueta metálica.

Acima: A Desert Eagle MK I, a primeira versão da grande pistola, em calibre que normalmente usado em revolveres, chama a atenção pelo seu aspecto robusto.
Por usar munições maiores, a empunhadura da Desert Eagle não é, exatamente, a melhor do mundo em termos ergonômicos, justamente por precisar ser grande para comportar tais munições. Pessoas com mão grandes podem se sentir confortável com ela, mas pessoas com mãos de dimensões normais ou pequenas tem dificuldade de manter uma boa empunhadura. Suas dimensões avantajadas também impossibilitam um porte velado ou confortável, pois é uma arma com quase 30 cm de comprimento e quase 2 kg de peso. Os carregadores, de todas as versões são sempre monofilares, sendo que o calibre 357 Magnum é o que permite maior quantidade de munição; 9 tiros, enquanto os calibre 44 Magnum permite 8 tiros, e o potentíssimo 50 AE, apenas 7 tiros.
A tecla de segurança fica acima da parte posterior do pesado ferrolho da pistola e é ambidestra. A alça da mira é fixa, mas pode ser substituída por sistemas reguláveis, e mesmo, lunetas ou dispositivos reflex podem ser integrados a Desert Eagle.
O sistema de gatilho é o de ação simples, ou seja, o ferrolho precisará ser manuseado antes do primeiro disparo, como em uma clássica M-1911.
Acima: Nesta foto temos uma Desert Eagle e sua munição calibre .50 AE. Notem o tamanho da munição exposta no carregador e a grande abertura que o ferrolho tem para poder ejetar o estojo da munição deflagrada.
Por ser uma arma grande, com recuo relativamente pronunciado, principalmente nos calibres mais potentes como o 44 Magnum e no "ignorante" 50AE, a Desert Eagle não se presta adequadamente para uma pistola de uso tático, embora forças militares de Israel e Portugal operam algumas unidades destas grandes pistolas mas usando munição 357 Magnum. Além das munições citadas no texto, a Desert Eagle teve algumas unidades produzidas no desconhecido, porém, igualmente potente calibre 400 Cor-Bon que é, na verdade uma adaptação do estojo de uma munição 50AE, cujo "pescoço" é diminuído deixando a munição com o mesmo aspecto de "garrafinha" que uma munição de fuzil tem, para poder inserir um projétil calibre 44 nele. Assim, o projétil é impulsionado a velocidades 20 a 25% maiores que a do projétil 50 AE gerando um efeito desastroso para o alvo.
Acima: Nesta cena do filme Matrix, o vilão da história, o agente Smith empunha sua Desert Eagle. Como fica claro na imagem trata-se de uma arma de dimensões exageradas que na pratica não são indicadas para uso tático/ militar. O pessoal de Hollywood gosta de expor esta pistola pelo impacto visual que ele causa.
Acima: O sistema de trancamento rotativo do ferrolho da Desert eagle, mostrado nessa foto, é uma característica incomum em uma pistola.
Com seu projeto sendo iniciado no fim da década de 70, era de se esperar que a Deserte eagle tivesse versões sendo lançadas com aperfeiçoamentos em relação aos mdoelos anteriores. assim, as Desert Eagles foram fabricadas na versão MK I, versão inicial; MK VII, a partir de 1989; MK XIX que possuem trilhos padrão picatinny acima do cano e abaixo da armação da pistola e as novas pistolas Desert Eagle L5 (cano de 5 polegadas e com compensador de recuo de fábrica) e sua versão L-6 que tem as dimensões normais da Desert Eagle (6 polegadas de cano), também com compensador de recuo tipo Mag-na-Port) e uma nova empunhadura mais ergonômica..
A Desert Eagle permanece em produção pela empresa norte americana Magnum Research e é vendida, principalmente no mercado dos Estados Unidos a preços relativamente altos (U$ 1500,00 a U$ 2500,00). Essa pistola tem sido mais usada para fins recreativos e para defesa contra grandes predadores como ursos, onde a munição 44 Magnum e a 50 AE são particularmente eficazes. As Desert Eagles  que são fabricadas atualmente usam munição 357 Magnum, 44 Magnum e 50 AE, sendo que os outros calibres citados neste texto deixaram de ser produzidos e só são encontrados no mercado de colecionismo.
Acima: A Desert Eagle pode receber diversos tipos de miras. Nessa foto , podemos ver uma mita óptica que ajuda muito na modalidade de caça com armas curtas, que é uma das modalidades das quais uma Desert Eagle se adequá perfeitamente.
Acima: A ultima versão da Desert Eagle é a L-5, com cano reduzido para 5 polegadas e com um compensador de recuo tipo Mag-na-Port, que direcionam os gases da queima da pólvora para cima, forçando o cano para baixo. 
Acima: Uma Desert Eagle L6 com acabamento "saia e blusa" e com a nova empunhadura muito mais ergonômica. Belíssima arma!

Acima: Modelo Desert Eagle MK XIX, com acabamento por fosfatização dando um aspecto grosseiro, mais "militar" à pistola.

Acima: A "quase compacta" Desert eagle L-5, em calibre 357 Magnum.

Acima: Aqui temos a mais popular versão da Desert Eagle, a MK VII, muito vista em filmes de ação.



ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM A DESERT EAGLE CALIBRE 50 AE.


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sexta-feira, 22 de julho de 2016

ARZAMAS MACHINE BUILDING PLANT BTR-80/82. Perna longa para o Exército russo.

FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 90 Km/h.
Alcance Máximo: 600 Km.
Motor:  Um motor turbodiesel KAMAZ 7403 com 260 hp;
Peso: 13,6 toneladas.
Altura: 2,41 m.
Comprimento: 7,6 m.
Largura: 2,41 m
Tripulação: 3 +7 soldados equipados.
Armamento: 1 Metralhadora KPVT de calibre 14,5 mm ou um canhão automático 2A72 em calibre 30 mm; 1 metralhadora coaxial PKT em calibre 7,62 X 54 mm
Trincheira: 2 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,50 m
Passagem de vau: Anfíbio.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O veículo de transporte de infantaria BTR-80 e seus derivados são viaturas aperfeiçoadas baseadas em deficiências observadas no modelo BTR-70, sucessor dos velhos BTR-60 da extinta União Soviética.  Na verdade o próprio BTR-80 foi projetado ainda no fim da Guerra Fria, na União Soviética no começo dos anos 80, sendo que entrou em serviço em 1986 e segue até os dias atuais, embora outros veículos mais modernos ainda estejam entrando em serviço.
O BTR-80 trouxe mudanças na acessibilidade do veículo em relação ao BTR-70 que tinha duas portas laterais muito pequenas (uma em cada lado), que se abriam para o lado e que atrapalhava muito na agilidade para entrar ou sair. No BTR-80 as portas são duplas se abrem em duas partes, sendo a porção de cima abre para  o lado e a de baixo abre para baixo fornecendo um pequeno degrau que até auxilia na saída do veículo.
Acima: Uma das mudanças visíveis externamente na família BTR-80/82 em relação ao BTR-70 é a maior porta lateral, que facilita a acessibilidade da tropa durante uma ação de assalto.
Outra mudança importante no BTR-80 foi a adoção de apenas um motor no lugar de dois usados no BTR-70 e BTR-60. O motor instalado no BTR-80 é um motor turbodiesel KAMAZ 7403 com 260 hp (19 hp/ton de torque) que permite acelerar o BTR-80 a velocidade máxima de 90 km/ h em estrada, sendo que sua autonomia chega a 600 km, também considerando apenas rodando em estrada. O tanque de combustível tem capacidade para 300 litros de diesel.
Um ponto interessante sobre a mobilidade do BTR-80 é que ele é totalmente anfíbio fazendo uso de dois sistemas de hidro-jatos para sua propulsão na água podendo navegar a 10 km/h.
Acima: Uma das qualidades da família BTR-80 é sua total capacidade anfíbia. O BTR-80 tem desempenho de 10 km/h na agua, impulsionado por dois hidro-jatos.
O BTR-80, diferentemente dos veículos similares ocidentais, não tem sistemas sofisticados de mira ou sensores de designação de alvos, sendo que o uso de suas armas se faz de forma manual. O armamento mais comum nessa versão é a metralhadora pesada KPVT, versão usada em viaturas da metralhadora KPV no potente calibre  14.5x115 mm, capaz de uma cadência de 600 tiros por minuto e com alcance efetivo contra pessoas de 3000 metros ou 500 metros contra veículos blindados leves. também é usada uma metralhadora coaxial PKT em calibre 7,62 X 54 mm que dispara a uma cadência de 800 tiros por minuto.
Acima: O BTR-80 tem uma torre simples com uma metralhadora KPVT em calibre 14,5 mm operada manualmente. Nessa torre tem uma metralhadora de uso geral PKY em calibre 7,62 mm também.
Porém a evolução do projeto BTR não parou no 80. O próximo passou foi aperfeiçoar o projeto com a versão BTR-80A, já com alguns refinamentos, como uma nova torre com um canhão automático 2A72 em calibre 30 mm e uma metralhadora PKTM em calibre 7,62 mm. Nessa torreta foram instalados a mira diurna 1PZ-9 e as miras noturnas TPN-3 e TPN-3-32 Kristall. Esta versão teve instalado apenas um hidro-jato ao invés de dois como na versão original BTR-80, o que fez com que seu desempenho navegando seja um pouco pior que seu irmão mais velho. Essa versão passou a ser fornecida a partir de 1994. A versão mais sofisticada do BTR-80 é a BTR-82A e de certa forma a ultima do modelo, uma vez que a próxima geração da séria, o BTR-90 tem chassi de dimensões diferentes dos modelos BTR-80 e 82.
Sua blindagem é capaz de suportar impactos de projéteis  em calibre 12,7 mm no arco frontal, e de munição 7,62 mm em todo o resto do veículo. Além disso, o veículo tem total proteção para operar em ambientes de guerra nuclear, bacteriológica e química. Isso traz uma boa proteção para sua tripulação de 3 homens e os 7 soldados transportados pelo BTR-80 e seus derivados
Acima: O canhão 2A72 de 30 mm fornece um esplendido poder de fogo para os veículos da família BTR. Nesta foto temos um BTR-82A durante uma demonstração de fogo.
A versão BTR-82 recebeu muitos novos sistemas que o tornaram mais capaz dentro do campo de batalha. sua proteção blindada, na verdade, é a mesma do BTR-80, porém, o BTR-82 tem melhor capacidade para suportar detonações de explosivos improvisados IEDs, e minas terrestres. No BTR-82 foi instalado um sistema de visão noturna TKN-4GA usado para visada da metralhadora KPVT e de canhão de 30 mm 2A72. Um sistema de navegação baseado na constelação de satélites GLONASS também foi adicionado. A propulsão deste modelo foi substituída pelo mais potente motor KAMAZ 740.14 que fornece 300 hp de força resultando em uma melhora do desempenho de velocidade para 100 km/h. Esta versão também é anfíbia com um sistema de hidro-jato. A versão BTR-82A recebeu uma torre com um canhão 2A72 estabilizado, e com uma metralhadora PKTM em calibre 7,62 mm coaxial. Também há 3 granadas fumígenas de cada lado da torre para lançar uma cortina de fumaça e ocultar o veiculo se ele estiver sendo alvos de disparos inimigos.
Acima: O BTR-82A é a versão mais avançada desta bem sucedida família de veículos de transporte de tropa. 
A família BTR-80/ 82 representa uma das mais bem sucedidas viaturas de transporte de tropas do mercado atualmente com nada menos que 36 países tendo adquirido veículos desse projeto. Só a Rússia possui em seu arsenal mais de 1200 unidades em serviço.Um novo veículo batizado de Boomerang, já em fase de testes, deverá substituir toda a família BTR num futuro de médio prazo. Até lá, deveremos continuar a ver exemplares do BTR 80/82 no campo de batalha por mais duas décadas pelo menos.
Acima: Hoje existem 36 países que fazem uso BTR-80. Sem duvidas um sucesso de exportação da poderosa industria russa.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O BTR-80A EM AÇÃO.


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quinta-feira, 14 de julho de 2016

CLASSE VIRGINIA. O avançado caçador da US Navy

FICHA TÉCNICA
Tipo: Submarino nuclear de ataque
Data de comissionamento: Outubro de 2004
Comprimento: 114,9 m.
Largura: 10,36 m.
Calado: 9,3 m.
Deslocamento: 7800 toneladas.
Velocidade máxima: 25 nos (46 Km/h) submerso
Profundidade: maior que 240 metros
Armamento: 4 Tubos para torpedos 533 mm (13 torpedos MK-48), 12 tubos verticais para lançamento de mísseis BGM-105 Tomahawk.
Tripulação: 134 homens.
Propulsão: Um reator nuclear General Electric S9G e duas turbinas a vapor que produzem 40000 hp de potencia.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
Um dos pontos mais importantes de uma marinha séria é sua capacidade de combate fornecida por seus submarinos. Dentro da estratégia de defesa que um país tenha, a quantidade, qualidade e capacidade de seus submarinos vão ditar o sucesso ou o fracasso dessa estratégia de defesa. Os Estados Unidos possuem uma politica internacional altamente intervencionista e por isso, mantem uma força militar, nas suas 4 forças armadas, bastante numerosa. No caso da Marinha (US Navy), em especial, sua força é incontestavelmente a mais poderosa do mundo numericamente e em sofisticação. Só de submarinos nucleares de ataque (sem misseis balísticos), são 54 embarcações! Muitos países não tem esses numero somando todos seus tipos de navios! O submarino nuclear mais numeroso na US Navy é o da classe Los Angeles, com 39 embarcações operacionais na data de hoje. Esta classe, no entanto, já sente o peso de sua idade, afinal de contas, trata-se de um projeto da década de 70 do século passado. Os Estados Unidos pretendiam substituir essa classe ainda no final da guerra fria com seu poderoso submarino classe Sea Wolf que em breve estará sendo descrito neste site também. Porém a soma de fatores como o fima da guerra que levou a uma mudança na ordem mundial, a crise que a assolou a Rússia neste mesmo período, e os elevadíssimos custos envolvidos no programa Sea Wolf, foi decidido que o investimento nessa classe não seria necessário de forma que apenas 3 unidades do Sea Wolf foram concluídas e colocadas em serviço. A US Navy precisava de um submarino mais econômico e que fosse mais versátil que o Sea Wolf e que pudesse ser usado em missões de águas rasas, onde a guerra assimétrica, novo tipo de conflito, passara a ser mais relevante.
Acima: O Virginia em sua fase final de construção antes de ir ao mar. Esta classe manterá a capacidade de combate da marinha dos Estados Unidos entre as três mais poderosas do planeta.
Dentro das necessidades expostas no primeiro paragrafo, a General Dynamics Electric Boat foi contratada em 1991 para desenvolver um submarino nuclear de ataque que preenchesse os requisitos de flexibilidade de emprego e menores custos de aquisição e manutenção que os poderosos submarinos Sea Wolf, para poder assumir o lugar dos numerosos submarinos da classe Los Angeles.
O primeiro submarino da classe,  USS Virginia foi comissionado em outubro de 2004 e desde então, 11 novos submarinos desta classe seguiram, sendo que o planejamento é de incorporar 48 unidades deste moderno submarino.
O sistema de propulsão do nuclear do Virginia usa um reator General Electric S9G que move um subsistema de hidro jato (pump jet) onde uma hélice com várias pás gira dentro de um duto produzindo um sistema muito eficiente de impulsão e mais silencioso que o tradicionais sistema de hélices usadas em submarinos mais antigos. O sistema todo produz  40000 Hp de força e 30000 KW de energia. O reator tem combustível nuclear para operar ininterruptamente por 33 anos (sim, você leu certo. São trinta e três anos sem reabastecimento). na verdade o submarino só vai parar para reabastecer os insumos de sobrevivência da população como alimentos, medicações, etc.
este sistema permite ao Virginia atingir uma velocidade de 25 nós (6 km;h) quando submerso, e seu casco suporta profundidades superiores a 240 metros (o dado exato é classificado).
Acima: O sistema de propulsão nuclear Genreal Electric S9G fornece 40000 Hp e precisam ser reabastecido a cada 33 anos.

Acima: O Virginia usa um sistema de impulsão conhecido como hidro jato (Pump Jet) mostrado neste desenho. este sistema permite maior eficiência além de um funcionamento mais silencioso.
Os submarinos desta classe possui um sistema sofisticado de comunicação via satélite (SATCOM) que é fornecido pela Raytheon. Através deste sistema, que fica montado no mastro do submarino é é operado a profundidade de periscópio, onde apenas a antena do sistema fica exposta fora da água, o Virgina recebe dados de voz, imagens, vídeo conferência através do serviço de transmissão global fornecido pela constelação de satélites Milstar e satélites de comunicação militar. O submarino também tem acesso a internet através de um sistema chamado FORCEnet o que permite o intercambio de dados militares entre os navios da frota norte americana e ainda dá a possibilidade da tripulação poder se conectar com seus familiares amenizado o natural estresse da atividade militar preso dentro de um submarino.
O Virginia possui uma suite de sonares composta pelo sonar AN/BQQ-10(V4) , que é um sensor de nova geração que também foi instalado nos submarinos da classe Sea Wolf e nas modernizações dos velhos submarinos da classe Los Angeles. Além desse sonar, foi instalado um sonar rebocado no estado da arte, TB-29 que fornece detecção, dados da localização e classificação da ameaça. Por ultimo, o sonar TB-34 rebocado, também mas otimizado para ser usado em águas rasas próximo ao litoral, onde existe uma exposição maior a congestionamento de sinais desordenados naturais.
Também foi instalado um radar AN/BPS-16 que é usado para fornecer maior segurança de navegação, além de um aumento da consciência situacional através da detecção de aeronaves voando baixo.
Acima: Internamente, o marinheiro que trabalha nas operações desta moderna maquina de combate, pode se sentir como em uma nave de filmes de ficção cientifica. Sensores no estado da arte, e diversos displays centralizam a maioria das informações criticas para a missão facilitando a tomada de decisões.
A capacidade ofensiva do Virginia vem de seus 4 tubos de torpedos pesados de 533 mm equipados com torpedos MK-48 ADCAP Mod 6 cujop alcance varia de 38 a 50 km dependendo da velocidade configurada. este torpedo possui uma potente ogiva de 292,5 kg de alto explosivo. Seu sistema de guiagem usa um sonar próprio que opera passiva e ativamente. também, pelos mesmos tubos, o Virginia pode empregar os mísseis anti navio UGM-84D Sub Harpoon, com alcance de 140 km e guiado por radar ativo. este míssil transporta uma ogiva de 221 kg de alto explosivo e pode por a pique navios do tamanho de um destróier com um só impacto. Os tubos de torpedos podem, também, lançar minas navais MK-60 Captor.
Porém o armamento que mais chama a atenção no Virginia são os 12 lançadores verticais a frente da vela, onde são lançados mísseis BGM-109 Tomahawk, que são usados para atacar alvos de superfície, principalmente em terra graças a seu alcance que varia de 1700 a 2200 km dependendo da versão do míssil.; O Tomahawk usa um sistema de guiagem complexo composto por INS, GPS, TERCOM (Mapas do terreno previamente gravados na memoria de navegação do míssil) DSMAC (Digital Scene-Mapping Area Correlator) que integra o Tercom com um sistema de guiagem terminal e um radar ativo. A margem de erro do Tomahawk é de apenas 5 metros (o comprimento de um carro de luxo). Ou seja, o alvo será destruído, mesmo que ele o erre, uma vez que sua ogiva pode ser de 450 kg de alto explosivo, Fragmentação, sub munições ou mesmo uma W-80 nuclear com rendimento de até 150 Kt. (A que explodiu Hiroshima tinha 15 Kt apenas).
Acima: O armamento disponível nos submarinos da classe Virginia é composto por 4 tubos de torpedos pesados de 533 mm para torpedos MK-48 ADCAP Mod 6; Mísseis anti-navio Sub Harpoon; Minas navais MK-60 Captor, e 12 tubos verticais para lançamento de mísseis Tomahawk.
O moderno submarino da classe Virginia vai permitir aos Estados Unidos uma grande capacidade de se contrapor aos poderosos submarinos de ataque russos graças a seus sistemas no estado da arte e a grande capacidade de operar de forma silenciosa. Além disso, esta flexível plataforma de ataque, será muito útil em reforçar os grupos de batalha em termos de poder de fogo contra alvos de superfície com seus mísseis Tomahawks. Está previsto que esta classe de submarinos opere até o final dos anos 60, o que dará um tempo de vida operacional de mais de 55 anos quando o ultimo submarino desta classe der baixa do serviço ativo.
Acima: Aqui podemos ver um infográfico com os principais sistemas do submarino da classe Virginia.


ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O VIRGINIA

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terça-feira, 5 de julho de 2016

KAMOV KA-52 ALLIGATOR. O feroz caçador russo.

FICHA TÉCNICA 
Peso: 8000 kg (vazio)
Altura: 4,95 m.
Comprimento: 13,53 m.
Propulsão: Duas turbonas Klimov VK-2500 com 2400 hp cada.
Velocidade máxima: 300 Km/h.
Velocidade de cruzeiro: 260 Km/h.
Alcance: 460 Km (combustível interno); 1150 km (combustível externo)
Razão de subida vertical: 720 m/min.
Fator de carga: +3 Gs
Altitude máxima: 5500 m.
Armamento: Um canhão 2A42 de 30 mm, 12 mísseis AT-16 Vikhr antitanque, 12 mísseis Ataka, 2 casulos B-8V20A com 20 foguetes S-8 de 80 mm, 2 mísseis ar ar R-73 Archer, 4 mísseis Igla V, 2 casulos com um canhão duplo UPK-23 de 23 mm,e  bombas de 500 kg. Um total de 2000 kg de armas e tanques podem ser transportados.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
A história deste excelente helicóptero de combate começa perto do final do período conhecido como guerra fria, entre os anos 80 e início dos anos 90, quando os soviéticos estavam testando dois modelos de helicópteros de combate para assumirem o papel de helicóptero de ataque da força aérea soviética. Os concorrentes eram o Mil Mi-28 Havoc e o Kamov Ka-50 Hokun, sendo que este ultimo, um modelo com características incomum como o rotor coaxial onde se tem duas hélices montadas uma sobre a outra girando em sentidos opostos para anular o torque da outra. Embora não seja comum vermos essa tecnologia nos helicópteros do mundo, ela é empregada normalmente nos modelos desenvolvidos pela empresa russa Kamov.
Nessa concorrência vencida pelo modelo Ka-50, houve um interessante fato de que o modelo derrotado, o Mi-28 Havoc, foi desenvolvido e adquirido posteriormente pelas forças armadas russas com a versão Mil- Mi-28N Night Hunter já descrito neste site de forma que os dois modelos acabaram sendo adotados.
Acima: O Kamov Ka-50 Hokun venceu uma concorrência para fornecer um helicóptero de ataque dedicado para a força aérea soviética. A Rússia, necessitava de uma aeronave mais flexível e deram a responsabilidade para a Kamov desenvolver um projeto baseado no Ka-50.
Os russos precisavam de um modelo de helicóptero multifunção para também executar missões de reconhecimento e a partir de 1994 a Kamov foi contratada para desenvolver uma variante do seu Hokum para essa tarefa. Como o helicóptero teria mais sensores e uma maior complexidade de operação, ele deveria ser biplace para dividir as tarefas de pilotar e gerenciar estes sistemas, entre dois tripulantes e a Kamov teve a ideia de colocar este segundo tripulante em uma posição lado a lado com o piloto, pois isso melhoraria a comunicação entre eles e consequentemente facilitaria a execução da missão. O novo modelo biplace passou a se chamar Ka-52 e foi apelidado de Alligator. O modelo possui uma fuselagem blindada capaz de "segurar" impactos de canhões de até 23 mm na área do cockpit. Já no resto da fuselagem, a aeronave suporta impactos de até 12,7 mm, ou seja, a aeronave é bastante sólida, e totalmente imune a armas de assalto como fuzis em calibre 5,56 ou 7,62 mm usados pelo ocidente. Outro ponto importantíssimo é uma característica impar deste modelo de helicóptero de ataque: Ele permite a seus tripulantes ejetarem. Sim, é exatamente isso que você leu, caro leitor. A forma como isso ocorre é o seguinte: Primeiro as hélices são ejetadas com explosivos, e depois os assentos da tripulação podem ser ejetados da aeronave. A família Ka-50 Hokun, do qual o Ka-52 deriva, são os únicos helicópteros do mundo com essa capacidade.
Acima: O Ka-52 é uma versão multifunção do Ka-50 Hokun e que coloca a tripulação em posição lado a lado para melhorar a eficiência da execução da missão. Afinal duas cabeças pensam melhor que uma segundo o velho ditado popular.
O Ka-52 tem um sistema de hélices sobre postas que giram em sentido contrario, chamado rotor coaxial, conforme comentado no início deste artigo.  Isso permite que a aeronave tenha um desenho menor que a de um helicóptero comum, uma vez que não é necessário um rotor de cauda.
Para movimentar essas hélices são usados dois motores Klimov VK-2500 que fornecem 2400 Hp cada um dando uma velocidade máxima de 300 km/h ao Ka-52. Sua razão de subida é de 720 metros por minuto, pouco menos que a de um AH-64D Apache norte americano, mas ainda muito bom para essa categoria de aeronave. O Ka-52 tem um alcance de 460 km com combustível interno, podendo ser ampliado com o uso de tanques externos para 1150 km. O modelo apresenta, também, alta manobrabilidade e agilidade, sendo capaz de manobras de 3 Gs, o colocando em pé de igualdade com os melhores helicópteros de ataque do mundo. Outras particularidades sobre sua capacidade de voo é sua capacidade de voar para trás a 90 km/h e lateralmente a 80 km/h, além de poder mergulhar a velocidade de até 350 km/h.
Acima: O Ka-52 usa duas turbinas Klimov VK-2500 que lhe fornecem 4800 hp de potencia total.
O Ka-52 tem uma suíte eletrônica mais completa que seu seu irmão mais velho Ka-50. No radome do Ka-52 foi instalado um sistema de radar Phazotron-NIIR Arbalet FH-01-52 que opera com ondas milimétricas e possui capacidade de produzir mapas do solo a uma distancia de até 32 km, podendo detectar uma ponte a 25 km e um MBT a 12 km de distancia. Além deste radar, um outro sistema de radar montado no mastro do rotor, como no modelo norte americano AH-64D Longbow Apache, e chamado de L-Arbelet, pode ser instalado no Ka-52. O L- Arbelet tem dimensões bem menores que o radar Longbow norte americano, e opera com ondas decimétricas, sendo que seu alcance é de 15 km contra um alvo do tamanho de um caça convencional (5m2). A função deste sistema é proteger o Ka-52 de forma que ele opera integrado aos sistemas de defesa e contra-medidas da aeronave.
O Ka-52 está equipado com um sistema multi sensor de detecção passiva Samshit 50T que possui um sistema de TV, um FLIR (Forward Looking Infra-Red ou sistema de visão infravermelha), um designador laser que ilumina os alvos para os mísseis anti tanque que ele transporta, e um telêmetro a laser cujo alcance pode chegar a 10 km. Alternativamente o Ka-52 pode ser equipado com o sistema  FLIR GOES-521, que fica abaixo do radome do radar.
O sistema de proteção ativa do Ka-52 está equipado com o lançador UV-26 de iscas infravermelhas flare e iscas eletromagnéticas chaff que ficam montados nas pontas das semi asas do helicóptero. O sistema de interferência eletrônica ativa (jammer) IR L370-5 Vitebsk produz ruido nos sistemas de radares inimigos dificultando a localização exata da aeronave. Além disso, o Ka-52 também possui um sistema de alerta de lançamento de mísseis MAK-UFM que alerta a tripulação quando um míssil estiver a caminho de destruir o helicóptero permitindo ao piloto tentar alguma medida evasiva.
O piloto do Ka-52 usa um capacete equipado com display integrado aos sistemas e armas da aeronave chamado HMD Zh-3YM-1 Schchel-3U que permite engajar alcos sem necessidade e manobrar o helicóptero. esse tipo de equipamento se tornou básico entre as novas aeronaves de asas rotativas e fixas.
Acima: O cockpit do Ka-52 lembra a de uma aeronave de transporte com sua tripulação disposta lado a lado. Isso facilita a comunicação e a agilidade na tomada de decisão em missões de combate.
Vamos falar de garras e dentes agora. A capacidade ofensiva do Ka-52 Alligator é de fazer inveja a muito helicóptero do mercado. O mercado de helicópteros de ataque podem ser divididos por helicópteros de transporte adaptados para combate, helicópteros de ataque leve e helicópteros de ataque pesado. O Ka -52 sem a menor sombra de duvida se posiciona nessa ultima classificação. Seu armamento orgânico é um potente canhão de Shipunov 2A42 em calibre 30 mm carregado com 460 granadas que podem ser do tipo HE Frag (alto explosivo de fragmentação ou a AP (armor piercing ou perfurante de blindagem). Este canhão é o mesmo empregado no Mi-28 Night Hunter e é considerado o mais potente canhão instalado em um helicóptero atualmente. Vale observar que este canhão tem uma pequena mobilidade transversal e em elevação de forma que ele não é fixo como muitos pensam. mesmo assim, o piloto precisa manobrar o helicóptero para poder fazer a visada. Como todos os helicópteros de ataque existente, o Ka-52 também pode ser empregado com lançadores de foguetes não guiados. No caso aqui, o tipo usado é o clássico pod B para 20 foguetes  S-8 calibre 80 mm cujo alcance pode chegar a 4 km dependendo da versão do foguete. Também, ainda nesse tipo de armamento, pode ser transportado o pod BL-13L para 5 foguetes pesados S-13 de 122 mm cujo alcance é de cerca de 3 km. Agora vamos tratar da estrela do armamento do Ka-52: O míssil guiado anti tanque 9K121 Vikhr guiado a laser é transportado em lançadores com 6 tubos totalizando 12 mísseis. Observe que essa configuração não sacrifica os pods de foguetes que são transportados juntos. O 9K121 Vikhr tem alcance de 8 km e é capaz de ser empregado com sucesso mesmo contra alvos usando blindagem extra reativa, graças a sua ogiva dupla em tandem (uma atras da outra) de 12 kg que consiste de uma ogiva de alto explosivo seguida por uma penetradora de blindagem.
Outras armas disponíveis para o Ka-52 são o dispensador de sub-munições KMGU-2 que lança minas anti tanque e anti pessoal, sobre uma grande área; mísseis ar ar Igla V, derivados do míssil anti aéreo lançado do ombro, guiado por infravermelho e com alcance de 5 km, assim como o poderoso míssil ar ar R-73 Archer, com capacidade de engajamento fora da linha de visada (ele pode ser mirado pelo capacete do piloto com meros movimentos da cabeça). Este míssil, comum em aeronaves de combate como o Su-27/30/35 Flanker e o MIG-29 Fulcrum, tem alcance de 30 km aproximativamente.
O Ka-52 possui 6 cabides na sua semi asa para transporte de armamentos cujo peso pode chegar a 2000 kg.
Acima: Manobrável e muito bem armado, o Ka-52 está entre os 3 mais poderosos helicópteros de combate do mundo atualmente.
O Ka-52 Alligator é um dos mais bem equipados e capazes helicópteros de combate do mundo. Ele reúne proteção blindada, sistemas avançados de detecção e guerra eletrônica, armamento pesado e ótimo desempenho. Sem duvidas é uma aeronave do qual o inimigo não vai querer por perto. Os russos vendem esse poderoso helicóptero a um custo de aproximadamente U$ 20 milhões de dólares a unidade já foi exportado para o Egito que adquiriu 46 unidades do modelo para sua força aérea enquanto que a Rússia encomendou 74 unidades do Ka-52 que deve operar ao lado de 81 unidades do Mi-28 Night Hunter.
Acima: Com sua aparência ameaçadora, o Ka-52 é inconfundível com seu sistema de helices coaxiais.


ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O KA-52 ALLIGATOR


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domingo, 26 de junho de 2016

M-134 Minigun - Atualização Full Metal Jacket


Olá amigos. 
O blog Full Metal Jacket foi atualizado com um artigo sobre a poderosa metralhadora M-134 Minigun. para conhecer melhor esta popular arma  clique na foto.

Abraços

segunda-feira, 20 de junho de 2016

BAE SYSTEMS L-118 LIGHT GUN. Fogo pesado de um leve Obus.

FICHA TÉCNICA
Operadores: 6 homens.
Peso: 1,85 toneladas.
Comprimento: 8,80 m
Largura: 1,78 m.
Altura: 2,13 m.
Calibre: 105 mm.
Peso da granada: 16,1 kg (HE)
Cadência de tiro: Até 8 tiros por minuto.
Alcance: 17,2 km
Velocidade na boca do cano: 708 m/seg

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
Existem alguns sistemas de armas que se tornam tão bem sucedidos que passam a fazer parte da história de várias nações por onde operaram. O obus britânico L-118 Light Gun  se enquadra nessa categoria de arma que se tornou parte da construção da história militar de muitos países. Projetado a mais de 40 anos pela Royal Ordnance para substituir o obus OTO Melara Mod 56, o Light Gun, como é melhor conhecido, continua em operação e não deverá sair de cena tão cedo.
Acima: O compacto obus Oto Melata Mod -56 apresenta uma deficiência séria de alcance, que colocava em risco sua guarnição. O L-118 foi projetado para manter sua facilidade de mobilidade, porém com quase o dobro do alcance.
O L-118 foi projetado para solucionar a limitação de desempenho em alcance que o velho Obus Oto Melara Mod 56 apresentava. O alcance máximo de 10 km que o modelo italiano conseguia com a granada de 105 mm não era suficiente para garantir a segurança do pessoal da artilharia, que era obrigado a se posicionar perigosamente próximo do alvo, dando margem para fogo de contra artilharia. Além disso, o novo Obus teria que ser tão leve quanto o modelo que seria substituído para garantir a mesma facilidade de mobilidade que o Oto Melara tem. Assim o L-118 Light Gun (canhão leve) foi produzido com metais leves e em uma configuração mais simples que o seu antecessor italiano que possuía, inclusive, uma placa de blindagem para proteger seus operadores mas que aumentava o peso total da arma.
Acima: O Obus L-118 faz uso da munição calibre 105 mm, amplamente produzida e usada no mundo todo.
A munição usada pelo L-118 também é em calibre 105 mm, porém, o cano do canhão é mais longo, o que reflete em um melhor aproveitamento da queima do propelente da granada levando a um maior alcance balístico. Assim, o L-118, podem atingir um alvo a 17,2 km, que representa um tremendo incremento em relação ao seu antecessor. O canhão possui um sistema de recuo hidropneumático com a culatra deslizante vertical. Embora  uma equipe normal de operação do L-118 tenha 6 homens, uma equipem minima de 4 homens pode operar a função de tiro e conseguir uma cadência de até 8 tiros por minuto. Os tipos de granadas que podem ser usadas são HE (alto explosivo) L31 e L50, HESH (Contra alvos blindados e reforçados) L42, PRAC (munição inerte para treinamento) L41 e  marcadora de alvo L37 e L38.
Acima: O L-118 opera, normalmente com uma guarnição de 6 homens, porém com 4 deles, já é possível operar o sistema e conseguir uma cadência de até 8 tiros por minuto.
Seu baixo peso permite  que sele seja rebocado por um veículo leve, como um jeep Hummer ou transportado por um helicóptero médio UH-60 Black Hawk com facilidade. Essa mobilidade é a chave da proposta conceitual do L-118 e que o tornou um sucesso de exportação com 20 países na lista de clientes do modelo, entre eles, o Brasil, Estados Unidos (M-119 fabricado sob licença), Espanha e Austrália. As qualidades de alta mobilidade através de seu baixo peso, simplicidade de operação, e bom alcance farão com que o L-118 continue em serviço por muitos anos ainda sem a necessidade de ser substituído.
Acima: Uma das vantagens chave do L-118 é sua mobilidade. Aqui um AW-101 da Força Aérea Britânica  (RAF) transporta um L-118. Helicópteros menos potentes como o UH-60 Black Hawk transportam esse Obus com a mesma facilidade.

Acima: Um L-118 do Exército Brasileiro durante uma exposição. O Exército Brasileiro opera cerca de 54 unidades desse armamento. O Corpo de Fuzileiros navais do Brasil, operam 18 unidades do L-118 também.

ABAIXO UM VÍDEO APRESENTA A FACILIDADE DE MOBILIDADE DO L-118 LIGHT GUN.


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