quarta-feira, 14 de setembro de 2016

TOP GUN ou ASES INDOMÁVEIS - Um filme que marcou época para muitos

Em 10 de julho de 1986 estreava no cinema o filme Top Gun, que no Brasil se chamou Ases Indomáveis. Para muito de nós, aficionados por aviação militar, foi o filme mais importante do mundo!. Independentemente de clichês clássicos de Hollywood, a verdade incontestável é que as cenas gravadas com aeronaves de verdade, são, até hoje as mais perfeitas já feitas de combates aéreos. O único filme que chegou bem perto em qualidade nesse quesito foi o Le Chavalier Du Ciel ou "cavaleiros do Ar" onde caças Mirage 2000 são gravados em sequencias magníficas. Fiquem com um excelente clipe que mostra a musica tema do filme Top Gun e cenas fantásticas do filme.

domingo, 11 de setembro de 2016

TEXTRON AIRLAND SCORPION. O veneno em doses pequenas.

FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: Mach 0,67 (830 km/h).
Velocidade de cruzeiro: Mach 0,60 (735 km/h).
Razão de subida: 1500 m/min. (estimado)
Potência: 0,44 (só com combustível interno e desarmado).
Carga de asa: 61,18 lb/ft².
Fator de carga: 6,0 G. (estimado)
Taxa de giro instantânea: 13º/s. (estimado)
Razão de rolamento: 190º/s. (estimado)
Teto de serviço: 14000 m.
Raio de ação/ alcance:  1600 km/ 4443 km
Empuxo: 2 motores turbofans sem pos combustão Honeywell TFE731 1830 kgf de empuxo cada.
DIMENSÕES
Comprimento: 13,41 m.
Envergadura: 14,33 m.
Altura: 4,27 m.
Peso: 5352,39 kg.
Combustível Interno: 2721,55 lb.
ARMAMENTO
2800Kg de cargas externas divididas em 6 pontos fixos nas asas. Misseis ar superfície AGM-114 Hellfire, Bombas guiadas a laser GBU-12 Paveway II, Bombas guiadas por GPS GBU-39 SDB, Casulos de foguetes não guiados de 70 mm, casulos com metralhadoras de 7,62 mm e de 12,7 mm (.50) e bombas MK-82 de queda livre.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
O pequeno e "estranho" jato de ataque leve e treinamento  Scorpion desenvolvido pela AirLand em conjunto com a poderosa empresa Textron, como uma iniciativa privada, tem como objetivo, oferecer uma aeronave de ataque de baixíssimo custo de aquisição e operação para forças aéreas com orçamento muito restrito e para a Guarda Aérea Nacional dos Estados Unidos além de uma solução para treinamento para futuros pilotos de aeronaves de combate de primeira linha.
A AirLand se juntou com a Textron em 2011 para desenvolver e construir o pequeno jato atacante de modo que o primeiro protótipo foi apresentado ao público em setembro de 2013. Um desenho particularmente "exótico, com uma asa alta extremamente estreita, e configurado com deriva dupla e inclinada para fora. O primeiro voo foi feito pouco tempo depois de sua apresentação tendo ocorrido em dezembro de 2013.
Acima: Com um desenho exótico, o pequeno jato Scorpion se assemelha a uma aeronave experimental.
Para ser economicamente competitivo, o Scorpion possui uma grande simplicidade. A aeronave está equipada com dois motores turbofans Honeywell TFE731 que operam exclusivamente com empuxo seco (sem pós combustão) e que produzem 1830 kgf de força cada, permitindo a aeronave atingir uma velocidade máxima de 830 km/h. É um desempenho modesto quando comparamos com os modernos caças de 4º geração, mas temos que ter em mente que o objetivo do Scorpion é fornecer uma plataforma de vigilância e ataque leve a um custo baixo de aquisição (a aeronave custa menos de U$ 20 milhões cada) e com um custo de hora voo muito mais baixo que a de um caça de alto desempenho (U$ 3000,00 a hora de voo contra U$ 6000,00 que custa a hora de voo de um F-16C).
O desempenho de manobra é bastante modesto, tanto que os dados oficiais simplesmente não omitidos na ficha técnica publicada pelo fabricante. Porém, assistindo a uma demonstração de voo e alguns vídeos de testes, eu estimo que a celula da aeronave seja capaz de suportar 6 Gs e  atingir uma taxa de giro instantâneo na ordem de 13º/seg ou pouco menos. Para poder ter uma maior simplicidade possível, a Textron AirLand abriu mão de instalar um sistema FBW (Fly By Wire) de controle de voo o que explica em parte as limitações deste projeto frente a jatos de maior desempenho.
Acima: O Scorpion não faz uso de um sistema de controle de voo computadorizado. Essa opção teve objetivo de simplificar o projeto e baratear o processo de desenvolvimento.
O Scorpion foi projetado com um compartimento interno de carga que pode ser usado para transportar armas ou mesmo, sistemas e sensores. Neste ponto, um protótipo do Scorpion tem sido apresentado em exposições com uma torreta FLIR retrátil posicionada abaixo do cockpít da aeronave, capaz de fornecer imagens infravermelho do alvo. Outro sistema integrado é o radar de abertura sintética I-Master fornecido pela Thales que permite rastrear movimento de infantaria ou veículos em terra a distancias de 20 km em absolutamente qualquer condição de tempo ou de luminosidade. O Scorpion tem um equipamento de GPS integrado a um mapa móvel e o cockpit é compatível com o uso de óculos de visão noturna.
Acima: O sistema de radar I-Mast fornece uma capacidade especial de detecção de alvos em terra que dá ao Scorpion uma capacidade de consciência situacional bastante favorável no campo de batalha.
Acima: O cockpit do Scorpion foi projetado para garantir uma otimização da interface homem/ maquina de forma a reduzir a carga de trabalho do piloto.
O Scorpion tem capacidade de transportar 2800 kg de cargas em suas asas divididas em 6 pontos fixos (3 em cada asa). Como se poder presumir, por se tratar de um jato leve, as armas que podem ser empregadas também são leves. Fazem parte do arsenal que pode ser empregado no Scorpion, mísseis  ar superfície AGM-114 Hellfire, uma arma guiada a laser cujo alcance é de 7 km, por tanto fora do alcance dos canhões antiaéreos e ele é capaz de destruir, simplesmente, todos os tanques de guerra existentes. Outra arma muito eficiente que pode ser empregada pelo Scorpion é a bomba GBU-12 Paveway II de 230 kg guiada a laser. Esta arma tem sido pesadamente empregada em todas as guerras recentes contra pequenas edificações, viaturas inimigas, com muito sucesso. Casulos de foguetes de 70 mm e casulos com metralhadoras também podem ser empregados pelo Scorpion. Não foi mencionado em nenhuma fonte pesquisada a possibilidade de emprego de armas ar ar, deixando a capacidade de abater aeronaves inimigas a cargo de armas de tubo como metralhadoras em casulos. Porém, acredito que seja relativamente fácil integrar um míssil derivado de um MAMPAD (míssil anti aéreo lançado do ombro, como o Stinger ou o Mistral em um lançador sob a asa,. o que melhoraria a letalidade da aeronave para interceptação de aeronaves de baixa performance.
Acima: O Scorpion possui 3 pontos fixos em cada asa que, embora não tenha uma grande capacidade de carga, ainda sim pode operar armas muito eficazes como o potente míssil AGM-114 Hellfire e a bomba laser guiada GBU-12 paveway II.
O Scorpion é uma alternativa para um avião de baixo custo que poderia executar missões, que hoje são desempenhadas por aeronaves turboélices, com desempenho levemente melhor. Quando comparamos o Scorpion com o avião AT-29 Super Tucano, temos que o Scorpion apresenta um desempenho pouco melhor em missões de ataque, mas que, se usado para interceptar aeronaves de baixa performance, tem um desempenho bem melhor que do Super Tucano por conta de sua maior velocidade de cruzeiro e mesmo final. Eu tenho a opinião que seria mais interessante usar um moderno jato de treinamento avançado como o YAK-130 ou o M-346 para a mesma missão do Scorpion,  e o mais interessante é que o YAK-130, em especial, tem um custo de U$ 15 milhões cada (preço de prateleira) e é, efetivamente, uma aeronave superior. Do meu ponto de vista, o potencial de mercado para o Scorpion foi superestimado pela Textron AirLand e minha previsão é que esta aeronave não tenha sucesso comercial justamente por causa da disponibilidade de aeronaves superiores a um preço similar.
Acima: Ainda houve um comprador para o Scorpion, e embora exista um otimismo do fabricante sobre seu potencial de mercado, eu não compartilho do mesmo sentimento. Há aeronaves superiores a um custo equivalente no mercado.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO DE APRESENTAÇÃO DO SCORPION


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FORÇA DE MBTs RUSSOS EM AÇÃO.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

NOVO R-105 - Um golpe contra o direito do cidadão brasileiro

É inadmissível que o Exército Brasileiro tenha uma postura igual a dos políticos do país e joguem também contra seu povo, nos tratando com humanos de segunda categoria. Muitos civis entendem mais de armas, e sabem manusear melhor que 90% do efetivo do Exército Brasileiro. Todos deveríamos ser do mesmo time.... jogar do mesmo lado. Porém não é isso que a pessoa que teve o azar de nascer no Brasil tem que encarar. Aqui, o povo tem que lutar CONTRA o Estado e contra o EXÉRCITO que nos tratam como se fôssemos idiotas e não TIVÉSSEMOS O DIREITO INALIENÁVEL a defesa e a posse de armas.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

MAIS FOLEGO PARA O F-15 DA USAF.


A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) não conseguiu convencer as autoridades políticas a pagar o preço de ter um numero adequado dos caros caças F-22A Raptor, e agora, enfiada em um programa caríssimo para aquisição do problemático F-35, cujo desenvolvimento apresenta um significativo atraso e aumento de custos, se vê obrigada a investir U$ 12 Bilhões de dólares para modernizar, pesadamente seus velhos F-15 com novos sensores e sistemas, além de ampliar a capacidade de transporte de armas de 8 para 16 mísseis, e assim opera-los até 2040. O problema é que o desenvolvimento dos caças russos e chineses, tem atingido uma grande aproximação das capacidades de combate que a décadas mantém a hegemonia do domínio aéreo norte americano, a colocando em risco de ser perdida em curto ou médio prazo.

PARABÉNS BRASIL.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

LIDERANDO A DEFESA DO PAÍS.



Um presidente da nação, seja ela qual for, precisa ter conhecimento técnico para lidar com as questões econômicas e sociais de seu pais. Afinal, cabe a ele gerenciar de forma mais eficaz possível, o relativo bem estar de seu povo. Porém, quem ocupa este cargo, além dessas qualidades, precisa compreender de forma clara e sem medo, sua responsabilidade frente aos interesses da nação no âmbito da defesa militar. Sim, eu disse DEFESA MILITAR. O fato de a maioria absoluta das nações evitarem entrar em guerras e procurarem resolver suas diferenças em tribunais internacionais ou na ONU, não diminui, em nada a absoluta necessidade de se ter uma capacidade militar crível. O Brasil possui autoridades políticas fracas e comandantes militares pouco eficientes para se conseguir criar uma força militar com as características e capacidades que proporcionem uma condição dissuasiva adequada para que um hipotético inimigo, seja ele quem for, se sinta desmotivado a nos agredir por meios militares. Essa condição só será mudada com uma devida ação educacional que deverá ser promovida nas acrianças e adolescentes para que se quebre o tabu de que o Brasil não precisa de forças armadas ou que este mundo é "seguro", que é, exatamente o que prega a gestão socialista e corrupta que manda no Brasil com seus partidos de esquerda ou centro esquerda, seja PT, seja PSDB, que no fundo, só disputam o poder, mas que pregam, de certa forma, as mesmas ideologias  lixo que só enfraquecem o país. 
O Brasil precisa de forças armadas profissionais, bem treinadas e adequadamente equipadas para impor receio a um eventual invasor. Isso só se conseguirá com uma mudança radical de comportamento e mentalidade das autoridades politicas e militares do país.

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sábado, 3 de setembro de 2016

AK-47 e derivados - Atualização Full Metal Jacket


Olá amigos.
Esta semana o famoso e onipresente fuzil AK-47 é o foco da atualização do blog Full Metal jacket. Para conhecer melhor o fuzil mais popular da história entre em: http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2016/09/izhmash-kalashnikov-ak-47-maior-lenda.html
Abraços

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

KRAUSS-MAFFEI WEGMANN DINGO 2. O Super Jeep Alemão.


FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 90 Km/h.
Alcance Máximo: 1000 Km.
Motor:  Um motor Mercedez - Benz OM 924 de 4 cilindros com 218 Hp de potência.;
Peso: 11,9 toneladas.
Altura: 2,50 m.
Comprimento: 5,40 m.
Largura: 2,30 m.
Tripulação: 1+5 ou 7 soldados equipados dependendo da versão.
Armamento: 1 metralhadora MG-3 cal 7,62X51 mm ou uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm), Um lançador de granadas HK GMG de 40 mm. As metralhadoras podem ser empregadas em uma torre remotamente controlada FLW-100 ou FLW-200
Trincheira: 0,50 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,50 m
Passagem de vau: 1,20

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
Os famosos veículos tipo jipes usados a partir da 2º guerra até mesmo nos dias de hoje estão passando por mudanças radicais para poder permitir que seus ocupantes possam sobreviver nos campos de batalha atuais onde a letalidade dos armamentos empregados tem se mostrado mortais contra veículos leves. Mesmo os Humvee, usados pelas forças armadas dos Estados Unidos e seus aliados têm se mostrado excessivamente vulnerável nesses ambientes. Por isso o leve jipe acabou sendo substituído no campo de batalha por veículos maiores, mais pesados e blindados para poder permitir uma sobrevivência maior no campo de batalha.
Neste artigo vou apresentar um desses novos veículos blindados leves 4X4; O Dingo 2, desenvolvido pela empresa alemã Krauss-Maffei Wegmann, uma das mais competentes fabricantes de blindados que existe, tendo em seu currículo o desenvolvimento do carro de combate pesado Leopard II, um dos melhores MBTs do mundo e já descrito no WARFARE.
Acima: O Dingo 2 é uma versão aprimorada do modelo Dingo 1 capaz de transportar mais carga e com melhor proteção balística.
O Dingo 2 é uma variante mais moderna do blindado Dingo, um veículo desenvolvido sob o chassi do Mercedez-benz UNIMOG 1550L, com o objetivo de reduzir custos de produção e facilitar a manutenção. Já o modelo Dingo 2, foco deste artigo usa um chassi maior, o do UNIMOG U-5000. A carroceria de ambas as versões tem formato de “V” para permitir uma proteção extra contra detonações de minas terrestres, um dos maiores problemas observados pelos alemães e aliados na guerra do Afeganistão e no Iraque. Alias, como dito antes, a característica mais importante que distingue esses veículos dos jipes tradicionais é justamente a capacidade de proteção da tripulação. Além da medida anti-minas, há ainda uma blindagem no Dingo 2 capaz de parar projéteis em calibre 7,62X51 mm. O Dingo 2 foi projetado como um veículo modular dividido em chassis, célula de sobrevivência, compartimento de motor e assoalho anti-mina. Essa modularidade agiliza, em muito, sua manutenção em caso de impactos e explosões.
Acima: O Dingo 2 não é um veículo anfíbio, mas sua boa altura do solo lhe permite transpor um rio com profundidade de até 1,20 metro.
O Dingo 2 usa um motor Mercedez - Benz OM 924 de 4 cilindros e que proporciona uma potência máxima de 218 hp. Esse motor leva o Dingo 2, um veículo com 11900 kg , a uma velocidade máxima de 90 km/h em estradas. Sua autonomia chega nos 1000 km, graças ao seu tanque de combustível com capacidade de 220 litros de diesel. Esse desempenho é considerado muito bom para essa categoria de veículo. A capacidade de operar em terrenos irregulares é elevada, podendo passar por obstáculos verticais de 50 cm de altura e encarar inclinação frontal de 60º. Embora não seja um veículo anfíbio, ele pode transpor um rio (passagem de vau) com profundidade de até 1,20 metro.
Acima: A suspensão do Dingo 2 permite uma excelente performance em terreno acidentado.
O Dingo 2 pode ser armado com uma torre  FLW-100  equipado com uma metralhadora MG-3 em calibre 7,62 mm controlada remotamente de dentro de veículo ou ainda uma torre FLW-200 com uma metralhadora pesada em calibre 12,7 mm (.50). Além de metralhadoras, o Dingo pode ser armado com um lança granadas automático Heckler & Koch GMG de 40 mm capaz de atingir alvos até a 1500 metros e com uma cadência de tiro de 340 tiros por minuto. Embora não haja informações sobre outros armamentos que podem ser instalados no Dingo, certamente que não haveria nenhuma dificuldade de se armar este blindado com um lança mísseis antitanque como o míssil TOW, por exemplo.
Acima: A torre FLW 100, remotamente controlada, está armada com uma metralhadora MG-3 em calibre 7,62X51 mm. Uma versão mais pesada desta torre, chamada FLW-200 pode ser equipada com uma metralhadora pesada M-3M calibre 12X7 mm (50 BMG)
Atualmente o Dingo 2 é usado pela Alemanha, Áustria, Bélgica, Republica Tcheca, Noruega, Curdistão e Luxemburgo. Porém existe um mercado potencial para esse tipo de blindado no mundo e outros fabricantes já possuem pronto ou em estágio de desenvolvimento veículos similares ao Dingo 2 prontos para explorar este mercado. O que pode dificultar um pouco as coisas para o Dingo é seu elevado custo unitário que hoje está girando em torno de U$ 1.000.000,00 de dolares cada um.

Acima: O Dingo pode ser transportado por uma aeronave C-130 Hercules, extremamente comum em muitas forças armadas do mundo.


 ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O DINGO 2


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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

CLASSE DE ZEVEN PROVINCIEN. Uma das mais modernas fragatas do Mar do Norte

FICHA TÉCNICA
Tipo: Fragata de escolta antiaérea e comando.
Tripulação: 202 tripulantes.
Data do comissionamento: Abril de 2002.
Deslocamento: 6050 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 144,24 mts.
Boca: 18,8 mts.
Propulsão: 2 motores a diesel Storc-Wartsila 16 V26 ST e 2 turbinas a gás Roll Royce Spey SM-1C que geram, juntos, 65900 hp.
Velocidade máxima: 30 nós (56 kmh).
Alcance: 9260 Km
Sensores: Radar de busca: Thales Nederland SMART-L de varredura eletrônica 3D com 400 km de alcance. Radar APAR 3D multifunção com 150 km de alcance, radar de navegação Scout LPI, Sonar Atlas Electronik DSQS-24C
Armamento: AAW: 1 lançador vertical MK41 de 40 células para mísseis ESSM e SM2-MR Block IIIA, SSM: 2 lançadores quádruplos para mísseis RGM-84 Harpoon, 1 canhão OTO Breda de 127 mm; 2 canhões Oerlikon de 20 mm, 6 metralhadoras de uso geral FN MAG em calibre 7,62X51 mm, 4 metralhadoras pesadas M-2HB em calibre .50 (12,7X99 mm) ASW: 2 lançadores duplos MK-32 para torpedos de 323 mm, 2 canhões CIWS Goalkeeper de 30 mm.
Aeronaves: 1 Helicóptero NH90.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
A Holanda, Espanha e a Alemanha, assinaram um acordo para o desenvolvimento de modernas fragatas com ênfase na missão anti-aérea. Esse acordo trata da plataforma, mas não dos sistemas de combate integrados aos navios. Esses navios foram apresentados no WARFARE em matérias anteriores. São a fragata espanhola F-100 Alvaro de Bazan e a fragata alemã da classe Sachsen. Agora descreverei a terceira fragata resultante desse acordo, a fragata LCF ou classe De Zeven Provincien, como foi batizada, e que permitiu um significativo aumento do poder de fogo da marinha holandesa e da OTAN, organização da qual a Holanda é signatária.
Acima: A marinha holandesa recebeu 4 navios da classe De Zeven Provincien o que melhorou substancialmente a capacidade de apoio daquela força naval ao esforço de defesa da OTAN.
A fragata De Zeven Provincien tem o seu desenho focado na diminuição de sua assinatura de radar, infravermelha, magnética e acústica, assim como os outros dois navios relacionados ao acordo trilateral para o desenvolvimento de fragatas. Alias, é interessante notar que todos os modernos projetos de navios de guerra tem seu desenho orientado para se conseguir esse efeito, pois isso otimiza a capacidade de sobrevivência dos navios em um cenário de alta ou média intensidade, onde mísseis anti navio, normalmente guiados por radar, tem uma eficácia cada vez maior graças a significava melhoria dos sensores e sistemas eletrônicos.
Acima: Com linhas "limpas" e angulosas, com o objetivo de desviar o eco radar para longe da antena emissora, a fragata De Zeven Provincien não é um navio fácil de ser detectado a longas distancias.
Na  De Zecen Provincien foi instalado um sistema de dados de combate e SEWACO XI desenvolvido pela Thales Naval Nederland. O navio usa uma suíte de comunicação da Rohde & Schwarz que inclui comunicação segura de voz e dados via satélite, data link como o link 11 e link 16, que são o padrão da OTAN. Os principais sensores de busca são os radares Thales APAR tridimensional que opera na banda I, multifunção do mesmo tipo usado na fragata alemão da classe Sachsen, e que possui um alcance de 150 km e com capacidade de rastrear mais de 250 alvos simultaneamente. Esse radar é usado para iluminar os alvos para os mísseis Standard SM-2. Para complementar o radar APAR, foi instalado um moderno radar Smart-L que opera na banda D, também tridimensional igualmente usado na classe Sachsen, e que é usado para a busca aérea e de superfície de longa distancia, tendo alcance de 400 km; Para apoio a navegação é usado os radares Scout LPI de baixa probabilidade de ser interceptado.
Acima: O sistema de gerenciamento de dados de combate SEWACO XI faz o papel do cérebro das ações de batalha do navio. 

Acima: O moderno radar tridimensional de varredura eletrônica ativa APAR garante os dados de precisão sobre posicionamento de alvos para controle de fogo dos misseis antiaéreos.
Além dos radares, um sensor Sirius LR-IRST de busca passiva infravermelha é usado para identificar tanto mísseis de perfil sea skimming no horizonte a um alcance de até 12 km quanto que uma aeronave pode ser detectada a 15 km. Outro sistema de detecção passiva é o multisensor eletro-óptico, porém bem mais completo chamado Thales Mirador usado para busca de alvos. O principal sensor deste sistema é a câmera infravermelha Albatros. Este sistema opera totalmente integrado ao sistema de dados de combate SEWACO XI.
Para detecção submarina é usado o sonar Atlas Electronik DSQS-24C, que está montado no casco. Esse radar permite busca e ataque. No campo das defesas eletrônicas, as fragatas De Zeven Provincien, são bem equipadas, e contam com um sistema de guerra eletrônica integrado Sabre, da Thales Defense, além de lançadores MK-36 Sippican de iscas anti mísseis que são usados para desviar mísseis anti-navio lançados contra o navio. Outro sistema de isca usado na De Zevem Provincien, porém com objetivo a desviar torpedos inimigos é o AN/SLQ-25 Nixie, do tipo isca rebocada. Este sistema chama a atenção do sonar do torpedo para a isca que está sendo rebocada a uma distancia segura do navio.
Acima: O sistema de busca passiva multi-sensor Thales Mirador, faz designação de alvos sem emitir sinais. Este sistema fica montado no mastro do radar APAR.
O armamento desta fragata é otimizado para a guerra anti-aérea, e mais pesado que a média desse tipo de navio. Um lançador vertical de mísseis MK-41 norte americano de 40 células está montado a frente do navio e está armado com mísseis RIM-162 ESSM (Envolved Sea  Sparrow) que são usados contra mísseis anti navio e aeronaves inimigas. Estes modernos mísseis possuem um alcance de 50 km e são guiados por atualização de meio curso via data link e radar semi ativo na fase final do engajamento. Outro míssil que pode ser lançado deste lançador vertical é o SM2-MR Block IIIA com alcance de até 74 km e guiado por comando de radio e radar semi ativo na fase final. Ainda no campo do armamento anti aéreo, há 2 sistemas CIWS de 30 mm Goalkeeper que faz uso de um canhão de 7 canos rotativos GAU-8 (o mesmo usado no jato de ataque A-10 Thunderbolt II cuja capacidade de estrago é bastante famosa) capaz de disparar 4200 tiros por minuto contra um alvo distante até 2000 metros Há, também, dois canhões Oerlikon de 20 mm e um canhão principal, a frente do navio, OTO-Breda de 127 mm, que é usado tanto contra alvos aéreos como contra alvos de superfície. Esse canhão dispara 40 tiros por minuto e o alcance de suas granadas podem chegar a 30 km. Se for usado a granada Vulcano guiada por satélite (GPS) e por laser ou infravermelho, na fase terminal, esse alcance aumenta para 100 km com precisão equivalente a de um míssil de cruzeiro.
Acima: O lançador vertical MK-41 instalado no De Zeven Provincien está integrado a os misseis SM-2MR Block IIIA (foto) e ao moderno míssil ESSM que é capaz de destruir aeronaves e mísseis inimigos.
Para guerra anti-navio, estão instalados 2 lançadores quádruplos para mísseis RGM-84 Harpoon da Boeing, e que podem afundar a maioria dos navios de guerra modernos com dimensões de um destróier a 130 km com apenas um impacto. O Harpoon é guiado por radar ativo e segue um perfil de voo sea skimming (segue rente a água, a altura de 5 metros ou pouco mais, evitando os radares inimigos). Foi feito um estudo para se equipar os navios da classe De Zeven Provincien com mísseis de cruzeiro  BGM-109 Tomahawk, porém, esse projeto não gerou resultado sendo cancelado bem antes de sequer iniciarem os trabalhos de integração nos navios.
Contra submarinos estão instalados 2 lançadores duplos MK-32 Mod-9 de torpedos leves MK-26 Mod 5 de 323 mm, sendo que estão montados um de cada lado do navio. O torpedo MK-46 tem alcance de 11 km e é guiado por um sistema de sonar ativo/ passivo interno. Um helicóptero médio NH-90 é operado no hangar traseiro para missões de busca e salvamento, assim como missões de combate anti-submarino.
Acima: A fragata De Zeven Provinvien foi projetada para operar um helicóptero médio e para tanto há um hangar que d[á abrigo à aeronave. Normalmente é empregado um helicóptero NH-90, porém o Lynx também pode ser operado.
A propulsão da fragata De Zeven Provincien é do tipo combinação diesel e gás (CODAG). Há duas turbinas Roll Royce Spey SM-1C que geram, juntas, 37 MW e 52300 shp de força. Além disso, mais dois motores a diesel Storc-Wartsila 16V6ST, geram mais 8.4 MW e 13600 shp, totalizando uma força de 65900 shp total que movem dois eixos com hélices de 5 pás de passo variável. A velocidade máxima alcançada pelo navio é de 30 nós (56 km/h) e sua autonomia  chega a 9260 km quando em velocidade econômica de cruzeiro, que representa algo em torno de 19 nós (35 km/h).
Acima: O grupo propulsor operado nas fragatas De Zeven Provincien garantem um bom desempenho marinheiro ao navio deixando ele perfeitamente adequado para acompanhar missões de longa distancia escoltando grupos de batalha.
A Holanda é um dos mais antigos membros da OTAN e suas forças armadas são pensadas para fazerem parte de uma força multinacional e não apenas como uma força de auto defesa como a maioria dos países. A Fragata da classe De Zeven Provincien e suas três irmãs representam um interessante exemplo dessa doutrina, pois se trata de um navio de escolta anti aérea altamente capaz e com bom nível de sofisticação cuja maior finalidade é proteger grupos de batalha multinacionais como as esquadras da OTAN. Seu bom alcance o torna um navio muito adequado para deslocamentos intercontinentais podendo operar em qualquer ponto do planeta.



ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM A DE ZEVEN PROVINCIEN.


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