sexta-feira, 19 de julho de 2019

A camuflagem do exército de US$5 bilhões que falhou em esconder seus soldados


Do War History Online, 20 de abril de 2019.
Tradução Filipe do A. Monteiro.

O padrão de camuflagem universal usava cinza, bege e verde como cores primárias. Pretendia-se ajudar a disfarçar soldados tanto no terreno desértico quanto no temperado.

Camuflagem tem sido usada pelas forças armadas desde os tempos antigos. Vegetius escreveu que os navios eram pintados de azul veneziano para escondê-los nas águas abertas.
A camuflagem não só fornece o elemento surpresa, como também mantém os soldados seguros enquanto estão desdobrados.
À medida que a tecnologia avança, novos padrões de camuflagem precisam ser criados para garantir a segurança contínua das tropas. Em 2005, o Exército dos EUA introduziu um novo padrão de camuflagem chamado Padrão de Camuflagem Universal (Universal Camouflage Pattern). Este projeto fez uma barulheira na época por causa da aparência pixelada do padrão digital.
Acima: O Padrão de Camuflagem Universal dos EUA, quadrado de aproximadamente 30x30cm redesenhado a partir da amostra real.
O Padrão de Camuflagem Universal usava cinza, bege e verde como cores primárias. Pretendia-se ajudar a disfarçar soldados tanto no terreno desértico quanto no temperado. O projeto inicial veio após o início das guerras no Iraque e no Afeganistão.
Na época, as tropas desdobradas receberam camuflagem desértica. Enquanto isso escondia o soldado, o equipamento adicional os tornava mais visíveis, já que era mais escuro que a camuflagem. Um padrão de camuflagem de substituição era necessário, e foi decidido que o projeto deveria funcionar em todos os terrenos para ser mais econômico.
Acima: Dois soldados em 2005 vestindo o Uniforme de Combate do Exército (Army Combat Uniform, ACU) no Padrão de Camuflagem Universal.
O padrão inicial criado pelo Centro de Sistemas de Soldados do Exército dos Estados Unidos (United States Army Soldier Systems Center) foi ajustado por autoridades da PEO Soldier. Essas autoridades haviam visto a nova camuflagem criada pelo Corpo de Fuzileiros Navais (Marine Corps), que usava pixels em vez do tradicional padrão de ondas. Querendo usar essa nova tecnologia, os desenvolvedores do Exército foram instruídos a usar o padrão de pixel, e o Padrão de Camuflagem Universal nasceu.
Esse novo padrão foi implementado em 2005, mas foi substituído uma década depois em 2015. Por que esse padrão não durou? A resposta é que não foi eficaz em dissimular soldados.
O problema principal era um efeito óptico conhecido como isoluminância. É quando o olho humano interpreta várias cores e padrões como uma única massa. Quando esse efeito ocorre em zonas de combate, ele pode facilitar a identificação de soldados à distância. A causa desse efeito no novo padrão foi o dimensionamento da pixelização.
Acima: Soldado do Exército dos EUA usando o Padrão de Camuflagem Universal.
A camuflagem também não incluiu o preto no padrão. Isso pode fazer com que a camuflagem pareça plana contra superfícies 3D, tornando mais fácil identificar os soldados que a usavam.
Com esses problemas, o padrão nunca deveria ter sido escolhido. No entanto, não houve teste do projeto antes dele ser implementado. Pesquisas constataram que não foram feitos estudos sobre a eficácia da camuflagem em zonas de combate. O teste que foi feito foi para o padrão de Trilha Urbana (Urban Track), que foi experimental e rejeitado, mas formou a base dessa camuflagem.
Acima: Um fuzileiro naval dos EUA aplicando pintura de camuflagem.
Pesquisas realizadas entre 2007 e 2009 também foram capazes de identificar quatro padrões diferentes de camuflagem que funcionaram melhor do que o Padrão de Camuflagem Universal. Os padrões Digital Desértico do Corpo de Fuzileiros Navais (Marine Corps Desert Digital), Vegetação Desértica (Desert Brush), MultiCam e o padrão militar sírio eram melhores em dissimular soldados. Segundo a pesquisa, esses padrões foram 16 a 36 por cento melhores do que o Padrão de Camuflagem Universal na maioria dos terrenos.
Com crescentes preocupações levantadas sobre o novo padrão, o Exército teve que tomar medidas drásticas. Tropas no Afeganistão foram fornecidas com camuflagem MultiCam. O Exército teve que licenciar esse padrão de uma empresa privada. O Esforço de Melhoria da Camuflagem (Camouflage Improvement Effort) também foi lançado em 2010 para encontrar uma nova substituição de camuflagem.
Acima: Soldados do Exército dos EUA em maio de 2006, vestindo o Padrão de Camuflagem Universal na província de Kunar, Afeganistão.
O Esforço de Melhoria da Camuflagem durou quatro anos até que um padrão final de substituição fosse anunciado. O Exército substituiria o Padrão de Camuflagem Universal pelo Padrão Operacional de Camuflagem (Operational Camouflage Pattern). Esse padrão não foi um dos finalistas inicialmente anunciados, mas seria financeiramente melhor.
As finanças foram importantes ao escolher a substituição do Padrão de Camuflagem Universal. Foi relatado que o governo gastou US$5 bilhões no desenvolvimento e desdobramento da nova camuflagem. A taxa de licença do MultiCam também teria sido cara porque a Crye Precision, a empresa privada que criou o padrão, passou anos a desenvolvendo.
Acima: Salto paraquedista da 4-25*
Não apenas o Exército gastou bilhões no projeto fracassado, como agora tem uma grande suprimento de material no Padrão de Camuflagem Universal, relativamente não utilizado. Como o padrão foi retirado de uso, o Exército determinou que pode colorir todo o material elegível para aderir ao novo padrão de camuflagem. No entanto, o material elegível não inclui uniformes mas apenas os itens de material que foram cobertos com tecido de nylon texturizado.
Esta seria a primeira vez que o Exército encontraria outras maneiras de se livrar de material quando houvesse uma mudança de camuflagem. Alguns dos métodos comuns incluíam descarregá-los através de vendas militares estrangeiras e através do Escritório de Reutilização e Marketing de Defesa (Defense Reutilization and Marketing Office). Acredita-se que a ineficácia da camuflagem tornou isso impossível.


*Nota do tradutor: 4-25 é a 4th Brigade Combat Team (Airborne), 25th Infantry Division. 4ª Equipe de Combate de Brigada (Aerotransportada) da 25ª Divisão de Infantaria.

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quinta-feira, 18 de julho de 2019

TOP GUN Maverick - O primeiro trailer oficial!

Depois de 34 anos de espera, os aficionados por aviação militar, particularmente a aviação de caça, podem arregalar seus olhos!  O primeiro trailer da sequencia do filme Top Gun "Ases Indomáveis" foi publicado. O novo filme foi chamado de "Top Gun - Maverick e trará o personagem Pete Mitchell interpretado por Tom Cruise, na posição de instrutor do curso de piloto de combate da marinha. Embora o enredo ainda seja uma incógnita, o primeiro trailer deixa claro uma coisa: Desta vez foi usado bastante computação gráfica de ultima geração, o que vai garantir fidelidade nas imagens. Agora é só respirar fundo a aguardar a reta final para o lançamento do filme em 2020. Abaixo vocês podem assistir ao trailer legendado.



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quarta-feira, 17 de julho de 2019

Retorno à Selva: Um renascimento da guerra em terreno fechado


Pelo Tenente James Lewis, 5 de janeiro de 2018.
Tradução Filipe do A. Monteiro.

A região do Indo-Pacífico está em um período de transformação sem precedentes, acelerada pela mudança na distribuição do poder econômico e político[i]. A importância do Indo-Pacífico para a segurança australiana não pode ser exagerada e o Exército deve se preparar para conduzir operações nesta região cada vez mais complexa e letal, através do espectro de conflitos. Isso significa ter uma força versátil e adaptável que é bem versada em operar em terreno fechado e habilidosa em guerra na selva.
A história operacional do Exército destaca a importância da compreensão profunda da guerra na selva para a segurança australiana. Desde os dias de Kokoda, Bornéu e Malaya, até o Vietnã, Timor Leste e as Ilhas Salomão - para a Austrália, a luta na selva tem sido a regra, não a exceção.É aqui que o Exército deve reavaliar sua atual abordagem em relação ao treinamento de guerra na selva — reaprender as lições do passado que são úteis, descartar aqueles que não são, e implementar uma abordagem do século XXI para a guerra na selva. Essa abordagem deve se concentrar em duas áreas críticas: um avanço rumo a um treinamento de selva - não apenas duro - mas realista, e treinamento de selva para todas as armas, não apenas para a infantaria.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

BLOHM + VOSS F-123 BRANDENBURG. Uma moderna e econômica fragata da marinha alemã


FICHA TÉCNICA  
Tipo: Fragata Anti-Submarino.
Tripulação: 219 tripulantes.
Data do comissionamento: Outubro de 1994.
Deslocamento: 4900 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 138,85 m.
Boca: 16,7 m.
Propulsão: Duas turbinas a gás General Electric LM-2500 e dois motores a diesel MTU 20V 956 TB-92 com 61250 Hp de potencia total.
Velocidade máxima: 29 nós (54 km/h).
Alcance: 7400 Km.
Sensores: Radar de busca  Thales LW08; Radar de busca aérea e de superfície: Thales SMART-L de varredura eletrônica passiva; 2 radares Thales STIR-180 para controle de fogo, radar de navegação Raytheon Redpath; Sonar de casco Atlas Elektronik  DSQS-23BZ.
Armamento: AAW: 1 lançador vertical MK-41 de 16 células para mísseis RIM-162 ESSM, 2 lançadores MK-49 mísseis RIM-116 RAM; SSM: 4 lançadores mísseis mísseis MM-38 Exocet, 1 canhão OTO Melara 76 mm/62; 2 canhões Rheinmetall MLG-27 em calibre 27x145 mm; ASW: 2 lançadores duplos MK-32 para torpedos leves MK-46 Mod 2.
Aeronaves: 2 helicópteros Westland/ Agusta Sea Linx MK-88

terça-feira, 2 de julho de 2019

O DIREITO A DEFESA PESSOAL COM ARMAS DE FOGO

Por Carlos Junior

O direito a defesa pessoal é um direito natural pois independe de qualquer outra lei para que seja considerado como um direito do individuo. O direito natural é inato a pessoa em qualquer lugar e, novamente, independentemente de qual país a pessoa nasceu e suas leis vigentes.

No caso do Brasil, em especial, a configuração de legítima defesa ocorre quando há presença de elementos específicos que, dentre todos eles, o mais importante é a proporcionalidade da reação. Segundo o artigo 23 do Código Penal Brasileiro, em seu inciso II,  há uma excludente de ilicitude quando a ação for efetuada em legitima defesa, que por usa vez, tem o conceito descrito no artigo 25 do mesmo Código, onde se lê: "Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem."

Peço a você, caro leitor, que se atente aqui ao termo da lei "meios necessários". Quando você lê meios necessários, levando em conta que estamos tratando de defesa pessoal para se proteger de um criminoso armado que quer subtrair de você, um bem, como uma motocicleta, um carro, um celular, etc... em qual "meio necessário" você pensa? Será que, para conter uma pessoa armada que está lhe ameaçando a vida para que você entregue seu bem, sua propriedade, ou até mesmo, lhe entregue seu próprio corpo, no caso de uma mulher que está na iminência de ser estuprada, você pensaria em ter uma arma de fogo em suas mãos para se defender? Ou será que você tem uma solução mais adequada para evitar ser vitima de um crime como os exemplificados aqui?

O leitor atento vai observar que fiz uma sequencia de questionamentos. Esses questionamentos são um convite a você ser honesto consigo próprio e se posicionar sobre esse assunto de acordo com seus conceitos de valores, crenças e convicções.
Em uma manifestação contra o bloqueio de verbas na educação que houve em junho de 2019, uma manifestante estava levando consigo uma placa com o dizer "menos armas e mais livros", em uma clara alusão á um dos decretos do presidente Jair Bolsonaro que viabilizava a aquisição de armas e o porte para uso defensivo. Essa manifestante foi questionada por uma pessoa sobre qual a relação de um assunto com o outro e ela respondeu que "armas não resolvem o problema do país e  a educação era o caminho". Embora ela não estivesse mal intencionada, a dificuldade cognitiva dela em relação a percepção de nexo causal era evidente. Para resumir a história dessa manifestante, o interlocutor fez um ultimo questionamento a ela que foi sobre o que ela faria se tivesse que se defender de um bandido que fosse roubar ela ou pior, tentar violenta-la A resposta foi absolutamente ridícula! Ela disse que "não sabia como resolver aquela situação, mas que usar uma arma estava fora de cogitação". Ou seja, ela disse que prefere se entregar para um criminoso do que colocar a vida dele em risco. Aqui eu volto a chamar a atenção de você, leitor: Para você, esse posicionamento da moça é normal? Será que esse posicionamento reflete a posição da maioria das pessoas do país? Eu garanto que não!
     
O direito dela de não reagir a uma agressão é dela e inalienável, da mesma forma que, o direito a se defender é, também, de qualquer outro individuo, e inalienável. Não cabe a ninguém, dizer para você se pode ou não se defender. Nem ao Estado, pois segundo nossa Constituição Federal, em seu artigo 1º, parágrafo único, "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição." Ou seja, os legisladores e os membros eleitos do executivo, eleitos pelo povo, representam sua vontade e não é o povo que deve se submeter a vontade desses funcionários públicos que devem respeitar a vontade popular. Lembrando aqui que a vontade popular foi manifestada de forma clara e inequívoca no referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo no Brasil ocorrida em 23 de outubro de 2005, quando 63,94% dos eleitores votaram pela permanência do comércio de armas no Brasil. E mesmo o povo tendo escolhido manter o direito de poder comprar armas de fogo no país, o presidente Lula e seus aliados asquerosos (lembrei do Senador Renan Calheiros, um desarmamentista fervoroso, mas que anda com seguranças armados, como a maioria dos desarmamentistas hipócritas), aprovou a lei do desarmamento que, embora mantivesse o comércio legal de armas de fogo, criou uma série de condições que, na prática, criou uma barreira absurdamente difícil de transpor para a aquisição de armas de fogo e, ainda, inviabilizou o porte de armas para quem não fosse um "amigo do rei". Em fim, os poderes executivos e legislativos foram contra uma vontade popular manifesta nas urnas através da maliciosa criação de obstáculos para compra de armas legalmente.

O decreto do presidente Jair Bolsonaro, visando viabilizar ao cidadão comum, cumpridor de seus deveres e sem antecedentes criminais e com capacidade psicológica e técnica avaliadas, permite a este cidadão, comprar armas de fogo, inclusive em calibres mais efetivos que os anêmicos calibres que eram liberados aos civis pela legislação anterior, convergindo com a vontade popular. Cabe aqui lembrar que a liberação de armas de fogo não é uma política de segurança pública. É apenas uma forma de fornecer ao povo, uma condição de equilíbrio frente à violência criminal que explodiu nos anos em que o estatuto do desarmamento esteve em vigor.  Não é ela que vai acabar com a violência no país, mas é ela que permitirá as vitimas da violência, cujos números cresceram grandemente nas gestões esquerdistas anteriores onde bandido compram fuzil e munição para dar combate a policiais, enquanto o cidadão ordeiro tinha que trilhar uma via crúcis para adquirir um revolver calibre 38 ou uma pistola em calibre 380 ACP, armas que, muitas vezes, obrigam que se dê mais de um tiro para "parar" o agressor".

A "polêmica" artificial criada pela imprensa mainstrean como a rede Globo de televisão ou o Jornal Folha de São Paulo, duas empresas que tem interesses escusos flertando com a ideologia esquerdista desarmamentista e que, paradoxalmente, tem membros das instituição escoltados por homens armados, tentam promover de forma escandalosa e desonesta que existe uma "forte reação negativa" a este decreto. Aqui vale jogar uma luz sobre quem são os incomodados que polemizaram esse assunto. São eles, legisladores esquerdistas, muitos deles, alvo de investigação na Lava Jato e funcionários do judiciário que, também andam com escolta armada mas que, hipocritamente não permitem que o direito a defesa seja exercido pela população.

A posição dos  Ministério Publico Federal em afirmar em nota que o decreto visa "subverter o estatuto do desarmamento, que cá entre nós, subverteu a vontade do povo, ao criar dificuldades elevadíssimas para que o cidadão possa se armar é de uma desonestidade flagrante.

Em fim, o decreto não obriga ninguém a se armar. Se o cidadão tem algum pudor em usar arma de fogo, ou possui em sua personalidade um perfil mais entreguista, ou acomodado, este poderá continuar a ser uma potencial vitima de bandidos. Mas esse fraco individuo, que não compreende ainda a necessidade de não aceitar que bandidos nos tirem o que conquistamos, não tem o direito e nem moral, para dizer aos outros que elas também tem que ser ovelhas a espera do abate.

Enquanto políticas de desenvolvimentos sociais, que levem educação e cultura para as classes mais vulneráveis, suscetíveis de entrarem para o mundo do crime não são adotadas de forma eficiente, cabe ao cidadão poder se defender sim. O direito a vida é inerente a quem anda por caminhos certos. Os que seguem o mal, não devem ser tratados em igualdade de direitos com quem se sacrifica para conquistar seus bens materiais e o conforto de sua família.
Acima: O nome e partido dos senadores que votaram contra o decreto do armamento do presidente Jair Bolsonaro. Anotem os somes deles para que não cometamos mais o erro de votar neles.



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quinta-feira, 27 de junho de 2019

O ADJUNTO DO PELOTÃO DE CARROS DE COMBATE

Foto: Camila Flores - UFSM
Por Roberto Prochnow - 3º Sargento - Instrutor do Centro de Instrução de Blindados (CI Bld) e Carlos Alexandre Geovanini dos Santos - Coronel  - Comandante do CI Bld

      Os carros de combate (CC) são armas poderosas, que por meio da mobilidade, potência de fogo, ação de choque e da proteção blindada podem definir o resultado de batalhas. A eficiência operacional desses blindados depende da capacidade de liderança de seus comandantes, do nível de adestramento das guarnições e do perfeito funcionamento dos sistemas das viaturas.
      Existe a ideia de que o melhor carro de combate é aquele que tem a melhor guarnição, claro que há certo exagero nesta afirmação, mas serve de reflexão sobre a real importância da preparação das guarnições para o combate.
      Cada carro de combate é operado por uma guarnição composta por quatro combatentes, que possuem funções específicas dentro da equipe: o Comandante do carro de combate, o Atirador do CC, o Motorista do CC e o Auxiliar do Atirador do CC.
      As guarnições no compartimento de contato devem ser treinadas para realizarem incursões, e estarem adaptadas com a presença do inimigo à frente, nos flancos e à retaguarda, como uma situação normal no combate de blindados. A guarnição de carros de combate é uma equipe e deve trabalhar como tal. O sucesso depende do trabalho conjunto de todos os seus componentes e da reação rápida, automática e eficaz em todas as situações.
      Para alcançar o melhor êxito nessas ações, a figura do Sargento Adjunto deve receber um destaque especial. A própria explicação do dicionário já sintetiza o significado de Adjunto: “Pessoa associada a outra para auxiliá-la em suas funções”. Além de sua função de comandante de carro, na maioria das vezes, é ele o militar que possui a maior experiência dentre os demais integrantes do pelotão.
      Por ser uma fração pequena quando comparada a outras, o pelotão de carros de combate possui uma proximidade muito grande entre seus militares, onde muitas vezes laços de amizade e funções de trabalho diário são mais estreitados. O adjunto é o responsável por manter a ordem, orientar os sargentos mais modernos e estar sempre pronto pra assessorar o comandante de pelotão. É um militar que deve ser exemplo aos demais sargentos subordinados e estar sempre pronto em substituir o comandante de pelotão.
      Quanto à função tática, o adjunto faz o assessoramento preciso e oportuno de um militar com experiência, facilitando a tomada de decisão do comandante tático em relação ao combate pelo fogo, ou seja, o enfrentamento realizado através da coordenação e controle de fogos diretos, sejam estáticos ou em movimento, através do conhecimento do contexto da operação, da compreensão do estudo do terreno, condições meteorológicas, inimigo, etc. A gestão da cadência de fogo, bem como a divisão dos setores de tiro são incumbidas ao comandante e ao Adjunto, que distribuem suas armas de acordo com a situação vigente.
Acima: FT Bld no Estágio Tático de Bld 2018. 
Fonte: Comunicação Social CI Bld
      Quando não está em adestramentos ou manobras, o dia a dia do pelotão CC é composto por missões administrativas como o preenchimento de livros registro das viaturas, as manutenções propriamente ditas, controle de carga de material de campanha, etc.
      O Sargento Adjunto assume este papel de responsável por cooperar no controle de viaturas e material do pelotão, acompanha e fiscaliza o trabalho de manutenção realizado pelas guarnições.
      O sargento Adjunto pode ainda atuar como Instrutor Avançado de Tiro de seu pelotão, auxiliando na capacitação e treinamento da tropa blindada. Por ocasião da execução das manutenções preventivas e corretivas, o adjunto é responsável por manter atualizado um banco de dados com informações dos carros de combate do pelotão, tais como: problemas e panes encontradas nos CC, quantidade de tiros, trabalhos executados, dentre outros.
      Essas atividades visam o assessoramento ao escalão superior, para que haja o emprego e utilização com máxima eficiência das viaturas blindadas de combate.
      As guarnições que formam os pelotões CC devem constituir uma verdadeira equipe totalmente adaptada ao combate e às missões administrativas do dia a dia. É fácil perceber, pela descrição das funções, que o Adjunto desempenha o verdadeiro papel de um sargento, tornando-se elo de ligação entre as demais praças do pelotão e os oficiais comandantes imediatos.
      É o profissional que desempenha diversas funções, mas a principal é cooperar para o cumprimento oportuno de decisões tomadas dentro do pelotão. Ele é um gestor de capacitação técnica e tática, e peça fundamental para o bom andamento dos trabalhos.

AÇO, BOINA PRETA, BRASIL!
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS
Matéria originalmente postada na pagina oficial do centro de Instrução de Blindados.
O Twitter do CI Bld é: https://twitter.com/bld_ci

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segunda-feira, 24 de junho de 2019

BOEING/ BAE SYSTEM AV-8B HARRIER II PLUS. A segunda geração de uma revolução!

FICHA TÉCNICA
Velocidade de cruzeiro: 926 km/h (Mach 0,75)
Velocidade máxima: 1080 km/h (Mach 0,9).
Razão de subida: 4485 m/min.
Potência: 1,02.
Carga de asa: 94,29 lb/ft².
Fator de carga: +8; - 3 Gs
Taxa de giro instantâneo: 14º/s
Razão de rolamento: 200º/s
Teto de Serviço: 15240 m
Alcance: 3300 km (com tanques externos)
Alcance do radar: Raytheon AN/APG-65 com 140 km de alcance contra alvos aéreos de 5m2 de RCS,
Empuxo: Um motor Rolls Royce F-402-RR-408 com 10500 kg de empuxo
DIMENSÕES
Comprimento: 14,12 m
Envergadura: 9,25 m
Altura: 3,55 m
Peso: 6336 Kg
Combustível Interno: 7762,48 lb
ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil AIM-9 L/M Sidewinder; Míssil AIM-120 Amraam
Ar Terra: Bombas de queda livre (burras) MK-82/ 83/ 84; Bombas guiadas a Laser GBU-12 /16; Bombas GBU-32 JDAM; Bombas de fragmentação; Míssil AGM-65 Maverick, Míssil AGM-84 Harpoon; AGM-88 HARM casulos de foguetes (diversos calibres)
Interno: 1 canhão GAU-12U Equalizer de 5 canos rotativos em calibre 25 mm.

sábado, 22 de junho de 2019

FORÇA TAREFA DE INFANTARIA DE MATTIS:: Corrigindo "Um Erro Geracional"

 
Por Bob Scales, 26 de novembro de 2018
Tradução Filipe do A. Monteiro.

O Major-General reformado Bob Scales é o ex-comandante do Army War College, um veterano do Vietnã (e ganhador da Silver Star por bravura) que se tornou historiador militar e futurista. Ele também é um dos pais da Close Combat Lethality Task Force (Força-Tarefa de Letalidade em Combate Aproximado) do Secretário de Defesa Jim Mattis para reformar a infantaria. Neste artigo, Scales vai para as conquistas da força-tarefa, sua justificativa e as décadas de derramamento de sangue desnecessário que ela busca encerrar. - os editores.

Oito meses atrás, o Secretário de Defesa Jim Mattis criou a Força-Tarefa de Letalidade em Combate Aproximado para corrigir um erro geracional. Ele mesmo um Fuzileiro Naval de infantaria reformado, Mattis entendia que as forças de combate aproximado da América, que consistiam em menos de 4% das pessoas de uniforme, haviam sofrido mais de noventa por cento das mortes americanas desde o final da Segunda Guerra Mundial. Sua intenção: tornar nossas formações de infantaria dominantes nos campos de batalha de amanhã.
A maioria dos esforços para reformar o Pentágono tem como premissa o desenvolvimento e a aquisição de coisas - armas, aviões, navios, mísseis, satélites, tudo a um custo sempre crescente. Mas o combate aproximado exige muito mais do que armamentos superiores. Em sua essência, a luta aproximada é uma experiência exclusivamente humana que combina uma pequena unidade contra outra em um duelo até a morte. A vitória chega ao lado que tem vontade superior, astúcia, inteligência, tenacidade e habilidade nas armas.
Assim, a tecnologia é apenas uma das cinco linhas de esforço da Força-Tarefa. Três outras abraçam os intangíveis da dimensão humana: política de pessoal, treinamento e desempenho humano em combate. A quinta é um esforço de olhar o futuro para alavancar a ciência emergente, ainda como ciência não comprovada - dos novos materiais leves ao desempenho cognitivo - para alcançar vantagens competitivas nos campos de batalha de amanhã.
A principal linha de esforço da Força-Tarefa é dedicada ao recrutamento, seleção, treinamento e aculturação de soldados de infantaria superiores. Não podemos voltar aos dias de “Willie e Joe”, as icônicas caricaturas da Segunda Guerra Mundial de doughboys maltratados e mal treinados. De agora em diante, a infantaria será tratada como uma categoria “excetuada”, uma força separada das outras armas e da burocracia usual de pessoal. Iniciativas que a Força-Tarefa lançou ou está considerando incluem um novo sistema para avaliar os recrutas para os atributos especiais dos soldados de combate aproximado; aumentando o tempo que os líderes gastam em uma pequena unidade específica antes de serem realocados; acrescentando instrução profissional adicional para os graduados de pequena unidade; estender o tempo de treinamento para novos recrutas; bônus seletivos e incentivos para servir nas especializações de combate aproximado e políticas que isentem as unidades de combate aproximado das distrações dos deveres que não são da infantaria.
Acima: Então Tenente-General James Mattis no Iraque.
O treinamento é crítico: o Secretário Mattis disse que os soldados de infantaria devem lutar “25 batalhas sem derramamento de sangue” antes de verem o primeiro combate. Os métodos tradicionais de treinamento nunca prepararão adequadamente um soldado de combate aproximado para o choque terrível de sua primeira vez sob fogo. Assim, a primeira prioridade da Força-Tarefa é desenvolver simulações de pequenas unidades que reproduzam o choque, a incerteza, o caos e o medo da luta aproximada. A equipe está bem engajada na criação de ambientes virtuais aprimorados por tecnologias de realidade aumentada, imergindo soldados de infantaria dentro de simulações que oferecem a repetição com variação, cenário após cenário estressante com novas surpresas a cada vez, uma experiência de treinamento verdadeiramente transformacional.
A Força-Tarefa dedica-se à premissa de que os soldados de combate aproximado são os atletas finais que, despreparados ou inaptos, podem pagar o derradeiro preço em uma derrota. Assim, a Força-Tarefa dedica-se a replicar um regime de ciência esportiva da NFL, no qual os profissionais de educação física e terapeutas profissionais se tornarão parte integrante do treinamento de uma unidade de combate aproximado.
A pesquisa de desempenho humano para atletas profissionais, pilotos e astronautas percorreu um longo caminho ao longo das últimas décadas. Nem tanto para soldados e Fuzileiros Navais de combate aproximado. Um dos objetivos principais da Força-Tarefa é explorar os avanços recentes na ciência do desempenho, a fim de aumentar a capacidade dos soldados de infantaria de se sobressaírem nas habilidades mortais de combate aproximado. Iniciativas de desempenho humano incluem uma expansão do esforço do Exército para instrumentar totalmente os corpos dos soldados de infantaria com sensores e dispositivos de feedback para rastrear a condição física e psicológica de um soldado em combate. A Equipe está preparando uma série aprimorada de programas semelhantes à iniciativa de saúde e bem-estar do “H2F” do Exército, que otimizará a capacidade dos soldados de se submeterem ao estresse extremo do combate aproximado.
Embora a ciência humana e as políticas de pessoal formem os elementos decisivos da reforma de pequena unidade, as ferramentas do ofício da infantaria ainda são importantes. Duas tecnologias parecem oferecer o maior potencial para alcançar o domínio na luta aproximada:

  • Primeiro, por quase meio século, as forças terrestres dos Estados Unidos foram equipadas com armas de pequeno porte, o calibre 5,56 mm, armas de assalto por impingimento de gases da família M-16 / M-4. Uma das principais prioridades da Força-Tarefa tem sido um avanço tecnológico na tecnologia de armas individuais. Os serviços terrestres estão bem avançados no desenvolvimento de uma família de fuzis e metralhadoras da próxima geração que serão capazes de penetrar nas armaduras avançadas dos pares concorrentes em alcances extremos com extraordinária precisão.
  • Mas o domínio tecnológico na luta aproximada não é apenas uma função das armas de pequeno porte superiores: a vitória na luta aproximada vai para o lado quem pode ver, sentir e atirar primeiro no inimigo. Assim, a Força-Tarefa dedicou a maior parte de seus esforços a novas tecnologias para dar a um soldado de infantaria do Exército ou dos Fuzileiros Navais um conjunto de óculos digitais, um "Heads Up Display" (Monitor de Alertas, HUD) com visão noturna embutida, dados táticos e direcionamento de mira vinculadas ao sistema de pontaria de sua arma. Essa tecnologia de HUD permitirá que o soldado de infantaria não apenas engaje o inimigo com grande precisão e letalidade, mas também veja uma exibição virtual de informações essenciais de combate, como suspeitas de posições inimigas e a localização de unidades amigas próximas.
Acima: Simulador de tiro ao alvo do exército. Tais sistemas podem treinar tarefas específicas mas não o conjunto, habilidades altamente físicas necessárias para o combate de infantaria, e é por isso que o Pentágono está desenvolvendo técnicas mais imersivas de “realidade aumentada”
A comunidade de aquisições pode aprender muito com o sucesso da Força-Tarefa de Letalidade em Combate Aproximado. Desde o início, a Força-Tarefa foi construída em torno de um grupo de oficiais da ativa e reformados e graduados, experientes em combate aproximado, e oficiais não-comissionados. Assim, apenas aqueles com “a pele no jogo” - e não executivos de aquisição - foram transformados nos principais tomadores de decisão nesse empreendimento.

Então, para evitar distrações burocráticas desnecessárias, a Força-Tarefa atende a intenção do ex-Secretário concentrando-se rigorosamente apenas em pequenas unidades de combate aproximado. A carta da Força-Tarefa limitava-se àqueles programas e iniciativas que poderiam ser alcançados dentro de um período determinado, explorando as ciências humanas e ciências materiais existentes. Mais importante ainda, desde o início, a liderança da Força-Tarefa foi dedicada a catalisar um esforço comum entre os serviços terrestres: Exército, Fuzileiros Navais e Operações Especiais.
A lição aprendida até agora é clara. Uma pequena equipe como a Força-Tarefa pode realizar milagres, mesmo no ambiente constritivo e burocraticamente estultificado de hoje - se os líderes do esforço tiverem a pele no jogo e se tiverem o poder de superar os impedimentos das regulamentações e políticas restritivas em sua busca para manter vivos aqueles mais propensos a morrer. O sucesso vem de uma abordagem holística para a reforma que envolve em um único esforço de transformação todos os elementos que garantem a superação em combate: tecnologia, treinamento, políticas, regulamentações e, mais crucialmente, o espírito humano.


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quinta-feira, 13 de junho de 2019

AIRBUS HELICOPTER UH-72A LAKOTA. As asas da guarda nacional dos Estados Unidos

FICHA TÉCNICA
Peso: 3800 kg (vazio)
Altura: 3,45 m.
Comprimento: 10,20 m.
Propulsão: 2 motores Turbomeca Arriel 1E2 turboshaft com 1476 Hp de potência.
Velocidade máxima: 277 Km/h.
Velocidade de cruzeiro: 240 Km/h.
Alcance: 651 Km.
Razão de subida: 488 m/min.
Altitude máxima: 6096 m.
Carga: 9 soldados equipados ou duas macas  e um grupo médico.
Cargas externas: 1790 kg
Armamento: Sem armamento na versão do exército

domingo, 2 de junho de 2019

SAR-21. Colocando uma luz sobre o desconhecido fuzil bullpup.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Fuzil de assalto.
Miras: SAR-21: Uma luneta integrada à coronha com ampliação de 1,5 X, e miras abertas sobre a luneta para uso reserva; SAR-21A: Trilho picatinny para instalação de miras reflex, holográficas, lunetas, apontadores laser e lanternas
Peso: 3,82 kg (vazio).
Sistema de operação: Aproveitamento de gases e ferrolho rotativo.
Calibre: 5,56x45 mm.
Capacidade: 30 munições.
Comprimento Total: 80,5 cm
Comprimento do Cano: 20 pol.
Velocidade na Boca do Cano: 970 m/seg
Cadência de tiro: 650 tiros/ min.