quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

VÍDEO: O Exército Italiano na Iugoslávia

O Tenente Cesare Fiaschi, primeiro da Divisão Puglie do Real Exército Italiano após a rendição de 1943; dois vídeos.

Fiaschi comenta sobre a posição italiana depois do Armistício de Cassibile, assinado em 3 de setembro e tornado público em 8 de setembro de 1943, que dividiu a Itália entre pró-alemães e pró-aliados. Isso deixou os italianos na Iugoslávia sob risco vindo de três lados: dos partisans iugoslavos, dos kosovares albaneses e dos próprios ex-aliados alemães.

O Tenente Fiaschi seria voluntário para treinamento na Alemanha e seria incorporado na nova Divisão Monterosa (Montanhesa), da então República Social Italiana (Repubblica Sociale Italiana, RSI). O seu regimento seria, inclusive, atacado pelo 6º Regimento da FEB no Vale do Serchio em 29 outubro de 1944, logo quando assumiram a linha.

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

GALERIA: Carros de combate Hotchkiss H35 na Iugoslávia, 12 de março de 2020.

FOTO: Auto-guardado da SS Prinz Eugen na Bósnia, 12 de novembro de 2020.

FOTO: Guerra de bolas de neve durante uma guerra de verdade19 de setembro de 2020.

FOTO: Partisans italianas em Castelluccio31 de março de 2020.

O Chauchat na Iugoslávia26 de outubro de 2020.

GALERIA: Visita de Hitler a Mussolini na Itália, 19389 de setembro de 2020.

Entre Tradição e Evolução: Caçadores Alpinos usando mulas no combate de montanha no século XXI27 de outubro de 2020.

A submetralhadora MAS-38, 5 de julho de 2020.

GALERIA: Competição Jäger Shot 2020 na Alemanha

 

Snipers americanos da 173ª Brigada Aerotransportada durante a Jäger Shot 2020 em 20 de outubro de 2020. (Sgt. Audrequez Evans/ US Army)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 2 de novembro de 2020.

Soldados americanos da 3ª Divisão de Infantaria "The Rock of the Marne" e da 173ª Brigada Aerotransportada "Sky Soldiers" participaram da competição de tiro Jäger Shot 2020 na Área de Treinamento de Grafenwoehr (Grafenwoehr Training Area, GTA) do 7º Comando de Treinamento do Exército (7th Army Training Command, 7th ATC), na Alemanha, de 19 a 23 de outubro de 2020.

O 7th ATC conduziu a competição Jäger Shot de 18 a 23 de outubro de 2020, para promover a construção de trabalho em equipe, fortalecer técnicas, construir espírito de corpo e melhorar a orientação dentro da comunidade de atiradores de elite (snipers), no Centro Conjunto Multinacional de Preparação (Joint Multinational Readiness Center, JMRC).

Spc. Michael Koblitz do 2º Batalhão, 69º Regimento Blindado (Quartel-General e Companhia de Comando e Serviço), Equipe de Combate da 2ª Brigada Blindada "Spartans", 3ª Divisão de Infantaria, se prepara para disparar seu fuzil de precisão, Jäger Shot, 19 de outubro de 2020. (Sgt. John Todd/ US Army)

Cada equipe trabalha em conjunto para competir na competição de cinco dias. (Sgt. John Todd/ US Army)

Comandante Sgt. Maj. Michael A. Sanchez, membro do quadro do Joint Multinational Readiness Center, fala sobre os rigores a serem experimentados pelos competidores durante a competição Jäger Shot, 19 de outubro. (Sgt. John Todd/ US Army)

Sargento de 1ª Classe Arthur Smith, membro do quadro do Joint Multinational Readiness Center e observador/técnico-treinador para a competição Jäger Shot, observa os tiros de um atirador de elite durante o ajusta de mira, 19 de outubro. (Sgt. John Todd/ US Army)

Fotos dos Sargento Audrequez Evans, dia 20 de outubro de 2020





















Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

GALERIA: Snipers no Forças Comando na República Dominicana3 de novembro de 2020.






FOTO: Sniper na chuva, 16 de setembro de 2020.

FOTO: Soldados Soviéticos nas ruínas do Reichstag

Soldados soviéticos posando em frente às ruínas do Reichstag ao final da Batalha de Berlim (16 de abril de 1945 - 2 de maio de 1945).

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 2 de dezembro de 2020.

O oficial, no centro, tem um quepe, enquanto os demais usam casquetes do modelo padrão soviético. Um dos militares tem uma ushanka e outro do lado direito tem uma papakha cossaca, em cor tipicamente preta. A parte de cima tem um X em branco cortando um fundo usualmente vermelho ou azul. As submetralhadoras demonstram o caráter extremamente próximo do combate casa-a-casa da Batalha de Berlim.

Posando no meio dos oficiais está um garoto órfão "filho do regimento", adotado pela unidade. Esses garotos seriam inseridos na rotina da tropa, cumprindo as mesmas rotinas a ajudando em funções de apoio, como a entrega de mensagens, lavagem de roupas etc.

O Reichstag foi assinalado pelo Stakva como o marco para a captura da capital nazista. Apesar de não ser mais usada para fins políticos desde o incêndio de falsa-bandeira de 1933, com o Reichskanzlei assumindo a sua função, o Reichstag serviu como uma âncora do sistema de defesa do quarteirão governamental de Berlim; setor Z (de Zitadelle, fortaleza em alemão), com um complexo de trincheiras e fortificações defensivas. O prédio serviu como um bastião formidável, resistindo à artilharia pesada soviética, e garantindo visão total sobre a Königsplatz, com o domínio de tiros amarrados em todas as avenidas de aproximação.


O Reichstag também foi defendido por um misto de unidades do Reich, fazendo parte do dispositivo mais amplo do setor Z, sob o comando do SS-Brigadeführer Wilhelm Mohnke, que formou o Kampfgruppe Mohnke, com cerca de 2 mil homens organizados em dois regimentos enfraquecidos.

O núcleo dessa defesa era composto pelos 800 homens do batalhão de guardas da 1. SS-Panzerdivision "Leibstandarte SS Adolf Hitler", que protegiam o próprio Führer, a guarda pessoal de Heinrich Himmler contando 600 homens da SS, 250 marinheiros da guarda de honra, grupos de velhos e crianças da Hitlerjugend Volksturm, uma companhia de 100 paraquedistas da 9ª Divisão Fallschirmjäger, e elementos da Divisão SS Nordland, formada por voluntários dinamarqueses e noruegueses, além de germânicos da Hungria, e que foi reforçada por um punhado de de 320-330 SS franceses da Divisão SS Charlemagne (Waffen-Grenadier-Brigade der SS "Charlemagne"que fora destruída na Pomerânia). Essa formação ainda contou com os regulares da 20ª Divisão de Infantaria e Divisão Panzer Müncheberg, com a reserva à cargo da 18. Panzergrenadier-Divisionposicionada no distrito central de Berlim.

As baixas soviéticas 30 de abril a 1º de maio foram de 154 mortos 312 feridos; mostrando a intensidade de apenas 2 dias de combate dentro e ao redor do enorme edifício do Reichstag. As baixas alemãs não são precisas, com várias centenas de mortos e feridos, além de quase de uma centena de prisioneiros capturados dentro do prédio.

Vídeo recomendado: O Assalto ao Reichstag


Bibliografia recomendada:

Berlim 1945:
A Queda.
Antony Beevor.

Leitura recomendada:

VÍDEO: Alemanha Ano Zero19 de maio de 2020.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

VÍDEO: Especialista de selva do Exército Americano avalia 10 cenas de guerra na selva

 

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

Um soldado americano se forma na selva brasileira, 30 de setembro de 2018.

A Viabilidade das Operações na Selva à Noite5 de outubro de 2020.

FOTO: Conferência de selva com o Exército Americano no Panamá23 de agosto de 2020.

Alguns soldados estão agora autorizados a usar o novo brevê de selva do Exército Americano23 de maio de 2020.

VÍDEO: Estágio Jaguar na Guiana Francesa, 19 de setembro de 2020.

FOTO: Exercício de Selva nas Filipinas24 de outubro de 2020.

Membros do 3º Batalhão, Royal 22e Régiment se preparam para a guerra na selva30 de setembro de 2019.

Retorno à Selva: Um renascimento da guerra em terreno fechado17 de julho de 2019.

Bem vindo à selva11 de julho de 2020.

Por que eu prefiro ser baleado por um AK-47 do que um M4


Por Dan Pronk, SOFREP Magazine, 19 de dezembro de 2015.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 1º de dezembro de 2020.

Admito, eu prefiro não levar nenhum tiro, mas se eu tivesse que escolher, eu tomaria um tiro de AK-47 (7,62x39mm) ao invés do M4 (5,56x45mm) em qualquer dia da semana. Para adicionar uma advertência a essa afirmação, estou falando de um alcance relativamente próximo aqui - digamos até 150-200 metros.

7,62x39mm versus 5,56x45mm.

Para entender o porquê, é importante primeiro dar uma olhada muito básica na física por trás da balística terminal. Neste caso, considere a ciência do que acontece quando um míssil penetrante entra em um corpo humano. O primeiro lugar para começar é a seguinte equação de energia cinética:

KE = ½ M (V1-V2)²

Quebrando essa equação em seus componentes, temos a energia cinética (KE) influenciada pela massa (M) do míssil penetrante, bem como pela velocidade (V) do míssil. Isso faz sentido; é lógico que um míssil mais pesado e rápido causará mais danos do que um míssil mais leve e lento. O que é importante entender é a influência relativa que a massa e a velocidade têm sobre a energia cinética, pois esta é a chave para entender por que preferiria levar um tiro AK do que um de M4. Você notará que o componente de massa da equação KE é reduzido à metade, enquanto o componente de velocidade é elevado ao quadrado. Por esse motivo, é a velocidade do projétil que tem muito mais influência sobre a energia que ele entrega ao alvo do que a massa.


O componente V1-V2 da equação leva em consideração que o projétil pode realmente passar direto pelo alvo, ao invés de parar no alvo. Neste caso, a mudança na velocidade do projétil à medida que ele passa pelo alvo (V1 sendo sua velocidade quando entra, e V2 sendo a velocidade na saída) é o fator que é considerado ao calcular quanta energia o míssil entregou no alvo. Naturalmente, se o projétil parar no alvo (ou seja: sem ferimento de saída), então V2 é igual a zero e a velocidade do projétil quando ele entrou (V1) é usada para calcular a KE.

Isso é física suficiente por agora, mas você entendeu que o projétil ideal para atirar em alguém é aquele que tem uma massa decente; é muito, muito rápido; e tem a garantia de parar em seu alvo de modo a dissipar o máximo de energia possível nele e, portanto, causar o máximo de dano.

O próximo conceito a entender é o de cavitação permanente versus cavitação temporária. Cavitação permanente é o buraco deixado em um alvo por um projétil que o perfura. Você pode pensar nisso simplesmente como um bastão afiado sendo empurrado através de um alvo e deixando um buraco do diâmetro do bastão. A cavidade permanente deixada por uma bala é proporcional à área da superfície da bala conforme ela passa pelo tecido. Por exemplo, se um projétil AK-47 de 7,62mm de diâmetro em seu ponto mais largo passar sem problemas por um alvo, ele deixará um projétil redondo de 7,62mm de cavidade permanente.

Se esse buraco passar por uma estrutura vital do corpo, o ferimento pode ser fatal. No entanto, se a bala passar apenas pelos tecidos moles, a cavidade permanente pode ser relativamente benigna. Esta é uma simplificação exagerada do conceito, já que as balas raramente permanecerão inertes ao passarem por corpos humanos; elas têm uma tendência a desestabilizar e para a parte traseira da bala, mais pesada, querer ultrapassar a frente. Este conceito, conhecido como guinada, aumenta a área da superfície frontal da bala conforme ela passa pelo tecido e, portanto, cria uma cavidade permanente maior.


Muito mais prejudicial do que a cavidade permanente deixada por um projétil é a cavidade temporária que ele cria. Qualquer pessoa que tenha assistido ao programa de TV MythBusters terá alguma familiaridade com este conceito, e ele é melhor demonstrado usando imagens de vídeo em câmera lenta de balas sendo disparadas em uma gelatina especial conhecida como gelatina balística, a qual é calibrada para ter a mesma densidade que os tecidos moles humanos. O que pode ser visto nessas imagens de vídeo é a dissipação pulsante de energia que emana de uma bala ao passar pela gelatina. Esta é uma ilustração visual do conceito de cavitação temporária e permite ao observador começar a apreciar o efeito devastador que um míssil de alta velocidade pode ter ao entrar em um corpo humano.

A cavitação temporária é a transferência de energia cinética do projétil para os tecidos do alvo e, como aprendemos acima, é relativa à massa e, mais importante, à velocidade do projétil. Conforme a energia do projétil é dissipada nos tecidos do alvo, a cavitação temporária pulveriza estruturas adjacentes ao caminho da bala, incluindo vasos sanguíneos, nervos, músculos e quaisquer órgãos sólidos que possam estar nas proximidades. Por esse motivo, o projétil de alta velocidade não precisa passar diretamente por uma estrutura do corpo para destruí-lo. Quanto mais alta a energia cinética do projétil, mais longe da cavidade permanente se estende a cavidade temporária.

Abaixo está um vídeo em câmera lenta de Brass Fetcher de um projétil de 5,56x45mm (o mesmo que o M4 dispara) atingindo gelatina balística em câmera lenta. Depois de observar, o médico pode começar a avaliar o dano causado aos tecidos pela onda de pressão da cavitação temporária.


Tendo tido a chance de tratar dezenas de ferimentos de mísseis de alta velocidade ao longo dos meus anos nas forças armadas, eu vi em primeira mão o efeito que vários calibres de fuzil podem ter a várias distâncias, atingindo várias partes do corpo. Naturalmente, há uma infinidade de variáveis que entram em jogo quando alguém leva um tiro, e dois ferimentos por arma de fogo nunca serão iguais. O objetivo deste artigo não é tirar quaisquer conclusões acadêmicas sobre a balística do AK-47 versus o M4, ou discutir os méritos de uma munição sobre a outra, é introduzir os conceitos dos diferentes perfis de ferimento de cavidades permanentes e temporárias usando alguns estudos de caso.

Abaixo estão dois exemplos com os quais estive envolvido que ilustram um pouco de um estudo comparativo de um projétil de AK-47 e outro de M4 atingindo aproximadamente a mesma localização anatômica e aproximadamente do mesmo alcance (nesses casos, 150-200 metros).





Nesta série de fotos você pode ver um ferimento de arma de fogo por M4 particularmente desagradável, com um pequeno ferimento de entrada na nádega direita e um ferimento de saída maciço na parte lateral da coxa direita. A radiografia da última imagem mostra que o projétil atingiu a parte superior do fêmur e demoliu o osso, enviando fragmentos ósseos secundários pelos tecidos e respondendo pela maior parte do ferimento de saída. O dano causado pela onda de pressão da cavidade temporária pode ser apreciado na primeira imagem, com hematomas profundos se estendendo até a nádega e na parte inferior das costas da vítima. Esse hematoma resultou da energia dissipada pelos tecidos pulverizando pequenos vasos sanguíneos em seu caminho (pense no vídeo da gelatina balística para imaginar o que se passou nos tecidos).

O material granular no meio da ferida da coxa visto na radiografia é uma esponja de coagulação avançada (advanced clotting sponge, ACS) QuikClot de geração mais antiga, que foi inserida no ponto da lesão para controle da hemorragia com excelente efeito. Os fragmentos brancos brilhantes no raio-X são pequenos pedaços da bala, que se desintegrou com o impacto no tecido e no osso. Esta é outra característica da munição do M4 que o torna ainda mais desagradável quando se é atingido - a tendência da bala se desintegrar se atingir o tecido a uma velocidade decente.

Apesar de ser uma munição encamisada, por ser menor, mais leve e mais rápida do que um projétil de AK-47, o 5,56 mm tende a guinar mais rápido ao atingir o tecido. As forças de cisalhamento na bala, uma vez que está viajando a 90º através do tecido, muitas vezes dilacera a bala em pedaços, criando vários projéteis menores e aumentando as chances de todas as partes da bala permanecerem no alvo e, portanto, dissipando mais energia. A munição do AK-47, sendo ligeiramente mais pesado e lento do que a munição do M4, tende a permanecer intacta quando atinge o tecido e, embora vá penetrar mais profundamente, tende a permanecer intacta e não guinar até que tenha penetrado muito mais profundamente do aquela do M4.

Aqui está um vídeo do canal The Ammo Channel do projétil de 7,62x39mm do AK-47 sendo disparado em gelatina balística para comparação com o vídeo acima da munição de 5,56x45mm (M4) Embora o vídeo mostre uma munição de ponta macia sendo usada, que teoricamente deveria ser mais destrutiva do que sua contraparte totalmente de metal, o vídeo ainda ilustra muito bem a penetração significativa da munição do AK-47 sem que ele se desvie significativamente ou se desintegre.


Certa vez, vi um bom estudo de caso ilustrando este ponto, em que uma vítima havia sofrido um ferimento de bala de AK-47 na coxa lateral direita e recuperamos a bala intacta de dentro de sua parede abdominal superior esquerda. Ele havia passado por aproximadamente um metro de seus tecidos e rasgado seu intestino delgado, mas o projétil não se fragmentou e a cavitação temporária não causou danos suficientes para ser letal. A vítima exigiu uma laparotomia para remover várias seções do intestino delgado, mas ele teve uma boa recuperação. Essa é uma história para outro dia.

A próxima foto é de um grande amigo meu que foi baleado por um AK-47 de aproximadamente 200 metros enquanto estava bem ao meu lado! Felizmente a bala passou sem problemas e, após uma limpeza cirúrgica da lesão à tarde, ele apareceu pronto para o trabalho no dia seguinte. Eles os criam durões de onde ele vem!



Esta imagem foi tirada alguns dias após o ferimento e o hematoma da cavidade temporária do projétil pode ser visto ao longo do caminho da bala. A ferida de entrada é na parte superior da nádega esquerda, com a saída sendo para baixo na parte superior da coxa esquerda. Apesar de ser uma lesão desagradável, o fato do tiro de AK-47 estava viajando mais devagar do que o de um M4 no mesmo alcance, juntamente com o fato de que o projétil permaneceu intacto e não guinou significativamente ao passar por ele , significava que o ferimento não era nem de longe tão devastador quanto o ferimento de M4 mencionado acima na mesma área. Deve-se notar, entretanto, que a comparação está longe de ser perfeita, visto que a lesão de M4 envolveu o osso, com a imediatamente acima passando apenas pelos tecidos moles.

Então é isso. Todas as coisas sendo iguais, quando tudo estiver dito e feito, eu prefiro levar um tiro de AK-47 do que um de M4 em qualquer dia da semana. Naturalmente, como profissionais de saúde, é sempre importante tratar o ferimento e não o fuzil que o infligiu, e certamente vi alguns ferimentos horrendos de AK-47 ao longo dos anos e alguns relativamente pequenos de M4. Tudo depende. Os principais pontos a levar para casa para socorristas e médicos são: Esteja ciente da magnitude dos danos que podem ser causados pela cavitação temporária resultante de ferimentos de mísseis de alta velocidade, e se você encontrar um ferimento de entrada, não há como dizer onde no corpo o projétil pode ter parado!

Sobre o autor:

Dr. Dan Pronk.

O Dr. Dan Pronk concluiu seus estudos de medicina com uma bolsa de estudos do Exército australiano e serviu a maior parte de sua carreira militar em Unidades de Operações Especiais, incluindo quatro turnês no Afeganistão e mais de 100 missões de combate. O Dr. Pronk recebeu a Comenda por Serviços Distintos (Commendation for Distinguished Service) por sua conduta em ação em sua segunda turnê no Afeganistão.

Durante o seu serviço militar, o Dr. Pronk serviu como ligação médica australiana para o Comité de Assistência a Baixas Táticas em Combate (Committee on Tactical Combat Casualty Care), bem como como representante das Operações Especiais Australianas no Painel de Peritos Médicos das Forças de Operações Especiais da OTAN. O Dr. Pronk tem uma bolsa de estudos com o Royal Australian College of General Practitioners e é instrutor do Royal Australian College of Surgeon's Early Management of Severe Trauma Course. O Dr. Pronk atualmente trabalha como Oficial Médico Sênior no Departamento de Emergência de um hospital regional e atua como Diretor Médico da TacMed Austrália, fornecendo aconselhamento médico tático e treinamento para vários grupos táticos de polícia e outras agências governamentais.

Bibliografia recomendada:

The AK-47:
Kalashnikov-series assault rifles.
Gordon L. Rottman.

The M16.
Gordon L. Rottman.

Leitura recomendada:

domingo, 29 de novembro de 2020

FOTO: Soldado vietnamita com prisioneiro Viet Minh

Um jovem Bawouan, um pára-quedista vietnamita do 3e BVPN (recrutado na região de Hanói) traz um também muito jovem prisioneiro Viet Minh que foi ferido nos combates pelo posto avançado de Banh-Hine-Siu, no Laos, em 9 de janeiro de 1954.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 29 de novembro de 2020.

A foto mostra a juventude das tropas engajadas e também a natureza de guerra civil do conflito na Indochina, em seus 25 anos de duração. Ao mesmo tempo ocorria a épica Batalha de Dien Bien Phu, onde metade da guarnição francesa do camp retranché era indochinesa.

Paraquedistas vietnamitas do 3e BPVN (3ème Bataillon de Parachutistes Viêtnamiens, apelidados "bawouans"), sob o comando do Chef de bataillon Mollo, engajados em pesados combates no Laos, no posto de Banh-Hine-Siu e na vila de Na Pho de 5 a 9 de janeiro de 1954, contra elementos da 325ª Divisão Viet Minh (Daï Doan 325). (Galeria da batalha)

Bibliografia recomendada:



Leitura recomendada: