Soldados da República Tcheca durante um exercício, armados com o novo fuzil padrão CZ Bren 2 com miras ópticas. |
sábado, 2 de janeiro de 2021
FOTO: Soldado tcheco invencível
sexta-feira, 1 de janeiro de 2021
FOTO: Fuzis SKS capturados
Foyer (cantina) da 1ª companhia do 2e RPC na Argélia, adornado com dois fuzis SKS capturados dos egípcios na crise de Suez de 1956. |
Sargento Victor Bellon, morto ao chegar ao solo no salto de 5 de novembro de 1956. Ele usa as asas francesas livres da época do exílio. |
Paras franceses do 2e RPC (Régiment de Parachutistes Coloniaux), que saltaram no Porto Fouad, na região do Porto Said, inspecionam um fuzil SKS capturado dos egípcios, 1956. |
Prisioneiros egípcios capturados pelo 2e RPC no Porto Fouad, novembro de 1956. |
Histoire des Parachutistes Français: La guerre para de 1939 à 1979. Henri Le Mire. |
FOTO: Tiro com MP5
Bibliografia recomendada:
HUMOR: Higiene em banheiros públicos japoneses
Foto de um banheiro público japonês. Tradução: Muito obrigado por manter o banheiro limpo. Caso veja alguém bagunçando, me avise. Eu vou limpá-lo." |
FOTO: Fuzil Lebel capturado no Afeganistão
Um policial de fronteira afegão segura um fuzil francês Lebel Modelo 1886 encontrado em uma gruta durante a Operação Southern Strike II, ocorrida no sul do Afeganistão em 13 de junho de 2012. |
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 1º de janeiro de 2021.
O Lebel Modèle 1886 é o primeiro fuzil moderno com pólvora sem fumaça (Poudre B), e foi usado extensivamente em guerras coloniais e foi o fuzil padrão do Exército francês na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), sendo utilizado por outros atores até mesmo durante a corrente insurgência no Iraque.
O Afeganistão é conhecido por apresentar uma coleção fascinante de armamentos antigos, legados de compras oficiais ou de posse privada. A região também é famosa pelas criações extravagantes em oficinas locais, especialmente na região do Passo de Khyber/Khaibar na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.
Bibliografia recomendada:
VÍDEO: O primeiro fuzil militar moderno, o Lebel Modèle 1886, 6 de outubro de 2020.
FOTO: Comando francês com uma MG34 capturada, 22 de dezembro de 2020.
Como vídeos sobre armas de fogo antigas se tornaram um canal de sucesso no YouTube, 10 de março de 2020.
Armas vietnamitas para a Argélia, 14 de dezembro de 2020.
FOTO: Soldado francês em Scapoli
Em vila na linha de frente, um soldado francês guarda uma via de transporte em Scapoli, na Itália, em 14 de dezembro de 1943. |
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 1º de janeiro de 2021.
Ao lado do soldado há uma placa com a inscrição "Attention - Observatoires Boches" (Atenção - Observatórios Chucrutes) com uma caveira com ossos cruzados. Boche era o apelido pejorativo francês para os alemães, de alboche, uma contração de allemand (alemão) e caboche (cabeça de repolho), em alusão à comida chucrute e para "cabeça dura", teimoso como um alemão. Popularizou-se na Primeira Guerra Mundial e continuou na Segunda.
O soldado tem um misto de equipamentos franceses e americanos. O capacete M26 Adrian francês foi camuflado com tinta, e ele porta o fuzil Springfield M1903, o mesmo usado pela Força Expedicionária Brasileira. O outro fuzil comumente usado pelos franceses nessa época era o Enfield M1917, uma versão americana do fuzil britânico P14 (Pattern 1914 Enfield). Esse fuzil era designado no serviço francês como "Fusil à répétition 7 mm 62 (C. 30) M. 17".
Bibliografia recomendada:
The French Army 1939-45 (1). Ian Sumner e François Vauvillier. |
The French Army 1939-45 (2). Ian Sumner e François Vauvillier. |
FOTO: Prisioneiros alemães na Itália, 26 de março de 2020.
FOTO: Partisans italianas em Castelluccio, 31 de março de 2020.
FOTO: Partisans italianos na Emilia-Romanha, 16 de dezembro de 2020.
FOTO: Cemitério alemão na Itália, 8 de abril de 2020.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
LIVRO: Como a Arábia Saudita destruiu sua rica história cultural
Uma vista aérea mostra a Grande Mesquita e a Torre de Meca em 24 de abril de 2020. (AFP) |
Soldados do Exército Xarifiano (Exército Árabe) durante a Revolta Árabe de 1916-1918, carregando a bandeira da revolta, ao norte de Yanbu, Reino de Hejaz (atual reino da Arábia Saudita). |
Xarife Hussein bin Ali. |
Uma rua que leva à Grande Mesquita é vista na cidade sagrada de Meca durante a peregrinação anual Hajj muçulmana em meio à pandemia de Covid-19, em 30 de julho. (AFP) |
Renovação ocorrendo em 2010 em parte de uma estrutura pensada para ser o Palácio de Salwa, adjacente ao distrito de al-Bujairi. (Rosie Bsheer/ MEE) |
O Desenvolvimento do Projeto de Dotação do Rei Abdul Aziz fotografado em Meca em 2010. (Rosie Bsheer/ MEE) |
Soldados sauditas lutando para entrar no subterrâneo de Qaboo sob a Grande Mesquita de Meca, durante a crise de 1979. |
Bibliografia recomendada:
FOTO: Um Mirage entre dois paredões
Mirage grego passando pelo Canal de Corinto, novembro de 2020. |
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
FOTO: Soldado soviético na Praça Vermelha
Soldado soviético durante uma parada militar na Praça Vermelha, 1940. |
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 30 de dezembro de 2020.
Est soldado do "Exército Vermelho dos Operários e Camponeses" (Raboche-Krest'yanskaya Krasnaya Armiya, RKKA) usa as divisas de um "comandante de pelotão subalterno" (Mladshiy komvzvod), com três triângulos conforme o sistema de 3 de dezembro de 1935, com a palavra "comandante" um legado da Guerra Civil Russa. Este sistema de postos seria substituído em 12 de julho de 1940, com postos mais tradicionais. O posto de Mladshiy komvzvod seria mudado para "sargento-mor" (Starshiy serzhant), com 1 triângulo grande e 2 triângulos pequenos no exército (o NKVD tinha seus próprios postos).
O soldado está usando um capacete de aço M15 Adrian, de fabricação francesa ou soviética, que seria usado em quantidade até ser suplantado pelos modelos soviéticos SSh 36 (Stal'noy shlem 1936/ Capacete de aço 1936), SSh 39 e SSh 40.
Snipers soviéticos com máscaras de gás e capacetes Adrian durante exercícios na década de 1930. O fuzil apresenta o retém da baioneta. |
O soldado é parte de um destacamento sniper, como demonstrado pela sua luneta, e os fuzis do destacamento têm baionetas caladas conforme a tradição soviética para desfiles. Todos os fuzis soviéticos tinham reténs de baioneta, mesmo os fuzis de precisão, por conta da tradição de fé no poder de choque da baioneta.
Nas décadas de 1920 e 30, a União Soviética iniciou um massivo rearmamento e os snipers foram um ponto focal dessa evolução. O exército era deixado à míngua e subfinanciado em favor das forças de segurança internas, como o NKVD (e o OGPU, que foi passado para o NKVD em 1934), que investiu pesadamente em equipamentos e treinamento para atiradores de elite nesse período, com lunetas baseadas nos modelos Zeiss. À partir de 1926 os soviéticos produziram lunetas baseadas nos modelos Zeiss-Jena e Emil Busch. À partir de 1932 os soviéticos produziram a luneta PE, uma versão melhorada do modelo Busch, e com as experiências da Guerra Civil Espanhola foi criado o modelo PEM, a melhor luneta dos snipers soviéticos. De 1932 a 1938, cerca de 54 mil lunetas foram produzidas e entregues ao exército e NKVD, e o culto ao sniper - snayperskaya - foi amplamente promovido nas forças soviéticas - todos mantendo uma baioneta.
Bibliografia recomendada:
FOTO: Sniper com baioneta calada, 9 de dezembro de 2020.
FOTO: Sniper da FORAD no CENZUB, 23 de janeiro de 2020.
FOTO: Sniper separatista na Ucrânia, 16 de maio de 2020.
FOTO: Sniper vietnamita durante a Operação Brochet, 15 de outubro de 2020.
FOTO: Posto sniper na Chechênia, 15 de outubro de 2020.
GALERIA: Snipers no Forças Comando na República Dominicana, 3 de novembro de 2020.
Curdistão sírio: realidade política ou utopia?
Por Guillaume Fourmont, Areion24, 23 de dezembro de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 26 de dezembro de 2020.
Marginalizados pelas autoridades em Damasco desde a independência em 1946, os curdos na Síria viram a revolta popular de 2011 contra Bashar al-Assad (desde 2000) como uma virada de jogo. Inspirados na luta armada de seus "irmãos" na Turquia e na autonomia política daqueles no Iraque, eles se engajam em duas frentes, lutando tanto contra o regime baathista quanto contra a organização do Estado Islâmico (ISIS ou Daesh). Objetivo: criar um corpo político autônomo no norte da Síria, que se tornou uma realidade no terreno com a declaração de autonomia de Rojava ("Curdistão Ocidental") em novembro de 2013, depois a declaração da Federação Democrática do Norte da Síria (FDNS) em março de 2016.
Curdos, mas não somente
É difícil acessar dados sobre a presença curda na Síria. Na verdade, a guerra civil que assola o país desde 2011 torna as estatísticas pouco confiáveis. Em 2012, de um total de 35 milhões de pessoas, os curdos estavam assim distribuídos: 18,1 milhões na Turquia, 7,87 milhões no Irã, 7,16 milhões no Iraque e 1,92 milhão na Síria, os mesmos números em circulação desde então sem muita mudança.
No caso da Síria, o conflito e suas consequências humanas, com o fluxo de refugiados, dificultam ainda mais as estimativas populacionais, principalmente porque o último censo oficial data de 2004. Os curdos se instalaram principalmente no norte do país, nas regiões de Afryn no oeste, Kobane e Tal Abyad no norte, e Hassaké, Qamichli e Al-Malikiyah no leste. No entanto, este território é rico em comunidades, em particular os árabes, distribuídas por toda parte: os turcomanos perto de Azaz, Al-Raai e na costa do Mediterrâneo, ao sul de Kessab, e os assírios em Tal Tamer, envolvendo tantas religiões e idiomas diferentes. No total, cerca de 3 milhões de pessoas vivem neste espaço.
A fronteira turco-síria na guerra. |
No outono de 2018, os curdos não controlavam totalmente este território, especialmente desde a incursão do exército turco em Afryn em janeiro. Através do Partido da União Democrática (PYD), uma organização irmã do Partido dos Trabalhadores do Curdistão Turco (PKK), criado em 2003, e de seu braço armado, as Unidades de Defesa do Povo (YPG), eles impuseram sua autoridade no norte da Síria em 2012, as forças de Bashar al-Assad preferiram se retirar para lutar contra os rebeldes em áreas mais estratégicas e, ao mesmo tempo, criar uma zona tampão entre a Síria e a Turquia. Estamos falando de Rojava, formada pelos cantões de Afryn, Kobane (Eufrates desde 2014) e Djézireh. Sob a liderança dos curdos iraquianos no poder em Erbil, o Conselho Nacional Curdo da Síria (ENKS) foi criado em outubro de 2011, mas foi rapidamente dominado pelo PYD.
Este último anunciou a autonomia da região em novembro de 2013, bem como uma constituição dois meses depois. O texto desta é revelador das intenções políticas curdas: fiel à ideologia do PKK, que se opõe à criação de um Estado-nação curdo no Oriente Médio, indica que Rojava continua sendo uma "parte integrante da Síria ”(artigo 12) na esperança de formar uma federação pós-conflito. Além disso, reconhece a diversidade étnica, religiosa e linguística do Djézireh (artigos 3 e 9).
Essa visão será a chave para o PYD manter sua autoridade sobre as novas administrações, até o nascimento da FDNS. Na verdade, se os curdos permanecem no topo dos órgãos de gestão e governança, eles clamam pela reconciliação, integrando nas várias organizações todas as comunidades, em particular os árabes, anteriormente privilegiados pelo regime baathista em detrimento dos outros.
Combatentes do PYD e PKK seguram um retrato de Abdullah Öcalan. |
Uma ambição política
O PYD obtém essa legitimidade política do seu sacrifício em combate. Já em 2013, grupos armados curdos estavam lutando contra elementos da Al-Qaeda e do ISIS que queriam se estabelecer no norte. Lembraremos a batalha de Kobane: os jihadistas do Daesh marcharam sobre a cidade em outubro de 2014, mas foram repelidos em janeiro de 2015. Localizada no centro geográfico de Rojava, a cidade foi e continua sendo estratégica aos olhos dos curdos para estabelecer seu projeto de autonomia ao longo da fronteira com a Turquia, do outro lado da qual existe, é claro, uma grande população curda, mas onde as forças de Ancara lutam contra o PKK desde 2015. Com essa vitória, o YPG garantiu o apoio do Ocidente, principalmente dos Estados Unidos, e, em outubro de 2015, nasceram as Forças Democráticas da Síria (SDF), que reuniram curdos, árabes e sírios contra um inimigo comum: os jihadistas.
Os atores da guerra na Síria. |
Em seguida, eles se impõe gradativamente em todo o nordeste do país, até Deir ez-Zor e na fronteira com o Iraque, passando por Thaoura e Raqqa. A captura da “capital” do EI em outubro de 2017, após onze meses de combates, marca o fim territorial da organização terrorista, tornando a SDF, e portanto a YPG, grandes aliadas dos americanos. Mas sem eles, os curdos sabem que não poderiam resistir às forças leais à Síria apoiadas pela Rússia e pelo Irã. Este apoio à rebelião também é uma questão importante na coalizão anti-Bashar al-Assad, os Estados Unidos tendo que poupar seu aliado turco, que tem uma visão sombria das nascentes administrações autônomas da FDNS.
Ao estabelecer-se no norte da Síria, o PYD coloca em prática a teoria do confederalismo democrático do líder do PKK, Abdullah Öcalan, preso na Turquia desde 1999. Cada cantão tem conselhos populares eleitos por assembleias de comunas. Cada conselho administra recursos agrícolas e energéticos, finanças, educação, etc. Assim, no final de 2018, havia uma certa paz no norte da Síria, em relação ao resto do país, com a retomada de uma vida “normal”, por exemplo com a abertura de escolas e centros de saúde. No entanto, as difíceis relações entre as SDF e o regime de Damasco, a dependência do primeiro do “guarda-chuva americano” bem como o possível retorno das tensões entre as comunidades nos convidam a fazer a pergunta: por quanto tempo?
Bibliografia recomendada:
O Mundo Muçulmano. Peter Demant. |
Estado Islâmico: Desvendando o exército do terror. Michael Weiss e Hassan Hassan. |
O perigo de abandonar nossos parceiros, 5 de junho de 2020.
Combatentes Femininas Peshmerga: Da Linha de Frente à Linha de Retaguarda, 16 de outubro de 2019.
FOTO: Guerrilheiras assírias no século XX, 18 de setembro de 2020.
VÍDEO: Fuzis Anti-Material curdos Zagros 12,7mm e Şer 14,5mm, 11 de abril de 2020.
GALERIA: Fuzis anti-material Zastava M93 modificados dos curdos peshmerga, 21 de julho de 2020.
COMENTÁRIO: 36 anos depois, a Guerra Irã-Iraque ainda é relevante, 24 de maio de 2020.
Mísseis TOW americanos foram cruciais para destruir blindados russos na Síria, 21 de setembro de 2020.
Ministro da Síria chama Turquia de principal patrocinador do terrorismo na região, 28 de setembro de 2020.
sábado, 26 de dezembro de 2020
Avaliações do Sherman pelos soviéticos
Sherman M4A2 e T-34/85 soviéticos nos alpes austríacos, maio de 1945. |
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 26 de dezembro de 2020.
Sob o sistema de Empréstimo-e-Arrendamento (Lend-Lease), 4.102 tanques médios M4A2 foram enviados para a União Soviética. Destes, 2.007 estavam equipados com o canhão principal original de 75 mm, com 2.095 montando o canhão de 76mm, considerado mais capaz. O número total de tanques Sherman enviados para a URSS representou 18,6% de todos os Shermans exportados pelo programa Lend-Lease. Os primeiros M4A2 Shermans armados de 76mm começaram a chegar à União Soviética no final do verão de 1944. Estes Shermans foram usados na marcha para Berlim e na ofensiva da Manchúria contra os japoneses.
O Exército Vermelho considerou o M4A2 muito menos sujeito a pegar fogo devido à detonação de munição do que o T-34/76, mas o M4A2 tinha uma tendência maior de capotar em acidentes e colisões rodoviárias ou devido a terrenos acidentados devido ao seu centro de gravidade mais alto.
Em 1945, algumas unidades blindadas do Exército Vermelho foram equipadas inteiramente com o Sherman. Essas unidades incluíam o 1º Corpo Mecanizado de Guardas, o 3º Corpo Mecanizado de Guardas e o 9º Corpo Mecanizado de Guardas, entre outros. O Sherman foi amplamente tido em boa consideração e visto de forma positiva por muitas tripulações de tanques soviéticos, com elogios dados à sua confiabilidade, facilidade de manutenção, geralmente bom poder de fogo (referindo-se especialmente à versão do canhão de 76mm) e proteção decente da blindagem, bem como uma unidade de alimentação auxiliar (auxiliary power unit, APU) para manter as baterias do tanque carregadas sem ter que ligar o motor principal, como era exigido no T-34.
M4A2 soviético em Viena, capital da Áustria, 1945. |
Avaliações do Sherman pelos soviéticos
"19 de junho de 1945
Relatório sobre o uso de tanques em combate pela 8ª Brigada Mecanizada de Guardas Molodecheno da Ordem da Bandeira Vermelha na Guerra Patriótica.
Em combate durante 1943, o 44º Regimento de Tanques de Guardas, parte da 8ª Brigada Mecanizada de Guardas Molodecheno da Ordem da Bandeira Vermelha, estava armado com tanques T-34 com canhão de 76mm e tanques T-70 com canhão de 45mm . Mais tarde não utilizou esses tipos de tanques.
Em combate durante 1944-1945, o regimento usou principalmente tanques M4A2 com o canhão de 75mm e parcialmente com o canhão de 76mm.
Como resultado, o resumo da experiência de combate em 1944-1945 incidirá sobre tanques M4A2 estrangeiros.
As principais conclusões da experiência em batalha são:
- Uma das principais desvantagens é que o canhão de 75 mm tem uma penetração baixa devido à baixa velocidade da boca do cano [velocidade inicial].
- Um defeito característico do canhão de 75mm que é comumente encontrado é o travamento do projétil no cano durante o disparo. A metralhadora Browning, entretanto, funciona perfeitamente se for bem cuidada.
- As metralhadoras AAe nos tanques M4A2 são necessárias como uma arma AAe em marcha, mas na batalha, especialmente nas florestas, se prendem nas árvores, são derrubadas da montaria e impedem a mobilidade da tripulação. É necessário remover a metralhadora nos pontos de partida antes da batalha.
- A experiência mostra que é necessário ter 70% de munição HE [alto-explosivo], 20% de munição AP [perfurante] e 10% de munição AP de subcalibre. Esta quantidade é suficiente para combater a infantaria e os tanques inimigos.
- As tripulações dos tanques estão equipadas com a pistola TT [TT-33 Tokarev] como arma pessoal. A experiência mostra que o Nagant é inconveniente de carregar e não tem munição suficiente. Das armas estrangeiras, o Walther é bom: carregamento automático, tiro rápido e quantidade suficiente de munição no carregador o tornam conveniente para disparar de um tanque.
- Os principais dispositivos de observação usados de dentro do tanque em batalha são dispositivos óticos e fendas de observação, que são inconvenientes de usar quando o tanque está em movimento. Para melhorar a observação em tanques domésticos, é necessário ter uma cúpula do comandante com 6 a 8 fendas de visão (como a cúpula do M4A2).
- O principal tipo de indicação de alvo são as balas traçantes e projéteis do canhão, bem como o rádio.
- O alcance de tiro contra carros blindados, tanques e fortalezas enquanto estacionário foi de até 1,5km. Os disparos em movimento foram feitos de até 1km contra a infantaria, tanques e carros blindados.
- O tempo gasto atirando parado ou em paradas curtas depende do ponto de mira e da localização do tanque em relação ao inimigo. Os tanques em geral não devem parar para atirar por mais de um minuto, durante o qual podem ser feitos 4-5 tiros mirados.
- Ao disparar em movimento, a velocidade é normalmente de 6 a 7km/h. A velocidade máxima para disparar em movimento como uma unidade é de 10km/h.
- A cadência prática de tiro do canhão de 76mm é de 7 a 8rpm.
- O tiro da unidade de tanques é dirigido por: 1) Definir objetivos no terreno. 2) Estudo do sistema defensivo do inimigo e seus pontos-fortes pela tripulação. 3) Estudo da melhor maneira de abordar os pontos-fortes do inimigo. 4) Direções de alvos pela infantaria (foguetes sinalizadores disparados em direção ao alvo). 5) Sinais de rádio predeterminados dados durante o ataque.
- Na batalha, o fogo de um pelotão era concentrado. A experiência mostra que isso dá bons resultados. Por exemplo, perto de Zhagare, o pelotão do Tenente da Guarda Mozgovoy, Herói da União Soviética, atirou contra um grupo de 5 carros blindados, 3 dos quais pegaram fogo.
- Para organizar o fogo à noite, é necessário: 1) Estabelecer o alcance possível de tiro. 2) Estudar pontos de referência. 3) Sinalize a direção do tiro com balas traçantes ou sinalizadores.
- O tiro indireto de posições fechadas ou semi-fechadas não era feito, embora este tipo de tiro seja necessário.
- O principal tipo de ajuste é pela observação das explosões das granadas e mudar o ponto de mira.
- Durante a batalha, os tanques dispararam principalmente à queima-roupa (1-2km). Tiros em distâncias adicionais foram executados, mas seus resultados foram insignificantes.
- A experiência mostra que as técnicas mais frequentemente usadas e benéficas em batalha eram disparar em paradas curtas e disparar como uma unidade. Essas técnicas foram comprovadas em batalha.
- Dependendo da natureza da batalha, o gasto de munição por dia difere. As batalhas anteriores mostraram que um inimigo bem entrincheirado precisa de 1,5 a 2,5 cargas de munição por dia. Um inimigo que se entrincheirou com pressa exigirá 1-1,5 cargas. Durante a perseguição, 0,5-1 cargas de munição por dia são necessárias.
- Para melhorar a observação do campo de batalha, é necessário equipar o artilheiro do casco com uma mira óptica ou um periscópio giratório.
- Durante longas marchas na lama da primavera, o elo mais fraco do M4A2 era a embreagem principal. Por exemplo: após uma marcha de 200-250km, 3 tanques quebraram devido à queima da embreagem principal e 4 tanques devido à quebra da carcaça da embreagem principal. Durante uma marcha de 130km em estradas asfaltadas, 2 tanques pararam de funcionar por rompimento das juntas da lagarta.
- Reclamações sobre visibilidade limitada foram feitas durante a batalha (o comandante pode ver apenas para frente). Não é difícil para o municiador manusear munições. A posição da munição dentro do tanque é boa. O disparo em movimento pode ser executado. Normalmente, o tiro é corrigido pela observação de rajadas.
- O fogo mais eficaz é o de paradas curtas a 800 metros ou de emboscada a 100-300 metros. A cadência prática de tiro em um ataque atinge 6-8rpm do canhão e 2-3 RPM do morteiro retro-carregado. Disparar em movimento em tal cadência só tem efeito no moral do inimigo.
- Formas típicas de atirar em uma batalha ofensiva são atirar parado, por trás da cobertura ou em movimento a uma velocidade de 15-20km/h. Disparos em paradas curtas são os mais frequentes.
- O reconhecimento de alvos é feito principalmente por observação, mas freqüentemente o reconhecimento em força é realizado, quando um ou vários tanques atacam e os demais observam e suprimem pontos-fortes que se revelam. Se houver tempo para se preparar, setores de tiro são atribuídos a companhias ou pelotões. Se houver informações precisas sobre a localização dos alvos, cada pelotão ou mesmo cada tanque pode receber alvos específicos. Durante um ataque, os alvos são designados por rádio ou com balas ou granadas traçantes.
- A correção de tiro por rajadas é a mais prática. Um suporte só é possível quando o tanque dispara parado em um alvo estacionário.
- Se o alvo estiver claramente visível, 3-4 tiros ou 2-3 rajadas de metralhadora são suficientes para suprimi-lo. Isso depende do alcance e do alvo: por exemplo, 3-4 tiros não são suficientes ao atirar em um alvo blindado (tanque ou peça de assalto) de 800-1000 metros. Durante o combate na Frente Ocidental perto de Strigino, um tiro direto foi feito no mantelete de uma peça de assalto T-4 de 800-1000 metros. Isso não desativou o alvo. Mais de 7 a 8 tiros foram necessárias para finalmente desativá-lo. Ao disparar em movimento, são necessárias duas vezes mais tiros.
- Quando os tanques estão esperando em emboscada durante a noite ou em condições de má visibilidade, a designação do alvo é realizada em relação às linhas e pontos de referência. A elevação e o ângulo transversal da torre são registrados durante bom tempo. Por exemplo, o alvo nº 1 significa 15 graus de elevação do canhão e 10 graus de travessia da torre. Se o alvo for grande, por exemplo um assentamento (antes de um ataque noturno), o tiro é corrigido usando traçantes.
- Uma desvantagem dos graduados da academia militar é o treinamento insuficiente para atirar em movimento. Soldados e sargentos têm conhecimento insuficiente do seu material.
- As condições da tripulação nos tanques M4A2 são normais. Uma desvantagem é que o comandante fica desconfortavelmente colocado na torre para comandar sua tripulação e unidade. O operador de rádio é forçado a carregar a arma, o comandante da torre deve disparar a arma e o comandante deve observar o campo de batalha e comandar sua tripulação e unidade.
Parte do relatório de 19 de setembro de 1944. |