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segunda-feira, 28 de julho de 2014

ALMAZ-ANTEY BUK M-1/ M-2/ M-3. Mobilidade e eficiência para defesa antiaérea.


FICHA TÉCNICA
Motor:  Foguete de propelente sólido.
Velocidade: (9M38M) 3060 km/h (9M317) 4320 Km/h.
Alcance: (9M38M) 32Km, (9M317) 45Km.
Altitude: 9M38M 22000 m, (9M317) 25000 m
Comprimento: (9M38M) 5,5 m, (9M317) 5,53 m.
Peso: (9M38M) 690 Kg (9M317) 720 kg.

Ogiva: Fragmentada de alto explosivo com 70 kg e detonação por aproximação feita por uma espoleta controlada por radar.
Lançadores: veículo de lançamento 9A310M1, Navio Classe Sovremmenny, e classe Krivak-5.
Guiagem: Radar semi-ativo e possuem um sistema de data link para atualizações, e um radar ativo, que é usado na fase terminal do voo.


DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
No dia 17 de julho de 2014 um avião de passageiros modelo Boeing 777-200ER da Malaysia Airlines sumiu dos radares sob a região de Donetsk, leste ucraniano e em pé de guerra com o governo da Ucrânia pela independência da região. Os destroços do avião e seus 298 passageiros mortos foram encontrados em uma grande área bem espalhados. Tudo indica que o causador da destruição do Boeing foi um moderno míssil antiaéreo Buk M1 lançado por engano pelos separatistas de Donetsk contra o Boeing confundido com uma aeronave de transporte de tropas AN-26 Curl. A partir de agora vamos conhecer melhor a família de mísseis do sistema BUK, protagonista desta tragédia aérea.

Acima: O sistema BUK se tornou famoso depois de protagonizar uma das mais graves tragédias da história da aviação derrubando, por engano uma aeronave civil Boeing 777-200ER sobre o leste ucraniano. Aqui podemos ver um BUK M1 do exército finlandês, igual ao usado na trágica história do Boeing da Maylasia .
Muitos que gostam de ler sobre história das guerras modernas e sobre táticas empregadas, já devem ter encontrado matérias sobre o “estrago” que as defesas antiaéreas da Síria fizeram na força aérea israelense na guerra do Yom Kipur. E os israelenses só foram bem sucedidos, devido ao muito forte esquema de reposição de equipamentos perdidos, feito com a ajuda dos Estados Unidos. A maior estrela desta batalha foi um sistema móvel de mísseis antiaéreos de fabricação russa 2K12 Kub, mais conhecidos como SA-6 “Gainful” pela nomenclatura de identificação usada pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Naquele conflito foi muito difícil tomar medidas para evitar a derrubada dos caças de Israel por esses excelentes mísseis. Ainda hoje algumas nações o usam e, mais recentemente um F-16C norte americano foi abatido por um míssil desses na guerra da Iugoslávia.

Acima: O sistema SA-6 Gainful (2K12 Kub) foi um tremendo sucesso na guerra do Yon Kipur, destruindo muitos aviões de combate de israel. Porém, um sucessor se tornou necessário para poder combater os avanços tecnológicos dos caças depois dessa época.
Porém, o tempo passou e os sistemas de guerra eletrônica foram muito melhorados, tornando possível a diminuição de eficácia deste sistema de armas. A empresa Novator, hoje parte da Almaz Antey, foi chamada a desenvolver um sucessor do SA-6, e o resultado foi o sistema BUK que entrou em serviço em 1980, e o míssil era um KUB-5, derivado do SA-6. Em 1983 entrou em operação a versão BUK-M1, que foi um míssil totalmente novo. O míssil usado pelo BUK-M1 é o 9M38M (SA-11 Gadfly, pela nomenclatura da OTAN) que possui um alcance máximo de 32 Km, se enquadrando na categoria de míssil de médio alcance. Uma bateria do sistema BUK é formado por de uma estação de radar 9S18M1 ("Snow Drift" para a OTAN),  6 veículos de lançamento (9A310M1) com 4 mísseis (9M38M) cada, de 2 a 4 veículos de recarga 9A39M1 sendo que cada um transporta 4 mísseis lançáveis e mais 4 de recarga e 1 veículo de comando e controle (9S470M1).

Acima: Nessa foto podemos ver um veiculo de recarga 9A39M1 com 4 mísseis prontos para lançamento e mais 4 mantidos abaixo do trilho de lançamento. Estes veículos podem fazer o lançamento dos mísseis e recebendo a orientação de guiagem de um radar 9S18M1 Snow Drift como o mostrado na foto abaixo.
Os mísseis 9M38M são guiados por radar semi-ativo (precisam da iluminação do alvo pelo radar do veículo ou de um outro radar de controle de fogo externo) e possuem um sistema de data link para atualizações de curso. A detonação da ogiva se dá por uma espoleta de aproximação, permitindo uma grande capacidade de acerto logo no primeiro lançamento. Posteriormente, uma atualização disponibilizou uma nova versão do míssil para esse sistema. O míssil 9M38M1 que é usado pelo sistema BUK M1-2 não difere, esteticamente, do 9M38, porém tem alcance aumentado para 42 km contra alvos aerodinâmicos (aeronaves) e é capaz de destruir um míssil de cruzeiro a 20 km. O sistema de guiagem é o mesmo que a versão original, ou seja, radar semi ativo.
A versão BUK M2 usa o mesmo veículo lançador do sistema BUK M1, o 9A310M1. Porém o míssil usado é o mais moderno 3M317 (SA-17 Grizzly na nomenclatura da OTAN) guiado por sistema inercial, recebendo atualização por data link no meio do curso e radar semi ativo na fase final do ataque. O alcance deste míssil chega a 45 km contra uma aeronave e 20 km contra mísseis de cruzeiro ou mísseis balísticos.

Acima: O veículo lançador acima é o do sistema BUK M1-2, capaz de operar o míssil 3M317, mais capaz que o míssil 3M38M da versão inicial do BUK.
O veículo lançador modelo 9A310M1 é baseado no chassis GM-569, já usado em outros sistemas russos como o TOR Missile System, de curto alcance e confere uma grande flexibilidade tática que o comandante do campo de batalha pode usar para posicionar suas baterias antiaéreas no momento e lugar que melhor lhe convier. Cada veículo do BUK M1 e do BUK M1-2 está equipado com seu próprio radar 9S35M1 Fire Dome cujo alcance chega a 32 km e com capacidade de detectar alvos a uma altitude de até 22000 metros. Mesmo assim, a bateria tipica que usa o sistema BUK é composta por sistema de radar móvel 9S18M1 (Snow Drift pela OTAN) que faz a detecção e designação dos alvos para toda a bateria. Este radar tem alcance máximo contra alvos de grande porte (uma aeronave de carga, por exemplo), de 160 km e está equipado com um sistema IFF (identificação amigo/ Inimigo) sendo que o alvo pode estar voando a uma altitude de até 25000 metros. 
Cada radar 9S18M1 pode controlar até 6 veículos lançadores simultaneamente. É interessante notar aqui, que o BUK M1 pode engajar, simultaneamente até 6 avos, usando o míssil 9M38, enquanto que o BUK M2, usando o míssil 3M317, pode engajar até 24 alvos simultaneamente com seu moderno radar NIIP 9S36 do tipo PESA (varredura eletrônica Passiva) cujo alcance contra um alvo do tamanho de um caça chega a 100 km, dando a uma bateria do sistema BUK M2, capacidade de enfrentar ataques de saturação relativamente intensos.  

Acima: Nessa foto podemos ver um BUK M2. Percebam que o radar do sistema é bastante diferente do BUK M1, sendo mais compacto e de antena plana, uma característica tipica de radares de varredura eletrônica.
Existe uma versão para exportação chamada BUK M2E que usa uma veículo sobre rodas com tração 6X6 modelo MZKT-6922. O radar usado no veículo deste sistema é o mesmo do sistema BUK M2 padrão, ou seja, o modelo 9S36. O BUK M2E é fornecido com o míssil 3M317 e é a versão utilizada pela nossa vizinha Venezuela, que junto com outros 13 países, engrossam o numero de clientes deste extremamente bem sucedido sistema de defesa antiaérea. 
O sistema BUK pode ser usado em navios de guerra para defesa de área.  Para tanto existe dois mísseis desenvolvidos para esta função, sendo eles o SA-N-7 Gadfly, que é operado pelo sistema naval Uragan e pelo sistema Ezh, e o míssil SA-N-12 Grizzly que é operado pelo sistema Shtil e pelo novo sistema Smerch. O SA-N-7 é um míssil 9M38 navalizado e o SA-N-12 Grizzly é um míssil 3M317 navalizado. O alcance desta versão é de 32 km contra uma aeronave e seu sistema de guiagem é o mesmo, radar semi ativo das outras versões.
Acima: O sistema Shtil, de lançamento vertical para a versão naval do BUK dá uma flexibilidade de emprego importante para este moderno sistema de defesa antiaérea. Muitas modernas fragatas russas, chinesas e da marinha da Índia, estão sendo equipados com este armamento.
O sistema BUK continua em desenvolvimento. Em 2016 está previsto a entrada em serviço da ultima versão, chamada de BUK M3 que será recheado de muitos novos componentes eletrônicos, sendo que o radar, porém, será o mesmo do BUK M2. O míssil do sistema está montado em tubos, diferentemente dos modelos M1 e M2 cujos mísseis ficavam expostos. O míssil será o 9M317ME  do sistema Shtil naval, lançado de silos verticais, porém, no caso do BUK M3, os mísseis não serão lançados verticalmente O sistema BUK M3 terá 6 mísseis por veículo, ao invés de 4 como nos modelos atuais.
Acima: A ultima versão do sistema BUK é a versão M3 que deve entrar em serviço por volta de 2016 e dará maior poder de fogo para este sistema.
O sistema BUK de defesa antiaérea representa um dos melhores sistemas do tipo para médio alcance do mercado. Com 14 nações usando o sistema, e com boas chances de aumentar essa carteira de clientes, o sistema BUK continuará a ser parte integrante da defesa antiaérea do campo de batalha moderno por décadas ainda. O Brasil, em especial, com seu esforço de modernização de suas forças armadas, está estreitando seus laços co os russos, justamente no segmento de defesa antiaérea e deveria aproveitar esse relacionamento para estudar com carinho o sistema BUK, pois considero ele ideal para nosso teatro de operações. 

Acima: Um míssil 9M38M é lançado de seu lançador BUK M1. 

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O SISTEMA BUK EM AÇÃO.

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quarta-feira, 11 de junho de 2014

FAMÍLIA S-300 GRAMBLE E S-400 TRIUMF. A parede antiaérea russa


FICHA TÉCNICA (S-300 Grumble e S-300V)
Motor: Propelente sólido de estágio único.
Velocidade: 7200 Km/h.
Alcance: (5V55K) 47Km, (5V55R) 90Km, (48N6E2) 95 Km, (9M83M) 200 Km.
Altitude: 10000 a 27000 metros dependendo do míssil usado.
Comprimento:  (5V55K) 7 m, (5V55R) 7 m, (48N6E2) 7,5m, (9M83M) 9 m
Peso: (5V55K) 1450 kg, (5V55R) 1450 kg, (48N6E2) 1800kg, (9M83M) 2100 kg.
Ogiva: 150 kg de alto explosivo
Lançadores: Caminhão MAZ-7910, Navio Classe Kirov, Veículo sobre lagartas MT-T.
Guiagem: Comando de radio (5V55K) e guiagem semi ativa para todos os outros modelos de mísseis do sistema S-300.


FICHA TÉCNICA (S-400 Triumf)

Motor: Propelente sólido de estágio único.
Velocidade:  9M96E1: 3240 km/h,  9M96E2: 3600 km/h, 40N6: 8600 Km/h.
Alcance: 9M96E1: 40 km; 9M96E2: 120 km, 40N6: 400 Km.
Altitude: 9M96E1: 20000 m; 9M96E2: 30000 m, 40N6: 30000 m.
Comprimento: 9M96E1: 4,75 m; 9M96E2: 5,65m, 40N6: 9 m.
Peso: 9M96E1: 333kg; 9M96E2: 420, 40N6: 2000 kg.
Ogiva: 24 kg de alto explosivo..
Lançadores: caminhão MAZ-7930,  Tanque type 80.
Guiagem: Ativa em todos os modelos de mísseis deste sistema.


DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
O sistema de mísseis antiaéreos S-300 (SA-10 Grumble na nomenclatura da OTAN)), foi desenvolvido pela empresa Almaz Scientific Production Association para destruir aviões, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, seguindo uma necessidade do governo da extinta União Soviética, no final da década de 1960. O S-300 que também é conhecido com a designação SA-10 Grumble, na classificação da OTAN, sofreu muitas modificações através do tempo desde sua entrada em serviço, no início da década de 1980. Uma marca registrada deste excelente sistema é o tamanho descomunal de seus lançadores, instalados em viaturas sobre rodas como o sistema PMU, ou sobre lagartas, no caso do sistema S-300V. Atualmente, o S-300 representa um dos melhores sistemas de defesa antiaérea do mundo, e foram exportados para a China, Índia, Chipre, Irã, Venezuela e Grécia. O fabricante alega que o sistema tem grande capacidade de atacar alvos stealth, devido ao radar de alta freqüência usado pelo sistema

Acima: O descomunal tamanho do sistema S-300 poderia sugerir a uma pessoa desavisada tratar-se de um míssil balístico de curto alcance.
O sistema S-300 diferentemente de seus concorrentes ocidentais possui uma grande variedade de mísseis que foram sendo incorporados ao sistema no decorrer de seu continuo desenvolvimento. O S-300P, a primeira versão a entrar em serviço em 1978, usava um míssil 5V55K cujo alcance era de 47 km e com guiagem feita por comando de rádio, sendo que o sistema estava montado num veículo MAS-7910, e tinha como controle do fogo um radar 36D6  “Big Bird” com alcance na casa dos 165 Km.
Junto com essa versão foi desenvolvida uma versão naval deste míssil conhecida por S-300F, ou SA-N-6 pela codificação da OTAN. Esta versão possui um alcance de 90 Km e foi instalada nos grandes cruzadores de batalha da classe Kirov. Esta versão pode atacar 6 alvos simultaneamente o que a tornou o primeiro sistema antiaéreo multialvos desenvolvido pela Rússia. O sistema de controle de tiro é proporcionado por um radar de varredura eletrônica “Top Dome”, que possui um alcance de 100 km. O radar de aquisição é o “Top Steer” com 300 km de alcance.
De lá para cá muita coisa mudou e mais 4 modelos de mísseis foram sendo integrados de forma que a versão antiaérea mais sofisticada deste sistema, conhecido como S-300 PMU2 (SA-20 Favorit pela OTAN), usa o míssil 48N6E2, cujo alcance chega a 195 km contra um alvo voando a 27000 metros de altitude, sendo guiado guiado por TVM (Track Via Missile) que é uma forma de guiagem que se usa um radar semiativo (o alvo é iluminado pelo radar do sistema S-300) e o míssil segue essa orientação recebendo ainda, correção por comando de radio. No sistema S-300PMU-2 o radar usado é o “Tom Stone” cujo alcance de engajamento é 300 km.

Acima: O lançamento vertical de um míssil do sistema S-300 garante uma vantagem importante do sistema por ter flexibilidade de cobertura de 360º envolta do sitio de lançamento.
Essa extensa e extremamente bem sucedida família de mísseis antiaéreos teve uma versão desenvolvida com maior foco na capacidade antimísseis balísticos táticos (ATBM) sem, com isso, perder sua original capacidade de destruir aeronaves e mísseis de cruzeiro. Essa versão é conhecida como S-300V (SA-12 Gladiator pela OTAN). Diferentemente do S-300P, esta versão é transportada por um veículo sobre lagartas MT-T que permite transportar, designar o alvo (ele tem um radar próprio), e lançar os misseis. Essa flexibilidade garante maior mobilidade que os S-300P. Há duas variantes do S-300V. Uma está armada com dois enormes mísseis 9M82 (SA-12B Giant), especializados em interceptar mísseis balísticos inimigos. Esses mísseis tem alcance de 100 km e é capaz de interceptar um míssil inimigo a uma altitude de 30000 metros. A outra variante usa o míssil 9M83 (SA-12 A Gladiator) de menores dimensões e que pode ser transportado em numero de 4 por veículo. Este míssil tem capacidade de interceptar mísseis balísticos e aeronaves a uma distancia de 75 km a uma altitude de 25000 metros. Em ambas as variantes, o veículo MT-T usa um radar de controle de fogo 9S32 Grill Pan e o radar 9S15 Bill Board de busca que tem alcance de 314 km contra um alvo do tamanho de um caça voando alto. Porém, na variante armada com misseis antibalístico, há um sensor a mais. O radar HIGH SCREEN que presta apoio na varredura contra mísseis balísticos. Também é comum nas duas variantes, o sistema de guiagem dos mísseis se dá por radar semiativo, controlado pelo radar Grill Pan.

Acima: Esteticamente a maior diferença entre o S-300V (foto) e os modelos anteriores, é seus veículo sobre lagartas MT-T, porém a mobilidade e flexibilidade de emprego dá uma boa vantagem desta versão.
Uma versão modernizada do S-300V, é conhecida como S-300VM ou Antey 2500 e possui novos sistemas de radares 9S15M2, 9S15MV2E e 9S32ME. Este radar permite ao sistema engajar até 24 aeronaves simultaneamente. Os mísseis deste sistema são as novas versões dos mísseis do S-300V como 9M82ME com alcance de 200 km e altitude de 30000 metros, desempenho também repetido pelo seu míssil irmão 9M83ME, ambos guiados por radar semiativo, porém com a fase final sendo orientada por um sensor térmico. A Venezuela adquiriu este modelo, especificamente. A ultima versão do sistema S-300 a entrar em produção é chamada S-300V4, porém ainda há muito pouco informação sobre detalhes de seus sistemas.

Acima: Nessa foto podemos ver dois exemplares do sistema S-300VM, ultima versão do sistema Antey 2500. Nossos vizinhos venezuelanos adquiriram esse veículo para compor o que pode-se considerar a mais poderosa rede de defesa antiaérea de todo o continente.
O míssil S-400 é a evolução desta espetacular família de sistemas antiaéreos. A designação da OTAN para este novo sistema é SA-21 Growler. Originalmente o sistema era chamado de S-300PMU3, porem, devido a ser uma evolução muito grande, sobre o S-300, o sistema passou a ser designado de S-400 Triunf. A grande diferença, e por que não dizer também, “vantagem” do sistema S-400 é que ele tem uma maior flexibilidade de emprego de forma a poder executar o conceito de defesa em camadas sozinho, pois ele usa 3 tipos de mísseis sendo um de médio alcance, um de longo alcance e um de ultra longo alcance, podendo ser usado eficazmente contra mísseis balísticos de médico alcance e aeronaves furtivas como o F-22, segundo o seu fabricante.
Os mísseis usados pelo sistema S-400 são o 9M96E1, de médio alcance, podendo atacar alvos a distancias de até 40 km a altitude de 20000 metros; o míssil 9M96E2 de longo alcance, com capacidade de destruir seu alvo a 120 km a altitude de 30000 metros; e por fim, o míssil 40N6 de alcance extra longo, capaz de acertar seu alvo a 400 km de distancia e a altitude de 30000 metros. O radar de usado para a bateria S-400 é do tipo tridimensional, modelo 91N6E e é montado em uma viatura separada. Uma característica muito interessante sobre o S-400 é que seus tubos lançadores de mísseis podem ser carregados com modelos distintos de mísseis para se adaptar melhor a cada situação, diferentemente dos modelos S-300 que eram equipados com um dos tipos de mísseis disponibilizados. O míssil de médio alcance 9M96E1, por ser bastante compacto, pode ser transportado em numero de 4 em um só tubo, somando 16 mísseis se os 4 tubos de lançamento estiverem armado com ele. Porém pode ser misturar os mísseis num só caminhão.

Acima: O sistema S-400 tem a flexibilidade de emprego em um só veículo que só teríamos com todas as versões do S-300.
Como visto, o sistema S-300, assim como o modelo que representa a sua evolução natural. o S-400, podem ser classificados, sem nenhuma duvida, entre os 3 melhores sistemas de defesa antiaérea do mundo hoje.A evolução do S-300 levou a um sistema completo capaz de defesa de camadas, dando um poderoso instrumento dissuasório a uma força aérea inimiga. É interessante notar que os russos costumam informar sobre a probabilidade de acerto dos seus mísseis e os do sistema S-300 sempre ficam no patamar dos 80 ou 90 % para os mísseis desta família quando considerados alvos aerodinâmicos como aeronaves. Logicamente que essa taxa de acerto cai quando o alvo é um míssil, porém ainda fica na excelente marca dos 70% logo no primeiro lançamento. Outro ponto característico importante da família S-300 e S-400, é que em todas os mísseis são lançados verticalmente não tendo, assim, uma restrição de engajamento por quadrante, como no sistema MIM-104 Patriot norte americano que e direcionado para um lado específico.
Não é de se admirar que os Estados Unidos tenham feita tanta pressão sobre os russos para não fornecer uma das versões do S-300 ao Irã, pois isso dificultaria muito uma ação militar contra o programa nuclear iraniano.

ABAIXO PODEMOS ASSISTIR A UM VÍDEO COM O S-300 EM AÇÃO.

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