sábado, 25 de abril de 2015

MATÉRIA SOBRE DESARMAMENTO DA REVISTA ÉPOCA - meu ponto de vista sobre a matéria.


Hoje eu comprei a revista Época por causa de seu artigo principal (de capa) sobre o tema desarmamento. Por se tratar de um veículo impresso da Editora Globo, eu já esperava uma matéria tendenciosa a favor do banditismo e com comentários imbecis a favor da “paz”. Bingo!!!!! Eu não estava errado. Realmente a matéria apresenta um texto igualzinho aos lixos que esta mesma editora apresentava antes do estatuto do desarmamento em que expõe diversas mentiras sobre a realidade do mundo das armas e seu uso legítimo em defesa pessoal. 

A matéria apresenta um texto defendendo a anulação do desarmamento, essa de autoria do professor de filosofia Denis Rosenfield da Universidade Federal, e que fez uma defesa de nosso ponto de vista de forma clara, com dados de credibilidade e com argumentos indestrutíveis. Já pelo lado do não, um texto a favor do desarmamento total da população civil foi escrito pelo atual secretário de segurança do Estado do Rio de Janeiro, o senhor José Mariano Beltrame. Os argumentos deste senhor são fracos e focam em detalhes como “diminuição do numero de disparos” e não na verdadeira causa da violência que é justamente o acesso a armas ilegais. Alias ele até comenta sobre o problema da facilidade de aquisição de armas ilegais, mas faz esse comentário desvirtuando o assunto que são as armas legais. Os comentários dele me levam a pensar (não estou acusando ele de nada, apenas conjecturando) que ele, de alguma forma, se beneficia da ação de bandidos como traficantes e milicianos para tomar medidas como a retirada de fuzis de assalto de batalhões da PM na zona sul da cidade (o que do meu ponto de vista é uma loucura, uma irresponsabilidade total e quem sabe, até um ato de má fé mesmo). O argumento maior, que eu senti no texto dele, diz que ele pretende defender a vida por ser o “bem maior” das pessoas, o que me pareceu que ele iguala, também de forma irresponsável, a vida do bandido com a de suas vitimas. O fato de que ele está a 8 anos no cargo, para mim não quer dizer absolutamente nada uma vez que a situação do Rio não melhorou nada e não é o povo que vota nele para estar ali, e sim o fato de ele ter “amigos importantes e influentes” que o colocaram nesse cargo. 
Por fim, a revista manifestou ao fim da matéria sua posição, baseada em “estudos” (feitos onde e com quais fontes de pesquisas????). e com mentiras imbecis, que apenas aumentam o grau de descrédito que a publicação tem entre as pessoas que, de fato, detém conhecimento sobre qualquer assunto. É evidente que este não é o único assunto que a revista Época escreve e publica asneiras, inverdade, e imbecilidades. Mas apenas mais um dos tantos. Só o fato de não terem convidado o professor Bene Barbosa, maior autoridade nacional no assunto, e terem consultados dados da ONG “Instituto Sou da Paz”, sempre viciada, já deixa claro a malícia da matéria escrita de forma parcial e fora dos padrões de isenção que qualquer matéria jornalística precisa ter por princípio.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

COLT M-45A1 CQBP. A prova da imortalidade de um bom projeto.


FICHA TÉCNICA
Calibre: 45 ACP.
Peso: 1270 gramas.
Capacidade: 7 + 1 tiros..
Comprimento do cano: 5 pol.
Comprimento total: 2159 mm.
Gatilho: Ação simples.
Sistema de operação: Recuo curto.
Mira: Fixa com sistema tridot.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
O mundo das armas de fogo tem uma característica muito interessante que é a longevidade de alguns projetos de armamentos que não se aposentam simplesmente pela sua excepcional confiabilidade, precisão e eficácia. Muitos são os exemplos disso. Temos o fuzil AK-47, projetado no fim de 1945 e que está em operação até os dias de hoje, 70 anos depois, em várias configurações, sendo algumas delas bem similares a versão original e outras mais modernas agregando modificações que a modernidade e conhecimento adquirido em campos de batalha do século XX trouxe. Existem outros exemplos parecidos com este que citei do fuzil russo. Porém, o foco desta matéria é apresentar  um dos casos de maior longevidade nesse segmento: A mais moderna versão da centenária pistola Colt M-1911 projetada pelo gênio da engenharia bélica John Moses Browning em 1907 para preencher os requisitos de uma pistola em calibre 45  (11,43 mm) para substituir os revolveres calibre 38 em uso pelo exército dos Estados Unidos e que havia demonstrado uma fraca capacidade de "parar" os inimigos durante a campanha contra os Moros nas Filipinas. O resultado dos estudos foi o  desenvolvimento do, hoje, consagrado calibre 45 ACP (Automatic Colt Pistol). Depois de testes com armas de vários fabricantes, a empresa Colt, com o projeto de John M Browning venceu, por unanimidade em 1911, o que levou a adoção do nome Modelo 1911 ou simplesmente M-1911. A arma lutou em praticamente todas as guerras e conflitos do século XX e nesse começo do século XXI.  Está claro que com a recente adoção (em 2010) pelo USMC (Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos) de um modelo derivado da M-1911, altamente aperfeiçoado pela Colt, chamado de M-1070CQBP, e batizado, dentro do USMC como M-45A1 CQBP, permitirá que esse projeto siga por muito tempo ainda em serviço operacional.

Acima: Acima temos um exemplar das primeiras pistolas Colt M1911 do exército dos estados Unidos. Comparem com a nova Colt M45A1 mostrada na foto a baixo.

A nova pistola dos fuzileiros navais americanos recebeu uma encomenda inicial de 4036 exemplares, mas com novas encomendas a serem feitas no decorrer do processo de reequipamento da tropa. A Colt venceu uma concorrência onde a Springfield Armory e a não tão famosa Karl Lippard Designs também apresentaram propostas. O modelo Colt M-45A1 apresenta uma série de modificações como a incorporação de um trilho padrão picatinny abaixo da armação, por sua vez produzida em aço inoxidável, que facilita a instalação de acessórios como lanternas e apontadores laser. O gatilho teve sua dimensão aumentada o que dá melhor conforto para o disparo e ele foi produzido em alumínio. O sistema de mira adotado é fixa, e zerada de fábrica, apresentando 3 pontos luminescentes de tritium da marca Novak, um líder na concepção desse tipo de mira.

Acima: A M-45A1 traz o que existe de melhor em uma pistola de combate. O trilho picatinny está bem visível nessa foto, a frente do guarda mato, o que, junto com o acabamento fosco representa as características marcantes desta nova versão da M-1911.
O sistema de funcionamento permanece o mesmo confiável sistema de recuo curto com ação simples do gatilho, que garante boa eficiência de funcionamento a arma e o carregador monofilar foi mantido (mesmo existindo versões com carregadores bifilares) o que embora proporcione maior poder de fogo, limita o conforto da "pega" comprometendo a ergonomia, para pessoas com mãos de média e pequenas dimensões. As talas na empunhadura são de borracha e pouco mais espeças que as M-1911 que também torna a ergonomia melhor. O carregador tem a capacidade original das M-1911, ou seja de 7 munições, o que, somado à munição que vai na câmara, totaliza 8 tiros de capacidade da M-45A1. É interessante observar nesse ponto que o carregador da M-45A1 não é fabricado pela Colt, mas sim por uma empresa que, normalmente, é concorrente deles no mercado, a Wilson Combat. A cor de deserto fosca apresentada da M-45A foi requisitada pelo comando dos fuzileiros navais (USMC) o que acabou se tornando uma das características mais marcantes dessa ultima versão militar da velha guerreira da Colt. 

Acima: A desmontagem de primeiro escalão é exatamente a mesma da família M1911,que pode ser considerada relativamente fácil de ser feita para limpeza e lubrificação.
A pistola M-45A1 é apenas mais uma prova de quanto pode ser longa a carreira ativa de uma arma de fogo bem projetada, precisa e eficaz. Com a incorporação de novas soluções táticas como o trilho de acessórios, acabamento fosco e produzida em aço inoxidável com acebamento fosco, para evitar reflexo, a ultima variante desta pistola de projeto de inicio de século passado, se manterá em serviço militar, policial 
e no mercado de defesa civil nos países democráticos por muitas décadas com certeza. Sua capacidade do carregador, pode, dependendo de ponto de vista pessoal de cada um, ser considerado uma desvantagem, porém, isso pode ser resolvido com treinamento para melhorar a precisão do operador para que este não desperdice tiros em situação de combate.

Acima: Uma das maiores qualidades da Colt M45A1 é sua precisão nata. A foto mostra um tipico resultado de tiro sobre tiro, conseguido por um atirador treinado somado as características da arma.


Acima: Um fuzileiro treina com sua M-45A1. O modelo M-1911 é muito apreciado pelos fuzileiros devido a sua confiabilidade, poder de parada e precisão.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM UMA DEMONSTRAÇÃO DA M-45A1.

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PISTOLA COLT M-45A1 - Atualização Full Metal Jacket


Olá amigos.
A pistola de M-1911 continua forte e firma no mercado civil e militar. A ultima versão da velha guerreira, a Colt M-45A1 está equipando as tropas dos Marines americanos desde 2010 e deverá se manter por décadas em serviço ainda. Para conhecer melhor esta nova versão da M-1911 entre em: http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2015/04/colt-m-45a1-cqbp-prova-da-imortalidade.html
Abraços

quinta-feira, 16 de abril de 2015

SUBMETRALHADORA HK UMP - Atualização Full Metal Jacket


Olá amigos. 
A submetralhadora HK UMP é o foco da matéria desta semana no blog Full Metal jacket. Trata-se de uma moderna submetralhadora para uso tático policial que tem objetivo dar uma alternativa eficiente e de custo menor que a consagrada MP-5.
Abraços

sexta-feira, 10 de abril de 2015

EUROSAM SAMP/T. Nascido no mar e e operando em terra.


FICHA TÉCNICA
Motor: Propelente sólido de dois estágios.
Velocidade: Mach 4,5 (5411 km/h).
Alcance: 100 Km.
Altitude: 20 km.

Comprimento: 4,9 m.
Peso: 450 kg.

Ogiva:  fragmentação direcionada com detonação por proximidade ou contato direto.
Lançadores: Caminhão renault Kerax 8X4 ou Astra 8X8.
Guiagem: Guiagem inercial com radar ativo na fase final do engajamento.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S Junior
O WARFARE blog tem apresentado algumas matérias tratando de navios de guerra e em sua descrição é comum observar, principalmente nos navios de origem europeia um armamento comum: O moderno e eficiente míssil Aster15/ 30, sendo o modelo Aster 30, de médio alcance. Graças a modularidade do seu sistema e a suas dimensões compactas, o míssil Aster pode ser empregado em um sistema baseado em terra para proporcionar uma elevada capacidade de defesa antiaérea para pontos estratégicos que são de elevado valor para um inimigo, como fábricas, usinas elétricas, bases aéreas, etc.
Nasce aqui o sistema SAMP/T (sol-air moyenne portée terrestre) ou "míssil Superfície Ar de Médio Alcance baseado em Terra" projetado no início dos anos 90 pela Eurosam, uma joint veture entre a poderosa fabricante de mísseis MBDA e a Thales da França, e entrando em operação na força aérea francesa em 2010 e no exército italiano em 2014.

Acima: O sistema de lançamento de mísseis SAMP/T é baseado no moderno e eficiente míssil Aster 30, bem conhecido por seu uso em sistemas de defesa antiaérea navais.
Como mencionado antes, a modularidade do sistema agrega uma vantagem significativa dando a cada cliente a possibilidade de usar alguns sistemas próprios para emprego do SAMP/T. No caso da França, principal operador terrestre, foi usado um caminhão Renault Kerax com tração 8x4 para transportar os contêineres lançadores dos mísseis Aster 30. estes caminhões de 4 eixos são propulsados por um motor de 6 cilindros DXi-11 a diesel que fornece 460 hp de potência e consegue atingir 120 km/h em estrada. Cada caminhão dispõe de 8 mísseis Aster 30 para pronto emprego e o lançamento se dá de com a posição vertical garantindo a cobertura contra alvos a 360º em volta do lançador. Os italianos usam outro caminhão, como veículo deste sistema. No caso, eles usam um Astra 8X8.
Acima: O lançamento do Aster 30 feito de uma viatura renault Kerax da força aérea francesa. O Astra 30 é propulsado por um motor de dois estágios que lhe permite uma aceleração extremamente rápida.
O míssil Aster 30 tem alcance de 100 km contra aeronaves voando em alta altitude e pode engajar um alvo a uma altitude máxima de 20 km. Este míssil  transporta uma ogiva de fragmentação a uma velocidade de mach 4,5 que corresponde a 5411 km/h, ou seja, bem superior a qualquer aeronave conhecida. O míssil é capaz suportar cargas  de 60 Gs. Seu sistema de guiagem se dá por um sistema inercial e recebe atualizações de posicionamento do alvo através de transmissões de datalink feitas pelo radar de controle de tiro Arabel e quando o míssil chega a fase terminal do engajamento, ele liga seu próprio radar ativo para atingir o alvo.
Acima: O veículo de recarga da bateria do sistema SAMP/T, usado para recarregar o veículo lançador de forma rápida.
O sistema de controle de fogo é fornecido pelo radar francês multi-função Thales Arabel, do tipo AESA (escaneamento eletrônico ativo) que opera tridimensionalmente. Este radar pode rastrear até 100 alvos simultaneamente a uma distancia de até 148 km (alvos de grandes dimensões), podendo, ainda, engajar até 10 alvos simultaneamente. O Arabel  foi projetado para operar em pesados ambientes de interferência eletrônica sem comprometer seu desempenho. O radar é transportado em um caminhão do mesmo tipo do que é usado para lançar os mísseis, no caso francês, o Renault Kerax descrito no começo deste artigo.
É interessante observar que o sistema SAMP/T é qualificado para destruir não só aeronaves, mas também mísseis balísticos de médio alcance, aeronaves sem piloto e mísseis de cruzeiro.

Acima: O radar de controle de fogo Arabel, fornecido pela Thales é transportado pelo mesmo caminha Kerax usado no lançador.
O sistema SAMP/T é um sistema de defesa antiaérea bastante confiável e com um só concorrente ocidental, quer é a versão PAC-2 do Patriot de fabricação norte americana, e que, mesmo assim, está em desvantagem frente ao SAMP/T, devido a sua incapacidade de engajamento em qualquer direção que o sistema europeu tem. Além disso, é um sistema de alcance pouco menor. O custo desse tipo de sistema, invariavelmente, é alto, e não podia haver uma exceção em se tratando de um equipamento no estado da arte de origem europeia, que embora seja de excelente qualidade, não costuma sair barato. Admito porém, que esse aspecto é uma conjectura minha uma vez que não consegui encontrar os custos envolvidos na aquisição do sistema. Atualmente, o SAMP/T é usado pela França, Itália e Cingapura.
Acima: O posto do comando do sistema SAMP/T é transportado em um veículo a parte, e de lá todo o sistema é controlado em sua missão. Abaixo temos uma foto do veículo de comando visto de fora.


ABAIXO PODEMOS ASSISTIR A UM VÍDEO COM DISPAROS DO SISTEMA SAMP/T.

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