quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

LUTO NO UNIVERSO DAS ARMAS DE FOGO - MORRE GASTON GLOCK

Hoje faleceu Gaston Glock, o gênio fundador da empresa Glock, uma das mais bem sucedidas empresas no segmento de armas de fogo de todos os tempos. O senhor Glock estava com 94 anos de idade.




sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

ÍNDICE DE ARMAMENTOS TERRESTRES - WARFARE BLOG



IVECO/ OTO MELARA C-1 ARIETE. O peso pesado da cavalaria italiana


Ariete C-1
FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 65 km/h
Alcance máximo: 570 km.
Motor: Um motor diesel Iveco MTCA V-12 turbo alimentado com 1300 Hp de potência.
Peso: 54 Toneladas.
Comprimento: 9,52 m.
Largura: 3,60 m.
Altura: 2,45 m.
Tripulação: 4 tripulantes.
Inclinação frontal: 60º.
Inclinação lateral: 30º.
Passagem de vau: 1,20 m (sem preparação); Com preparação, 4 m.
Obstáculo vertical: 0,9 m.
Armamento: Um canhão Oto Breda L-44 de 120 mm, duas metralhadoras cal 7,62x51 mm, e oito granadas lançadoras de fumaça.

DESCRIÇÃO
Por Carlos Junior
O exercito italiano é um dos poucos exércitos do mundo que pode se orgulhar de operar um carro de combate MBT de fabricação nacional cuja qualidade é respeitada em qualquer ponto do planeta. O veículo em questão é o Iveco/ Oto Melara C-1 Ariete que entrou em serviço em 1995, substituindo antigos tanques norte americanos M-60A1, e trouxe para o exercito italiano um blindado que pode ser comparado aos melhores carros de combate da atualidade. Ao todo foram produzidas 200 unidades desse moderno tanque. 
Ariete C-1 durante exercícios de combate.

O Aríete está protegido com uma blindagem composta cujas especificações são segredo de Estado, porém existe uma forte desconfiança de que a blindagem seja do tipo Chobham, extremamente resistente, principalmente contra granadas com ogivas do tipo carga moldada, granada de alto explosivo (HEAT) e projéteis perfurantes (energia cinética). Além disso, o Ariete é totalmente preparado para operar em ambiente QBN (Química, Biológica e Nuclear), e para isso, o habitáculo da tripulação é protegido pelo sistema SP-180 desenvolvido pela Aero Sekur SpA de Roma. Ainda, sobre os recursos de proteção do veículo, o Ariete está equipado com um receptor de alerta de iluminação laser RALM, desenvolvido pela Marconi SpA. O sensor, montado a frente da torre, possui cobertura de 360º ao redor do veículo.
Há 4 lançadores de granadas de fumaça Galix de 80 mm de cada lado da torre que são lançados para dificultar a visada e sistemas de mira de armas inimigas contra o tanque e que cujo lançamento se dá de forma automática eletronicamente.ao perceber que um iluminador inimigo marcou o tanque.
O Ariete C-1 possui uma boa proteção blindada que emprega um tipo semelhante a Chobham encontrada no MBT Challenger britânico, e sistemas de proteção QBN(Química, Biológica e Nuclear).

O sistema de controle de tiro OG14L3 TURMS do Aríete é fornecido pela Galileo. O sistema é composto por um periscópio panorâmico estabilizado com capacidade de visão de dia e noite, para o comandante, uma mira termal com telêmetro a laser para o artilheiro e um computador de controle de tiro. Esse computador de tiro é carregado com informações e dados relativos a diversos elementos que influenciam a precisão do tiro como por exemplo o clima atmosférico, distancia do alvo e características da granada a ser usada, o desgaste do cano, a pressão atmosférica e tudo isso permite um alto índice de acerto logo no primeiro tiro, seja com o alvo parado ou em movimento. O posto do motorista na frente direita do casco está equipado com três periscópios, um dos quais com capacidade de visão noturna.
O Ariete possui modernos sistemas de localização e visada que somado a seu canhão estabilizado fornecem uma alta probabilidade de atingir o alvo logo no primeiro disparo, mesmo em movimento.

O armamento do Aríete é composto por um canhão Otobreda L44 de 120 mm de alma lisa alimentado por 42 granadas (15 na torre mais 27 no carro) de diversos tipos.  Uma metralhadora coaxial MG-3 (ao lado do canhão principal) em calibre 7,62x51 mm e outra no mesmo modelo e calibre foi montada no topo da torre. Ao todo há 2500 munições em 7,62x51 mm disponível em cada Aríete. Para proteção no campo de batalha, há ainda, oito granadas de fumaça de 80 mm, sendo quatro de cada lado da torre.
O armamento do Ariete é o padrão que se encontra nos tanques pesados da OTAN. Um canhão de 120 mm, e metralhadoras em calibre 7,62x51 mm.

Com 54 toneladas, o Aríete pode ser considerado um carro de combate relativamente pesado, porém seu peso fica entre os seus similares ocidentais e os MBTs do leste europeu. Sua velocidade máxima é de 65 km/h proporcionada por um motor movido a diesel Iveco MTCA V-12 turbo alimentado que entrega 1300 hp de força para as rodas. Sua autonomia chega a 550 km quando rodando em estrada. Certamente que esse numero cai pelo menos 20 % em terreno irregular.
A Iveco desenvolveu uma versão modernizada do Ariete, chamada de C-2. Cerca de 120 veículos italianos  deverão ser modernizados para esse padrão e se manter em serviço até 2035.
O Aríete é fruto de um esforço do governo italiano em manter uma independência elevada no fornecimento de sistemas de armas para suas forças armadas. Esse esforço é a prova de que se pode conseguir armas eficazes, com capacidades de combate similares a de sistemas fabricados por nações com maior tradição no desenvolvimento de sistemas de armas complexos. O Brasil teve, durante um tempo uma indústria militar que era capaz de fornecer carros de combate eficientes, porém o total descaso dos diversos governos que “sugaram” este país conseguiram enterrar industrias altamente reconhecidas como a Engesa, por exemplo, nos obrigando a importar carros de combate de segunda mão como os atuais Leopard 1A5 adquiridos junto ao exercito alemão. Não pensem que estou desdenhando do carro de combate Leopard, que embora seja um blindado antigo, ainda é muito capaz e eficiente. O comentário se refere, apenas, ao lamentável fato de que dependemos de outras nações para poder equipar minimamente nosso exercito nos dias de hoje.