terça-feira, 29 de dezembro de 2015

PROJETOS SECRETOS BRASILEIROS: o CTA/Heliconair HC-I Convertiplano

A matéria a baixo foi produzida pelo amigo e colaborador Frederico Victor, sócio na empresa Usina dos Kits e da Agência de Marketing Digital. Formado em engenharia de computação pela Universidade federal do Espirito Santo. Plastimodelista apaixonado, é um entusiasta de aviação, navios e carros militares desde pequeno. Seja bem vindo as paginas do WARFARE Frederico Victor!
DESCRIÇÃO
Traduzido por Frederico Victor via USINA DOS KITS
O texto original da IRMA(reproduzido com autorização) pode ser lido aqui.

Apesar de a Alemanha, Reino Unido e França se concentraram com certo sucesso no conceito de convertiplanos antes da IIGM, nenhum deles efetivamente criou nada, nem mesmo durante o conflito. Convertiplanos são aeronaves que contém os motores conteiráveis (geralmente turbo-propulsores) nas asas,  dando às aeronaves capacidade V/STOL(Decolagem e Pouso Verticais/Curtos). Após a guerra, os EUA e a URSS engajaram-se nos estudos de tais aeronaves, assim como os países citados anteriormente.

Praticamente desconhecido do grande público eram os eventos que ocorriam no Brasil e Argentina na mesma época. Após a IIGM o mundo soube que os alemães puseram no ar em 27/8/39 o Heinkel He-178, que foi o primeiro avião com motor com turbojato de fluxo axial do mundo, seguido do italiano Caproni-Campini CC.2/N.1 em 1940. Só mais tarde(ainda que no mesmo ano) chegariam os britânicos com o Gloster E.28/39 Pioneer que teve a primazia no uso do motor de jato centrífugo. Os EUA aparecem em quarto com o Bell P-59 Airacomet que era dotado de dois motores centrífugos seguidos de perto pela URSS com o seu Mikoyan-Gurevich MiG-13 com motorização híbrida(ele contava com um jato e um motor à pistão combinados) em abril de 45. O Japão se uniria a esse grupo com Nakajima J9N1 Kikka e, após o fim das hostilidades, os franceses apresentaram o Sud-Ouest SO-6000 Triton e os suecos vieram com o SAAB J-21R. Mas é aqui que o povo ao norte do Equador ficou chocado com duas novidades surgidas de países totalmente incomuns: a Argentina apresentou o IAe Pulquí com um turbojato centrífugo em agosto de 1947 e o Brasil fez o roll-out do CTA Heliconair(hoje EMBRAER) HC-I Convertiplano motorizado com um turbina Armstrong-Siddeley Double Mamba ASMD! Posteriormente se equipou a aeronave com o motor Wright R-3350DA3. Enquanto os argentinos emplacaram o primeiro caça a jato do Cone Sul, os brasileiros criaram o primeiro convertiplano totalmente funcional do MUNDO.
Acima: Bancada de testes do motor, caixas de transmissão e atuadores.
O kit da IRMA é a primeira reprodução baseada no design inicial da aeronave. O leiaute da aeronave é tal que a cabine é cercada pela entrada de ar, parecida com o Leduc 010 francês. As asas foram extensamente reprojetadas  para comportar o sistema de conteiramento dos motores para o perfil de vôo V/STOL. Essa aeronave foi desenvolvida pelo Dr.Heinrich Focke, que era membro da Focke-Wulf Flugzeugbau AG, que chegou em terras brasilis em 1950. Ele tentou criar o Focke-Achgelis FA-269 antes de a guerra terminar, mas não teve sucesso com a situação caótica em que se encontrava o Terceiro Reich conseguindo apenas montar um protótipo. Ele pôde continuar seus estudos no Centro Técnico Aeroespacial que o ajudou com fundos e infra-estrutura.
Acima: Herr Dr.Focke com a maquete do helicóptero Focke-Achgelis FA-223 Drache (dragão).
Dr.Focke queria uma turbina Armstrong-Siddeley Double Mamba ASMD pelo tamanho compacto mas que entregava um ótimo empuxo. Infelizmente o governo inglês negou exportar o motor para o nosso país (curiosamente foi o mesmo governo que cedeu, poucos anos antes, a turbina Rolls-Royce Nene à URSS). Assim sendo, Dr.Focke repensou seu projeto e decidiu-se por usar o Wright R-3350-DA3 Turbo Compound de 18 cilindros devido à sua disponibilidade num Super Constellation que estava no CTA. Isso, claro, tornou a aeronave muito mais pesada e exigiu admissão de ar bem maiores, assim como novos escapes e naceles. Após o fim dos trabalhos de adaptação o aparelho foi renomeado como HC-Ib e o Brasil teve autorização para importar 4 turbinas General-Electric GE T-58  que eram pequenas e leves o suficiente para o protótipo, que passou a se chamar HC-II. Após esse tempo, o destino da célula ficou incerto, já que houve mudanças de governo, ocasionando a volta do Dr.Focke para a Alemanha. Especula-se que a única célula existente do HC é a Ib, mas o CTA não tem mais recordes do seu paradeiro desde os anos ’60, quando o HC-Ib tinha sido transladado para um aeródromo auxiliar do Centro Técnico apenas com uma pintura verde bambu para proteção das intempéries.
Acima: Esquemático com o motor Wright que fica em posição centralizada na célula. São mostradas as caixas de transmissão e os eixos.

Acima: Modelo em resina da IRMA em 1/72 demonstrando as asas em posição de vôo.

Acima: O mesmo kit com as asas em posição e decolagem/pouso/planeio.
A IRMA(International Resin Modelers Association) gostaria de iniciar um processo de restauração dessa maravilhosa peça da história da aviação e que faz parte do legado técnico brasileiro. Por favor, se você tem alguma informação sobre o status dessa aeronave entre em contato conosco(ou com a IRMA).
Acima: As últimas imagens conhecidas do HC-I.

Acima: Imagens retiradas de algum aeródromo nas imediações do CTA na década de ’60.

Para mais informações sobre o convertiplano, acesse aqui. O preview do kit da IRMA pode ser visto aqui.

O Brasil deve se orgulhar de mais esse capítulo de sua história aeronáutica que começou com o 14-bis e conta com o CBA-123, AMX, Tucano/Super Tucano, Brasília, Bandeirante, o R-99A/B, o 1ºGAvCa e a 1ºELO na Itália.

Para você que é ligado em modelismo, a Usina dos Kits é uma fonte de conhecimento e diversão. Adquira seus kits na Usina dos Kits.


sábado, 26 de dezembro de 2015

MAGPUL MASADA/ BUSHMASTER REMINGTON ACR - Atualização Full Metal Jacket


Olá amigos.
O blog Full Metal Jacket foi atualizado com uma matéria sobre o fuzil ACR desenvolvido nos Estados Unidos. Trata-se de um armamento caro, porém de maior qualidade e efetividade que o velho conhecido AR-15/ M-16. Para conhecer melhor esta arma entre em: http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2015/12/magpul-masada-bushmaster-remington-acr.html
Abraços

terça-feira, 22 de dezembro de 2015


BOAS FESTAS A TODOS OS NOSSOS LEITORES E A NOSSOS COLABORADORES QUE NOS AJUDARAM COM O EXCELENTE TRABALHO DE DIVULGAÇÃO DA TECNOLOGIA MILITAR EM 2015. QUE 2016 SEJA UM ANO DE MAIS CONQUISTAS E REALIZAÇÕES.

domingo, 13 de dezembro de 2015

BERETTA 92. Clássico design italiano


FICHA TÉCNICA
Calibre: 9X19 mm, .40 S&W (Beretta 96)
Peso: 975 gr (Descarregada).
Capacidade: 15+1 em 9 mm, 10+1 em .40 S&W (Beretta 96).
Comprimento do cano: 4,9 polegadas.
Comprimento total: 21,7 cm.
Gatilho: Ação dupla/ ação simples.
Sistema de operação: Recuo curto do cano
Mira: Alça ajustável e massa fixa com sistema tridot.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O universo das armas de fogo é caracterizado por não haver uma evolução tão acentuada na tecnologia de funcionamento mecânico das armas. Basicamente o que temos são aperfeiçoamentos técnicos de tecnologias que já são usadas a muitas décadas e algumas até de um século. Já tratei aqui de uma arma que se encaixava dentro dessa condição. A pistola Colt M-45A1, a mais moderna derivada da velha guerreira M-1911 projeta pelo gênio John Moses Browning que acabou de ser adotada pelo corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos (US Marine Corps). Uma arma cujo sistema de funcionamento, independentemente de ter recebido aprimoramentos, é um mecanismo de mais de 100 anos! O que importa é que a a arma opera de forma que se aproxima da perfeição. Não há nada que seja absolutamente superior a ela que justifique alegar sua obsolescência. Por isso, mais uma vez, vou tratar de uma arma cujo projeto também remonta de muitas décadas atrás, mas que suas qualidades relacionadas e extrema confiabilidade, ótima precisão, e bom sistema de segurança, a tornam ainda uma  escolha natural por muitas forças armadas e policiais do mundo todo. A pistola Beretta 92, é um dos mais conhecidos produtos da Itália. Sua fama vem de vários elementos, dentre eles, seu desenho diferenciado com a maior parte do cano exposta sobre o ferrolho, sua ótima confiabilidade, precisão e um belíssimo acabamento.
Acima: A antiga pistola Beretta M-1951 foi a base do projeto das bem sucedida Beretta 92. Seu sistema de operação em ação simples representa uma das diferenças mais marcantes entre as duas armas.
A Beretta 92 descende diretamente do modelo M-1951, mas com aperfeiçoamentos em seu sistema de segurança e funcionamento que levou a um dos maiores sucessos comerciais do universo das armas de fogo. Sua produção se iniciou em 1976 e o Brasil foi a primeira força armada a adotar o modelo já em 1977. Uma das grandes diferenças da Beretta 92 em relação ao modelo 1951 é o sistema de ação dupla de seu gatilho que permite maior praticidade para operar a pistola com uma munição na câmara e com o martelo (ou cão) em posição desarmado, bastando apenas pressionar o gatilho para ocorrer o primeiro disparo, sendo que os disparos subsequentes serão todos em ação simples. Seu sistema de trancamento do ferrolho na culatra é similar ao encontrado na pistola alemã Walther P-38, usada pelos nazistas na segunda guerra mundial.
Acima: Esta rara foto mostra como era a primeira Beretta 92. A tecla liberadora do carregador ficava na parte baixa da empunhadura obrigando o uso das duas mãos para operar a troca de carregadores. 
A Beretta 92 foi projetada para calçar munição 9X19 mm, mais conhecida como calibre 9 mm Parabellum, uma popular munição no ocidente usado pela absoluta maioria das forças militares do mundo e por muitas forças policiais dado a sua grande flexibilidade de uso e tipos de projéteis que garante alto poder de transfixação (desejável em situações de batalha) e ainda, bom, poder de parada (com projéteis expansivos e carga +P). Seu carregador é do tipo bifilar e comporta 15 munições, totalizando 16 tiros quando consideramos uma munição já na câmara da arma.
Com um cano de 4,9 polegadas, a Beretta 92 é uma arma em tamanho full, ou seja, não é projetada para porte velado e sim para porte ostensivo, a mostra.  É uma arma projetada para a guerra e por isso não tem certos "cuidados" que vemos em outros modelos modernos. Sua empunhadura é relativamente volumosa o que pode ser desconfortável para usuários com mãos pequenas, mas mesmo assim, para quem tem uma mão media ou grande, pode sentir uma boa ergonomia.



Acima: A Beretta 92S teve a tecla de segurança posicionada na parte mais alta do ferrolho e só de um lado da pistola. Era uma pequena modificação frente ao modelo original doa modelo 92.
A Beretta 92 é uma pistola de reputação inabalável em relação a sua confiabilidade. Afinal, em 1985, ela passou por uma concorrência para substituir a venerável pistola Colt M-1911 no mais poderoso exército do mundo, o Exército dos Estados Unidos (US Army) onde, em teste, disparou nada menos que 17500 tiros com uma falha registrada. Este dado é simplesmente espetacular mesmo para os dias atuais. O modelo adotado pelo US Army foi batizado de Beretta M-9 e trás algumas modificações em relação as" Berettas civis" como o tratamento no interior do cano (alma) com cromo duro para maior durabilidade desta peça critica, além de inserido uma pequena curvatura a frente da empunhadura para melhorar a ergonomia no momento da visada.
É interessante observar que a Beretta é fabricada com chassis em liga de alumino, o que, por um lado deixa ela mais leve, e por outro, ela é um pouco menos resistente que armas fabricadas em aço.
Acima: A Beretta 92F  foi usada nos testes para o US Army. No teste foram disparados 17500 tiros com uma única ocorrência de falha. Este desempenho é digno de uma das mais confiáveis armas curtas semi automáticas da história.
A Beretta manteve o desenvolvimento do projeto do modelo 92 até hoje tendo fabricado muitas variantes desta ótima pistola de combate. Os modelos de maior destaque são o 92S,  com trava de segurança e desarmador do cão de um lado; 92SB apresenta a trava de segurança e desarmador do cão dos dois lados da arma (ambidestra); 92F teve a empunhadura modificada com uma pequena curva na parte da frente o que melhora a ergonomia (que acabou sendo aproveitado no modelo M-9 do US Army); 92FS, com cão de dimensões aumentadas, tratamento anti corrosão superior, cano com sua alma tratada com cromo duro para maior durabilidade; 92A1 que se trata da versão FS com trilho para acessórios na armação. A Beretta produziu uma variante em calibre .40 chamada Beretta 96 que tem, praticamente, as mesmas dimensões da modelo 92 mas com capacidade reduzida para 11 tiros dado as maiores dimensões. Existem ainda, versões compactas como a Beretta 92FS-C, com cano de 4,29 polegadas e capacidade de 13 tiros.

Acima: O modelo Beretta 92FS trás as principais melhorias mecânicas baseada na experiencia da concorrência para a pistola M-9 do US Army. 
A Beretta apresentou a ultima versão militar do modelo 92, batizada de M-9A3 com o objetivo de se manter como fornecedora do US Army por muitos mais anos ainda. O modelo M-9A3 apresenta uma empunhadura mais reta, seguindo uma recente variante conhecida como Vertec da modelo 92 que traz um angulo que permite empunhar a pistola de uma forma mais natural como se estivesse apontando o dedo indicador para o alvo e que agrega maior facilidade para disparos instintivos, com pouco visada. O cano já vem com uma rosca de fábrica para incorporação de supressores de ruído, os famosos silenciadores. O botão de liberação do carregador foi colocado dos dois lados e em um tamanho maior para facilitar seu acionamento, mesmo em situação de combate quando a adrenalina  a mil por hora dificulta que as coisas sejam feitas de forma correta. O acabamento da arma, é de material hiper resistente e tem uma cor de areia no estilo "deserto" sem brilho. Porém, esse modelo não foi adotado ainda pela aquela força armada. Dado a natural tendência do mercado de armas em manter o consumo de produtos de alta qualidade e de funcionamento altamente confiável, é claro que continuaremos a ver essas clássicas pistolas da Beretta por muitas décadas ainda, mesmo com uma concorrência cheia de modelos mais modernos.
Acima: O modelo M-91A1 trouxe a primeira variante da Beretta com trilho para acessórios na armação.

Acima: A ultima e mais avançada versão da Beretta é o modelo M-9A3 que foi oferecido para substituir as antigas M-9 no US Army. O modelo é comercializado para civis nos democrático mercado norte americano.

Acima: Uma das mais interessantes e desejáveis característica da Beretta 92 é a facilidade com que se pode executar a desmontagem de primeiro escalão para limpeza.

Acima: A compacta variante 92FS-C traz melhor portabilidade para o modelo.

Acima: Holywood usou por muitos anos em inúmeros filmes a Beretta 92. O franquia Duro de matar foi uma dos marcantes trabalhos cinematográficos onde nossa enfocada aparece.

ABAIXO UM VÍDEO COM A BERETTA 92.


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BERETTA 92 - Atualização Full Metal Jacket



Olá amigos.
A famosa fabricante de armas de fogo Beretta, da Itália tem em seu modelo 92 um dos maiores sucessos comerciais da história das armas. E é sobre este modelo que a matéria desta semana no Full Metal Jacket vai tratar. Para conhecer mais sobre esta ótima pistola de serviço entre em: http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2015/12/beretta-92-classico-design-italiano.html
Abraços

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

PSM PUMA IFV. O moderníssimo veículo de combate de infantaria alemão.


FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 70 Km/h.
Alcance máximo: 520 Km.
Motor: MTU V10 892 diesel e com 1070 hp de potencia.
Peso: 31,5 Toneladas (vazio) e 43 toneladas (totalmente pronto para combate).
Altura: 3,05 m.
Comprimento: 7,30 m.
Largura: 3,7 m
Tripulação: 3+6 soldados equipados.
Armamento: 1 canhão Rheinmetall MK-30-2 calibre 30 mm com 400 granadas; 1 metralhadora HK MG-4 cal 5,56X45 mm  com 2000 munições, 1 lançador duplo de mísseis EuroSpike LR e 6 lançadores de granadas fumigeneas de 76 mm.
Trincheira: 2 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,70 m
Passagem de vau: 1,2 m.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O antigo veículo de combate de infantária Marder, projetado no começo dos anos 1970 já se mostrou inadequada para operar com segurança nos modernos campos de batalha, em especial em situação de guerra assimétrica devido a sua vulnerabilidade as mais recentes armas anti carro que vem surgindo nos teatros de operação (TO). Assim, no final dos anos 1990, o exército alemão (Bundeswehr) iniciou sua busca por um novo veículo que fosse bem mais resistente e que pudesse participar dos combates de forma mais eficaz, além, é claro, de transportar em segurança a infantaria. Uma joint venture entre a  Krauss-Maffei Wegmann (KMW) e Rheinmetall Landsysteme foi formada sob o nome Projekt System Management (PSM) que desenvolveu o novo veículo blindado que recebeu o nome de Puma (Panther).
Acima: O Marder não é adequado para operar no moderno ambiente de guerra moderna. Por isso o projeto do Puma trouxe uma viatura que se mostrou mais capaz em absolutamente todos os aspectos do desempenho e da capacidade de combate.
O Puma é considerado como o mais bem protegido veículo de combate de infantaria da atualidade. Seu projeto trouxe uma modularidade que permite adaptar o veículo a diversas situações, como por exemplo a incorporação de mais blindagens, novas armas e sensores. Porém, mesmo a blindagem básica dele já é admirável. No quadrante frontal, o Puma suporta impactos diretos de munição de canhão de 30 mm e nas laterais e traseira ele aguenta impactos de munição 14,5 mm, muito usado em metralhadoras pesadas dos países sob influencia russa. Essa proteção efetiva levou a um incremento no peso total do veículo que varia de 31,5 toneladas com a blindagem básica de fábrica, a 43 toneladas com todos os módulos de proteção extra,  o deixando com praticamente o peso de um MBT T-72. Ainda para sua proteção, o Puma emprega 6 lançadores de granadas fumigêneas (de fumaça) de 76 mm que produzem uma cortina de fumaça para facilitar manobras evasivas do veículo.
Acima: Nesta foto podemos ver um Puma com as placas modulares de blindagem extra. essa configuração torna o Puma, o veículo de combate de infantária mais bem protegido do mundo. 
O Puma possui um potente motor MTU V10 892 diesel e com 1070 hp de potencia que consegue acelerar todo o peso desse veículo a uma velocidade máxima de 70 km/h em estrada. Nada mau para um veículo que tem o peso de um MBT. Sua autonomia é de 520 km, o que se enquadra na média desse tipo de viatura. Na configuração básica, mas leve, o Puma pode ser transportado por uma aeronave de carga europeia A-400M Atlas, o que facilita sua implantação em caso de conflito.
As 6 rodas do Puma podem ser protegidas por uma saia blindada que pode ser acoplada ao veículo, o que permite uma maior chance de sobrevivência em caso de ser atacado por granadas propulsadas por foguetes (RPG), muito comuns nos campos de batalha de guerra assimétrica. O Puma não é uma viatura anfíbia, porém pode transpor rios com profundidade de 1,2 metros.
Acima: A estação de sensores WAO traz o telémetro a laser e a câmera térmica para o artilheiro do Puma poder fazer a visada dos seus alvos em qualquer situação de visibilidade e com alto nível de precisão.
O Puma está equipado com um periscópio estabilizado PERI com com capacidade para seis níveis de zoom e que fornece a imagem simultaneamente para displays do comandante e do artilheiro. isso ajuda na manutenção de uma melhor consciência situacional. O artilheiro do Puma conta, ainda, com uma estação WAO  equipada com uma câmera térmica com um telêmetro a laser que ajuda na visada do alvo antes do disparo.
O armamento do Puma é composto por um canhão estabilizado Rheinmetall MK-30-2 calibre 30x173 mm com carregador com capacidade de 200 granadas, e havendo mais 200 granadas estocadas dentro do veículo. Este canhão consegue uma cadência de 700 tiros por minuto com eficiência contra alvos a 3000 metros de distancia. As granadas  podem ser perfurantes de blindagem, incendiária ou de fragmentação tipo airburst onde um timer eletrônico programável detona a uma distancia específica do alvo para causar danos em uma área ao redor do ponto do alvo. O Puma é equipado com uma metralhadora coaxial HK MG-4 em calibre 5,56X45 mm com 1000 munições prontas para uso e mais 1000 armazenada dentro do veículo. O Puma pode ser armado com uma torre com dois mísseis EuroSpike  Spike LR cujo alcance chega nos 4000 metros e sua guiagem pode ser por infravermelho ou eletro-óptico (câmera CCD). Com esta arma, o Puma pode lutar contra carros de combate MBT ou destruir alvos fixos reforçados como bunkers.
Acima: O potente canhão Rheinmetall MK-30-2 em calibre 30 mm é capaz de fazer um sério estrago na maioria dos alvos que ficarem dentro de seu alcance. São transportadas 400 munições dessa arma.
O Puma foi adquirido pelo exército alemão em 350 unidades sendo todas já entregues e fora o país que o desenvolveu, ainda não foi exportado principalmente por ser uma viatura bastante cara tendo um preço unitário de U$ 7 milhões. Porém, por ser um produto de nova geração e de desempenho excelente, certamente será considerado em futuros programas de aquisição de material militar para substituir carros antigos como o Marder, M-113 ou mesmo os M-2 Bradley.
Acima: A saída e entrada da tropa se faz pela parte traseira como na maioria dos veículos ocidentais. O Puma transporta 6 soldados totalmente equipados além da tripulação de 3 homens.


ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O PUMA EM AÇÃO.

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