FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 2175 Km/h.
Velocidade de cruzeiro: aprox. 900 Km/h.
Razão de subida: 14100 m/min.
Potência: 1,16.
Carga de asa: 80lb/ft²
Fator de carga: +8.5, -4,0 Gs
Razão de rolamento: 95º/seg
taxa de giro: 13,1º/seg
Teto de serviço: 17800 m
Alcance: 1210 km (sem tanques subalares)
Empuxo: 1 Turbojato Tumansky R 25-300 com 7.035,93 kgf .Reserva de potência: 3 min. de 9.789 kgf com pós combustão em altitude máxima de 4000 mts.
Radar: Phazotron Kopyo M com 75 km de alcance contra alvos voando alto.
DIMENSÕES
Comprimento: 14,50 m (com pitot)
Envergadura: 7,15 m
Altura: 4,12 m
Peso vazio: 6.200 kg
Peso máximo na decolagem: 10.400 Kg (com 3 subalares e 2 mísseis)
ARMAMENTO
Ar Ar: Curto alcance: 4 x R-73E ou 4 x R-60M; Médio alcance: 2 x R-27 R1 ou R-27T; 4 x R-77 .É permitida qualquer combinação entre mísseis, num total de 4.Apenas o R-27 tem a restrição de um para cada asa,num total de 2.
Ar Terra: máximo de 2 bombas guiadas por TV KAB 500 KR de 500 kg.
Interno: 1 canhão GSH-23, calibre 23 mm.
DESCRIÇÃO
Por Everton Luiz Vasconcelos Pedrosa
Em meados de 2003, um grupo de cinegrafistas- indianos recebeu a missão de ir até o norte de Nova Delhi para mais uma tarde de gravações de um outro filme de divulgação interna da ‘’bharathya Vayu Sena’’ (Força Aérea da Índia ou BVS), chamado ‘’Aakash yodha 2’’.O objetivo era fazer uma visita surpresa a uma das mais antigas bases indianas, a Base aérea de Ambala, abrigo do Terceiro Esquadrão da Força Aérea, o ‘’Cobras’’. Lá eles seriam apresentados a mais um novo vetor que entrara em serviço. Paralelo a isso, um clima de festividade ainda reinava na BVS: todos os ‘’holofotes’’ voltavam-se para a aquisição de novos caças de superioridade aérea SU-30 MKI. Bem mais discreto, o novo vetor a ser mostrado podia não ser, ao jugo comum, tão bonito ou interessante como o caça da Sukhoi, mas o que o ‘’Cobras’’ tinha a mostrar não era algo menos surpreendente: sob o sol de Delhi surgiu a silhueta de um avião projetado a quase 50 anos, que se mostrava pronto a realizar tarefas típicas de caças do século XXI : o Mig-21 Bison.
Para entender certos detalhes de um relacionamento tão duradouro e complexo entre os indianos e o Mig-21 não é preciso mais que conhecer a história dessa aeronave. O caça a jato mais produzido de todos os tempos, com mais de 13 mil unidades construídas; o avião que de mais conflitos participou em todos os tempos num total de 14 guerras com mais de 250 vitórias em seu currículo e 13 ases; o avião de caça com maior número de nações usuárias, servindo em 50 forças aéreas ; a primeira aeronave de combate apta a voar com armas russas e da OTAN de forma combinada; o primeiro caça de Mach 2 a abater um oponente em combate; o avião que mais tempo permaneceu em produção(mais de 45 anos). Resumindo, o mais importante caça a jato de gênese soviética de todos os tempos.
Desenvolvido no final dos anos 50, o Mikoyan Gurevich MIG-21(‘’fishbed para a OTAN) foi incorporado pela BVS no final dos anos 60, e por várias vezes voou em combate pela Índia, sempre alternando seu sucesso em combate com o elevado número de acidentes nos quais se envolveu, fardo que teve carregar sozinho por representar, por mais de 20 anos, 70% da força de caça-bombardeio daquele país. Mas os militares indianos conheciam bem o Mig-21 e confiavam em sua capacidade: ‘’ainda precisamos desse avião, lembrem-se que ganhamos uma guerra com ele’’ disse certa vez o Comandante Marshal Tyagi, referindo-se a Guerra Indo-Paquistanesa em 1971, em entrevista ao The Times of Índia em 2007.
Com os atrasos no desenvolvimento do projeto LCA (ou Tejas) estima-se que o Bison será o último ‘’Fishbed’’ baseado na célula original da versão’ ‘Bis’’ a deixar o serviço ativo, por volta de 2020 . Até lá cumprirá bem o seu papel que é defender o espaço aéreo indiano em pleno século XXI, sendo o caça numericamente mais importante dessa força aérea.
Acima: Nesta foto antiga, da época da guerra fria, este Mig-21 Fishbed L soviético aparece em sua forma original.
A GENESE DO BISÃO
No início dos anos 90, com o esfacelamento da união Soviética, as forças aéreas russas e de países do leste europeu presenciaram uma significativa redução do número de células de aviões de combate em serviço: não havia mais como manter uma ordem de batalha tão sortida e complexa, antes justificada pela Guerra-Fria. Cabia a cada país selecionar quais peças seriam vitais para sua proteção e quais seriam dispensáveis. Para os russos o Mig-21 era uma aeronave pouco interessante, com sérias limitações de alcance, argumento válido para um país de dimensões continentais e no limite da vida útil. Soma-se a isso o grande número de caças Mig-29 em serviço, avião que encontrava-se em produção e desempenhava a mesma função do ‘’fishbed’’, sendo inclusive bem mais moderno. O lobby da Mikoyan e da Sukhoi era forte; Os fabricantes precisavam continuar a produção de aviões novos, inclusive para exportação. Por esse motivo, as modernizações, seja para consumo interno ou para clientes externos, era algo proibido de ser cogitado. Dessa forma o Mig-21 saiu de serviço na Rússia em 1998, juntamente com outros Mig 23/27 e 29 de versões mais antigas. Mas se na Rússia existiam completas linhas de produção de aviões de caça, nos demais países da Europa do leste era bem diferente...
Com grande descontentamento, os russos descobriram que ,em meados de 1992, a Romênia (um de seus antigos aliados) negociava junto a Israel um programa ‘’pirata’’ de modernização dos Mig-21 MF-75, hoje conhecidos como ‘’Lancer’’. Na época haviam pelo menos outras cinco nações interessadas num avião semelhante. Um Mig-21 bis podia estar distante de ser a aeronave ideal, no inicio dos anos 90, mas para os países que dispunha dessa arma, ela apresentava-se como uma ferramenta útil, fácil de operar, barata, com grande estoque de peças, versátil, veloz e razoavelmente ágil. Em alguns países o ‘’fishbed’’ surpreendentemente ousou substituir de forma momentânea ou definitiva modelos mais novos como Mig-23 e mesmo Mig-29, como se observou na república tcheca, Sérvia e Romênia.
Acima: O painel do Bison é consideravelmente mais moderno e facil de operar que o painel original dos Mig-21. A maioria dos mostradores analógicos foram substituídos por um display multifuncional que concentra as principais informações de navegação e ataque na tela.
O estopim para a indústria russa foi a expansão da industria militar chinesa. Se para os russos era proibido pensar em modernizar seus próprios projetos, os chineses começavam a suprir o mercado africano e asiático com o Chengdu F-7, que nasceu como uma cópia do caça da Mikoyan. Diante de situação constrangedora a MAPO/MIG iniciou os trabalhos para a melhoria da capacidade de combate do Mig-21. A proposta era simples: Explorar o máximo do potencial da aeronave sem grandes alterações na estrutura. Em 1993 foi apresentada uma alternativa de modernização denominada Mig-21-93, mas poucos países demonstraram interesse. Porém um deles foi a Índia, então detentora da maior frota ativa de Mig-21 do mundo. As negociações entre a MAPO/MIG e a Índia prosperaram, e, diante do esperado atraso no programa de reaparelhamento da BVS, o governo indiano assinou em 1996, contrato de U$ 340 milhões para a modernização de 125 Mig-21 Bis (com opção para mais 50) para o padrão Mig-21-93. O upgrade oferecia um radar multímodo de pulso-dopller, operando em banda X denominado ‘’Kopyo’’(uma simplificação do radar Zhuk do projeto Mig-29M), da empresa Phazotron; Novo canopy em bolha, sistema de navegação inercial Sextant TOTEM RLG-INS, com giroscópio a laser; HUD da EL Op, cockpit digital com telas multifuncionais da Sextant, sistema de alarme-radar (RWR) Tarang da DRDO, gravador digital de dados em voo, lançadores de chaff-flare da Vympel e sistema de mira montada no capacete da SURA (o mesmo sistema é usado no Su-27/30 Flanker), novos rádios HF/VHF/UHF e H.O.T.A.S com a atualização o leque de armas foi ampliado, de modo que o Mig-21 poderia contar com mísseis guiados por calor R-73 ‘’Archer’’, R-77 ‘’Adder’’, de radar ativo, bem como com os R-27 ‘’Alamo’’. A única arma ar-solo passou a ser a bomba KAB 500 KR, guiada por TV.
Acima: O radar Phazotron Kopyo trouxe nova vida operacional ao cansado Mig-21. Embora as melhorias do modelo não se limitem a o novo radar, certamente que este pequeno caça teve sua letalidade muito aumentada por conta dele.
INTERCEPTADOR POR HERANÇA, GUERREIRO MULTIFUNCIONAL POR OCASIÃO.
Quando o Mig-21 foi concebido, sua missão principal era voar muito alto e interceptar bombardeiros e caças usando a boa manobrabilidade e velocidade que dispunha em grandes altitudes. Mas logo ficou claro que sua principal utilização não seria num cenário de ‘’Guerra total’’ entre superpotências e sim em conflitos militares em países periféricos. Daí exigiria-se dele bem mais como caça-bombardeiro que como interceptador’’ puro’’.Tentativas de converte-lo para o perfil ‘’multi-role’’foram feitas com Mig-21’s de 1ª, 2ª e 3ª gerações,, custando a vida de inúmeros pilotos e a perda de várias aeronaves (o projeto original não previa o uso como avião de ataque, e sim meramente caça/interceptador). Apenas com o surgimento do Mig-21 BIS, otimizado para combates em baixa altitude e com motor mais forte, que pode-se dizer que o Mig-21 ganhou relativas capacidades multifuncionais. E o Bison tira proveito delas: um dos elementos que contribui para isso, é pequeno radar Phazotron Kopyo, com capacidades de mapeamento de alvos em solo (parados ou em movimento) e interface com armamento ar-mar.
Desenvolvido entre 1988 e 1990, tendo em foco a aplicação em upgrades de aeronaves de caça, ataque e bombardeiros, a primeira geração do Kopyo caracteriza-se pela leveza e pela capacidade multimodal para guiagem de mísseis, bombas e canhões de tipos mais recentes em uso ou em fase de projeto. Desde o início a MAPO/MIG mostrou interesse da aplicação desse radar no seu Mig-21-93, visto que o limitado espaço no interior do cone do radar não comportava um radar de maiores dimensões. Alguns especialistas afirmam que um Mig-21Bis equipado com o Kopyo tem sua eficiência em combate ampliada em 8 vezes em relação ao mesmo modelo equipado com radar Sapfire 22M!
Acima: A modernização do Mig-21 romeno, foi feita com ajuda israelense e passou a se chamar Mig-21 Lancer. Este modelo também traz qualidades impressionantes ao caça "cinquentão".
Porém a validade de determinadas tecnologias nem sempre é muito longa. Passados poucos anos da apresentação do ‘’21-93’’, os russos apresentaram aos usuários estrangeiros, programas ainda mais ambiciosos, denominados Mig-21-97 e Mig-21-98 (alternativa de upgrade para a versão MF). Além de contar com todas as melhorias vistas na modernização anterior, o ‘’21-97’’ previa a adoção de motores RD-33 (menos ‘sedentos’ que os R-25 da versão Bis) e de uma futura versão do radar Kopyo ainda mais capaz, denominada ‘’Kopyo-M’’. A evolução do novo radar em relação ao original era notável: houve um incremento no alcance da ordem de 25% na escala de detecção de alvos aéreos (o Bison na Índia é usado quase que exclusivamente no ar-ar,), graças a uma nova base de elemento e a um novo processador de sinais. Antes o kopyo chegava a ter 57 km de alcance máximo para alvos frontais (ar-ar), no modelo ‘’M’’ são 75 Km de alcance máximo, nas mesmas condições. A resistência a ‘’jammers’’ adversários também aumentou e o peso diminuiu consideravelmente, gerando economia de combustível. Alguns sistemas desse novo radar não operariam em sua total capacidade para que haja margem de futura evolução do equipamento.
Acima: Nesta foto se pode ver um Mig-21 Bison armado com misseis R-73 nos cabides externos e mísseis R-77 nos cabides internos. Estas armas deram uma capacidade real ao Mig-21 de poder vencer caças muito mais modernos como por exemplo um F-16.
DOMADORES DE FOGUETES
O dia 16 de fevereiro de 2004 sem dúvidas foi especial na história da BVS, do Mig-21 e dos pilotos indianos que nele voaram. Passados 2 dias do 49º aniversário do vôo do primeiro protótipo do ‘’Fishbed’’, começara em Gwalior (Jodhpur) a inédita Cope Índia: o primeiro exercício de combate simulado entre Índia e Estados Unidos em mais de 40 anos. Aproximadamente 150 pilotos americanos da base aérea de Elmendorf (Alaska) participaram do evento. Junto a eles, dezenas de equipamentos e profissionais de comunicação, segurança e apoio logístico, e claro, os caças de superioridade aérea F-15 C Eagle. Do lado indiano pilotos aguardavam os embates em meio a dezenas de Mirage 2000 Vajra, Mig-21 Bison, Mig-27 Bahadur, Mig-29 Baaz e SU-30 MKI.
Acima: Uma dupla de F-15C voa em formação com dois Mig-21 Bison durante o exercicio "Cope India" onde os Bison, junto com os Su-30 "derrrubaram" 9 em cada 10 combates contra o F-15C.
Passados dois dias de vôos de familiarização, iniciaram-se as missões, que consistiam em séries de 30 minutos, onde haviam tentativas de engajamentos/ desengajamentos por parte dos pilotos dos aparelhos envolvidos. Nas missões eram simulados ‘’ataques ‘’a ‘’pacotes’’ de aeronaves e a capacidade defensiva das tripulações. Durante quase todo o tempo os pilotos de F-15 limitaram-se a defender posições em terra contra o avanço das aeronaves de ataque hindus, representadas pelos Mig-27 sob escolta de caças, dentre esses, o Mig-21 Bison. O preconceito contra as habilidades dos indianos era notório, pois o senso comum dizia que ‘’os asiáticos eram melhores preparados para o dogfight, e que não tinham grande domínio na arena BVR (além do alcance visual), onde os ‘’olhos’’ dos F-15 conseguiam alcançar. Porém tal erro custaria caro a USAF.
Acima: Este Mig-21 Bison está exposto em uma das feiras aérea que ocorre na Índia, provavelmente o Aero Índia. Para os leigos, a capacidade do Mig-21 pode surpreender.
Em algumas missões do exercício, segundo relato do Cel. americano Terrence Fornof, ocorreram situações que lembraram a Guerra do Vietnã. Em uma delas um piloto de Bison teria se lançado contra um F-15 que estava posicionado diretamente acima dele, voando pouco acima dos 110 nós (204 km/h) e razoavelmente baixo, começou o combate com nariz inclinado para cima em 60 graus, depois disso o indiano teria puxado a manete procurando uma rápida razão de subida, manobra que o fazia ultrapassar fácil (e rápido) os 10 mil pés se fosse preciso. Se ele estivesse no Vietnã poderia apelar para seus nem sempre certeiros mísseis AA-2 ‘’atoll’’, guiados por calor. Porém dessa vez o Mig-21 dispunha de um visor de capacete, de mísseis R-73 e R-77 e jammer ativo. Com um RCS de apenas 2,2 m² (limpo, sem aplicação de material absorvente/dispersor de radar), o Mig não teria sido visto pelo F-15, e disparou um míssil que imediatamente ‘’abateu’’ o caça americano. Seria mais um bem sucedido dogfight na carreira do ‘’fishbed ‘’ou golpe de sorte? A verdade é que o Eagle em questão estava sendo observado a algum tempo por um SU-30, que de imediato encontrou o Bison próximo ao adversário e o vetorou até seu alvo. No ano de 2005, em exercícios sobre kalaikunda, os Flankers e Bisons, apoiados por outras aeronaves hindus, conseguiram novamente impôr superioridade aérea aos F-15 da USAF venceram 90% dos combates, sendo os dois tipos russos considerados ‘’os mais eficazes caças indianos‘’ na ocasião. O surpreendente resultado levantou suspeitas sobre a veracidade das informações, pois alguns achavam que Elmendorf havia ‘’perdido’’ de propósito para conseguir argumentos favoráveis ao reaparelhamento da base com o F-22 Raptor, mas declarações vindas da própria USAF mostram que o que ocorrera ali não fora apenas uma encenação: Os militares foram unânimes em dizer que a quantidade de horas voadas pelos pilotos de F-15 estava muito aquém do esperado (por razão de economia de combustível) e que os indianos, além dos bons vetores, tiveram tática inteligentes para o Cel Terrence Fornof ‘’ O Mig-21 é um avião porreta! Ainda é bem manobrável e, diferente do passado, hoje possui bom armamento’’. Para o Cel.Greg Neubeck ‘’os pilotos indianos mostraram-se tão preparados como os nossos. São excelentes aviadores!’’Já o Cel Mike Snorgrass foi mais ponderado: ‘’Sobre a BVS, tanto o seu nível de treinamento quanto a qualidade de seus pilotos mostraram-se superiores ao que esperávamos.
Calcula-se que hoje existam cerca de 1500 Mig-21 e F-7 em operação no mundo. Esse numero diz respeito aos Mig-21 que estão em condição de voo, pois foram construídos mais de 13500 exemplares deste importantíssimo caça. Destes, apenas 125 são do modelo Bison. Esses modelos demonstram os sinais do envelhecimento. Faltam-lhe manobrabilidade em baixa altitude, há perda drástica de energia em sequências ininterruptas de curva e a autonomia continua muito limitada, sem a possibilidade do REVO. Mesmo assim a validade do projeto impressiona tanto quanto o número de seus derivados diretos, desenvolvidos para voar nos tempos modernos. Mas uma coisa é certa: um caça como o Mikoyan Mig- 21 jamais pode deixar de ser incluído no Hall dos grandes aviões de combate.
Acima: O MIG-21 Bison é uma variante derivada do modelo FL.
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