quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

“UM PAÍS SEMPRE TEM UM EXÉRCITO, PODE SER O DELE OU DE OUTRO PAÍS” - CÉLEBRE FRASE!


O texto que se segue é de autoria do meu amigo Pallazo, paraquedista veterano do Exército Brasileiro, Piloto civil e Jornalista, que publicou em seu blog TARAUACÁ NOTÍCIAS. Por considerar de extrema relevância para os temas abordados no WARFARE, solicitei a licença para postar seu texto no WARFARE. 

Por Reginaldo Bassul Palazzo
Lendo a matéria sobre o Porta-Aviões São Paulo que terá tripulação reduzida para "cortar gastos" (aqui), e o sucateamento das “nossas” Forças Armadas só me vem à mente, a emblemática, mas verdadeira frase que encabeça o título dessa matéria cujo autor não consegui identificar.

Os cidadãos de bom senso que não se deixam levar por rixas antigas e que principalmente gostam de ler, verificarão sobre o que eu estou falando se lerem a excelente coleção do Jornalista Júlio Mesquita – A GUERRA 1914/1918 que você pode encontrar aqui mesmo na biblioteca estadual. Isto é, se ainda existir essa biblioteca por aqui.

São quatro volumes grossos que podem ser adquiridos temporariamente por quem, como já disse, gosta de ler. 

Mas, vou me ater a umas pequenas páginas que 100 anos depois é o retrato do Brasil, e pior, é o quadro real das Forças Armadas de nossa nação.

Trata-se de um discurso do Senador Charles Humbert, relator da comissão do exército (um francês patriótico e que não era ingênuo), em que na ocasião apontava as dificuldades das Forças Armadas do seu país já quando os sinais da I guerra mundial despontavam no horizonte.  O que para o Ministro da Guerra Sr. Messimy foi classificado como “críticas carregadas” provou-se no futuro que ele estava certo acerca de suas fortes palavras, no que resumidamente se transformou em troca de acusações, um querendo apontar o culpado, ou, os culpados segundo suas concepções.

O que o Senador Humbert queria imediatamente chamar a atenção é que quando o rufar dos tambores começam a ser ouvidos do outro lado da fronteira e as Forças Armadas não estão preparadas, é tarde demais.

Nesse caso, não adianta mais saber quem estava certo ou quem estava errado. Ter um exército de outro país dentro de seu país deve ser no mínimo uma tortura psicológica indescritível. 

O interessante comparando com nós é que hoje em dia é raro ver parlamentares desta estirpe, parlamentares que sabem que não existem países “amiguinhos” e sim grandes jogos de interesse, muito pelo contrário, o escárnio e a ironia que vem dos ternos e colarinhos sujos contra as forças Armadas aumentam a cada dia no Brasil.

Poderíamos citar um parlamentar nesse nível, chama-se Jair Bolsonaro um patriota que para denegrir sua imagem, o chamam de nacionalista, facista, homofóbico, e pasmem, até de agredir mulheres.

Outra frase, mas não menos célebre, dessa vez com o autor identificado, é uma de Sun Tzu que diz:

“A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar.”, mostra o quão importante é o país ter um mínimo de poder dissuasório, e se os leigos começarem a se interessar por esse assunto e deveriam, constatarão que estamos longe, muito longe disso.





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sábado, 20 de fevereiro de 2016

METRALHADORA FN MAG. Atualização Full Metal Jacket


Conheça uma das mais bem sucedidas metralhadoras de uso geral da história! A FN MAG, usada por mais de 70 países! Clique na foto e navegue no Full Metal Jacket, o blog brasileiro das armas de fogo! 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

FUZIL DRAGUNOV SVD - Atualização Full Metal Jacket


Olá amigos.
O fuzil russo Dragunov SVD já é classificada como uma arma clássica que tem seu lugar ao sol na história da guerra moderna. Em produção desde a década de 60 do século passado e com novas versões, o Dragunov continuará a fazer parte do elenco de muitas guerras ainda. Para conhecer esta formidável arma militar entre em: http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2016/02/izhmash-svd-dragunov-o-classico-fuzil.html

Abraços

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

KB MASHYNOSTROYENIYA SS-26 STONE ISKANDER. O martelo de batalha do exercito russo

FICHA TÉCNICA
Tipo: Míssil balístico de curto alcance (SRBM)
Peso: 3800 kg.
Comprimento: 7,3 m.
Diâmetro: 0,92 m.
Propulsão: Motor de combustível sólido de dois estágios
Velocidade: 7560 km/h.
Alcance mínimo: 50 km.
Alcance máximo: 500 Km (Iskander M); 280 Km (Iskander E).
Guiagem: Sistema inercial com sistema DSMAC para guiagem final (Iskander E); GPS/GLONASS com sistema DSMAC (Iskander M).
CEP: 7 m (Iskander M); 30 m (Iskander E).
Ogiva: 700 kg HE fragmentada,Submunições, Penetradora de concreto, PEM (Pulso eletromagnético, termobarica ou nuclear de 50 kt.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
As armas usadas em artilharia mais comuns são os canhões e foguetes, porém alguns países ainda produzem mísseis balísticos de curto alcance (SRBM) que são usados para destruir alvos táticos do inimigo. É verdade que a grande maioria destes mísseis possuem uma precisão sofrível, necessitando de grandes ogivas para melhorar as chances de causar algum dano ao alvo visado, porém, a Rússia, uma tradicional fabricante de mísseis balísticos de curto alcance, manteve seu desenvolvimento através do míssil 9M723 Iskander (SS-26 Stone, pela nomenclatura da OTAN), uma moderna arma de artilharia que entrou em serviço no exercito russo em 2006 para substituir o míssil balístico de curto alcance SS-23 Spider.
Acima: O antigo míssil 9M714 Oka, ou SS-23 Spider, foi o armamento substituído pelo Iskander, um míssil que trouxe maior precisão para a artilharia russa.
O Iskander é o SRBM russo de maior precisão já desenvolvido. Sua guiagem se dá por diversos meios que dependerá da versão. Porém, a versão mais moderna em uso pelo exercito russo conhecida por Iskander M, é guiado por GLONASS (equivalente russo do GPS norte americano), e por um sistema DSMAC para guiagem final  que compara a imagem do alvo com várias imagens capturadas com uso de aeronaves de reconhecimento e outros meios de inteligência e que são previamente carregada na memória do sistema do míssil, antes do lançamento.  Esse sistema permite um CEP (margem de erro) de 7 metros. Esse índice é típico de mísseis de cruzeiro avançados, porém, com a vantagem da enorme velocidade que um míssil balístico possui. O Iskander, especificamente, tem uma velocidade de 7560 km/h, e um alcance de 500 km.
A Rússia exporta uma versão deste míssil, conhecida como Iskander E, que tem seu alcance limitado a 280 km, para estar de acordo com o Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MTCR), que limita o alcance máximo dos mísseis exportados em 300 km. Outra limitação que há no Iskander E é sua precisão, bastante degradada, em relação ao modelo em serviço na Rússia. O Iskander E tem um CEP de 30 metros, usando um sistema de guiagem inercial com um sistema DSMAC. Com esse desempenho, as defesas antiaéreas inimigas, teriam muito mais dificuldade de interceptar um Iskander do que um míssil Tomahawk, por exemplo. Porém, os sistemas de defesa antimíssil em desenvolvimento nos Estados Unidos, teriam boas chances de sucesso contra esse tipo de armamento.
Acima: A versão inicial do Iskander, que é, inclusive, exportada, tem desempenho menor que a atual versão usada pela Rússia. O modelo da fotografia é justamente um desses modelos iniciais, cujo alcance é de 280 km e sua margem e erro circular CEP, de 30 metros.
O Iskander pode ser equipado com diversos tipos ogivas, sendo que, a versão M, usado pelo exercito russo pode ser equipado com uma ogiva de fragmentação HE com peso de 700 kg, Sub-munições, uma ogiva penetradora de concreto, a potente ogiva termobarica, extremamente destrutiva ou uma moderna ogiva EMP (pulso eletromagnético) que promove a destruição de sistemas eletrônicos, minimizando a perda de vidas próximas ao alvo. Poucas fontes informam, mas acredita-se que os russos mantenham a possibilidade de instalar uma ogiva nuclear de baixo rendimento (10 a 100 Kt) em seus Iskanders, para poderem ser usadas no campo de batalha, com o objetivo de interdita-lo.
A versão de exportação, Iskander E pode ser equipado com ogivas de fragmentação, HE fragmentada e de penetração.
Acima: O carregamento de um míssil Iskander é feito com ajuda de um veículo de recarga 9T250. Cada veiculo lançador transporta dois mísseis para pronto emprego e o veiculo de recarga mais dois mísseis. Abaixo temos uma foto do 9T250.
O lançamento do Iskander se dá no próprio veiculo transportador TEL (Transporter-Erector-Laucher) do modelo MZKT-7930 com tração 8X8, e que transporta 2 mísseis por vez. Esse caminhão é derivado do MAZ-543, bastante comum no transporte e lançamento de mísseis na Rússia. O MZKT-7930 usa um motor a diesel YaMZ-846 que desenvolve uma potencia de 500 Hp, levando o veículo a uma velocidade máxima de 70 km/h em estrada. A autonomia  está em 1000 km, o que é impressionante sob qualquer ponto de vista.
Acima: A viatura lançadora do Iskander é o caminhão MZKT-7930, muito usado para vários sistemas de armas russos. Trata-se de uma confiável viatura com grande autonomia e alta mobilidade em terrenos acidentados.
O Iskander M foi protagonista da discussão sobre a instalação do sistema antimíssil norte americano na Polônia e na republica Checa, quando o presidente russo ameaçou enviar lançadores de mísseis Iskander M para a fronteira entre a Rússia e a Polônia e a Republica Tcheca com o intuito de neutralizar os lançadores dos Estados Unidos nesses países. Existem afirmações, não confirmadas, sobre a capacidade do Iskander M em superar sistemas de defesa antimíssil, porém não se pode afirmar nada a respeito uma vez que não há nada de oficial sobre essa possível capacidade.
Existe algumas informações pouco detalhadas a respeito de uma nova versão deste míssil chamado Iskander K que faz uso de um míssil de cruzeiro R-500 capaz de atingir um alvo a 2000 km com uma margem de erro (CEP) de 7 metros e que foi idealizado pensando justamente em destruir as instalações do sistema anti missil balistico norte americano no leste europeu. Essas mesmas informações superficiais, dão conta que, a entrada em serviço desta versão se deu em 2012 e que se trata de um armamento considerado "top secret', portanto, não aceito oficialmente sua existência por parte das autoridades russas. Fato é, porém, que a Rússia implantou diversos mísseis Iskanders M próximo a sua fronteira ocidental e que certamente o míssil seria capaz de impactar no equilíbrio militar da região, uma vez que se trata de uma arma sofisticada e bem capaz.
Acima: Neste mapa podemos ver o raio de ação do míssil Iskander M quando posicionado em Kaliningrado.

Acima: O Iskander M é a versão usada pelo exército russo atualmente e tem um alcance aumentado para 500 km e a margem de erro restrita a um circulo de apenas 7 metros.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O ISKANDER M


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