quinta-feira, 20 de outubro de 2016

CLASSE DIPONEGORO. A modularidade da compacta corveta de projeto holandês.

FICHA TÉCNICA
Tipo: corveta.
Tripulação: 80 tripulantes.
Data do comissionamento: julho 2007.
Deslocamento: 1692 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 90,7 mts.
Boca: 13 mts.
Propulsão: 2 motores a diesel SEMT Pielstick 20PA6B STC movimentando duas hélices que produzem 23887 Hp de potencia
Velocidade máxima: 28 nós (52 km/h).
Alcance: 8900 Km em velocidade econômica (14 nós/ 26 km/h)
Sensores: 1 radar Thales Naval Nederland MW-8 tridimensional com 110 km de alcance; 1 radar Sperry Marine BridgeMasterE ARPA; 1 radar de controle de fogo LIROD Mk 2. 1 sonar Thales UMS 4132 Kingclip de casco.
Armamento: 2 lançadores duplos para mísseis MM-40 Exocet Block II; 2 lançadores quádruplos Tetral para mísseis Mistral; Um canhão Oto Melara Super Rapid de 76 mm; 2 canhões Denel Vector Gi-2 em calibre 20 mm; 2 tubos B-515 para torpedos Eurotorp 3A 244S.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
O estaleiro holandês Schelde Naval Shipbuilding produziu uma classe de pequenos navios modulares batizados de Classe Sigma (Ship Integrated Geometrical Modularity Approach) ou simplesmente “Abordagem de modularidade geométrica integrada a navios”, com o objetivo de fornecer uma opção econômica a marinhas com menor orçamento, porém com capacidade efetiva na execução das suas missões. Atualmente a marinha da Indonésia é operadora da versão corveta, conhecida como SIGMA 9113 pelo estaleiro construtor do navio, e batizado de Classe Diponegoro pela Marinha da Indonésia. Embora haja versões maiores deste projeto como o SIGMA 9813 da marinha do Marrocos e as mais modernas SIGMA 10513 e 10514 do Marrocos e da Indonésia, o foco deste artigo é a corveta classe Diponegoro. As outras versões serão abordadas no WARFARE em uma outra matéria.
A Indonésia encomendou 2 corvetas SIGMA 9113 em 2005 sendo que a primeira foi comissionada em 2007. Outros dois navios desta mesma classe foram encomendados em em 2006 e entregues respectivamente em 2008 e 2009.
Acima: Compacta e bem armada, a corveta Diponegoro fornece uma capacidade relvante de defesa costeira para a marinha da Indonésia a um custo baixo de aquisição e manutenção.
Os navios desta classe são adequados a patrulhas costeiras e tem uma capacidade anti-submarino relativamente robusta para uma embarcação deste porte, além de uma capacidade antinavio. Por isso, seu armamento é composto por dois lançadores duplos para mísseis antinavio MBDA MM-40 Exocet, guiados por radar ativo e com um alcance de 70 km.  Para defesa antiaérea há dois lançadores Tetral para 4 mísseis de curto alcance MBDA Mistral cada, cujo alcance é de  5 km sendo seu guiamento por infravermelho (IR). O armamento de tubo é composto por um canhão de tiro rápido Oto Melara Super Rapid de 76 mm cuja cadência de tiro chega a 120 tiros por minuto e com um alcance de 20 km. Mais dois canhões automáticos Denel Vector G-12, em calibre 20 mm também compõe o arsenal do navio. Este canhão leve antiaéreo é uma copia do modelo francês GIAT  F-2, possuindo uma cadência de tiro de 720 tiros por minuto e um alcance de 1500 metros contra alvos aéreos. Para finalizar, há dois tubos B-515 de torpedos Eurotorp 3A 244S cujo alcance máximo chega a 25 km.
Existe um heliporto para operar helicópteros de no máximo 5 toneladas, porém sem hangar. O projeto da SIGMA permite, se o cliente assim desejar, que se instale um hangar para manutenção de um helicóptero.
Acima: O principal armamento de tubo da Diponegoro é o seu canhão Oto Melara Super Rapid de 76 mm montado na proa do navio. Dado a suas compactas dimensões e sua boa cadência de tiro, muitas modernos navios de guerra tem sido armados com este canhão.
A SIGMA possui um radar Thales Naval Nederland MW-8 tridimensional que opera na banda C cujo alcance máximo é de 105 km contra um alvo de grande porte (RCS 100 m² como um bombardeio B-52). Um caça inimigo com 5 m² de RCS, como um MIG-29 pode ser detectado a 60 km. Já o radar de navegação é um Sperry Marine BridgeMasterE ARPA e o radar de controle de fogo é um LIROD Mk 2 usado para designação de alvo para o canhão Oto Melara Super Rapid. Para detecção de ameaças submarinas o SIGMA está equipado com um sonar Thales UMS 4132 Kingklip de média frequência montado no casco cujo alcance máximo é de 64 km.
O sistema de comunicação conta com um data link Linky MK-2 para intercambio de dados com outros navios e aeronaves que estejam operando no campo de batalha.
Acima: O radar Thales Naval Nederland MW-8 tridimensional é o principal sensor do Diponegoro. Comparado aos radares de fragatas usadas pela Europa, este sensor demonstra alcance reduzido. Porém, para a missão a que o navio foi idealizado, ele cumpre o seu papel.
A propulsão é feita por dois motores SEMT Pielstick 20PA6B STC movimentando duas hélices que produzem 23887 Hp de potencia e levam a SIGMA a uma velocidade de 28 nós (52 km/h), e sua autonomia chega a 8900 km, quando navegando em velocidade econômica. De uma forma geral,  o desempenho da classe Diponegoro pode ser considerado pobre, pois o navio não é rápido o suficiente para acompanhar um grupo de batalha, sua autonomia é curta, sendo um navio limitado a operações litorâneas e em guerra de baixa intensidade. Sua qualidade, no entanto, é percebida em sua navegabilidade, que permite operar em mares agitados com segurança.
Acima: A navegabilidade apresentada pelo projeto do navio é sua maior qualidade. Essa característica permite ao Diponegoro estender suas missões para mais distante do litoral.
Como pode se ver pelos dados apresentados nesta matéria, a pequena corveta holandesa em uso pela marinha da Indonésia é uma resposta de baixo custo (U$ 222 milhões cada unidade) a uma necessidade de alta relação custo benefício. A modularidade do projeto tem permitido novas encomendas de versões modificadas, e maiores, já classificadas como fragatas, que agrega alcance e armamento mais pesado. É interessante observar que o projeto básico, traz um desenho de baixa reflexão ao radar, seguindo a tendência dos novos navios do guerra que tem sido apresentados, notoriamente no ocidente.
Acima: Embora a corveta Diponegoro não tenha um hangar para manter um helicóptero, seu heliporto na popa permite usar um helicóptero leve (5 toneladas).


VÍDEO


Você gosta de tecnologia militar? Fique por dentro das atuais e futuras armas que estarão em combate no campo de batalha. Siga o WARFARE no TwitterFacebook.



quarta-feira, 12 de outubro de 2016

AUGUSTA/ WESTLAND A-129 INTERNATIONAL. O garanhão italiano de asas rotativas.

FICHA TÉCNICA 
Peso: 3220 kg (vazio)
Altura: 3,04 m.
Comprimento: 12,62 m.
Propulsão: 2 motores  Rolls Royce LHTEC T-800-LHT-802 com 1608 HP de potência cada.
Velocidade máxima: 302 Km/h.
Velocidade de cruzeiro: 278 Km/h.
Alcance:  561 Km (combustível interno); 1000 km (combustível externo)
Razão de subida vertical: 612 m/min.
Fator de carga: +3,5 Gs
Altitude máxima: 6096 m.
Armamento: Mísseis Ar-Ar: FIM-92 Stinger RMP e MBDA Mistral
Mísseis Ar-Superfície: BGM-71D TOW-2 , Spike-ER, AGM114 Hellfire., Foguetes: Hydra 70 e SNIA BPD 81 mm Medusa.
Interno: 1x General Dynamics M197 de 20 mm com 500 munições.

PREFÁCIO
Por Anderson Barros - uma parceria com o site PLANO BRASIL
Os últimos anos a Europa tem mostrado que vem diminuindo sua dependência dos EUA no campo de sistemas bélicos. Sua forte indústria de defesa vem desenvolvendo tecnologia e sistemas para o campo militar apresentando soluções próprias para suas Forças Armadas.
Um exemplo é o desenvolvimento, pelos italianos, do primeiro helicóptero de combate europeu, o Agusta A-129 Mangusta. Foi projetado em 1978, mas só agora, com a versão A-129 International, fabricado pelo consórcio Agusta-Westland, esse helicóptero tem chamado a atenção, sobretudo depois que a Turquia selecionou o A-129 para servir de base para o seu programa de um Helicóptero de ataque e reconhecimento conhecido como ATAK.
A ORIGEM
O Agusta A-129 Mangusta foi desenvolvido a pedido do exercito italiano que viu a necessidade de dotar suas unidades aéreas com um vetor de ataque dedicado com capacidade antitanque. O A-129 foi o primeiro helicóptero de ataque dedicado totalmente projetado e construído na Europa ocidental. Seu projeto se iniciou em 1978 sendo que seu projeto final ficou pronto apenas em 1982. 
Os requisitos do Exercito italiano apontava para um vetor apto a realizar missões antitanque, escolta e ataque á objetivos em solo. O primeiro voo do protótipo inicial (de um total de cinco) ocorreu em 1983. Seu programa de testes e avaliações se estendeu ate meados de 1987, quando então foi assinado o contrato de produção do modelo que viria gerar diversas versões ao logo de sua carreira.
O nome escolhido pelo exercito italiano e pela Agusta para batizar seu novo Helicóptero de ataque foi Mangusta (O mangusto e conhecido pela sua facilidade em matar cobras venenosas.). Esse nome comercial foi escolhido devido o A-129 ser um concorrente direto do Bell A-1 Cobra que naquela época rivalizava com o projeto da Agusta.
Em 1986, os governos da Itália, Holanda, Espanha e Reino Unido assinaram um memorando de entendimento para desenvolver uma versão melhorada do A129, chamado de “Joint European Helicopter”. O memorando solicitava a instalação de motores mais potentes, um novo sistema de rotor, trem de pouso retrátil, melhores sensores e armamento mais potente. Porém o projeto ruiu em 1990, quando Grã-Bretanha e a Holanda decidiram pela compra do AH-64 Apache, enquanto a Espanha optou pelo Eurocopter Tiger.
No inicio da década de 1990 a Agusta começou a trabalhar em uma variante do A-129 Mangusta voltada para o mercado de exportação. Essa nova versão recebeu melhorias nos motores, avionicos e armamentos para atender as exigências do mercado de exportação. Devido a essas modificações a Agusta (agora AgustaWestland ) alterou o nome de Mangusta para International (segundo o fabricando esse novo nome condiz melhor com o seu objetivo  que e o mercado de exportação).
Acima: O protótipo do A-129 Mangusta apresentava linhas mais simples que os atuais AW-129, mas já demonstrava forte potencial de crescimento da aeronave.

PROTEÇÃO

Um dos pontos mais trabalhados no desenvolvimento do A-129 foi a sua capacidade de sobrevivência e segurança da tripulação. A estrutura da cabine da tripulação e os sistemas vitais tais como motorização, tanques de combustível, rotor principal são blindados e resistentes a impactos de munição calibre 12,7 mm. Os propulsores são posicionados nas laterais da fuselagem bem espaçados um do outro e separados pela caixa de transmissão para reduzir a probabilidade de danos simultâneos. Os  tanques de combustível possuem um sistema anti-explosão e anti-vazamento composto por um sistema auto selante alem de um completo sistema de extinção de incêndio. As pás são construídas em materiais compostos altamente resistentes, aumentando sua resistência balística das mesmas sendo capazes de resistir a vários impactos de munição de canhões calibre 23 mm, fornecendo a capacidade de voo seguro mesmo após ter sido atingida. A estrutura principal do A-129 possui tecnologia anti-crash (antichoque) com capacidade de absorção de impacto, que também é aplicada nos assentos da tripulação, que juntamente com o conjunto de trens de pouso principais que foram projetados para suportar o impacto de uma queda.

Outro sistema de proteção e o supressor de calor nos bocais de exaustão que resfria e direciona o fluxo das turbinas para longe da estrutura da aeronave diminuído a assinatura IR do vetor e a integração do filtro separador de partículas (Pall Vortex Engine Air Particle Separator System), que visa a não ingestão de FODs ou grãos de areia.  O vetor também possui proteção contra ambientes QBN (Químico, biológico e nuclear).
Acima: A proteção do A-129 vai além de placas de blindagens capazes de "segurar" projéteis calibre 12,7 mm. A aeronave conta com um lançador de iscas chaffs e flares atras do rotor principal, que lança iscas contra mísseis guiados a calor (IR) e por radar.

SISTEMAS EMBARCADOS
O AW-129 utiliza unidades de exibição com o conceito de glass cockpit e um elevado nível de automação de seus sistemas, visando à redução da carga de trabalho dos tripulantes nas múltiplas tarefas que este vetor pode realizar.
O vetor possui integração de um sistema de posicionamento global GPS, sistema de navegação inercial (satélite-inercial), novas e poderosas unidades de processamento, novos softwares e a integração do sistema de visão noturna HIRNS (Helicopter Infrared Navigation System).
O vetor também foi compatibilizado com a utilização de óculos de visão noturna. Para a detecção, identificação e designação de alvos o A-129 foi equipado com o sistema HIRNS, que é composto por um sistema FLIR fornecido pela Honeywell, uma câmera CCD TV que substituiu o sistema de mira telescópica TSU (Telescópica Sight Unit), um sistema de telêmetro laser e um designador laser, que são montados em uma torre giratória sobre o nariz e um sensor IR que fica alocado à frente do nariz em uma pequena torre giratória, que fornece uma visão progressiva ao piloto em ambientes noturnos e em, mas condições climáticas.
Este sensor é integrado ao sistema de mira montado no capacete IHADS (integrated helmet and display sighting system), que direciona o sensor IR para onde o piloto estiver olhando, a mira montada fornece informações de navegação que permitem o voo Nap-of-the-earth (NOE) com baixo perfil seguindo a baixa altura, utilizando o mascaramento do terreno, se escondendo atrás das imperfeições do solo e das copas das árvores evitando a detecção pelos radares inimigos.
Este sistema de mira montada no capacete também permite apontar automaticamente o canhão para onde o copiloto-artilheiro estiver olhando. O A-129 está equipado com uma suíte de contramedidas eletrônicas e  descartáveis composta por um sistema de alerta de radar RWR (Radar Warning receiver) Elettronica ELT-156, sistema de alerta de laser LES (laser warning systen) BAE Systems Itália RALM-101, sistema de jammer EM Elettronica ELT-554, sistema de jammer IR BAE Systems IEWS NA/ALQ-144A e dispensadores de Chaff e Flare.
Acima: O A-129 possui uma moderna avionica com conceito Glass cockpit, que reduz a carga de trabalho da tripulação.

SISTEMAS DE ARMAS
O A-129 International pode ser dotado com uma ampla gama de armas em seus quatro pontos de fixação de armamento. Para missões anti superfície e antitanque o mesmo pode ser equipado com mísseis ar-terra AGM-114 Hellfire de origem americana possuindo um alcance máximo de 8 km ou o míssil Rafael Spike-ER (Extender Range) de origem israelenses com alcance máximo de 8 km.
O A-129 também pode ser equipado com a família de mísseis mais antigos Raytheon BGM-71 TOW II (Tube-launched, Optically-tracked, Wire-guided) o seu alcance varia de acordo com a versão podendo chegar ate 4.200 metros.
Outro armamento ar-solo é o foguete Medusa de 81 milímetros no qual o podem ser carregados quatro lançadores com sete foguetes. Outro modelo de foguete empregado e o Hydra 70 (70 mm) podendo receber lançadores do modelo M260 para sete foguetes ou M261 para 19 foguetes.
Outra possibilidade que pode ser integrada ao AW-129 e o novo míssil Turco Roketsan UMTAS, que possui um alcance máximo de 8 km e o foguete guiado Roketsan CIRIT 70 mm, guiado a laser semiativo, que possui um alcance máximo de 8 km ambas as armas equipam a versão Turca do AW-129 Internacional (denominada T-129 ATAK).
O Armamento de tubo consiste em um canhão General Dynamics M-197 20 mm de 3 canos giratórios tipo Gatling  com cadência de 750 tiros por minuto montado em uma torre Otobreda TM 197B.
Alem do canhão  existe provisão para dois  POD  FN Herstal HMP-250 equipado com uma metralhadora  FN Herstal M3P calibre 12.7×99mm (.50 BMG) com capacidade para 250 munições. Para combate ar ar  o mesmo pode ser equipado com  mísseis MBDA Mistral guiados por infravermelho (IR) com alcance de 6 km e FIM-92 Stinger, guiado por infravermelho, com um alcance de 4,5 km.
Acima: O armamento orgânico do A-129 é o canhão General Dynamics M-197 em calibre 20 mm, o mesmo usado no famoso helicóptero de combate norte americano AH-1W/Z Cobra.

PROPULSÃO
O A-129 faz uso de uma nova propulsão que substituiu os antigos motores Rolls-Royce Gem 2-1004D. A nova motorização ficou a cargo dos motores LHTEC T-800 fabricado pela Light Helicopter Turbine Engine Company (joint venture entre a Rolls-Royce e Honeywell).
Originalmente este motor foi desenvolvido para o programa do helicóptero Boeing-Sikorsky RAH-66 Comanche. Porém depois do cancelamento do Comanche a LHTEC começou a oferecer seu motor no mercado no qual foi bem aceito passando a equipar os modelos Agusta Westland  Super Lynx 300 e AW-159 WildCat alem de outros projetos.
Os dois motores LHTEC T-800 (sua variante de exportação e chamada de CTS-800) entregam normalmente uma potência de 1563 hp cada mas caso seja necessário o os motores em caráter de emergência podem desenvolver uma potencia de  1608 hp.
Graças a essa potencia o AW-129 possui uma taxa de subida de 612 m/min podendo atingir uma velocidade máxima de 302 Km/h e velocidade de cruzeiro de 278 Km/h. Seu raio de ação e de  561 km e seu alcance e de 1000 km.
Acima: O novo motor LHTEC T-800 são usado no AW-129 são muito mais potentes que os motores originais Rolls-Royce Gem 2-1004D e dão desempenho superior à aeronave.

VARIANTES
A129A Mangusta – Versão de produção original, alimentado por dois motores Rolls-Royce. Gem 2-1004D.
A-129C (CBT – Combate) – Versão atualizada para o exército italiano, que incorpora os mesmos avanços da versão A-129 internacional,  onde os avionicos foram modernizados e a motorização foi mantida  original, com os Rolls Royce Gem 2-1004D que possuem uma potencia máxima unitária de 1120 HP.
A-129D Mangusta – Versão modernizada do modelo CBT com sistemas desenvolvidos para o AW-129 Internacional. O mesmo recebeu um novo conjunto de rotores de cinco pás, canhão General Dynamics M197, torre EOS (Electro-Optical Systems) Rafael Toplite III e capacidade de lançar mísseis Spike ER.
Além disso, o vetor foi  homologado para uso em operações navais onde futuramente ira receber um sistema de dobragem das pás do rotor.
A-129I Internacional (Renomeado como AW-129 Internacional) – Versão dedicada ao mercado de exportação seu projeto começou no inicio dos anos de 1990. Para atender esse mercado o A-129I foi equipado com os propulsores LHTEC T-800 e a nova torre Otobreda TM 197B equipada com o canhão General Dynamics M197 20 mm de 3 canos giratórios tipo Gatling.
Esta nova versão também apresentava um novo conjunto de rotores de cinco pás ao invés de quatro da versão A-129 A, também possuía maior capacidade de combustível e uma avionica modernizada. Essa variante foi selecionada pela Turquia para seu programa de helicóptero de ataque.
TAI T-129 ATAK – Versão baseado no  Agusta Westland  A-129 internacional (AW-129) para atender as exigências Turcas que incluía entre outras coisas o uso de sistemas/avionicos  e armamentos de Origem Turca.
O mesmo também recebeu melhorias para reduziu substancialmente o RCS do vetor como tinta RAP (Radar Asborbent Paint) e materiais RAM (Radar Absorbent Material) e novos bocais de admissão que escondem o duto de entrada da turbina, mascarando as partes quentes, que juntamente com os supressores IR nos bocais de exaustão que direcionam o fluxo das turbinas para longe da estrutura, reduzem substancialmente a assinatura IR do vetor.
Acima: O T-129 Atak é a versão turca do AW-129, com sistemas desenvolvidos pela industria da Turquia.

CONCLUSÃO
O A-129 incorpora tecnologias e soluções interessantes que englobam um custo de aquisição e operação bem acessível. Um bom exemplo disso foi à Turquia que vendo a necessidade de equipar seu exercito com um helicóptero de ataque dedicado capaz de combater nos novos cenários da guerra moderna escolheu o AW-129 Internacional como o modelo base para o desenvolvimento de seu novo vetor.
O desenvolvimento do programa Turco ficou a cargo da Agusta Westland da Itália e pelas turcas Aselsan e TAI (Turkish Aerospace Industries). Esse exemplo poderia ser seguido pelo Brasil onde o AW-129 Internacional poderia ser adaptado aos requerimentos da Aviação do Exercito, sobretudo para suas operações no teatro amazônico. Seguindo o exemplo Turco empresas brasileiras poderiam se tornar fornecedoras para uma variante nacionalizada do  AW-129.
O A-129 seria um ótimo vetor para operar no Teatro de Operações Brasileiros podendo ser operado pela Aviação do Exercito e pelo Corpo de Fuzileiros navais (graças a capacidade do A-129 de se operar embarcado). Operacionalmente seria uma excelente escolta para os Helicópteros de Manobras da Aviação do EB apoiando os mesmos em missões de assalto aerotransportado, Operações especiais (Infiltração/Exfiltração), Busca e Salvamento em Combate. Alem do fato de que atualmente a AvEx (Aviação do Exercito) carece de um vetor de ataque dedicado no cenário amazônico.
Acima: Imagem em corte do A-129 mangusta das primeiras gerações.

VÍDEO


Você gosta de tecnologia militar? Fique por dentro das atuais e futuras armas que estarão em combate no campo de batalha. Siga o WARFARE no TwitterFacebook.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

SUBMETRALHADORA P-90. Atualização Full Metal Jacket


Conheça os detalhes de uma das mais avançadas submetralhadoras disponíveis no mercado militar/ policial do mundo clicando a foto acima. A submetralhadora FN Herstal P-90 trouxe um nível de inovação no universo das armas de fogo que não se via em décadas. Mais informações no Full Metal Jacket, um blog do WARFARE.