quinta-feira, 15 de junho de 2023

FOTO: Fileiras intermináveis de caminhões americanos para a União Soviética

Colunas de caminhões Studebaker, Ford e Chevrolet supridos pelos Estados Unidos aos soviéticos em Moscou, 1944.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 15 de junho de 2023.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética foi abastecida de caminhões, jipes e toda sorte de material rolante pelos Estados Unidos. O número de 173.000 veículos motorizados americanos foram entregues à União Soviética apenas no ano de 1943. Para comparação, o número total de caminhões soviéticos produzidos durante toda a guerra foi de 130.000 veículos. Em 1944, a ajuda nos primeiros 11 meses totalizou US$ 3,16 bilhões e incluiu 144.000 veículos motorizados. Segundo David Glantz, estes caminhões resolveram uma das maiores deficiências do Exército Vermelho, que era a sua inabilidade de ressuprir e sustentar forças móveis quando elas penetrassem nas áreas de retaguarda alemãs. Sem os caminhões, estas penetrações parariam após penetrações curtas, permitindo que as defesas alemãs fossem reconstruídas e assim forçando a um novo ataque de penetração ao invés do aproveitamento do êxito.

"O comando soviético venceu muitas das suas vitórias de 1943 por ser capaz de  mover, concentrar, coordenar e sustentar grandes forças. O valor dos veículos motorizados e equipamentos de comunicações do Empréstimo-e-Arrendamento é evidente nestas operações em muitos aspectos. Embora os escritores soviéticos raramente mencionem a produção doméstica de veículos motorizados (bastante baixa), o transporte motorizado é descrito como 'melhorado em geral', movimentando quase o dobro do que em 1942. Isso foi em grande parte devido à ajuda externa. É digno de nota que as referências soviéticas ao Empréstimo-e-Arrendamento quase invariavelmente mencionam veículos motorizados."

- Hubert P. Van Tuyll, Feeding the Bear: American Aid to the Soviet Union, 1941-1945, pg. 61-62.

Bibliografia recomendada:

Storm of Steel:
The Development of Armor Doctrine in Germany and the Soviet Union, 1919–1939,
de Mary R. Habeck.

Leitura recomendada:

quarta-feira, 14 de junho de 2023

O Exército Ucraniano já perdeu metade de seus veículos exclusivos Leopard 2R



Por David Axe, Forbes, 11 de junho de 2023.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 14 de junho de 2023.

Os batalhões de engenharia da 33ª Brigada Mecanizada e da 47ª Brigada de Assalto, as principais formações na contra-ofensiva da Ucrânia em 2023, sofreram pesadas perdas de equipamento em seu ataque ao sul de Mala Tokmachka na semana passada.

As perdas incluem pelo menos cinco dos veículos de engenharia especializados dos batalhões. Equipados com arados e rolamentos de minas, esses veículos conduzem tanques e veículos de combate de infantaria através de campos minados, abrindo e rolando um caminho para que os tanques e veículos de combate de infantaria possam romper as defesas inimigas.

Três Leopard 2R da 47ª Brigada abandonados no sul da Ucrânia.
(Captura do Exército Russo)

O fato dos engenheiros terem perdido tantos veículos na quinta-feira ou por volta dela não significa que o ataque às posições russas perto de Mala Tokmachka falhou. Ainda. Um ataque frontal às fortificações inimigas – um “rompimento” – está entre as operações mais difíceis e potencialmente mais caras na guerra terrestre.

Mesmo os exércitos mais bem equipados e bem treinados esperam perder até metade da força de assalto durante um rompimento bem-sucedido. Por acaso, a 47ª Brigada de Assalto ucraniana em apenas uma semana de duros combates abandonou três de seus seis melhores veículos de rompimento - seus Leopard 2R de fabricação finlandesa. Outras perdas ucranianas confirmadas incluem um veículo de engenharia IMR-2 de estilo soviético e um ex-alemão Bergepanzer.

O Leopard 2R é um tanque Leopard 2A4 movido a diesel de 69 toneladas que a empresa finlandesa Patria transformou em um veículo especializado em rompimento.

Patria tirou as torres dos tanques e equipou seus cascos com arados de minas de largura total fabricados pela Pearson no Reino Unido. O Leopard 2R para três pessoas coloca seus 1.500 cavalos de potência atrás do arado e empurra. A batedeira deve detonar qualquer mina com segurança e abrir caminho até as trincheiras e bermas que os exércitos tendem a construir atrás dos campos minados.

Mantendo o seu ímpeto, um Leopard 2R que acabou de limpar um campo minado pode enfiar terra nas trincheiras, atravessar a ponte de terra resultante e depois passar direto pelas bermas adjacentes. Voilá - a fortificação foi rompida e os tanques e a infantaria podem atravessá-la.

O Leopard 2R é o equivalente finlandês do Assault Breacher do Exército dos EUA, sem dúvida o melhor veículo de rompimento do mundo. Mas os finlandeses estavam insatisfeitos com o Leopard 2R. O solo finlandês supostamente é muito rochoso para o arado do veículo, mesmo com 1.500 cavalos de potência atrás dele.

Então Helsinque não hesitou em dar a Kiev todos os seis Leopard 2R. Os finlandeses e ucranianos claramente esperavam que o solo da Ucrânia fosse menos problemático para os veículos invasores.

Os detritos não parecem ser a principal razão pela qual a 47ª Brigada perdeu pelo menos três de seus Leopard 2R, possivelmente durante um único ataque em um campo minado russo ao sul de Mala Tokmachka na manhã de quinta-feira. As minas obviamente eram extremamente densas.

Além disso, a força aérea russa tem o controle do ar sobre a linha de frente sul e tem sido capaz de realizar missões consecutivas com helicópteros de ataque e caças-bombardeiros - uma vantagem crítica que as defesas aéreas terrestres da Ucrânia não conseguiram atenuar.

Embora possa ser perturbador para os defensores de uma Ucrânia livre assistir as brigadas ucranianas perderem muito de seus melhores e mais raros equipamentos, isso não deveria ser surpreendente. Romper um campo minado é difícil mesmo quando você não está sob ataque aéreo implacável.

Mas um rompimento é um pré-requisito para uma ruptura blindada. A Ucrânia levantou nove novas brigadas com equipamentos americanos e europeus e designou todas elas para a contra-ofensiva de 2023. Até agora, apenas três - a 33ª Brigada Mecanizada, a 47ª Brigada de Assalto e a 37ª Brigada de Fuzileiros Navais - se juntaram à luta.

As outras seis novas brigadas - incluindo unidades com tanques ex-poloneses PT-91, tanques ex-britânicos Challenger 2 e blindados de infantaria ex-americanos Stryker - aparentemente estão esperando que as brigadas líderes abram brechas nas linhas russas. Nesse ponto, eles atacarão e explorarão as lacunas.

O setor ao sul de Mala Tokmachka é especialmente importante para a estratégia ucraniana. Mala Tokmachka ancora a linha de frente no Oblast de Zaporizhzhia, 20 milhas (32km) ao norte da cidade estratégica de Tokmak, que fica no corredor principal para Melitopol ocupada pelos russos no Mar de Azov.

Se as forças ucranianas conseguirem perfurar os campos minados ao sul de Mala Tokmachka e correr para Tokmak e depois para Melitopol, terão a chance de dividir em duas as forças russas na Ucrânia.

Tudo o que isso quer dizer, os tanques Leopard 2, blindados de infantaria M-2 e veículos de engenharia Leopard 2R, IMR-2 e Bergepanzer destruídos ou danificados que as 33ª e 47ª Brigadas abandonaram perto de Mala Tokmachka na semana passada são o custo infeliz, mas provavelmente inevitável, da fase mais difícil de uma operação necessária.

Dada a escassez de notícias do front, é possível, mas talvez improvável, que os ucranianos já tenham encontrado um caminho através ou ao redor dos campos minados de Mala Tokmachka. Caso contrário, espere que eles tentem novamente avançar em direção a Tokmak - diretamente ao longo da estrada T0408 ou indiretamente do leste ou oeste.

E não espere que a perda de muitos, ou todos, dos raros Leopard 2R pare o ataque ucraniano. Os aliados da Ucrânia prometeram dezenas de veículos de engenharia especializados para o esforço de guerra, cada um com a capacidade de montar um arado de minas e tentar um rompimento.

Os Leopard 2R podem ser extintos em breve. Mas há muitos IMR-2, Bergepanzers, M-88 e NM189 para substituí-los.

domingo, 11 de junho de 2023

TUPOLEV TU-22 M3 BACKFIRE C. A Fúria branca da força aérea russa.


Tupolev Tu-22M3 Backfire C

FICHA TÉCNICA
Velocidade de cruzeiro: Mach 0,82 (1008 km/h)
Velocidade máxima: Mach 1,63 (2000 km/h)
Alcance: 2000 km. em velocidade supersônica ou 6800 km em velocidade subsônica.  
Teto de serviço: 14000 m.
Propulsão: 2 motores Kuznetsov NK-25 com 24520 kg de empuxo máximo.
DIMENSÕES
Comprimento: 42,46 m
Envergadura: 34,28 m
Altura: 11,5 m
Peso: 54000 kg.
ARMAMENTO
1 canhão de canos duplos GSh-23M de 23 mm com 750 munições. A capacidade de carga é de 24000 kg e que compreende: Bombas FAB-100/ 250/ 500/ 1500/ 3000 de queda livre, Minas navais de 500 e 1500 kg; mísseis Kh-22 (AS-4 Kitchen),  Kh-15 (AS-16 Kickback), e o novo míssil hipersônico Kh-47M2 Kinzhal. 

DESCRIÇÃO
Por Carlos Junior
O fantástico Tupolev Tu-22M3 Backfire C é um bombardeiro único em seu gênero devido a suas dimensões e desempenho diferenciados. Ele não é um bombardeiro de longo alcance, uma vez que seu raio de ação é de pouco mais de 2400 km e seu armamento, também não iguala o transportado pelos grandes bombardeiros estratégico como o Tu-95 Bear ou o Tu-160 Blackjack, porém, sua elevada velocidade que chega a 2000 km/h o coloca como um dos mais velozes bombardeiros dedicado do mundo ao lado do seu irmão maior Blackjack. Devido a suas características diferenciadas, o Tu-22M3 pode ser classificado como um bombardeiro estratégico intermediário.
O velho bombardeiro Tu-22 Blinder apresentou desempenho muito abaixo do que era requisitado.

O desenvolvimento do Tu-22M teve inicio nos anos 60 visando substituir o bombardeiro Tu-22 Blinder cujo desempenho não estava sendo satisfatório. Para resolver essa necessidade da força aérea russa, os engenheiros da Tupolev projetaram um grande avião com asas de geometria variável, recurso este que estava sendo amplamente usado em diversos projetos soviéticos de aeronaves de combate como o Mig-23, Su-17 Fitter e Su-24 Fencer, e que solucionava algumas das deficiências de desempenho em voo de baixa velocidade, aterrissagem e decolagem que ocorria com o antigo Tu-22 Blinder. O primeiro Tu-22M voou no final de agosto de 1969 e apenas nove unidades desse modelo foram construídos para efeito de desenvolvimento do projeto. Mais nove outros Tu-22M1, versão de pré-produção, foram construídas para seguir com os estudos de aperfeiçoamento do modelo.
Tu-22M3 em aproximação para pouso.

O modelo de produção, já com varias melhorias aplicadas foi chamado de Tu-22M2 e entrou em serviço em 1972 e a maior modificação estava em sua entrada de ar para os motores que apresentava uma semelhança com a encontrada no caça norte-americano F-4 Phanton II. Porém a versão definitiva deste bombardeiro só apareceu em 1983. Chamado de Tu-22M3 Backfire C, esta versão apresentava entradas de ar muito semelhantes ao encontrado no grande interceptador MIG-25 Foxbat, além de ter recebido novos motores Kuznetsov NK-25, mais potentes, produzindo 24520 kg de empuxo cada. Com uma potencia total de 49040 kg de empuxo, o Tu-22M3 demonstrou um desempenho melhor chegando a velocidade máxima de 2000 km/h, contra 1750 km/h atingidos pelo Tu-22M2. O alcance do novo Tu-22M3 foi melhorado em 33% em relação a versão anterior chegando a um raio de ação de 2410 km voando em velocidade supersônica, ou, 6800 km em voo econômico, (velocidade subsônica). O peso foi outra mudança entre o Tu-22M3 e seu antecessor. O novo Backfire é três toneladas mais leve que o Tu-22M2, devido as mudanças de desenho e estruturas aplicadas ao modelo.
Cada motor Kuznetsov NK-25 entregam quase 25 mil quilogramas de empuxo cada um. Isso, somado a ao baixo coeficiente aerodinâmico, permite ao Backfire atingir velocidade máxima de 2000 km/h. 

O armamento foi diversificado também. O Tu-22M3 tem capacidade de transportar até 24000 kg de armamento que pode ser composto por 69 bombas de queda livre FAB-250 ou até oito bombas FAB-1500. O Backfire pode transportar também, duas bombas FAB-3000, extremamente potentes, ideais para uso contra alvos reforçados. Os números que constam no nome dessas bombas dão conta do peso delas em quilogramas. Outra carga pouco comentada nos artigos que tratam do Backfire  são as minas navais que são lançadas para interdição naval. Podem ser transportados dois tipos de minas navais sendo que a configuração de transporte delas pode ser de 42 minas de 500 kg ou oito grandes minas de 1500 kg. O arsenal do Backfire, conta com uma variedade de mísseis de precisão como o Raduga Kh-22, mais conhecido no ocidente pela denominação dada pela OTAN “AS-4 Kitchen”, um míssil antinavio extremamente potente cujo alcance pode chegar a 500 km dependendo da versão e condições do lançamento. Este míssil é guiado por INS e por radar ativo, na fase final do ataque, tem uma velocidade de 4300 km/h e sua pesada ogiva de 900 kg de carga moldada revela o principal alvo do Kh-22; os grandes porta-aviões da marinha dos Estados Unidos. Essa ogiva representa mais que dobro do tamanho da de um míssil antinavio convencional. Consta, ainda, que existe uma versão deste míssil equipada com uma ogiva nuclear de 1 megaton (Mt). Essa versão, especificamente, poderia incinerar todo um grupo de batalha norte americano em um só golpe.
O enorme míssil antinavio Kh-22 (AS-4 Kitchen) é o armamento que fez o Backfire se tornar uma grande dor de cabaça para os grandes porta aviões norte americanos.

Outro míssil que faz parte do arsenal do Backfire é o Kh-15 (AS-16 Kickback) um míssil nuclear tático para interdição do campo de batalha, usando uma ogiva nuclear de 350 Kt. O Kh-15 é lançado de um sistema rotatório interno do Tu-22M3 com capacidade de abrigar seis mísseis. O alcance deste míssil é de 280 km, dependendo dos parâmetros de lançamento e seu sistema de guiagem se dá por INS, na versão nuclear. Existe a versão antinavio, chamada Kh-15S, com alcance reduzido para 150 km e equipada com uma ogiva de 150 kg convencional. A sua forma de guiamento se dá por radar ativo.
Mais recentemente, juntou-se ao arsenal de armas que podem ser empregadas no Backfire C, o míssil hipersônico Kh-47M2 Kinzhal. Ao todo, podem ser transportados 4 unidades dessa arma. O Kinzhal pode atingir alvos à distancia máxima de 2000 km e sua velocidade pode chegar a mach 10 (12350 km/h aproximadamente) na fase alta do voo (cerca de 20 km de altitude). Sua ogiva pode ser convencional de alto explosivo ou nuclear com rendimento entre 5 e 50 kt. O sistema de guiagem do Kinzhal é um dado classificado, porém acredita-se que seja uma combinação de um sistema INS que é imune a interferências externas, e por sistema GLONASS. Mesmo assim, algumas fontes chegam a informar que, ainda, há um radar ativo que é usado na fase terminal do ataque.
O Tupolev Tu-22M3 transporta armas externamente em cabides sobre as asas e em um compartimento interno de armas cujo tamanho, relativamente limitado, permite transportar mísseis Hh-15 ou bombas de queda livre.

Para auto defesa, o Backfire, conta ainda, com um canhão de cano duplo em calibre 23 mm GSh-23M que é controlado pelo radar de ré PRS-4KM montado acima do canhão, na base da superfície vertical de controle. Esse canhão tem uma cadencia de tiro na ordem de 2600 a 3000 tiros por minuto e sua capacidade é de 750 projéteis. Além de munição comum, o GSh-23M pode disparar projéteis especiais que agem como iscas flares e chaffs, atrapalhando o sensor de mísseis guiados por calor ou por radar que sejam lançados contra o Backfire pelo quadrante traseiro.
Com um canhão GSh-23 em calibre 23 mm, controlado remotamente, se aproximar pelo quadrante traseiro do Backfire é uma conduta bastante perigosa. 

O radar de ataque usado no Tu-22M3 é o Leninets PNA-D, Este radar funciona com apoio de um sistema de navegação e ataque NK-45. Abaixo do cone do radar existe um sensor óptico OBP-15T usado para mira de bombardeiro com bombas não guiadas (bombas burras).  Como não se pode prescindir nesse tipo de aeronave de combate a suíte de guerra eletrônica do Backfire é bastante completa. O sistema interferidor GERAN SPS-171/ 172 sobrecarrega os radares inimigos com sinais eletrônicos que impedem a determinação da posição correta do Backfire pelos radares inimigos. Além disso, existe um sistema de alerta de aproximação  de mísseis infravermelhos L-082 MAK-UT fornecido pela Ural. Este sistema, operado de forma integrada com o sistema de lançamento de Chaffs (iscas de radar) e flares (iscas infravermelha) APP-50. Para alertar o piloto sobre emissões de radar inimigas que estejam rastreando o Backfire, é usado um sistema RWR Avtomat-3 fornecido pela Ural, também. Como os sistemas de guerra eletrônica apresentada aqui fazem parte de uma mesma suíte fornecida pela Ural, o sistema opera de forma automática quando uma ameaça é detectada, maximizando a eficiência da resposta em caso de ataque.
Devido ao grande tamanho, é possível transporta uma grande variedade de dispositivos eletrônicos para defesa EW (Electronic Warfare -  Guerra Eletrônica).

O Tu-22M3 é um bombardeiro extremamente perigoso, com forte capacidade de infringir severos estragos em um grupo de batalha naval, com suas armas antinavio. Seu armamento e sistema de navegação permitem atacar, de forma muito eficiente, alvos em terra, como bases aéreas ou centro de radares inimigos. Ataques com armas nucleares sobre o campo de batalha ou mesmo contra alvos estratégicos, também fazem parte do “itinerário” do Backfire. Embora o avião apresenta um projeto antigo, para os padrões atuais, ele é, ainda, muito eficiente e digno de respeito pelas forças inimigas. Esse artigo tem por objetivo apresentar apenas a versão Tu-22M3. 
Uma versão atualizada, conhecida como Tu-22M3M está em testes de desenvolvimento nesse momento e quando estiver operacional, trarei os detalhes aqui no WARFARE Blog.
Tupolev Tu-22M3 Backfire C em 3 vistas