Os relatórios indicam que o Japão quer o T-7 como seu próximo treinador para aumentar a cooperação com os Estados Unidos e reduzir custos.
Por Thomas Newdick e tradução por Carlos Junior
Relatórios recentes de Tóquio sugerem que o Japão pretende adquirir o Boeing/Saab T-7A Red Hawk , ou um derivado dele, como seu treinador a jato de próxima geração. As indicações são de que a Força Aérea de Autodefesa do Japão (JASDF) deseja que o sucessor do seu atual Kawasaki T-4 seja a mesma plataforma usada pela Força Aérea dos EUA, para aumentar a uniformidade e reduzir custos em comparação com o desenvolvimento e construção de um novo treinador do zero.
De acordo com uma reportagem recente do jornal Mainichi Shimbun , os governos japonês e norte-americano já estão “coordenando o desenvolvimento conjunto de um sucessor para o treinador T-4 da Força Aérea de Autodefesa do Japão”. No âmbito do programa, a fonte afirma que o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, visitará em breve os Estados Unidos, onde será assinado um acordo relacionado.
Embora o Japão e os Estados Unidos nunca tenham colaborado desta forma num avião de treinamento, o objetivo é tanto reduzir os custos de produção como reforçar a cooperação entre as forças armadas dos dois países, já aliados militares muito próximos.
O relatório sugere o desenvolvimento conjunto do novo treinador da JASDF, embora a aspiração à uniformização das aeronaves pareça indicar que o T-7, ou derivado, é a única escolha realista. O desenvolvimento desta aeronave já está bastante avançado.
O Japão não é o único interessado no T-7A. A Austrália e a Servia já demonstraram interesse no modelo.
O programa T-7 foi muito adiado, mas o primeiro exemplar de engenharia de pré-produção e desenvolvimento de fabricação (EMD) chegou à Base Aérea de Edwards, Califórnia, para iniciar os testes de voo de desenvolvimento, em novembro passado. A Força Aérea dos EUA planeja comprar 351 aviões de treinamento a jato, para substituir seus antigos T-38 Talons . A Boeing também lançou uma versão do T-7 para a Marinha dos EUA, para substituir também seus T-45C Goshawks.
Houve algum interesse internacional anterior no T-7, particularmente da Austrália, embora atrasos no programa tenham levado a Força Aérea Real Australiana a adiar seus próprios planos para substituir seus treinadores a jato BAE Hawk existentes. A Sérvia também foi sugerida como potencial cliente do Red Hawk, provavelmente para um derivado de caça leve, o chamado F-7, que permanece em fase conceitual.
Por Oliver Parken para The Drive - Tradução Carlos Junior
O encouraçado USS New Jersey (BB-62) da classe Iowa já aposentado há muitos anos e reconhecido como o encouraçado mais condecorado da história naval dos EUA e o segundo construído de quatro de sua espécie, deixou seu cais pela primeira vez em mais de 30 anos hoje para uma extensa manutenção. revisão.
Imagens e vídeos do histórico navio de guerra, que está permanentemente ancorado como navio-museu num cais cerimonial na orla marítima de Camden, em Nova Jersey, desde 2001, proliferaram online esta tarde. Estes mostram-no em sua curta viagem pelo rio Delaware até o antigo Estaleiro Naval da Filadélfia, onde serão realizados trabalhos essenciais de manutenção no navio.
USS New Jersey da classe Iowa disparando seus nove canhões de 16 polegadas simultaneamente durante uma demonstração em 1984.
Uma breve cerimônia de partida foi realizada para Nova Jersey na orla marítima de Camden, às 11h00 horário do leste dos EUA, com a presença de pessoal da Marinha dos EUA, veteranos e membros do público, bem como Phil Murphy (D), governador de Nova Jersey, e o congressista Donald Norcross. (D), Sul de Jersey.
De lá, puxado por rebocadores, rumou para o sul, sob a ponte Walt Whitman, vista na imagem de abertura deste artigo, antes de atracar no Terminal Marítimo de Paulsboro à tarde. Lá, de acordo com a WPVI-TV da Filadélfia, ele será balanceado para docagem seca, antes de seguir para a doca seca número três do Estaleiro Naval dentro de seis dias.
O fato de a manutenção da doca ocorrer nesta doca seca em particular representa uma espécie de retorno ao lar para Nova Jersey pois foi lá que o navio de guerra foi construído entre o final da década de 1930 e o início da década de 1940 e lançado em 7 de dezembro de 1942, primeiro aniversário de Pearl Harbor. Quando o contrato para o navio de guerra foi concedido em julho de 1939, Charles Edison, secretário interino da Marinha, optou por nomear o navio construído na Filadélfia com o nome de seu estado natal, Nova Jersey.
No geral, a manutenção é “vital para a longevidade do navio de guerra”, observa o site do museu de Nova Jersey. A previsão é de que as obras levem cerca de dois meses para serem concluídas, o que inclui a repintura do casco do navio, a reforma do sistema anticorrosivo e diversas inspeções.
O New Jersey navega ao lado de uma antiga fragata da classe Oliver H Perry.
De acordo com o curador do navio de guerra, Ryan Szimanski, a mudança para Nova Jersey pode muito bem ser uma “ocorrência única em uma geração” devido à sua idade, informou a WPVI-TV. Szimanski disse ainda ao canal que o navio de guerra representa “um dos objetos feitos pelo homem mais impressionantes de todos os tempos”, deslocando cerca de 57.500 toneladas.
A história operacional de Nova Jersey é tão impressionante quanto o seu tamanho. Após seu lançamento em 1942, ele “percorreu mais milhas, lutou em mais batalhas e disparou mais projéteis em combate do que qualquer outro navio de guerra na história”, observa o site do museu.
Ilustração do programa GCAP em desenvolvimento pela Grã-Bretanha, Itália e Japão
Por Carlos Junior
Para uma pessoa que conhece a história da aviação militar sabe que a Europa foi um berço de grandes conquistas da tecnologia aeroespacial. Muitos aviões de combate inovadores e de bom desempenho foram projetados e construídos no velho continente.
Depois que a OTAN foi criada, sob a liderança dos Estados Unidos, a promoção do medo de uma União Soviética ameaçadora que poderia vir a invadir a Europa Ocidental durante a guerra fria na segunda metade do século passado, e agora, com o medo de uma Rússia governada por um lunático que tem, claramente ambições expansionistas, tem facilitado com que muitos países europeus, no decorre de todas essas décadas que elenquei acima, se tornassem clientes da indústria militar norte americana, levando a uma degradação da capacidade industrial europeia, que não estava mais recebendo investimentos de seus governos para projetar aeronaves próprias. Poucos países se mantiveram firmes investindo em suas industrias, sendo a Grã-Bretanha, França e Suécia os poucos países que tiveram cuidado de não abandonar sua independência nesse campo, embora ainda adquiriram alguma tecnologia dos Estados Unidos.
Hoje, Guillaume Faury, CEO da Airbus defende que os dois únicos grandes programas de desenvolvimento de aeronaves de combate em solo europeu, o GCAP (Programa Global de Combate Aéreo) na sigla em inglês, e que envolve a Grã-Bretanha, Itália e Japão (este ultimo entrou a pouco tempo) e o programa FCAS ou SCAF, como eu prefiro me referir, (Sistema Aéreo de Combate Futuro), que está sendo desenvolvido pela França, Alemanha e Espanha, se unissem em um só programa, para poder proteger a indústria aeroespacial europeia da agressiva entrada de novos caças de 5º geração F-35 de fabricação norte americanas nos países europeus. Com vendas de caças F-35 que superam a soma de vendas de caças Typhoon e Rafales, a manutenção de dois programas de caças vai levar a uma muito provável perda de viabilidade econômica para os dois programas que terão que disputar por encomendas menores dos poucos países que não compraram F-35.
Desenho do programa SCAF da França, Alemanha e Espanha.
Embora haja particularidades nos requisitos de cada nação, a verdade é que, de uma forma bastante geral, ambos os projetos apresentam uma solução com desempenho muito parecido, para não falar idêntico. Observem que tanto o Rafale, quanto o Typhoon, aeronaves irmãos que foram desenvolvidas ao mesmo tempo, trouxeram aeronaves que poderiam, tranquilamente, serem substituídas um pelo outro, pois seus desempenho são muito similares. Esse erro está se repetindo com os programas separados liderados pela França e pela Grã-Bretanha.
Propulsão: Sistema COGAG (Combinação de turbinas a gás e gás) Zorya M36E com quatro turbinas a gás reversíveis DT-59 e duas caixas de câmbio RG-54 que juntas produzem 64000 hp que movem dois eixos com hélices.
Velocidade máxima: 30 nós (56 km/h)
Alcance: 15000 Km.
Sensores: Radar multifuncional IAI EL/M-2248 MF-STAR AESA com 250 km de alcance (busca aérea); Radar de busca aérea Thales LW-08 banda D com 230 km de alcance (aeronaves com RCS de 2m² - Caças pequenos); Radar de busca de superfície Garpun Bal (3TS-25E) com 90 km de alcance; Sonar de casco BEL HUMSA-NG com 14,8 km de alcance; Sonar rebocado de busca ativa BEL Nagin
Armamento: 4 lançadores verticais de 8 células para 32 mísseis antiaéreos de médio alcance Barak 8; 2 lançadores de 8 células para mísseis antinavio BrahMos; 4 tubos para torpedos pesados de 533 mm; 2 lançadores de foguetes anti-submarino RBU-6000; 1 canhão multifunção OTO Melara 76 mm; 4 canhões de defesa de ponto (CIWS) AK-630
Aeronaves: 2 helicópteros Sikorsky SH-3 Sea King ou HAL Dhruv.
DESCRIÇÃO
Por Carlos Junior
A Índia é uma das grandes potencias militares do mundo. Sua situação conflitosa com dois de seus vizinhos (China e Paquistão) obriga as autoridades politicas e militares indianas levarem o assunto defesa muito a sério. Por isso o país tem em seu arsenal armas que vem de muitas fontes, sendo a Rússia o principal parceiro militar indiano, situação esta que está em um momento de mudança com uma aproximação importante dos indianos com o ocidente, notadamente os Estados Unidos.
Com um litoral gigantesco, com mais de 7500 km e banhado pelo Oceano Índico, a marinha indiana é particularmente bem equipada.
Com 163 m de comprimento, a classe Kolkata é quase 10 metros maior que os destroieres norte americana da classe Arleigh Burke.
Com uma relativa grande frota de navios de guerra nos quais 12 deles são destroieres divididos em 4 classes, sendo que as mais importantes e modernas são as classe Kolkata e sua derivada, classe Visakhapatnam, com 3 navios cada classe, a marinha indiana é mais bem equipada que muitas marinhas europeias.
A partir de agora vou apresentar a classe de destroier Kolkata que representou um avanço muito importante na capacidade de combate da marinha indiana, assim como na capacidade industrial do país em projetar navios de guerra modernos para operar em aguas azuis, um importante objetivo da marinha indiana uma vez que hoje ela conta com dois porta aviões para projeção de força além mar e que precisa de uma escolta robusta provida por esses navios de guerra.
O governo indiano aprovou a construção de três destroieres da classe Kolkata em maio de 2000. O primeiro aço foi cortado para o navio líder da classe, INS Kolkata , em março de 2003. Sua montagem foi iniciada em setembro de 2003. Essa classe foi o primeiro destroier indiano projetado com algumas soluções para redução de sua assinatura de radar. Observe, no entanto que este navio não é, ainda, uma embarcação que se possa classificar como furtiva, como são alguns navios europeus modernos.
A propulsão dos destroieres desta classe é composta por um sistema COGAG (Combinação de turbinas a gás e gás) Zorya M36E com quatro turbinas a gás reversíveis DT-59 e duas caixas de câmbio RG-54 que juntas produzem 64000 hp movendo dois eixos com hélices. Assim, com um deslocamento de mais de 7000 toneladas, o navio consegue navegar a velocidade máxima de 30 nós (56 km/h), tendo uma autonomia máxima de 15000 km. Nada mal! Na verdade as dimensões relativamente grandes deste navio (maior que os Arleigh Burke da Marinha dos Estados Unidos), seu relativo elevado deslocamento, poderiam induzir à um observador a acreditar que o navio não tivesse um desempenho tão bom.
Os navios da classe Kolkata possuem um grande alcance podendo navegar a até 15000 km de distancia, o que lhe assegura autonomia suficiente para operar em qualquer parte do planeta.
A suíte de sensores dos navios da classe Kolkata é bastante abrangente e tem como principal elemento o radar de origem israelense IAI EL/M-2248 MF-STAR AESA com 250 km de alcance para busca aérea. Esse radar permite detectar alvos com baixa reflexão de radar (RCS) e ainda superar muitos tipos de técnicas de interferência que um alvo possa tentar empregar para evitar ser rastreado. Para busca aérea dedicada, é empregado o radar francês Thales LW-8, um modelo que já está em operação nos navios de guerra de vários países há muitos anos e que é confiável e de fácil operação, podendo receber a instalação de um sistema de identificação automática amigo/ inimigo (IFF). Este radar tem capacidade de rastrear um alvo aéreo do tamanho de um caça (5m² de RCS) à uma distancia de até 230 km.
Para busca de superfície e designação de alvos para mísseis, é empregado o radar russo Garpun Bal (3TS-25E) com 90 km de alcance.
Já para a guerra antissubmarino, a suíte de sensores é composta pelo sonar de casco BEL HUMSA-NG que opera de forma ativa e passiva capaz de detectar, localizar, classificar e rastrear alvos submarinos a distancias de 14,8 km de alcance. Por ultimo, um sistema de sonar rebocado BEL Nagin que opera exclusivamente no modo ativo está instalado no navio.
Os radares IAI EL/M-2248 MF-STAR (no topo) e o radar Thales LW-08, logo abaixo, compõe os principais sensores de detecção dos navios da classe Kolkata.
A capacidade de combate da classe Kolkata é bastante ampla, sendo capaz de atacar todos os tipos de alvos que se pode encontrar em um teatro de operações complexo de alta intensidade. Comecemos pelos dois lançadores verticais de mísseis antinavio BrahMos, com 16 células de lançamento. O míssil BrahMos é fruto do trabalho conjunto entre empresas indianas e russas que produziram um poderoso míssil supersônico que voa rente á agua (regime de voo sea skimming) à uma velocidade de mach 2,8 (3480 km/h) transportando uma ogiva de 300 kg que pode ser, inclusive, do tipo semi penetradora de blindagem. Este míssil é guiado por sistema INS até as proximidades do alvo, quando passa a empregar um radar ativo na fase final do engajamento. Navios do tamanho de um destroier não se manteriam flutuando se forem atingidos no casco na altura da linha d'água pelo BrahMos e, muito provavelmente, nem um cruzador sobreviria nessas mesmas condições. Há versões do BrahMos que podem sem empregadas contra alvos em terra também.
Para defesa antiaérea, estão instalados 4 lançadores verticais de 8 células para mísseis Barak 8 totalizando 32 mísseis para pronto emprego. Esse sistema de origem de um projeto indo/ israelense, é um míssil de médio alcance podendo, em sua versão básica (a empregada pelo Kolkata) atingir um alvo à distancia de até 70 km, lhe garantindo alguma capacidade de defesa aérea de área. O Barak 8 é guiado por radar ativo, o que lhe garante autonomia total depois de lançado.
Um míssil antinavio BrahMos no momento de seu lançamento pelo destroier Kolkata.
O armamento de tubo é composto por um canhão OTO Melara 76mm Super Rapid montado em uma torre furtiva (para reduzir a seção transversal do radar) capaz de disparar 120 tiros por minutos e com um alcance que varia de 16 km para munição convencional e 40 km para munição VULCANO que são granadas guiadas por GPS contra alvos estacionários e a laser contra alvos moveis. Para defesa antiaérea de ponto, são empregados 4 canhões AK-630 com 6 canos rotativos em calibre 30 mm que disparam 5000 tiros por minuto e são eficazes contra alvos aéreo a à uma distancia de 4000 metros e 5000 metros contra alvos de superfície.
O canhão OTO Melara 76mm Super Rapid é o principal armamento de tubo do Kolkata, e já se tornou um dos principais armamentos de tubo dos mais modernos navios de guerra atualmente. Muitos modernos projetos de navios de guerra em muitas marinhas do mundo todo tem optado por esse canhão.
Para guerra anti-submarino, foram instalados dois tubos duplos para torpedos pesados MK46, de fabricação norte americana. O torpedo MK46 tem um alto desempenho e pode destruir um submarino inimigo a 11 km, e em profundidade máxima de 365 m, sendo guiado por um sistema de sonar ativo/ passivo. Também, para guerra anti-submarino, há 2 lançadores de foguetes anti-submarino RBU-6000 que tem alcance de cerca de 5 km e que funcionam mergulhando na agua e detonando uma carga explosiva de profundidade. Este é um sistema de fabricação russa.
O Kolkata opera dois helicópteros médios HAL Dhruv, de fabricação local, que são usados para missões de resgate, guerra anti-submarino.
O helicóptero HAL Dhruv, projetado e fabricado na Índia, e representa a ala aérea dos navios da classe Kolkata. Dois exemplares são operados por cada navio desta classe.
Como se pode perceber, os destroieres da classe Kolkata representam uma solução de forte compromisso com capacidade indiana para operar em aguas azuis e com uma capacidade de combate bastante relevante, incluindo podendo operar como parte de missões multinacionais em qualquer ponto do planeta. Uma versão bastante aprimorada do Kolkata foi projetada e construída dando origem a classe Visakhapatnam, que recebeu modificações bastante extensas em seu desenho com o objetivo de reduzir ainda mais sua assinatura de radar. Em outra oportunidade vou trazer uma matéria aqui no WARFARE Blog descrevendo esta versão também.
O destroier Kolkata escoltando o porta aviões Vikrant, um dos dois porta aviões indianos em serviço atualmente.
O construtor naval turco Ares revelou seu mais recente projeto de corveta, a ARES 76, na exposição DIMDEX 2024 que acontece em Doha, Catar, de 4 a 6 de março de 2024.
Comunicado de imprensa do Estaleiro Ares
Tradução Carlos Junior
Para os países que procuram salvaguardar os seus direitos e interesses internacionais fora das responsabilidades das entidades locais de aplicação da lei dentro das suas zonas económicas exclusivas ou nas águas internacionais, a nova corveta ARES 76 provou ser uma opção de última geração. As marinhas tendem a identificar plataformas de navios de guerra polivalentes, de comprimento relativamente mais curto e de médio deslocamento, devido à evolução dos conceitos de combate. Com seus muitos recursos, a corveta ARES 76 pode atender de forma fácil a todos esses requisitos.
Com seus atributos básicos, a ARES 76 possui boa capacidade de combate em todos os três tipos principais de guerra; no entanto, sua diversidade de carga útil o diferencia. Para guiar a carga até o alvo, sensores de alta tecnologia são acoplados a um sistema compacto de gerenciamento de combate (CMS). O conjunto EW (Guerra Eletrônica) da ASELSAN pode identificar e diagnosticar ameaças potenciais e direcionar informações que podem ser detectadas eletronicamente com o radar 3D/4D, e o sistema ASELSAN EOS (Electro-Optic Suit) pode identificar e diagnosticar visualmente as mesmas informações. Esses dados valiosos são compatíveis com os sensores TDL Link-16-22, permitindo detecção precisa de alvos e geração de imagens táticas. Com o UAV VTOL leve e totalmente equipado do navio, a probabilidade de detecção e identificação é maximizada.
A ARES 76 tem um canhão naval desenvolvido pela MKE A.Ş./Turkiye de 76 mm para apoio de fogo quatro unidades (opcionalmente oito) dos comprovados mísseis antinavio Atmaca da ROKETSAN (alcance de 250 km) e duas estações de armas remotas de 12,7 mm (RWS) atendem aos requisitos da Guerra Anti-Superfície (ASuW).
Uma das principais características que diferencia a ARES 76 de outras embarcações de tamanho semelhante é a sua versatilidade de carga útil para o conceito de Guerra Anti-Submarino (ASW). Quatro torpedos leves Orka e um sistema de foguete ASW de seis lançadores da ROKETSAN podem eliminar eameaças submarinas identificadas pelas soluções de sonar YAKAMOS Hull Mounted/RT da METEKSAN. Outros sensores de suporte e sistemas eletrônicos relevantes são os sistemas de lançamento XBT e o Telefone Subaquático.
Graças às suas extensas capacidades, a nova corveta do Estaleiro Ares pode manter o mais alto nível de blindagem para proteger a si mesma ou à Unidade de Alto Valor (HVU) e seu grupo de trabalho ao executar a função de missão de Guerra Antiaérea. Após uma avaliação confiável dos dados obtidos do radar 3D/4D, os mísseis de ataque podem ser neutralizados passivamente usando sistemas de isca Chaff desenvolvidos pela MKE ou agressivamente-ativamente usando sistemas de misseis de defensa de ponto PDMS ASELSAN GÖKSUR. A ARES 76 pode implantar e recuperar vários tipos de ULAQ USVs (Veículos de Superfície Não Tripulados), dependendo do conceito de operações do usuário final, como ISR (Reconhecimento de Vigilância de Inteligência), ASW (Guerra Anti-Submarino) ou KAMA (Kamikaze).
As corvetas exigem uma arquitetura de plataforma robusta e considerada para acomodar todos esses sistemas de armas e sensores avançados. Este requisito exige o desenvolvimento de um design de ponta, características excepcionais de navegação e capacidades de plataforma que serão minimamente afetadas pelo mar agitado e proporcionarão alojamentos e locais de trabalho de primeira classe para a tripulação. Para garantir o melhor benefício com o mínimo de necessidade de pessoal, a superioridade das capacidades electrónicas da plataforma são cruciais. São necessários menos de 50 tripulantes qualificados para operar a Corveta ARES 76, que representa menos da metade dos tripulantes em navios de guerra de porte semelhante.