quinta-feira, 27 de junho de 2019

O ADJUNTO DO PELOTÃO DE CARROS DE COMBATE

Foto: Camila Flores - UFSM
Por Roberto Prochnow - 3º Sargento - Instrutor do Centro de Instrução de Blindados (CI Bld) e Carlos Alexandre Geovanini dos Santos - Coronel  - Comandante do CI Bld

      Os carros de combate (CC) são armas poderosas, que por meio da mobilidade, potência de fogo, ação de choque e da proteção blindada podem definir o resultado de batalhas. A eficiência operacional desses blindados depende da capacidade de liderança de seus comandantes, do nível de adestramento das guarnições e do perfeito funcionamento dos sistemas das viaturas.
      Existe a ideia de que o melhor carro de combate é aquele que tem a melhor guarnição, claro que há certo exagero nesta afirmação, mas serve de reflexão sobre a real importância da preparação das guarnições para o combate.
      Cada carro de combate é operado por uma guarnição composta por quatro combatentes, que possuem funções específicas dentro da equipe: o Comandante do carro de combate, o Atirador do CC, o Motorista do CC e o Auxiliar do Atirador do CC.
      As guarnições no compartimento de contato devem ser treinadas para realizarem incursões, e estarem adaptadas com a presença do inimigo à frente, nos flancos e à retaguarda, como uma situação normal no combate de blindados. A guarnição de carros de combate é uma equipe e deve trabalhar como tal. O sucesso depende do trabalho conjunto de todos os seus componentes e da reação rápida, automática e eficaz em todas as situações.
      Para alcançar o melhor êxito nessas ações, a figura do Sargento Adjunto deve receber um destaque especial. A própria explicação do dicionário já sintetiza o significado de Adjunto: “Pessoa associada a outra para auxiliá-la em suas funções”. Além de sua função de comandante de carro, na maioria das vezes, é ele o militar que possui a maior experiência dentre os demais integrantes do pelotão.
      Por ser uma fração pequena quando comparada a outras, o pelotão de carros de combate possui uma proximidade muito grande entre seus militares, onde muitas vezes laços de amizade e funções de trabalho diário são mais estreitados. O adjunto é o responsável por manter a ordem, orientar os sargentos mais modernos e estar sempre pronto pra assessorar o comandante de pelotão. É um militar que deve ser exemplo aos demais sargentos subordinados e estar sempre pronto em substituir o comandante de pelotão.
      Quanto à função tática, o adjunto faz o assessoramento preciso e oportuno de um militar com experiência, facilitando a tomada de decisão do comandante tático em relação ao combate pelo fogo, ou seja, o enfrentamento realizado através da coordenação e controle de fogos diretos, sejam estáticos ou em movimento, através do conhecimento do contexto da operação, da compreensão do estudo do terreno, condições meteorológicas, inimigo, etc. A gestão da cadência de fogo, bem como a divisão dos setores de tiro são incumbidas ao comandante e ao Adjunto, que distribuem suas armas de acordo com a situação vigente.
Acima: FT Bld no Estágio Tático de Bld 2018. 
Fonte: Comunicação Social CI Bld
      Quando não está em adestramentos ou manobras, o dia a dia do pelotão CC é composto por missões administrativas como o preenchimento de livros registro das viaturas, as manutenções propriamente ditas, controle de carga de material de campanha, etc.
      O Sargento Adjunto assume este papel de responsável por cooperar no controle de viaturas e material do pelotão, acompanha e fiscaliza o trabalho de manutenção realizado pelas guarnições.
      O sargento Adjunto pode ainda atuar como Instrutor Avançado de Tiro de seu pelotão, auxiliando na capacitação e treinamento da tropa blindada. Por ocasião da execução das manutenções preventivas e corretivas, o adjunto é responsável por manter atualizado um banco de dados com informações dos carros de combate do pelotão, tais como: problemas e panes encontradas nos CC, quantidade de tiros, trabalhos executados, dentre outros.
      Essas atividades visam o assessoramento ao escalão superior, para que haja o emprego e utilização com máxima eficiência das viaturas blindadas de combate.
      As guarnições que formam os pelotões CC devem constituir uma verdadeira equipe totalmente adaptada ao combate e às missões administrativas do dia a dia. É fácil perceber, pela descrição das funções, que o Adjunto desempenha o verdadeiro papel de um sargento, tornando-se elo de ligação entre as demais praças do pelotão e os oficiais comandantes imediatos.
      É o profissional que desempenha diversas funções, mas a principal é cooperar para o cumprimento oportuno de decisões tomadas dentro do pelotão. Ele é um gestor de capacitação técnica e tática, e peça fundamental para o bom andamento dos trabalhos.

AÇO, BOINA PRETA, BRASIL!
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS
Matéria originalmente postada na pagina oficial do centro de Instrução de Blindados.
O Twitter do CI Bld é: https://twitter.com/bld_ci

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segunda-feira, 24 de junho de 2019

BOEING/ BAE SYSTEM AV-8B HARRIER II PLUS. A segunda geração de uma revolução!

FICHA TÉCNICA
Velocidade de cruzeiro: 926 km/h (Mach 0,75)
Velocidade máxima: 1080 km/h (Mach 0,9).
Razão de subida: 4485 m/min.
Potência: 1,02.
Carga de asa: 94,29 lb/ft².
Fator de carga: +8; - 3 Gs
Taxa de giro instantâneo: 14º/s
Razão de rolamento: 200º/s
Teto de Serviço: 15240 m
Alcance: 3300 km (com tanques externos)
Alcance do radar: Raytheon AN/APG-65 com 140 km de alcance contra alvos aéreos de 5m2 de RCS,
Empuxo: Um motor Rolls Royce F-402-RR-408 com 10500 kg de empuxo
DIMENSÕES
Comprimento: 14,12 m
Envergadura: 9,25 m
Altura: 3,55 m
Peso: 6336 Kg
Combustível Interno: 7762,48 lb
ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil AIM-9 L/M Sidewinder; Míssil AIM-120 Amraam
Ar Terra: Bombas de queda livre (burras) MK-82/ 83/ 84; Bombas guiadas a Laser GBU-12 /16; Bombas GBU-32 JDAM; Bombas de fragmentação; Míssil AGM-65 Maverick, Míssil AGM-84 Harpoon; AGM-88 HARM casulos de foguetes (diversos calibres)
Interno: 1 canhão GAU-12U Equalizer de 5 canos rotativos em calibre 25 mm.

sábado, 22 de junho de 2019

FORÇA TAREFA DE INFANTARIA DE MATTIS:: Corrigindo "Um Erro Geracional"

 
Por Bob Scales, 26 de novembro de 2018
Tradução Filipe do A. Monteiro.

O Major-General reformado Bob Scales é o ex-comandante do Army War College, um veterano do Vietnã (e ganhador da Silver Star por bravura) que se tornou historiador militar e futurista. Ele também é um dos pais da Close Combat Lethality Task Force (Força-Tarefa de Letalidade em Combate Aproximado) do Secretário de Defesa Jim Mattis para reformar a infantaria. Neste artigo, Scales vai para as conquistas da força-tarefa, sua justificativa e as décadas de derramamento de sangue desnecessário que ela busca encerrar. - os editores.

Oito meses atrás, o Secretário de Defesa Jim Mattis criou a Força-Tarefa de Letalidade em Combate Aproximado para corrigir um erro geracional. Ele mesmo um Fuzileiro Naval de infantaria reformado, Mattis entendia que as forças de combate aproximado da América, que consistiam em menos de 4% das pessoas de uniforme, haviam sofrido mais de noventa por cento das mortes americanas desde o final da Segunda Guerra Mundial. Sua intenção: tornar nossas formações de infantaria dominantes nos campos de batalha de amanhã.
A maioria dos esforços para reformar o Pentágono tem como premissa o desenvolvimento e a aquisição de coisas - armas, aviões, navios, mísseis, satélites, tudo a um custo sempre crescente. Mas o combate aproximado exige muito mais do que armamentos superiores. Em sua essência, a luta aproximada é uma experiência exclusivamente humana que combina uma pequena unidade contra outra em um duelo até a morte. A vitória chega ao lado que tem vontade superior, astúcia, inteligência, tenacidade e habilidade nas armas.
Assim, a tecnologia é apenas uma das cinco linhas de esforço da Força-Tarefa. Três outras abraçam os intangíveis da dimensão humana: política de pessoal, treinamento e desempenho humano em combate. A quinta é um esforço de olhar o futuro para alavancar a ciência emergente, ainda como ciência não comprovada - dos novos materiais leves ao desempenho cognitivo - para alcançar vantagens competitivas nos campos de batalha de amanhã.
A principal linha de esforço da Força-Tarefa é dedicada ao recrutamento, seleção, treinamento e aculturação de soldados de infantaria superiores. Não podemos voltar aos dias de “Willie e Joe”, as icônicas caricaturas da Segunda Guerra Mundial de doughboys maltratados e mal treinados. De agora em diante, a infantaria será tratada como uma categoria “excetuada”, uma força separada das outras armas e da burocracia usual de pessoal. Iniciativas que a Força-Tarefa lançou ou está considerando incluem um novo sistema para avaliar os recrutas para os atributos especiais dos soldados de combate aproximado; aumentando o tempo que os líderes gastam em uma pequena unidade específica antes de serem realocados; acrescentando instrução profissional adicional para os graduados de pequena unidade; estender o tempo de treinamento para novos recrutas; bônus seletivos e incentivos para servir nas especializações de combate aproximado e políticas que isentem as unidades de combate aproximado das distrações dos deveres que não são da infantaria.
Acima: Então Tenente-General James Mattis no Iraque.
O treinamento é crítico: o Secretário Mattis disse que os soldados de infantaria devem lutar “25 batalhas sem derramamento de sangue” antes de verem o primeiro combate. Os métodos tradicionais de treinamento nunca prepararão adequadamente um soldado de combate aproximado para o choque terrível de sua primeira vez sob fogo. Assim, a primeira prioridade da Força-Tarefa é desenvolver simulações de pequenas unidades que reproduzam o choque, a incerteza, o caos e o medo da luta aproximada. A equipe está bem engajada na criação de ambientes virtuais aprimorados por tecnologias de realidade aumentada, imergindo soldados de infantaria dentro de simulações que oferecem a repetição com variação, cenário após cenário estressante com novas surpresas a cada vez, uma experiência de treinamento verdadeiramente transformacional.
A Força-Tarefa dedica-se à premissa de que os soldados de combate aproximado são os atletas finais que, despreparados ou inaptos, podem pagar o derradeiro preço em uma derrota. Assim, a Força-Tarefa dedica-se a replicar um regime de ciência esportiva da NFL, no qual os profissionais de educação física e terapeutas profissionais se tornarão parte integrante do treinamento de uma unidade de combate aproximado.
A pesquisa de desempenho humano para atletas profissionais, pilotos e astronautas percorreu um longo caminho ao longo das últimas décadas. Nem tanto para soldados e Fuzileiros Navais de combate aproximado. Um dos objetivos principais da Força-Tarefa é explorar os avanços recentes na ciência do desempenho, a fim de aumentar a capacidade dos soldados de infantaria de se sobressaírem nas habilidades mortais de combate aproximado. Iniciativas de desempenho humano incluem uma expansão do esforço do Exército para instrumentar totalmente os corpos dos soldados de infantaria com sensores e dispositivos de feedback para rastrear a condição física e psicológica de um soldado em combate. A Equipe está preparando uma série aprimorada de programas semelhantes à iniciativa de saúde e bem-estar do “H2F” do Exército, que otimizará a capacidade dos soldados de se submeterem ao estresse extremo do combate aproximado.
Embora a ciência humana e as políticas de pessoal formem os elementos decisivos da reforma de pequena unidade, as ferramentas do ofício da infantaria ainda são importantes. Duas tecnologias parecem oferecer o maior potencial para alcançar o domínio na luta aproximada:

  • Primeiro, por quase meio século, as forças terrestres dos Estados Unidos foram equipadas com armas de pequeno porte, o calibre 5,56 mm, armas de assalto por impingimento de gases da família M-16 / M-4. Uma das principais prioridades da Força-Tarefa tem sido um avanço tecnológico na tecnologia de armas individuais. Os serviços terrestres estão bem avançados no desenvolvimento de uma família de fuzis e metralhadoras da próxima geração que serão capazes de penetrar nas armaduras avançadas dos pares concorrentes em alcances extremos com extraordinária precisão.
  • Mas o domínio tecnológico na luta aproximada não é apenas uma função das armas de pequeno porte superiores: a vitória na luta aproximada vai para o lado quem pode ver, sentir e atirar primeiro no inimigo. Assim, a Força-Tarefa dedicou a maior parte de seus esforços a novas tecnologias para dar a um soldado de infantaria do Exército ou dos Fuzileiros Navais um conjunto de óculos digitais, um "Heads Up Display" (Monitor de Alertas, HUD) com visão noturna embutida, dados táticos e direcionamento de mira vinculadas ao sistema de pontaria de sua arma. Essa tecnologia de HUD permitirá que o soldado de infantaria não apenas engaje o inimigo com grande precisão e letalidade, mas também veja uma exibição virtual de informações essenciais de combate, como suspeitas de posições inimigas e a localização de unidades amigas próximas.
Acima: Simulador de tiro ao alvo do exército. Tais sistemas podem treinar tarefas específicas mas não o conjunto, habilidades altamente físicas necessárias para o combate de infantaria, e é por isso que o Pentágono está desenvolvendo técnicas mais imersivas de “realidade aumentada”
A comunidade de aquisições pode aprender muito com o sucesso da Força-Tarefa de Letalidade em Combate Aproximado. Desde o início, a Força-Tarefa foi construída em torno de um grupo de oficiais da ativa e reformados e graduados, experientes em combate aproximado, e oficiais não-comissionados. Assim, apenas aqueles com “a pele no jogo” - e não executivos de aquisição - foram transformados nos principais tomadores de decisão nesse empreendimento.

Então, para evitar distrações burocráticas desnecessárias, a Força-Tarefa atende a intenção do ex-Secretário concentrando-se rigorosamente apenas em pequenas unidades de combate aproximado. A carta da Força-Tarefa limitava-se àqueles programas e iniciativas que poderiam ser alcançados dentro de um período determinado, explorando as ciências humanas e ciências materiais existentes. Mais importante ainda, desde o início, a liderança da Força-Tarefa foi dedicada a catalisar um esforço comum entre os serviços terrestres: Exército, Fuzileiros Navais e Operações Especiais.
A lição aprendida até agora é clara. Uma pequena equipe como a Força-Tarefa pode realizar milagres, mesmo no ambiente constritivo e burocraticamente estultificado de hoje - se os líderes do esforço tiverem a pele no jogo e se tiverem o poder de superar os impedimentos das regulamentações e políticas restritivas em sua busca para manter vivos aqueles mais propensos a morrer. O sucesso vem de uma abordagem holística para a reforma que envolve em um único esforço de transformação todos os elementos que garantem a superação em combate: tecnologia, treinamento, políticas, regulamentações e, mais crucialmente, o espírito humano.


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quinta-feira, 13 de junho de 2019

AIRBUS HELICOPTER UH-72A LAKOTA. As asas da guarda nacional dos Estados Unidos

FICHA TÉCNICA
Peso: 3800 kg (vazio)
Altura: 3,45 m.
Comprimento: 10,20 m.
Propulsão: 2 motores Turbomeca Arriel 1E2 turboshaft com 1476 Hp de potência.
Velocidade máxima: 277 Km/h.
Velocidade de cruzeiro: 240 Km/h.
Alcance: 651 Km.
Razão de subida: 488 m/min.
Altitude máxima: 6096 m.
Carga: 9 soldados equipados ou duas macas  e um grupo médico.
Cargas externas: 1790 kg
Armamento: Sem armamento na versão do exército

domingo, 2 de junho de 2019

SAR-21. Colocando uma luz sobre o desconhecido fuzil bullpup.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Fuzil de assalto.
Miras: SAR-21: Uma luneta integrada à coronha com ampliação de 1,5 X, e miras abertas sobre a luneta para uso reserva; SAR-21A: Trilho picatinny para instalação de miras reflex, holográficas, lunetas, apontadores laser e lanternas
Peso: 3,82 kg (vazio).
Sistema de operação: Aproveitamento de gases e ferrolho rotativo.
Calibre: 5,56x45 mm.
Capacidade: 30 munições.
Comprimento Total: 80,5 cm
Comprimento do Cano: 20 pol.
Velocidade na Boca do Cano: 970 m/seg
Cadência de tiro: 650 tiros/ min.