sábado, 29 de fevereiro de 2020
EUA e Talibã assinam acordo que visa acabar com a guerra no Afeganistão
Pela Associated Press, Fox Los Angeles, 29 de fevereiro de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 29 de fevereiro de 2020.
Nota do Tradutor: leitura recomendada aqui e aqui.
Doha, Catar - Os Estados Unidos assinaram um acordo de paz com militantes talibãs no sábado, com o objetivo de pôr fim a 18 anos de derramamento de sangue no Afeganistão e permitir que as tropas americanas voltem para casa após a guerra mais longa da América.
Segundo o acordo, os EUA reduziriam suas forças para 8.600, de 13.000 nos próximos 3-4 meses, com as forças americanas restantes se retirando em 14 meses. A retirada completa, no entanto, dependeria no Talibã cumprindo os compromissos para impedir o terrorismo.
O presidente George W. Bush ordenou a invasão liderada pelos EUA no Afeganistão em resposta aos ataques de 11 de setembro de 2001. Algumas tropas dos EUA atualmente servindo lá ainda não haviam nascido quando o World Trade Center entrou em colapso naquela manhã ensolarada que mudou a maneira como os americanos veem o mundo.
Demorou apenas alguns meses para derrubar o Talibã e enviar Osama bin Laden e os principais militantes da Al-Qaeda através da fronteira para o Paquistão, mas a guerra se arrastou por anos enquanto os Estados Unidos tentavam estabelecer um estado estável e funcional em um dos países menos desenvolvidos do mundo. Os talibãs se reagruparam e atualmente dominam mais da metade do país.
Os EUA gastaram mais de US$ 750 bilhões e, por todos os lados, a guerra custou dezenas de milhares de vidas perdidas, permanentemente marcadas e interrompidas indelevelmente. Mas o conflito também foi frequentemente ignorado pelos políticos dos EUA e pelo público americano.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, participou da cerimônia no Qatar, onde o Talibã tem um escritório político, mas não assinou o acordo. Em vez disso, foi assinado pelo enviado de paz dos EUA Zalmay Khalilzad e pelo líder do Talibã, mulá Abdul Ghani Baradar.
O Talibã abrigou Bin Laden e sua rede da Al-Qaeda enquanto eles conspiravam e depois comemoravam os seqüestros de quatro aviões que foram jogados na parte baixa de Manhattan, no Pentágono e em um campo no oeste da Pensilvânia, matando quase 3.000 pessoas.
Pompeo havia dito em particular em uma conferência de embaixadores dos EUA, no Departamento de Estado nesta semana, que ele só iria porque o presidente Donald Trump insistiu em sua participação, segundo duas pessoas presentes.
Dezenas de membros do Talibã já haviam realizado uma pequena marcha da vitória no Catar, na qual eles agitavam bandeiras brancas do grupo militante, de acordo com um vídeo compartilhado nos sites do Talibã. "Hoje é o dia da vitória, que veio com a ajuda de Allah", disse Abbas Stanikzai, um dos principais negociadores do Talibã, que se juntou à marcha.
Trump prometeu repetidamente tirar os EUA de suas "guerras intermináveis" no Oriente Médio, e a retirada de tropas poderia dar um impulso à medida que ele buscar a reeleição em um país cansado de se envolver em conflitos distantes.
Trump abordou o acordo do Talibã com cautela, evitando as críticas em torno de outras grandes ações de política externa, como suas negociações com a Coréia do Norte.
Em setembro passado, em pouco tempo, ele cancelou o que seria uma cerimônia de assinatura com o Talibã em Camp David, após uma série de novos ataques talibãs. Mas desde então ele apoia as negociações lideradas por seu enviado especial, Zalmay Khalilzad.
Sob o acordo, o Talibã promete não permitir que os extremistas usem o país como palco para atacar os EUA ou seus aliados. Mas as autoridades dos EUA relutam em confiar no Talibã para cumprir suas obrigações.
As perspectivas para o futuro do Afeganistão são incertas. O acordo prepara o terreno para negociações de paz envolvendo facções afegãs, as quais provavelmente serão complicadas. Pelo acordo, 5.000 talibãs serão libertados das prisões dirigidas pelos afegãos, mas não se sabe se o governo afegão fará isso. Também há dúvidas sobre se os combatentes talibãs leais a vários senhores da guerra estarão dispostos a se desarmarem.
Não está claro o que acontecerá com os ganhos obtidos sobre os direitos das mulheres desde a derrubada do Talibã, que reprimiu mulheres e meninas sob uma versão estrita da lei da Sharia. Os direitos das mulheres no Afeganistão foram uma das principais preocupações do governo Bush e Obama, mas o Afeganistão continua sendo um país profundamente conservador, com as mulheres ainda lutando por direitos básicos.
Atualmente, existem mais de 16.500 soldados servindo sob a bandeira da OTAN, dos quais 8.000 são americanos. A Alemanha tem o segundo maior contingente, com 1.300 soldados, seguida pela Grã-Bretanha com 1.100.
Ao todo, 38 países da OTAN estão contribuindo com forças para o Afeganistão. A aliança concluiu oficialmente sua missão de combate em 2014 e agora fornece treinamento e apoio às forças afegãs.
Os EUA têm um contingente separado de 5.000 soldados destacados para realizar missões de combate ao terrorismo e fornecer apoio aéreo e terrestre às forças afegãs quando solicitado.
Desde o início das negociações com o Talibã, os EUA intensificaram seus ataques aéreos contra o Talibã, bem como com uma afiliada local do Estado Islâmico. No ano passado, a força aérea dos EUA lançou mais bombas no Afeganistão do que em qualquer ano desde 2013.
Há sete dias, o Talibã iniciou um período de sete dias de "redução da violência", um pré-requisito para a assinatura do acordo de paz.
"Vimos uma redução significativa da violência no Afeganistão nos últimos dias e, portanto, também estamos muito próximos da assinatura de um acordo entre os Estados Unidos e o Talibã", afirmou o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, na sexta-feira em Bruxelas.
Ele esteve em Cabul no sábado para uma cerimônia de assinatura separada com o presidente afegão Ashraf Ghani e o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper. Essa assinatura pretendia mostrar o apoio contínuo da OTAN e dos EUA ao Afeganistão.
"O caminho para a paz será longo e difícil e haverá contratempos, e sempre existe o risco de spoilers", disse Stoltenberg. "Mas o fato é que estamos comprometidos, o povo afegão está comprometido com a paz e continuaremos a fornecer apoio".
Original: https://www.foxla.com/news/us-taliban-sign-deal-aimed-at-ending-war-in-afghanistan?fbclid=IwAR0X-CaIVA2UpgYCdw999Ft2l0w34Bn2MlK4NBJj2tNFj7N4FMIzy5fQC0A
FOTO: Cerimônia de incorporação dos novos operadores do GIGN
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Cerimônia de incorporação dos novos operadores do GIGN, noite de 28 de fevereiro de 2020. |
A foto foi postada na página oficial do GIGN (Groupe d'intervention de la Gendarmerie nationale) com a seguinte legenda:
CERIMÔNIA TRADICIONAL:
Esta noite, um grande momento intenso e solene para os membros do GIGN. Damos ao novo pessoal que contribui para as missões, o emblema da manga e o cordão fourragère e aos nossos futuros operacionais em estágio, o MR-73, arma tradicional, bem como o emblema da manga e o cordão fourragère.
Felicitações a eles.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
Sahel: Tendo sofrido perdas significativas contra a Barkhane, os jihadistas procuram adquirir drones
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GCP do 2e REP. (Legião Estrangeira) |
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Jihadistas no Sahel. |
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Guerreiros tuaregues do povo amazigue, 2012. |
Snipers chineses agora estão equipados com drones para melhor atingirem seus alvos, 16 de janeiro de 2020.
O Exército Francês recebeu os três primeiros mini-drones Thales SMDR de reconhecimento, 19 de junho de 2020.
A França planeja curso autônomo sobre drones, 11 de janeiro de 2020.
GALERIA: Grupamento de Comandos de Montanha no Mali, 14 de maio de 2020.
Mais de 50 'terroristas' mortos em operações de comandos franceses no Mali, 10 de janeiro de 2020.
A força Barkhane exterminou um "grupo de combate completo" da Katiba Macina, 24 de janeiro de 2020.
A arte da guerra em Tropas Estelares - 3 Para a glória da Infantaria Móvel, 17 de fevereiro de 2020.
O Exército Francês está contratando escritores de ficção científica para imaginar ameaças futuras, 3 de junho de 2020.
FOTO: Espanhóis em Saragoça
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Tropas espanholas em treinamento próximo a Saragoça, anos 1980. |
FOTO: Tocando a baioneta
FOTO: Saddam Hussein e a ficção científica
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Fuzileiro naval americana observa a pintura "Shadows out of Hell" (Rowena Morrill, 1980), encontrada nos aposentos de Saddam Hussein em Badgá. |
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
SFAB do Exército enfrentará condições difíceis durante a missão na África
Por Matthew Cox, Military.com, 27 de fevereiro de 2020.
O principal general do Pentágono disse recentemente que a 1ª Brigada de Assistência às Forças de Segurança do Exército dos EUA (Security Force Assistance Brigade, SFAB*) enfrentará um ambiente operacional difícil quando for desdobrada na África, um ambiente muito mais austero que no Afeganistão.
*Nota do Tradutor: As Brigadas de Assistência às Forças de Segurança são unidades especializadas do Exército dos Estados Unidos, formadas para treinar, aconselhar, auxiliar, habilitar e acompanhar operações com nações aliadas e parceiras.
O presidente do Estado-Maior Conjunto, Mark Milley, testemunhou sobre os desafios que a SFAB enfrentará na África diante do Comitê de Serviços Armados da Câmara na quarta-feira.
O Pentágono anunciou em meados de fevereiro que a unidade especializada em aconselhamento será enviada à África para treinar forças locais em um esforço para enfrentar a Rússia e a China na região.
O deputado Anthony Brown, representante de Maryland, pediu mais informações sobre o desdobramento desde que o comandante da 1ª SFAB, General-de-Brigada Scott Jackson disse recentemente que a unidade não terá a infra-estrutura militar que estava disponível no Afeganistão, como a rede de bases, cadeias de suprimentos e helicópteros.
Em 2017, uma emboscada terrorista em uma unidade das Forças Especiais do Exército de 12 membros que operava em uma área remota do Níger deixou quatro soldados americanos mortos. A unidade acompanhava 30 homens de uma força nigeriana em uma missão para capturar ou matar um líder de um grupo de alto nível do Estado Islâmico na África Ocidental, quando mais de 100 extremistas lançaram um ataque mortal perto da aldeia de Tongo Tongo.
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Cerimônia de ativação da 1ª SFAB, 7 de fevereiro de 2018. |
"O que estamos fazendo para garantir que a SFAB tenha a infra-estrutura necessária para realizar seu trabalho?" Brown perguntou. Atualmente, o Comando Americano da África está avaliando se é necessário fazer alguma alteração na infra-estrutura militar em preparação para a missão da SFAB, disse Milley a Brown.
"Mas, para que fique claro, a SFAB não é uma força de operações especiais; no entanto, eles são treinados e selecionados explicitamente para poder operar de maneira expedicionária em um ambiente muito austero", disse Milley, descrevendo como todos os membros da SFAB se voluntariaram para esse dever de treinar, aconselhar e auxiliar as forças militares locais. "Os SFABs conduzem uma missão estrangeira de defesa local. Eles não realizam todas as outras missões das Forças Especiais, mas são capazes de operar em ambientes muito austeros".
Brown disse que entendeu o argumento de Milley, mas não aceitou a resposta.
"O General Jackson fez esses comentários porque tem preocupações sobre a infra-estrutura de apoio logístico que receberá enquanto estiver no terreno e, diferentemente do que exigimos na Coréia e em outros lugares, não podemos pedir às nações africanas que paguem a conta porque elas estão falidas," disse o legislador.
O secretário de Defesa Mark Esper, que também testemunhou na audiência, disse que a SFAB terá o que precisa para conduzir sua missão de aconselhamento e assistência na África. "Não vamos colocá-los lá sem meios para fazer o trabalho deles," afirmou.
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Distintivo de ombro das Brigadas de Assistência às Forças de Segurança. |
O desdobramento futuro da SFAB permitirá que o Exército retorne elementos de uma brigada de infantaria da 101ª Divisão Aerotransportada para Fort Campbell, Kentucky, para que possa se concentrar em seu trabalho principal de treinamento para combate.
O elemento do tamanho de uma companhia da 101ª enviado ao Quênia no início de janeiro como parte da Força de Resposta da África Oriental (East African Response Force, EARF) após um ataque do grupo al-Shaaab, afiliada da Al-Qaeda, em uma base no Quênia, matou um soldado americano e dois contratados americanos.
A recente mudança de forças é o resultado de uma revisão que Esper ordenou para avaliar como cada um dos comandos de combate é organizado e equipado para apoiar a Estratégia de Defesa Nacional.
O deputado Trent Kelly, representante do Mississippi, disse a Esper e Milley que ele acabou de voltar de uma viagem à África com o deputado James Inhofe, do Oklahoma, para se encontrar com líderes locais e comandantes militares.
"Não precisamos reduzir o número de soldados que temos lá", disse Kelly. "Acho que temos algumas ameaças reais - terroristas e grande competição de poder - nessa região, e acho que precisamos ser criteriosos para garantir que não reduzamos a quantidade de tropas lá."
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Boina bege da 1ª SFAB com distintivo e escudo. |
Atualmente, os EUA têm cerca de 6.000 soldados baseados na África.
Em uma declaração de 10 de janeiro, Inhofe disse que a retirada de tropas da África seria "míope" e poderia prejudicar a capacidade do AFRICOM de executar sua missão. Esper disse aos legisladores na audiência que as notícias de uma retirada planejada das forças americanas da África não são precisas.
"Não há planos para retirar completamente todas as forças da África. Isso foi relatado incorretamente e repetido várias vezes," afirmou. "Mas o que pretendo fazer é garantir que eu possa recorrer às missões que são absolutamente necessárias e dimensionar corretamente a força".
Primeira oficial de infantaria feminina dos Fuzileiros Navais deixa o Corpo no momento que o Comandante clama por mais mulheres no Curso de Oficial de Infantaria
Por Philip Athey, Marine Corps Times, 26 de fevereiro de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 27 de fevereiro de 2020.
O Comandante dos Fuzileiros Navais, General David Berger, na sexta-feira foi ao Twitter para anunciar seu objetivo de ter mais mulheres oficiais nos Fuzileiros participando do árduo Curso de Oficial de Infantaria de 13 semanas, conhecido como IOC (Infantry Officer Course). Seu anúncio veio na mesma semana em que a primeira mulher a passar no curso saiu em licença terminal, confirmou um porta-voz do Corpo de Fuzileiros Navais na terça-feira, deixando o Corpo com apenas uma oficial de infantaria qualificada. Embora o Corpo tenha visto um aumento de 60% nas mulheres que desempenham funções de combate no terreno em 2019 em geral, esse crescimento era inexistente quando se tratava de oficiais de infantaria.
Desde que os trabalhos de combate em terra foram abertos para as mulheres em 2016, apenas nove mulheres tentaram o IOC - a escola necessária para oficiais de infantaria - e apenas duas passaram, disse Teresa Ovalle, porta-voz do Comando de Treinamento e Educação do Corpo de Fuzileiros Navais, na terça-feira ao Marine Corps Times. Encontrar oficiais femininas como voluntárias para o curso continua difícil para o Corpo, que tem apenas uma oficial agendada para participar do IOC em 2020, disse Ovalle.
Seek qualified active duty female company-grade volunteers for the opportunity to attend Infantry Officers Course and assignment to infantry battalions upon completion. To also include additional lateral moves for female Marines seeking careers in previously restricted MOS. (7/8)— David H. Berger (@CMC_MarineCorps) February 21, 2020
Na sexta-feira, o Comandante escreveu que deseja que o Corpo tome "ações imediatas" na identificação de oficiais do sexo feminino de nível companhia para participar do curso. A Capitã Marina A. Hierl foi a primeira oficial dos Fuzileiros Navais a receber a especialidade ocupacional militar 0302 de oficial de infantaria quando se formou no curso em setembro de 2017.
Hierl começou sua carreira na esquadra como comandante de pelotão no 2º Batalhão, 4º Regimento de Fuzileiros Navais e acabou como oficial de operações assistente do 3º Batalhão, 5º Regimento de Fuzileiros Navais, antes de sair em licença terminal em meados de fevereiro, o porta-voz do Corpo de Fuzileiros Navais, 1º Tenente Cameron Edinburgh, disse ao Marine Corps Times na terça-feira.
A segunda mulher a se formar no IOC, em junho de 2018, é uma oficial de inteligência terrestre 0203 que passou no Curso de Liderança de Unidade de Atiradores de Elite Batedores (Scout Sniper Unit Leaders Course) do Corpo de Fuzileiros Navais, colocando-a no caminho para potencialmente liderar um pelotão de snipers. Em junho de 2019, ela estava servindo como oficial assistente de inteligência do 2º Batalhão, 7º Regimento de Fuzileiros Navais, informou o Marine Corps Times anteriormente. O Corpo de Fuzileiros Navais ainda não foi capaz de confirmar ao Marine Corps Times que a oficial de inteligência terrestre ainda está no mesmo cargo.
Original: https://www.marinecorpstimes.com/news/your-marine-corps/2020/02/25/first-female-infantry-marine-officer-leaves-corps-as-commandant-calls-for-more-women-at-infantry-officer-course/?utm_source=clavis
O Corpo de Fuzileiros Navais cortará ainda mais pessoal nos próximos anos, diz o Comandante
Por Jeef Schogol, Task&Purpose, 27 de fevereiro de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 27 de fevereiro de 2020.
O Corpo de Fuzileiros Navais planeja encolher ainda mais do que o já anunciado, disse o Comandante do Corpo de Fuzileiros Navais David Berger, na quinta-feira. "Este ano, neste orçamento, reduzimos a mão de obra equivalente a alguns milhares de fuzileiros navais", disse Berger durante a audiência do Comitê de Serviços Armados da Câmara na quinta-feira.
"Provavelmente não será o maior, nem o último. Por quê? Acho que todo chefe de serviço adoraria ter uma força melhor. Mas você precisa que sejamos letais. Você precisa que sejamos móveis. Você precisa que sejamos integrados à Marinha. Então, vamos reduzir o tamanho do Corpo de Fuzileiros Navais este ano, mais no próximo ano.”
Berger não disse quanto menor o Corpo de Fuzileiros Navais espera ficar. Seus comentários sobre a redução do tamanho do Corpo de Fuzileiros Navais vieram em resposta ao deputado Mike Rogers (R-Alabama) Sobre quando o Corpo "tirará a faca" e fará cortes para que possa investir em novas tecnologias.
O orçamento proposto pelo Departamento da Marinha para o ano fiscal de 2021 já exige a redução da força de serviço ativo do Corpo de Fuzileiros Navais de 186.200 para 184.100 por atrito.
Os cerca de 2.100 fuzileiros navais que o Corpo planeja cortar virão do quartel-general, não das unidades operacionais, disse o Contra-Almirante da Marinha Randy B. Crites durante uma entrevista coletiva em 10 de fevereiro, no Pentágono.
A redução será alcançada retendo menos fuzileiros navais, em vez de reduzir os objetivos de recrutamento, disse Crites, vice-secretário assistente da Marinha para orçamento. Nenhuma informação sobre outros cortes de pessoal foi disponibilizada imediatamente.
Original: https://taskandpurpose.com/news/marine-corps-shrinking-again
A União Africana planeja enviar 3.000 soldados para o Sahel
Do site The Defense Post, 27 de fevereiro de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 27 de fevereiro de 2020.
Desdobramento de seis meses previsto "durante o decorrer do ano".
A União Africana disse na quinta-feira, 27 de fevereiro, que espera enviar um destacamento temporário de 3.000 soldados para a região do Sahel na África Ocidental, onde as forças regionais estão lutando com dificuldade para responder a uma insurgência islâmica de quase oito anos.
A decisão foi tomada na cúpula da União Africana no início deste mês, disse Smail Chergui, o Comissário da Comissão de Paz e Segurança da União Africana, mas o anúncio não foi feito até uma conferência de imprensa na quinta-feira.
"Sobre a decisão da cúpula de trabalhar no envio de uma força de 3.000 soldados para ajudar os países do Sahel a degradar grupos terroristas, acho que é uma decisão na qual trabalharemos juntos com o G5 Sahel e a CEDEAO", disse Chergui.
"Acho que essa decisão foi tomada porque, como vemos, como você mesmo pode reconhecer, a ameaça está se expandindo, está se tornando mais complexa", acrescentou Chergui.
Decisões finais da cúpula da U.A. ainda não foi publicada, mas os diplomatas confirmaram alguns detalhes da proposta de desdobramento no Sahel.
"A cúpula decidiu enviar cerca de 3.000 soldados por um período de seis meses para trabalhar com os países do Sahel para lidar com a ameaça que eles enfrentam", disse à AFP Edward Xolisa Makaya, embaixador da África do Sul na União Européia. "É apenas um sinal ou uma demonstração de solidariedade com o povo do Sahel".
A África do Sul assumiu a presidência da U.A. na cúpula e os planos e para sediar uma cúpula extraordinária da U.A. sobre questões de segurança em maio. Makaya disse esperar que o desdobramento do Sahel ocorra "ao longo do ano". Mas muitos detalhes do possível desdobramento ainda não foram esclarecidos. Makaya disse que nenhum país se apresentou para oferecer tropas, e também não está claro como o envio será financiado.
"É claro que os Estados membros foram convidados a fazer ofertas e contribuições, e fizeram, alguns Estados membros fizeram ofertas durante as discussões", disse ele. "Mas não temos a liberdade de mencionar seus nomes agora."
No entanto, líderes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Economic Community of West African States, CEDEAO) na Cúpula Extraordinária sobre Contra-Terrorismo de 14 de setembro decidiram mobilizar "até um bilhão de dólares para a luta contra o terrorismo", disse o presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, após a reunião. O dinheiro, depositado em um fundo comum de 2020 a 2024, ajudará a reforçar as operações militares das nações envolvidas e as operações militares conjuntas na região.
A conferência de imprensa de quinta-feira ocorreu como parte de uma reunião entre a U.A. e líderes europeus. O Alto Representante da U.E. para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, disse na entrevista coletiva que um desdobramento no Sahel seria "muito bem-vindo". "Acho que temos capacidade de coordenação logística suficiente para gerenciar todos juntos", disse ele.
Missões militares multilaterais no Sahel
Não está claro como uma potencial missão da U.A. interagiria com as outras missões multilaterais que já operam contra grupos armados na vasta região subsaariana.
A Operação Barkhane, liderada pela França, uma missão de 5.100 soldados com mandato para operações de combate ao terrorismo em toda a região, concentra atividades no Mali, Níger e Burkina Faso, atingidos por insurgentes, trabalhando ao lado de tropas locais e outras operações internacionais, incluindo a Força Conjunta do G5 do Sahel (Force Conjointe du G5 du Sahel, FCG5S), que inclui tropas de Burkina Faso, Mali, Níger, Chade e Mauritânia, e MINUSMA, a missão de estabilização da ONU no Mali.
A Barkhane já está construindo uma coordenação de comando com as forças parceiras da Coalizão do Sahel, estabelecendo mecanismos de coordenação dedicados na capital do Níger, Niamey, e na capital do Chade, N'Djamena, onde fica a sede da Barkhane, enquanto o Mali lança a Operação Maliko, uma nova operação antiterrorista que levará em consideração a cooperação transfronteiriça, regional e internacional.
A França também tem tentado obter apoio para a nova Força-Tarefa de Operações Especiais Takuba, que treinará, aconselhará, auxiliará e acompanhará as forças locais em sua luta contra o Estado Islâmico e as afiliadas da Al-Qaeda na região. Takuba declarará capacidade militar inicial no verão e estará totalmente operacional no outono.
Insurgência no Sahel
A complexa insurgência no Sahel começou no Mali em 2012, quando um levante separatista tuaregue foi explorado por extremistas ligados à Al-Qaeda que tomaram cidades importantes no norte do deserto. No ano seguinte, a França, antiga potência colonial, iniciou a intervenção militar Operação Serval - o antecessor da Barkhane - expulsando os jihadistas das cidades, e a MINUSMA foi estabelecida.
Mas os grupos militantes se transformaram em formações mais ágeis que operam nas áreas rurais, e a insurgência gradualmente se espalhou pelas regiões central e sul do Mali e depois para Burkina Faso e Níger. O derramamento de sangue interétnico é uma ocorrência regular.
Mais de 4.000 pessoas foram relatadas mortas em ataques militantes em Burkina Faso, Mali e Níger no ano passado, segundo a ONU, e o secretário-geral Antonio Guterres alertou que a crescente violência no Sahel se espalhou pelos estados costeiros da África Ocidental.
Muitos grupos armados, incluindo o Estado Islâmico, estão ativos na região do Sahel, mas a maioria dos ataques é atribuída ao JNIM (Jama'at Nasr al-Islam wal Muslimin, Grupo de Apoio ao Islã e Muçulmanos), que se formou em março de 2017 a partir de uma fusão de vários grupos menores. A liderança do JNIM prometeu lealdade ao líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri.
Desde maio de 2019, o ISIS atribui atividades insurgentes na área do Sahel ao ISWAP (Estado Islâmico na Nigéria), sua afiliada na Província da África Ocidental que se separou do Boko Haram em 2016, em vez do Estado Islâmico no Grande Saara (ISGS). A principal área de operações do ISWAP é a área do Lago Chade na Nigéria, Níger, Chade e Camarões.
No domingo, a ONU adicionou o ISWAP e o ISGS à sua lista de sanções do ISIS e Al-Qaeda.
O Tigre em combate - A experiência do Exército Francês
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Os Tigres do Exército Francês têm extensa história operacional no norte da África. (Airbus) |
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Tigre francês equipado com HAD. (Airbus) |