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terça-feira, 31 de março de 2015

CLASSE DARING TYPE 45. A escolta antiaérea de sua majestade.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Destróier de escolta antiaérea..
Tripulação: 190 tripulantes mas com acomodações para 235 tripulantes.
Data do comissionamento: julho de 2009
Deslocamento: 7500 toneladas.
Comprimento: 152.4 mts.
Calado: 7,4 mts
Boca: 21,2 mts.
Propulsão: 2 turbinas a gás Rolls-Royce/ Northrop Grumman WR-21 e dois motores a diesel Wartsila 12V200 que produzem, juntos 63000 hps de potência.
Velocidade máxima: 30 nós (56 km/h)
Alcance: 13000 Km
Sensores: Radar multifunção de varredura eletrônica ativa AESA BAE SAMPSON, radar de busca de longo alcance radar de varredura eletrônica passiva (PESA) BAE/Thales S-1850. Radar Type 1047 e Type 1048. Sonar de casco MFS-7000.
Armamento: 1 lançador A-50 VLS para 48 mísseis Áster 15/ 30, 2 lançadores de quadruplos para mísseis RGM-84 Harpoon, um canhão MK-8 Mod 1 de 114 mm, 2 canhões Oerlikon de 30mm, dois sistema de defesa antiaérea de ponto CIWS MK-15 Phalanx em calibre 20 mm. Metralhadoras M-134 Minigun e FN MAG em calibre 7,62X51 mm.
Aeronaves: Um helicóptero Merlin HM-1 ou dois Lynx HMA-8  para funções antissubmarino (ASW).

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
O novo destróier da classe Type 45 foi desenvolvido para substituir os velhos destróieres da classe Type 42. A principal função desta nova classe de navios de guerra é o de escolta antiaérea de longa distancia, porém, há uma importante capacidade de ataque a superfície, já que esses modernos navios estarão equipados com o míssil Harpoon. A previsão era de que fossem construídas 12 embarcações, porém em 2004, o ministro de defesa britânico reduziu para 8 e em 2008, houve nova redução para apenas 6 unidades desta classe. O projeto Type 45 foi batizado, posteriormente, de Classe Daring, nome do primeiro dos seis navios a entrar em serviço em julho de 2009. O principal contratante do projeto é a BAE, e todas as  seis unidades já foram entregues, sendo a ultima, o destróier Duncan, entregue em setembro de 2013. 
A história do Type 45 começa quando a Inglaterra participava do programa tri-nacional Horizon, onde junto com a França e Itália, desenvolveriam, conjuntamente um novo destróier, mas a Inglaterra se retirou deste programa em meados de 1999 devido a percepção que suas necessidades excediam os requisitos que a Horizon tinha, e seguiu seu rumo sozinha. Mesmo assim a Type 45, tem algumas soluções da Horizon incorporadas, principalmente no que diz respeito ao sistema de mísseis antiaéreo Áster (PAAMS), que na Inglaterra, se chama "Sea Viper".

Acima: Os navios da classe Type 45, agora batizadas de "classe Daring" apresentam um desenho com linhas que diminuem sua assinatura de radar. Este será o principal navio de escolta da Royal Navy nesta primeira metade do século XXI.
A propulsão da classe Daring é feita por duas turbinas a gás Rolld-Royce WR-21 de nova geração que possui um sistema de recuperação de energia térmica que proporciona uma economia de combustível para o navio. Esse motor tem apoio de dois motores a diesel Wartsila 12V200 que alimentam as baterias de motores elétricos. Esse conjunto de propulsão produz 63000 Hps de potência jogados em dois eixos e duas hélices que são capazes de levar as 7500 toneladas de deslocamento deste navio a uma velocidade máxima de 30 nós (56 Km/h), sendo  que sua autonomia pode chegar, se mantiver velocidade de cruzeiro econômica (18 nós ou 33 km/h) a 13000 Km, o que  é suficiente para dar capacidade de operações em qualquer parte do planeta.
Acima: Um super porta aviões dos Estados Unidos da classe Nimitz, mais precisamente o USS Dwight D. Eisenhower (CVN-69), escoltado pelo terceiro navio da classe Daring, no caso o HMS Dimond (D-34).
A suíte de sensores desta classe de navio é composta por dois sistemas de radar. Um deles é o novo radar de busca aérea do tipo escaneamento eletrônico passivo (PESA) BAE/Thales S-1850, que é uma versão modificada do radar SMART-L. Sua função é executar a busca aérea e de superfície até um alcance máximo de 400 Km rastreando até 1000 alvos simultaneamente.  Já, o outro é o moderno radar multifunção de escaneamento eletrônico ativo (AESA) BAE SAMPSON cuja forma esférica é facilmente identificável no alto do mastro do navio. Esse radar, cujo alcance também atinge os 400 km, é parte integrante do sistema de defesa antiaérea Sea Viper, sendo que uma de suas funções é fornecer controle de fogo para os mísseis Aster 15/ 30. Há, ainda dois radares de apoio sendo um operado na banda I, modelo Type 1047 e outro operado nas bandas E/F modelo Type 1048, ambos fornecidos pela empresa norte americana Raytheon.
Para busca de ameaças submarinas há um sonar de média frequência do tipo MFS-7000 montado em um arco no casco. Esse sonar, inicialmente, tinha sido desenvolvido peça EDO para uma encomenda para a marinha do Brasil. Um sistema de alerta e contra medidas de torpedo SSTD providencia uma resposta de alerta automático, para um ataque de torpedo, sugerindo manobras evasivas, e lançando as iscas para se defender da ameaça. A empresa Thales será a fornecedora do sistema de contramedidas eletrônicas RESM system. Esse sistema consiste num processador de identificação de sinais emitidos, onde se pode avaliar e classificar as ameaças. Os navios da classe Type 45 terão um sistema de iscas ativas que inclui a isca”Siren” contra mísseis guiados a radar.
Acima: Aqui podemos ver o radar de busca eletrônica ativa AESA SAMPSON fabricado pela BAE. Este sistema, somado com o radar de busca eletrônica passiva S-1850 mostrado na foto de baixo, dão capacidade superior até contra alvos de baixa assinatura de radar.

O armamento da classe Daring é particularmente poderoso no que diz respeito a sua capacidade antiaérea, que é a missão principal do navio. O armamento principal é o já mencionado sistema de mísseis Sea Viper (PAAMS) armado com mísseis Aster, que consiste de um lançador vertical Silver A-50 com 48 células de lançamento, que pode ser equipado com o míssil Áster 15 cujo alcance chega a 30 km e com,o Aster 30 com 100 km de alcance. Esses mísseis são extremamente ágeis e podem manobrar a 60 Gs. O sistema de guiagem conta com um sistema inercial atualizado por datalink e um radar ativo que é ativado quando o míssil estiver próximo do alvo. Ainda tratando de mísseis, os navios da classe Daring foram armados com dois lançadores quádruplos para mísseis RGM-84 Harpoon usados para afunda navios inimigos. O Harpoon, é um armamento de origem norte americana bem conhecido tendo alcance de 140 km, transportando uma ogiva de 221 kg de alto explosivo e sua guiagem se dá por radar ativo.

Acima: A capacidade de ataque antinavio na classe Daring se dá pelo uso de 8 mísseis RGM-84 Harpoon de fabricação norte americana. Trata-se de um armamento bem conhecido e eficiente.
Já a armamento de tubo é composto por um canhão automático MK-8 Mod 1 de 114 mm está montado na proa deste navio. Esse canhão consegue atingir alvos a distancia de no máximo 22 km com granadas padrão, ou até 27 km com a nova munição ER (extended range). Nada mau para uma munição de médio calibre! A cadência de tiro chega a 25 tiros por minuto. Há ainda dois sistema antiaéreos de ponto CIWS MK-15 Phalanx composto por um canhão M-61A1 com 6 canos rotativos em calibre 20 mm, capaz de despejar 4500 tiros por minuto. Esta arma é usada como ultimo recurso para destruir mísseis que ataquem o navio é seu controle de fogo é feito por um radar que dá os parâmetros de posicionamento do alvo. Também há dois canhões Oerlikon em calibre 30 mm. Para guerra antissubmarino, o Daring não transporta armamento próprio, e depende, exclusivamente de seu elemento aéreo composto por um helicóptero antissubmarino Lynx HMA-8 que pode ser armado com torpedos leves Sting Ray ou o mais moderno helicóptero Merlin HM-1 que também pode ser armado com este mesmo tipo de torpedo. É interessante observar que existem, além destas armas principais, metralhadoras como a M-134 Minigun com 6 canos rotativos e metralhadoras FN MAG, ambas em calibre 7,62X51 mm espalhadas pelo navio.

Acima: O míssil Aster 30, componente do sistema de defesa antiaérea Sea Viper, fornece uma robusta capacidade de combate, incluindo com capacidade multi alvos.
O destróier Daring representa uma grande evolução em capacidade de controle do espaço aéreo e na letalidade em relação a seu predecessor Type-42 classe Sheffield, veterano da guerra das Malvinas, hoje chamadas de Falklands. O Daring agrega ainda capacidade de lidar com ataques de saturação e com capacidade de engajar alvos a mais de 100 km de distancia do navio ou do grupo de batalha que ele esteja escoltando. Falta-lhe, porém, uma capacidade de prestar apoio a operações em terra com o uso de mísseis de cruzeiro como o BGM-109 Tomahawk, já integrado nas forças armadas britânicas e que poderia fazer parte do arsenal deste excelente destróier dando-lhe maior flexibilidade de emprego. Porém, é evidente que, inicialmente, o objetivo que a marinha inglesa (Royal navy) dá a este vaso de superfície é exclusivo a missões de escolta antiaérea.

Acima: Nesta foto podemos ver com facilidade o hangar  da Daring e seu helicóptero Lynx HMA-8. Nop caso deste modelo, pode-se operar até dois helicópteros, ou um Helicóptero Merlin HM-1.



ABAIXO TEMOS UM VÍDEO SOBRE O DESTRÓIER CLASSE DARING TYPE 45.

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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

CLASSE ZUMWALT. O mais avançado navio de guerra da história.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Destróier.
Tripulação: 142 tripulantes, já contando a ala aérea.
Data do comissionamento: Previsto para o primeiro semestre de 2015
Deslocamento: 9033 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 182,88 mts.
Calado: 8,53 mts.
Boca: 24,69 mts.
Propulsão:  2 turbinas a gás Rolls-Royce MT-30 mais dois geradores  a diesel que juntos produzem 105000 SHP de potência.
Velocidade máxima: 30 nós (56 km/h)
Alcance: 8334 Km
Sensores: Radar SPY-3 DBR, sistema de proteção integrada AN/SQQ-90 composto por sonar AN/ SQR-20, AN/SQS-60 e AN/ SQS-61
Armamento: 20 lançadores verticais MK-57 com capacidade para até 80 mísseis RIM-162 ESSM, 20 mísseis SM-2ER Standard, 20 mísseis RGM-109 Tomahawk. 20 mísseis RUM-139 VL ASROC ; 2 canhões AGS de 155 mm; 2 canhões 
MK-46 Mod 2 de 30X173 mm.
Aeronaves: 2 helicópteros SH-60 Seahawk ou 3 RQ-8A Fire Scout VTUAV

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
A Marinha dos Estados Unidos é, com uma certa folga, a mais poderosa marinha do planeta. Porém seus principais navios de superfície como o cruzador da classe Ticonderoga e o destróier da classe Arleigh Burke, ambos já descritos neste blog, estão envelhecendo. Embora não haja duvidas sobre o excelente poder de fogo disponível nestas embarcações de combate, a verdade é que se trata de projetos com mais de 30 anos, no caso do Ticonderoga, e 25 anos no caso do Arleigh Burke. Novas tecnologias em armamentos, sensores e de engenharia incorporando característica de baixa reflexão, amplamente conhecida no meio aeronáutico sob o nome de "stealth", estão sendo introduzidos nos projetos dos mais modernos navios de guerra. A US Navy (Marinha dos Estados Unidos) se viu na necessidade e um novo navio de guerra com novas capacidades, sendo algumas dela, revolucionárias, para poder fazer  a manutenção de sua superioridade naval no seculo XXI.
Acima: O projeto DDX deveria ser base de uma família de navios de guerra com tecnologia stealth que englobaria até um cruzador.
O navio da classe Zumwalt é o resultado do projeto que, inicialmente, era chamado de DDX, e era para ser uma nova família de navios de guerra que deveria ser composta de navios de vários tamanhos, incluindo o futuro cruzador CGX. Em dezembro de 2001, a US Navy emitiu um pedido de revisão da proposta pois o projeto havia se mostrado excessivamente caro e complexo levando a uma incerteza para o futuro dessa ideia o que acabou reduzindo a encomenda para apenas 3 unidades desta classe dos inicialmente 32 navios pretendidos. Essa economia levou a aquisição de mais unidades de navios da classe Arleigh Burke para fechar a composição da armada de batalha dos Estados Unidos nesse começo de século.
Acima: Além do desenho revolucionário do Zumwalt, a sofisticação de seus sistemas resultaram numa plataforma de combate muito capaz, porém extremamente cara.
A nova classe foi batizada de Zumwalt, em homenagem ao almirante Elmo Zumwalt, com a numeração de casco DDG-1000 e o primeiro navio da classe foi entregue em maio de 2014. Sua entrada em serviço deve se dar no segundo semestre de 2015.
Quando se olha para o Zumwalt, não tem como deixar de perceber que se trata de uma maquina de guerra naval completamente nova, com um desenho absolutamente diferente do que temos visto em toda a história naval. Seu casco apresenta uma característica peculiar que é o formato da proa diferente de tudo que já vimos antes, em uma configuração "hidrodinâmica"  chamada de wavepiercing. Além disso, é muito interessante a ausência total de mastros com antenas no navio. Todos os sensores e antenas estão embutidos na estrutura do navio, deixando ele com um aspecto limpo, simples. Mesmo seus canhões, permanecem guardados dentro da torre, desenhada seguindo o padrão de baixa reflexão de radar, só sendo expostos no momento do disparo. Tudo em prol de uma agressiva diminuição de sua assinatura de radar, da qual se conseguiu, segundo o site Global Security, redução de 50 vezes a seção cruzada de radar em relação aos destróieres anteriores.
Acima: Nesta foto podemos ver dois modelos em escala do Zumwalt (navio maior) e o atual destróier da classe Arleigh Burke. Notem as diferenças de design e ausência de mastros no Zumwalt.
O sistema de radar usado pelo Zumwalt será um novo e avançadíssimo radar multifuncional AN/ SPY-3 DBR, de varredura eletrônica ativa projetada para preencher todas as exigências de controle de fogo e busca para a frota americana do século 21, tanto que esse moderno radar será instalado no novo porta aviões Gerald R Ford CVN-78. Naturalmente, este radar representa a evolução natural do sistema AEGIS baseado no SPY-1 usado nos cruzadores e destróieres norte americanos atuais. O alcance estimado do SPY- 3 é de 320 km e sua operação se dá na banda X. O Zumwalt está equipado com um sistema integrado de proteção AN/SQQ-90 que tem uma suite de sonares composta por um sonar rebocado AN/ SQR-20 que opera de forma ativa e passiva, um sonar de casco AN/SQS-60 e um sonar AN/ SQS-61 também de casco mas que opera em alta frequência.
Acima: Nesta foto do primeiro navio da classe, o DDG-1000 Zumwalt mostra sua configuração wavepiercing adotada em seu casco. 
A propulsão do Zumwalt será fornecida por duas turbinas a gás Rolls-Royce MT-30 que são integrados a dois geradores diesel de emergência que operam interligados pelo sistema IPS (Integrated Power System). Esse sistema e propulsão produz 105000 hp de potencia que levam o navio a uma velocidade máxima de 30 nós (56 km/h). A autonomia é estimada em 8334 km, o que dá alcance para operar em qualquer ponto do globo com certa tranquilidade.
Uma característica muito interessante do Zumwalt que reflete sua sofisticação é o elevado grau de automação de seus sistemas permitindo uma significativa redução de sua tripulação que é de apenas 142 tripulantes. Para se ter uma ideia do que representa isso, basta olhar para o destróier da classe Arleigh Burke, da geração anterior de navios desta categoria que precisam de 346 tripulantes para operar normalmente. 
Acima: O Zumwalt será o mais avançado navio de guerra de todos os tempos, quando estiver operacional, por volta de meados de 2015.
O armamento usado no Zumwalt é um dos pontos que chamam a atenção por ser bastante pesado e poderoso. O navio tem dois canhões AGS (Advanced Gun System) que emprega munição em calibre 155 mm, que tem disponibilidade de projéteis guiados LRLAP (Long Range Land Attack Projectile) cuja precisão chega a 50 metros do ponto previsto a um alcance que pode chegar a 185 km, o que representa uma grande melhoria na efetividade desse tipo de armamento, considerando que os canhões MK-45 em calibre 127 mm, comuns nos navios anteriores, conseguem atingir alvos a apenas 24 km. Para complementar o armamento de tubo, foram instalados duas torres General Dynamics MK-46 Mod 2, que usa um canhão MK-44 Bushmaster II em calibre 30X173 mm capaz de uma cadência de 200 tiros por minutos e atingir alvos a 3000 metros. Inicialmente estava previsto o uso de canhões MK-110 MOD 0 em calibre 57 mm, mas na revisão do projeto em 2012, eles foram descartados em favor do modelo MK-46 Mod 2.
Acima: Nessa ilustração podemos observar bem como é o sistema de abrigo do canhão AGS. Observarem que o canhão de traz , o cano está exposto (e pronto para uso), enquanto que a torre da frente o canhão está oculto dentro da mesma.
Nas bordas do navio foram instalados 20 lançadores verticais modulares MK-57 capaz de operar vários modelos de mísseis como, por exemplo o míssil antiaéreo RIM-162 ESSM (até 80 mísseis divididos em 4 misseis por cada lançador), capaz de destruir uma aeronave inimiga a 50 km de distancia, usando um sistema de guiagem por radar semi ativo e um sistema inercial. O míssil SM-2ER Standard, para defesa antiaérea de longo alcance, pode ser lançado pelo mesmo lançador (um míssil por lançador). O SM-2ER Standard tem alcance de 185 km e é guiado por radar semi ativo. O RGM-109 Tomahawk, famoso por ter sido pesadamente usado contra o Iraque, também faz parte do arsenal que pode ser operado pelo lançador MK-57 (1 míssil por lançador), que é usado contra alvos de superfície podendo, dependendo da versão, atacar navios inimigos, ou alvos em terra firme, entregando uma ogiva com 450 kg de alto explosivo. O alcance da versão lançada contra alvos terrestres, chega a 1700 km, sendo guiado pelo sistema TERCOM que usa informações sobre o relevo do terreno, previamente carregado em seu computador de voo, para poder voar em baixa altitude, contornando o terreno, evitando os radares inimigos. O sistema de guiagem, conta ainda, com apoio de um sistema inercial e de GPS. Por ultimo, esses lançadores podem lançar mísseis antissubmarinos RUM-139 VL ASROC que transporta um torpedo leve MK-46 ou MK-54 até um ponto próximo do contato sonar onde o alvo foi detectado até um alcance máximo de 22 km, soltando o torpedo na água, que faz a busca pelo submarino inimigo até sua destruição. O navio será equipado com aeronaves pilotadas e não pilotadas sendo configurados para dois helicópteros navais Sikorsky SH-60 Seahawk que operam em missões antissubmarino, esclarecimento marítimo, busca e salvamento ou uma composição mista desse mesmo helicóptero mais dois ou três RQ-8A Fire Scout VTUAV (veículo de decolagem vertical sem piloto). O Fire Scout pode operar missões de reconhecimento e suporte de fogo armado com mísseis Hellfire, guiados a Laser ou bombas de planeio GBU-44 Viper Strike, guiadas por laser e GPS.
Acima: O pequeno helicópteros não tripulado da Northrop, RQ-8A Fire Scout fará parte dos recursos empregado pelo Zumwalt para operações de reconhecimento e mesmo ataque, uma vez que este VTUAV pode ser armado com mísseis Hellfire e foguetes guiados a laser.
A classe Zumwalt vai operar como um navio de suporte de fogo como um legitimo couraçado do século XXI. É claro que o navio foi otimizado para operações litorâneas e em um teatro de operações de média e alta intensidade poderá precisar de apoio de uma escolta, principalmente devido a sua limitada capacidade orgânica antissubmarino. Com apenas 3 navios encomendados, o futuro da capacidade de combate naval norte americana ainda parece nebulosa. Provavelmente, com a recuperação econômica num futuro de médio ou longo prazo, a marinha possa encomendar mais unidades desta nova classe de destróieres e ainda incorporar modificações para tornar o navio mais flexível, porém, só o tempo revelará se isso vai acontecer.



ABAIXO UM VÍDEO DO LANÇAMENTO DO DDG-1000 ZUMWALT

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quarta-feira, 4 de junho de 2014

CLASSE ARLEIGH BURKE. O cavalo de batalha da marinha da US Navy

 
FICHA TÉCNICA
Tipo: Destróier.
Tripulação: 346 tripulantes (incluindo 22 oficiais)
Data do comissionamento: 04 de Julho de 1991.
Deslocamento: 9033 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 153,8 mts.
Calado: 6.3 mts.
Boca: 20,4 mts.
Propulsão: 4 turbinas a gás GE LM 2500 de 105000 SHP
Velocidade máxima: 30 nós
Alcance: 8149 Km
Sensores: Radar SPY-1D AEGIS, multifuncional, radar de busca de superfície AN/ SPS 67 V, Sistema de controle de fogo feito por 3 radares SPG-62 (MK99). Sonar SQQ 89 (V)6
Armamento: 2 lançadores verticais MK41 totalizando 90 celulas para mísseis Tomahawk, Standard SM2MR, SM-3, Asroc VLA. 1 canhão MK-45 Mod 4 de 127 mm; 2 canhões MK15 Phalanx de 20 mm CIWS. 2 lançadores quádruplos de mísseis Harpoon antinavio. 2 lançadores triplos para torpedos leves MK-34/ MK-46/ MK-50
Aeronaves: 2 helicopteros SH-60 Seahawk (navios da versão Flight II A)

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
O Destróier classe Arleigh Burke (DDG 51) foi projetado pela Northrop Grumman Ship System com o objetivo de substituir os navios da classe Charles F Adamas e Coontz que estavam em serviço desde a década de 60.
Sua principal missão é o combate antiaéreo , e para isso ele foi equipado com um radar SPY-1 D (AEGIS), que garante uma capacidade multialvos e antimísseis muito eficaz.
A versão D do radar SPY-1, usada nos navios dessa classe, são menores que o radar original SPY-1, e é ideal para instalação em navios de guerra de menor porte, tanto, que até a fragata F100 Alavaro De Bazam, usa uma versão deste radar. O alcance deste radar, está em torno de 470 Km para alvos voando alto e de 80 km para alvos na linha do horizonte. Muitos dados deste radar são classificados, mas é certo que este radar, dentro do sistema AEGIS, que engloba, também, os mísseis antiaéreos standard SM 2 ME/ER, representa o que há de mais eficaz em defesa de área disponível hoje. O radar de busca de superfície é um AN/ SPS 67V. As capacidades anti-superfície e anti-submarinas, são consideradas muito boas no Arleigh Burke, e para a busca de alvos submersos ele usa um sonar SQQ 89 (V)6 da Lockheed Martin que opera integrado a outro sistema composto de um sonar ativo SQS 53C, e um sonar rebocado de busca passiva SQS 19B. Além disso, um pequeno veículo submarino de controle remoto (RMV) usando um sonar de profundidade variável AN/AQS20A.

Acima: O Arleigh Burke continuará sendo o mais moderno destróier norte americano enquanto não entrar em serviço a revolucionaria classe Zumwalt DDG-1000.
No quesito armas, a classe Arleigh Burke, é uma das mais completas que existem. Seu principal sistema de armas é o lançador vertical (VLS) MK-41 com 90 células capaz de lançar 4 tipos de mísseis, sendo eles os mísseis da família Standard, o míssil ESSM, o Tomahawk e o  ASROC.
Para a guerra antiaérea o MK-41 usa os mísseis antiaéreos Standard RIM-66C SM-2MR, cujo alcance chega a 74 km, guiados por radar semiativo. A ultima versão desta numerosa família de mísseis é a versão RIM-161 SM-3, desenvolvida dentro dos requisitos de defesa antibalística BMD (defesa anti-míssil balístico). Não foram todos os navios desta classe que receberam o SM-3, porém os que receberam atuam em apoio ao sistema antimíssil norte americano, deslocado no mar mediterrâneo e no mar do Japão. O SM-3 é uma arma especializada, e sua ogiva não possui explosivo, sendo usado, exclusivamente a força cinética, ou seja, impacto direto contra o míssil balístico inimigo. O seu sistema de guiagem é por radar semiativo, sendo no final do curso, ativado um sensor de infravermelho LWIR. O alcance é de 700 km e seu objetivo é destruir alvos em órbita, como as ogivas de mísseis balísticos de médio alcance ou mesmo satélites em orbitas baixas. A ultima versão deste míssil, a SM-3 Block IIA tem alcance aumentado para 2500 km e capacidade de destruir um alvo a 1500 km de altitude (orbital). Também para guerra antiaérea são usados os modernos mísseis RIM-162 ESSM, uma versão muito melhorada do famoso míssil Sea Sparrow. Este míssil é usado para defender o navio de ataques de aeronaves e de mísseis antinavio. Seu sistema de guiagem se dá por radar semiativo com atualização de meio curso por data link e seu alcance chega a 50 km.

Acima: O poder de fogo dos destróieres da classe Arleigh Burke supera, com grande margem o que um encouraçado da segunda guerra seria capaz de proporcionar. Não se enganem com a ausência de dezenas de canhões. O poder de fogo vem dos mais de 100 mísseis abaixo do convés.
Para guerra anti-superfície o principal armamento é o poderoso míssil de cruzeiro Boeing BGM-109C Tomahawk, capaz de destruir alvos em terra, a 1700 km com uma potente ogiva unitária de 450 kg de alto explosivo, ou ainda, a versão D, que usa uma ogiva de fragmentação (submunições como pequenas granadas que se espalham), cujo alcance é de 1300 km. O sistema de guiagem destes mísseis é o sistema TERCOM que faz o guiagem seguindo o contorno do terreno previamente carregado na memoria do míssil que segue um curso pré-estabelecido para atacar o alvo. O míssil conta com apoio de GPS e de um sistema inercial INS também para sua guiagem.
E para guerra antissubmarino, o Arleigh Burke, está armado com o míssil RUM-139 VL, ASROC que transporta um torpedo leve MK-46 ou MK-54 até um ponto próximo do contato sonar onde o alvo foi detectado.
Para guerra antinavio há 2 lançadores quádruplos para mísseis Boeing RGM-84 Harpoon, guiado por radar ativo e com alcance de 130 km.
Um canhão MK 45 MOD 4 de 127 mm está instalado a frente do navio e pode ser usado tanto contra alvos de superfície, como contra alvos antiaéreos. Seu alcance normal é de 24 Km, porém já está disponível uma munição guiada de longo alcance conhecida como ERGM, cujo alcance atinge 125 Km e a guiagem se dá por INS/GPS. Esse alcance soberbo é conseguido através de uma propulsão do próprio projétil, que o torna um míssil lançado do cano do canhão. Para defesa antiaérea de ponto, estão instalados 2 canhões automáticos (metralhadoras) de seis canos rotativos CIWS Phalanx MK 15, de 20 mm. Esse canhões conseguem uma taxa de tiro de 4500 tiros por minuto, o que é suficiente para “rasgar” qualquer coisa que esteja dentro do seu alcance (2000 a 3000 mts). 

Também, para guerra antissubmarino, estão instalados 2 lançadores triplos para torpedos leves MK 34, MK 46 ou MK 50.Particularmente o torpedo MK46 tem um alto desempenho e pode destruir um submarino inimigo a 7500 mts, em alta velocidade.
Acima: Os primeiros navios da classe Arleigh Burke, podem operar um helicóptero Sikorsky SH-60 Seahawk. Porém, as versões mais recentes, conhecidas como Flight IIA receberam um hangar capaz de operar até duas aeronaves deste tipo.
A propulsão do Navio é feita por 4 turbinas a gás General Electric LM 2500 de 105000 HP que conseguem impulsionar este navio a mais de 30 nós ou 60 km/h aproximadamente. Seu alcance máximo, em velocidade econômica é de 8149 km. 
Este excelente destróier, um dos melhores navios desta categoria em uso hoje, foi planejado para defender a si e a frota que ele escolta de um ataque em massa com mísseis antinavio, que era a tática que seria usada pela extinta União Soviética em caso de guerra. Por isso, o resultado do projeto, fez surgir um navio com capacidades extraordinárias, e que com seu poderoso armamento, pode infligir ataques em terra firme, Ao todo, haverão 75 navios dessa classe, sendo que 62 deles já estão em serviço, fazendo dele, o principal navio de guerra dos Estados Unidos, em operação hoje, e pelo andar da carruagem, com os Estados Unidos tendo gravíssimas dificuldades com relação a seu orçamento, provavelmente os navios desta classe permanecerão por mais duas décadas como o principal elemento de combate de superfície daquela poderosa nação.

Acima: Nessa foto podemos ver duas versões desta classe. Notem que o navio em primeiro plano tem na popa uma elevação que é o hangar dos helicópteros SH-60 Seahawk. No navio ao fundo essa elevação não existe, tendo apenas um espaço para pouso de um helicóptero.





ABAIXO PODEMOS ASSISTIR UM DOCUMENTÁRIO SOBRE O DESTRÓIER ARLEIGH BURKE. 

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