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segunda-feira, 11 de março de 2024

ÍNDICE DE NAVIOS DE GUERRA - WARFARE BLOG



CLASSE KOLKATA - Consolidando a maturidade da indústria naval indiana.


Destroier Kolkata
FICHA TÉCNICA
Tipo: Destroier.
Tripulação: 300 tripulantes.
Data do comissionamento: Agosto de 2014.
Deslocamento: 7500 toneladas.
Comprimento: 163 m.
Calado:  6,5 mts.
Boca:  17,4 m.
Propulsão: Sistema COGAG (Combinação de turbinas a gás e gás) Zorya M36E com quatro turbinas a gás reversíveis DT-59 e duas caixas de câmbio RG-54 que juntas produzem 64000 hp que movem dois eixos com hélices.
Velocidade máxima: 30 nós (56 km/h)
Alcance: 15000 Km.
Sensores:  Radar multifuncional IAI  EL/M-2248 MF-STAR AESA com 250 km de alcance (busca aérea); Radar de busca aérea Thales  LW-08 banda D com 230 km de alcance (aeronaves com RCS de 2m² - Caças pequenos); Radar de busca de superfície Garpun Bal (3TS-25E) com 90 km de alcance; Sonar de casco BEL  HUMSA-NG com 14,8 km de alcance; Sonar rebocado de busca ativa BEL Nagin
Armamento: 4 lançadores verticais de 8 células para 32 mísseis antiaéreos de médio alcance Barak 8; 2 lançadores de 8 células para mísseis antinavio BrahMos; 4 tubos para torpedos pesados de 533 mm; 2 lançadores de foguetes anti-submarino RBU-6000; 1 canhão multifunção OTO Melara 76 mm; 4 canhões de defesa de ponto (CIWS) AK-630
Aeronaves: 2 helicópteros Sikorsky SH-3 Sea King ou HAL Dhruv.

DESCRIÇÃO
Por Carlos Junior
A Índia é uma das grandes potencias militares do mundo. Sua situação conflitosa com dois de seus vizinhos (China e Paquistão) obriga as autoridades politicas e militares indianas levarem o assunto defesa muito a sério. Por isso o país tem em seu arsenal armas que vem de muitas fontes, sendo a Rússia o principal parceiro militar indiano, situação esta que está em um momento de mudança com uma aproximação importante dos indianos com o ocidente, notadamente os Estados Unidos.
Com um litoral gigantesco, com mais de 7500 km e banhado pelo Oceano Índico, a marinha indiana é particularmente bem equipada.
Com 163 m de comprimento, a classe Kolkata é quase 10 metros maior que os destroieres norte americana da classe Arleigh Burke.

Com uma relativa grande frota de navios de guerra nos quais 12 deles são destroieres divididos em 4 classes, sendo que as mais importantes e modernas são as classe Kolkata e sua derivada, classe Visakhapatnam, com 3 navios cada classe, a marinha indiana é mais bem equipada que muitas marinhas europeias.
A partir de agora vou apresentar a classe de destroier Kolkata que representou um avanço muito importante na capacidade de combate da marinha indiana, assim como na capacidade industrial do país em projetar navios de guerra modernos para operar em aguas azuis, um importante objetivo da marinha indiana uma vez que hoje ela conta com dois porta aviões para projeção de força além mar e que precisa de uma escolta robusta provida por esses navios de guerra.
O governo indiano aprovou a construção de três destroieres da classe Kolkata em maio de 2000. O primeiro aço foi cortado para o navio líder da classe, INS Kolkata , em março de 2003. Sua montagem foi iniciada em setembro de 2003. Essa classe foi o primeiro destroier indiano projetado com algumas soluções para redução de sua assinatura de radar. Observe, no entanto que este navio não é, ainda, uma embarcação que se possa classificar como furtiva, como são alguns navios europeus modernos.
A propulsão dos destroieres desta classe é composta por um sistema COGAG (Combinação de turbinas a gás e gás) Zorya M36E com quatro turbinas a gás reversíveis DT-59 e duas caixas de câmbio RG-54 que juntas produzem 64000 hp movendo dois eixos com hélices. Assim, com um deslocamento de mais de 7000 toneladas, o navio consegue navegar a velocidade máxima de 30 nós (56 km/h), tendo uma autonomia máxima de 15000 km. Nada mal! Na verdade as dimensões relativamente grandes deste navio (maior que os Arleigh Burke da Marinha dos Estados Unidos), seu relativo elevado deslocamento, poderiam induzir à um observador a acreditar que o navio não tivesse um desempenho tão bom. 
Os navios da classe Kolkata possuem um grande alcance podendo navegar a até 15000 km de distancia, o que lhe assegura autonomia suficiente para operar em qualquer parte do planeta.

A suíte de sensores dos navios da classe Kolkata é bastante abrangente e tem como principal elemento o radar de origem israelense IAI EL/M-2248 MF-STAR AESA com 250 km de alcance para busca aérea. Esse radar permite detectar alvos com baixa reflexão de radar (RCS) e ainda superar muitos tipos de técnicas de interferência que um alvo possa tentar empregar para evitar ser rastreado. Para busca aérea dedicada, é empregado o radar francês Thales LW-8, um modelo que já está em operação nos navios de guerra de vários países há muitos anos e que é confiável e de fácil operação, podendo receber a instalação de um sistema de identificação automática amigo/ inimigo (IFF). Este radar tem capacidade de rastrear um alvo aéreo do tamanho de um caça (5m² de RCS) à uma distancia de até 230 km.
Para busca de superfície e designação de alvos para mísseis, é empregado o radar russo Garpun Bal (3TS-25E) com 90 km de alcance.
Já para a guerra antissubmarino, a suíte de sensores é composta pelo sonar de casco BEL  HUMSA-NG que opera de forma ativa e passiva capaz de detectar, localizar, classificar e rastrear alvos submarinos a distancias de 14,8 km de alcance. Por ultimo, um sistema de sonar rebocado BEL Nagin que opera exclusivamente no modo ativo está instalado no navio.
Os radares IAI EL/M-2248 MF-STAR (no topo) e o radar Thales LW-08, logo abaixo, compõe os principais sensores de detecção dos navios da classe Kolkata.

A capacidade de combate da classe Kolkata  é bastante ampla, sendo capaz de atacar todos os tipos de alvos que se pode encontrar em um teatro de operações complexo de alta intensidade. Comecemos pelos dois lançadores verticais de mísseis antinavio BrahMos, com 16 células de lançamento. O míssil BrahMos é fruto do trabalho conjunto entre empresas indianas e russas que produziram um poderoso míssil supersônico que voa rente á agua (regime de voo sea skimming) à uma velocidade de mach 2,8 (3480 km/h) transportando uma ogiva de 300 kg que pode ser, inclusive, do tipo semi penetradora de blindagem. Este míssil é guiado por sistema INS até as proximidades do alvo, quando passa a empregar um radar ativo na fase final do engajamento. Navios do tamanho de um destroier não se manteriam flutuando se forem atingidos no casco na altura da linha d'água pelo BrahMos e, muito provavelmente, nem um cruzador sobreviria nessas mesmas condições. Há versões do BrahMos que podem sem empregadas contra alvos em terra também. 
Para defesa antiaérea, estão instalados 4 lançadores verticais de 8 células para mísseis Barak 8 totalizando 32 mísseis para pronto emprego. Esse sistema de origem de um projeto indo/ israelense, é um míssil de médio alcance podendo, em sua versão básica (a empregada pelo Kolkata) atingir um alvo à distancia de até 70 km, lhe garantindo alguma capacidade de defesa aérea de área. O Barak 8 é guiado por radar ativo, o que lhe garante autonomia total depois de lançado.
Um míssil antinavio BrahMos no momento de seu lançamento pelo destroier Kolkata.

O armamento de tubo é composto por um canhão OTO Melara 76mm Super Rapid montado em uma torre furtiva (para reduzir a seção transversal do radar) capaz de disparar 120 tiros por minutos e com um alcance que varia de 16 km para munição convencional e 40 km para munição VULCANO que são granadas guiadas por GPS contra alvos estacionários e a laser contra alvos moveis. Para defesa antiaérea de ponto, são empregados 4 canhões AK-630 com 6 canos rotativos em calibre 30 mm que disparam 5000 tiros por minuto e são eficazes contra alvos aéreo a à uma distancia de 4000 metros e 5000 metros contra alvos de superfície.
O canhão OTO Melara 76mm Super Rapid é o principal armamento de tubo do Kolkata, e já se tornou um dos principais armamentos de tubo dos mais modernos navios de guerra atualmente. Muitos modernos projetos de navios de guerra em muitas marinhas do mundo todo tem optado por esse canhão.

Para guerra anti-submarino, foram instalados dois tubos duplos para torpedos pesados MK46, de fabricação norte americana. O torpedo MK46 tem um alto desempenho e pode destruir um submarino inimigo a 11 km, e em profundidade máxima de 365 m, sendo guiado por um sistema de sonar ativo/ passivo. Também, para guerra anti-submarino, há 2 lançadores de foguetes anti-submarino RBU-6000 que tem alcance de cerca de 5 km e que funcionam mergulhando na agua e detonando uma carga explosiva de profundidade. Este é um sistema de fabricação russa.
O Kolkata opera dois helicópteros médios HAL Dhruv, de fabricação local, que são usados para missões de resgate, guerra anti-submarino.
O helicóptero HAL Dhruv, projetado e fabricado na Índia, e representa a ala aérea dos navios da classe Kolkata. Dois exemplares são operados por cada navio desta classe.

Como se pode perceber, os destroieres da classe Kolkata representam uma solução de forte compromisso com capacidade indiana para operar em aguas azuis e com uma capacidade de combate bastante relevante, incluindo podendo operar como parte de missões multinacionais em qualquer ponto do planeta. Uma versão bastante aprimorada do Kolkata foi projetada e construída dando origem a classe Visakhapatnam, que recebeu modificações bastante extensas em seu desenho com o objetivo de reduzir ainda mais sua assinatura de radar. Em outra oportunidade vou trazer uma matéria aqui no WARFARE Blog descrevendo esta versão também.

O destroier Kolkata escoltando o porta aviões Vikrant, um dos dois porta aviões indianos em serviço atualmente.





                  

quarta-feira, 5 de julho de 2017

CLASSE SEJONG (KDX III). Reinando sobre o Mar Amarelo.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Destróier.
Tripulação: 350 tripulantes.
Data do comissionamento: Dezembro de 2008.
Deslocamento: 11000 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 165 mts.
Calado: 6.25 mts.
Boca: 21 mts.
Propulsão: 4 turbinas a gás GE LM 2500 de 25000 Hp cada.
Velocidade máxima: 30 nós (56 km/h).
Alcance: 10200 Km.
Sensores: Radar multifuncional SPY-1D  (V) AEGIS, Sistema de controle de fogo AN/SPG-62. Sonar Atlas Elektronik DSQS-21BZ, Sonar rebocado Sagem MTeQ e um sistema de detecção passiva infravermelha Sagem IRST.
Armamento: 2 lançadores verticais MK-41 (um de 48 celulas e outro com 32 celulas) totalizando 80 celulas para mísseis SM-2 Block IIIB/IV Standard,  1 Lançador vertical K-VLS para 16 mísseis K-Asroc Red Shark; 1 Lançador vertical K-VLS para 32 mísseis Hyummoo III C, 4 lançadores quádruplos para 16 mísseis antinavio SSM-700K Hae Sung; 1 lançador para 21 mísseis antiaéreos RIM-116 RAM; 1 canhão MK-45 Mod 4 de 127 mm; 1 canhão Goalkeeper  CIWS de 30 mm; 2 lançadores triplos para torpedos leves K-745 Blue Shark.
Aeronaves: 2 helicópteros Agusta/ Westland Super Linx MK-99.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
A Coreia do Sul tem sua defesa intimamente ligada a influencia militar e industrial dos Estados Unidos. Todos os meios de combate, das três forças principais de defesa da Coreia do Sul são fabricados sob licença ou tem importante participação da indústria bélica norte americana.
O navio de guerra que é foco deste artigo representa um exemplo claro dessa influência. O destróier KDX III ou, classe Sejong, como é conhecido, é o mais poderoso navio de guerra no mar amarelo e mar do Japão, onde, pode-se dizer que esse status é dividido com o destróier japonês da classe Atago, que também recebeu pesado suporte norte americano em sua concepção e construção.
Acima: O projeto da classe Sejong é baseado no destróier norte americano da classe Arleigh Burke. O navio sul coreano, no entanto, é maior e mais pesadamente armado.
O Sejong começou a ser idealizado no ano 2000 e depois de escolhido o projeto, o navio foi construído durante os anos seguintes vindo a ser lançado em maio de 2007 pela Hyundai Heavy Industries. Seu desenho é baseado no destróier norte-americano classe Arleigh Burke, na sua versão conhecida como Flight II A, cujo principal diferencial é a existência de um hangar para operar dois helicópteros de tamanho médio.  O Sejong, porém, é mais de 11 metros mais comprido, chegando aos 165 metros além e tem uma boca de 21 m. Naturalmente seu deslocamento é maior que o navio norte americano, chegando a  11000 toneladas quando totalmente carregado. Mesmo com essas dimensões maiores, o desempenho do navio no mar é ligeiramente melhor que o seu "pai ocidental".
Sua propulsão é configurada como COGAG (Combinação gás com gás), contando com 4 turbinas General Eléctric LM-2500 que produzem 25000 Hp cada permitindo ao Sejong navega a velocidade máxima de 30 nós (56 km/h), a mesma do Arleigh Burke, porém, sua autonomia é maior, chegando a 10200 km, o que lhe dá capacidade de escoltar grupos de batalha por qualquer lugar do mundo.
Acima: Embora os navios da classe Sejong sejam maiores que os seus primos da classe Arleigh Burke, seu desempenho de velocidade é o mesmo, e o navio sul coreano ainda tem maior alcance.
Sendo um navio com forte ênfase na guerra antiaérea, sua capacidade de detecção e controle do espaço aéreo é dada pelo mais capaz sistema de radar atual, o sistema AEGIS , desenvolvido nos Estados Unidos, composto pelo moderno radar SPY-1D (V). Este radar possui 4 antenas cuja disposição cobrem 360º em volta do navio permanentemente permitindo rastrear mais de 100 alvos a 450 Km de distancia de forma ininterrupta, além de ser muito mais resistente a contramedidas eletrônicas impostas pelos sistemas de guerra eletrônica inimigos. 
O radar de controle de fogo para alvos aéreos é o Mk 99 Missile Fire Control System (MFCS) que trabalha integrado com o radar AN/SPG-62 que faz a iluminação dos alvos aéreos detectados pelo radar SPY-1D para que os mísseis de defesa anti-aérea SM-2 atinjam seu alvo. Desta forma, pode-se ver que os sistemas operam de forma integrada otimizando a capacidade de resposta do navio a ameaças aéreas.
Para guerra anti-submarina, o Sejong faz uso de um sonar de casco DSQS-21BZ fornecido pela Atlas Elektronik que tem capacidade de detectar um submarino inimigo a 29,7 km. Um segundo modelo de sonar chamado MteQ, do tipo rebocado, também é empregado nesta classe.
A suíte de guerra eletrônica foi privilegiada também com o sistema SLQ-200(V) 1K conhecido, também como “Sonata” que faz a identificação de sinais de radio, radares e mísseis, identificando a ameaça e gerando uma contramedidas ativa que interfira nos equipamentos inimigos.
Acima: O sistema AEGIS composto pelas 4 antenas fixas SPY-1D (V) caracterizam o desenho do destróier da classe Sejong. Este sistema está entre os 3 mais modernos sistemas do mundo para defesa antiaérea.
O armamento da Sejong é mais pesado do que a média dos navios de guerra de sua categoria. Mesmo sendo um destróier, suas capacidades se igualam ao do cruzador classe Ticonderoga, da marinha dos Estados Unidos.
A capacidade antiaérea é garantida por 2 lançadores verticais MK-41 para mísseis Raytheon SM-2 Block IIIB/IV Standard. Um dos lançadores tem 48 células e o outro tem 32 células. O míssil SM-2 Block IIIB possui um alcance máximo de 74 km e e seu sistema de guiagem é do tipo dual, ou seja, usa dois tipos distintos de guiagem, sendo uma por radar semi ativo e a fase terminal usa um sensor infravermelho. A grande vantagem desse sistema de guiagem é a capacidade de superar eventuais contramedidas evasivas que venham a ser usadas pelo alvo. Esta versão é particularmente eficaz contra alvos em voo em baixa altitude e com RCS pequeno (alvos furtivos).
Ainda, para defesa antiaérea, há um pequeno lançador de mísseis RIM-116 RAM, com 21 mísseis. Estes pequenos mísseis são usados para defesa aproximada contra mísseis anti-navio, e projeteis guiados que penetrem na defesa externa do navio.
Acima: Os destróieres da classe Sejong são pesadamente armados e contam com a capacidade de pronto emprego de nada mais, nada menos, que 128 mísseis divididos entre mísseis antiaéreos SM-2 Block IIIB/IV Standard, mísseis anti submarino K-Asroc Red Shark e mísseis de cruzeiro Hyummoo III C. Caso colocarmos nessa conta os outros 16 mísseis anti-navio SSM-700K Hae Sung, a conta vai parar nos incríveis 144 mísseis para pronto emprego!
Um sistema de lançamento vertical para mísseis projetado na própria Coreia do Sul foi instalado e está equipado com 48 celulas divididas em 16 células para mísseis anti-submarino K-ASROC Red Shark. Este míssil tem um alcance de 19 km e está equipado com um torpedo K-745 Blue Shark que é lançado na água, na área onde o contato submarino inimigo tiver sido detectado pelos sistemas de sonares do Sejong. A partir deste momento o torpedo inicia o ataque ao submarino detectado. O alcance do torpedo K-745 Blue Shark  é de 12 km e seu sistema de guiagem se dá por sonar ativo/ passivo com alcance de 1,9 km e é equipado com uma espoleta de detonação por contato que detona sua ogiva permitindo penetrar 1,5 metros de aço.
As outras 32 células deste lançador, estão armadas com 32 mísseis de ataque terrestre Hyummoo III C, similar ao Tomahawk. Este poderoso míssil de cruzeiro é guiado por GPS e possui um alcance de 1500 km, sendo, portanto, capaz de infringir sérios danos contra alvos estratégicos inimigos bem dentro de seu território.
Voltando a tratar da capacidade de ataque anti-submarino do Segong, foram instalados dois lançadores triplos de torpedos K-745 Blue Shark, mesmo modelo usado no míssil K-ASROC.
Para guerra anti-navio, o Sejong está armado com 4 lançadores quádruplos para mísseis SSM-700K Hae Sung, cujo alcance é de 250 km e guiados por INS/GPS com radar ativo na fase terminal.
Acima: Operando de forma similar ao famoso míssil de cruzeiro norte americano BGM-109 Tomahawk, o míssil de cruzeiro Hyummoo III C, possui um alcance de 1500 km.
O armamento de tubo é composto por um canhão norte americano MK-45 Mod-4 de 127 mm instalado a frente do navio e pode ser usado tanto contra alvos de superfície, como contra alvos aéreos e seu alcance é de 24 Km. Um sistema antiaéreo tipo CIWS Goalkeeper, contendo com um canhão em calibre 30 mm é usado para defesa antiaérea de ponto.  O canhão usado no sistema é o poderoso GAU-8 da General Electric, famoso por ser usado no avião de combate A-10 Thunderbolt II contra veículos blindados. Sua cadencia é de 4200 tiros por minuto e seu alcance efetivo é de 2000 metros. O destróier Sejong opera dois helicópteros anti-submarino Agusta/ Westland Super Linx MK-99, porém pode-se operar outros modelos de dimensões similares como o Sikorsky SH-60 Seahawk.
Acima: O sistema de defesa de ponto CIWS Goalkeeper é armado com um potentíssimo canhão de 7 canos rotativos GAU-8/A Avenger em calibre 30 mm,  o mesmo usado no jato de apoio aéreo aproximado A-10C Thunderbolt II da força aérea dos Estados Unidos. São 4200 tiros por minuto capazes de destruir aeronaves e mísseis anti-navio que se aproximem do navio a uma distancia de até 2000 metros.
Os dados apresentados aqui deixam claro que a classe Sejong representa um dos mais poderosos destróieres no mundo. É certo que a estratégia de defesa da Coreia do Sul recebe influencia pesada do governo dos Estados Unidos e muito provavelmente os norte americanos até tem poder de decisão sobre o que vai ou não ser adquirido pelas forças armadas sul coreanas. Por isso, é interessante observar que o Sejong é mais bem armado que os navios da classe Arleigh Burke da marinha dos Estados Unidos e isso evidencia a importância que a capacidade antiaérea e de ataque contra alvos terrestres tem na marinha sul-coreana e na estratégia norte americana de atuação naquela região do globo. A Coreia do Norte, o inimigo numero um da Coreia do Sul, não tem, absolutamente, nada equivalente em tecnologia, poder de fogo e desempenho ao que o destróier da classe Sejong é capaz de prover e a marinha sul coreana possui, atualmente, 3 navios desta classe, com mais 3 encomendados e a serem integrados a moderna marinha da Coreia do Sul até 2022.
Acima: Na popa do Sejong podemos ver os dois hangares para operações de dois helicópteros médios, normalmente do modelo Westland Mk.99A Super Lynx. Porém o modelo norte americano SH-60 Seahawk também pode ser empregado.

VÍDEO


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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

CLASSE UDALOY/ PROJECT 1155 FREGAT. O predador anti-submarino


FICHA TÉCNICA
Tipo: Destróier anti-submarino/ anti-superfície.
Tripulação:  Udaloy I: 249 homens; Udaloy II: 290 homens
Data de comissionamento: Dezembro de 1980
Deslocamento: 6700 Toneladas (carregado).
Comprimento: 163 mts.
Calado: 6,2 mts.
Boca: 19,03 mts.
Propulsão: 2 turbinas a gás M-62 que produzem 15000 hp cada, usada para manter a velocidade de cruzeiro, mas 2 turbinas M-8KF com 45000 hp cada, usada para acelerações.
Velocidade máxima: 35 nós (64 km/h).
Alcance: 19400 Km  em velocidade de cruzeiro baixa (14 nós, 26 km/h).
Sensores: UDALOY I:  Radar de busca aérea MR-700 Fregat MA Top Plate 3D com alcance máximo de 300 km; Radar de busca de superfície e aérea: MR-320M Topaz V Strut Pair com alcance de 50 km contra alvos de superfície e 267 km contra alvos aéreos; radar de controle de fogo MR-360 Podkat; Sonares: Sonar de baixa frequência Horse Jaw Bow, Sonar Horse tail VDS.
UDALOY II: Radar de busca aérea: MR-700 Fregat A Top Plate 3D com alcance máximo de 300 km; Radar de busca de superfície e aérea: MR-320M Topaz V Strut Pair com alcance de 50 km contra alvos de superfície e 267 km contra alvos aéreos; radar de controle de fogo MR-360 Podkat; radar de controle de fogo 3P37/Hot Flash; Sonares: suíte de sonar Zvezda-2 com sonar de casco MGK-345 Yake Bow, Sonar de baixa frequência Ox Tail LF
Armamento: UDALOY I:  2 canhões calibre 100 mm/ 70DP; 4 canhões AK-630 calibre 30 mm; 8 lançadores verticais para mísseis antiaéreos SA-N-9 Gauntlet (64 mísseis), 2 lançadores quádruplos de mísseis SS-N-14 Silex anti-submarino, 2 lançadores de foguetes RBU-6000 anti-submarinos, 2 lançadores quádruplos para torpedos de 533 mm SET-65 ME. UDALOY II: 2 lançadores quádruplos para mísseis anti-navio SS-N-22 Sunburn; 8 lançadores verticais para mísseis antiaéreos SA-N-9 Gauntlet (64 mísseis); 2 sistemas anti aéreos de ponto Kashtan; 1 Canhão duplo AK-130 em calibre 130 mm; 4 lançadores quadruplos de torpedos de 533 mm que podem ser armados com mísseis anti-submarinos 2  RPK-2 Viyuga/SS-N-15; 2 lançadores de foguetes RBU-6000 anti-submarinos, 2 lançadores de foguetes UDAV-1 anti-submarino.
Aeronaves: 2 helicópteros anti-submarino Kamov Ka-27PL Helix.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
A marinha russa possui muitos navios que são herança do período da guerra fria. Isso é mais perceptível quanto tratamos dos navios de maior porte como cruzadores e destróieres. Logo após a dissolução da União Soviética, a economia russa estava em frangalhos e a manutenção de todas as suas forças armadas foi muito dificultada com a queda do orçamento de defesa naquele momento. Assim, o desenvolvimento de novos sistemas de armas acabou sendo deixado para um momento posterior a recuperação econômica do país. O foco deste artigo trata de um dos navios que marcam uma época da marinha soviética e que hoje, depois de atualizações, continua em serviço na marinha russa. O projeto 1155 Fregat, mais conhecido no ocidente como Classe Udaloy,  teve seu desenvolvimento iniciado em 1972 e tinha objetivo de construir uma classe de destróier especializado na guerra anti-submarino. Estes poderosos navios de guerra, projetados pelo estaleiro Severnoye Design Bureau, começaram a ser construídos em 1978 pelo estaleiro Zavod 820 Yantar com o objetivo de prover proteção anti-submarino contra as forças navais da Otan que estavam em franca expansão e cuja esquadra de submarinos já preocupavam o comando da marinha russa. O primeiro navio desta classe foi batizado de Udaloy e foi comissionado em 1980 sendo seguido por mais 12 embarcações da mesma classe.
Acima: Um navio da classe Udaloy aparece ao lado de um dos novos submarinos nucleares da classe Yasen
A marca registrada dessa classe é seu forte armamento para guerra anti-submarino composto por dois lançadores quádruplos de mísseis anti-submarino SS-N-14 Silex. Este enorme míssil montado dos dois lados do passadiço do navio tem um alcance de 90 km e podem transportar uma variedade de três cargas de combate como o torpedo AT-2UM, cargas de profundidade nucleares de 5 kilotons (kt), capazes de destruir um submarino a grande distancia, ou uma ogiva moldada de alto explosivo convencional que pode ser usada contra um navio. O Udaloy está equipado com dois lançadores de foguetes não guiados RBU-6000 Smerch 2 anti-submarino. Estes foguetes tem alcance de 6000 metros e transportam cargas de profundidade de 25 kg. Há, ainda, dois lançadores com quatro tubos para torpedos pesados de 533 mm SET-65ME cujo alcance é de 15 km. Mesmo sendo um navio projetado com forte ênfase na capacidade anti-submarino, o Udaloy tem 8 lançadores verticais para mísseis de defesa antiaérea de ponto SA-N-9 Gaultlet guiados por comando de radio e com alcance de 12 km. Estes excelentes mísseis possuem uma probabilidade de acerto (KP) de 95% contra aeronaves de asas fixas e uma eficiência similar contra mísseis de cruzeiro ou bombas planadoras que ataquem o navio.
O principal armamento de tubo instalado nos destróieres da classe Udaloy é composto por dois reparos com 2 canhões calibre 100 mm/ 70DP em calibre 100 mm capaz de disparar até 50 tiros por minuto e atingir um alvo a 20 km de distancia. O Udaloy possui dois hangares para operação de dois helicópteros anti-submarino Kamov Ka-27PL Helix que prestam um grande apoio na luta anti-submarino, com seus sistemas embarcados.
Acima: Nesta foto podemos ver com clareza os lançadores quádruplos de mísseis SS-N-14 Silex usados para destruir submarinos inimigos. Na versão Udaloy II, estes misseis foram substituídos pelo potente SS-N-22 Sunburn (Moskit).
No que diz respeito aos sensores, o Udaloy está equipado com um radar tridimensional de busca aérea MR-700 Fregat MA Top Plate com alcance máximo de 300 km contra alvos aéreos de grandes dimensões (um bombardeiro B-52, por exemplo) e em alta altitude. A busca de superfície fica a cargo de um radar MR-320M Topaz V Strut Pair cujo alcance é de 50 km. Este radar tem capacidade de busca aérea também, porém com alcance de 180 km, contra alvos grandes e em alta altitude. O radar de controle de fogo para os mísseis Gauntlet é o MR-360 Podkat/ Cross Sword.
A sistema de detecção anti-submarina é feita pela suíte de sonar Polinom composto pelos sonares Horse Jaw e o Horse tail que operam em baixa frequência.
Acima: O radar tridimensional MR-700 Fregat MA Top Plate, embora seja um sensor antigo e menos capaz que os equipamentos atuais, ainda é bem comum nos navios de guerra de origem soviética.
Com um deslocamento de 6700 toneladas quando tolamente carregado, o Udaloy consegue uma velocidade máxima de 35 nós (64 km/h) conseguida pela combinação de duas turbinas a gás M-62 mais duas turbinas, também a gás M-8KF, que movem dois eixos e suas respectivas hélices produzindo 120000 Hp de potencia total. Sua autonomia chega 19400 km o que somado ao excelente desempenho marinheiro do navio o coloca como um perigoso inimigo em uma batalha naval. Seu desempenho é superior ao do navio da classe Arleigh Burke, da marinha norte americana.
Acima: O desempenho de navegação dos navios desta classe é excepcional. Além de uma velocidade maior, ele também tem muito maior alcance que seus similares ocidentais.

UDALOY II
O Udaloy possui uma versão mais avançada, modificada para otimizar sua capacidade anti-navio. Esta versão, batizada de Project 1155.1 Fregat II e é conhecido na OTAN por Classe Udaloy II
As modificações nesta versão em relação ao Udaloy I são visíveis nos sistemas de armas e de sensores, sendo que a propulsão se manteve inalterada.  Assim, no que se refere ao armamento, o Udaloy II teve os mísseis SS-N-14 Silex, substituídos pelo potentíssimo míssil anti-navio SS-N-22 Sunburn (Moskit) lançados pelos mesmos lançadores quádruplos. Este míssil tem como característica sua elevadíssima velocidade de cruzeiro que atinge 2300 km/h em perfil de voo sea skimming (rasante ao mar) e possui um alcance de 250 km. Com uma ogiva de 320 kg de alto explosivo ou uma ogiva nuclear de 120 kt, este míssil é quase impossível de ser abatido pelas defesas antimíssil do inimigo. Outro míssil anti-submarino transportado pelo navio Udaloy II é o SS-N-15 Starfish (RPK-2 Viyuga) lançado de dois lançadores quádruplos de torpedos de 533 mm. Este míssil tem alcance de 45 km e usa um torpedo Type 40 próximo a área onde o alvo for detectado para que ele possa iniciar a busca pelo seu próprio sonar. 
O míssil SA-N-9, também usado na versão Udaloy II,  está apoiado por dois sistemas antiaéreo Kashtan que é composto por dois lançadores de míssil SA-N-11 Grisom com alcance de 8 km e 2 canhões GSH- 30K de 6 canos rotativos de 30 mm que são usados contra mísseis e outros projéteis de precisão que sejam lançados contra o navio. O alcance dos canhões do sistema Kashtan é de 3,5 km. O navio Udaloy II teve os dois canhões  calibre 100 mm/ 70DP substituídos por um único reparo com 2 canhões AK-130 DP cujo alcance aumentou para 23 km, porém com o sacrifício da cadencia de tiro que caiu para 40 tiros por minuto. Outro novo armamento anti-submarino  incorporado ao Udaloy II foram  dois lançadores de foguetes UDAV-1 anti-submarino que pode ser usado contra submarinos, torpedos que se aproximem e mergulhadores inimigos.
Acima: O Udaloy II teve apenas um exemplar construído. Externamente a maior diferença está na ausência de um dos canhões de 100 mm e nos lançadores quádruplos para mísseis antinavio SS-N-22 Sunburn.
Como mencionado antes, além do armamento, os sistemas eletrônicos também tem algumas diferenças entre a versão Udaloy I e Udaloy II. O Udaloy II usa um radar de busca aérea MR-700 Fregat A Top Plate 3D, cujo alcance máximo é o mesmo do modelo MA usado no navio mais antigo.
O radar de busca de superfície continuou sendo o MR-320M Topaz V Strut Pair, assim como os radares de controle de fogo MR-360 Podkat/ Cross Sword. Porém, com o sistema Kashtan, um outro tipo de radar de controle de fogo precisou ser instalado; o 3P37 Hot Flash  com duas antenas, foi adicionado para gerenciar o controle de tiro deste sistema de armas.
A sistema de detecção anti-submarina é feita pela suíte de sonar Zvezda-2 capaz de detectar um submarino inimigo a 100 km de distancia com os sonares com sonar de casco MGK-345 Yake Bow, Sonar de baixa frequência Ox Tail LF
Acima: Os navios da classe Udaloy possem um heliporto e dois hangares para operar dois helicópteros anti-submarino KA-27PL Helix
Embora seja um navio com desenho antiquado frente aos modernos navios com características furtivas em uso atualmente, o Udaloy, tem em seu forte armamento e seu excelente desempenho uma letalidade válida que deve impor respeito nas marinhas inimigas da Rússia.
Devido a incerta situação da industria naval russa, é provável que estes grandes navios de guerra permaneçam em serviço por muitos anos ainda. O Udaloy II teve apenas um exemplar construído e o sucessor destes velhos navios de guerra ainda não está em um horizonte visível. Novos navios de guerra como fragatas e cruzadores estão nos planos da marinha russa para recuperar sua capacidade e diminuir o gap tecnológico frente as marinhas ocidentais, porém, não está claro se algum deles assumirá a posição dos destróieres da classe Udaloy na marinha russa.

VÍDEO


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terça-feira, 22 de março de 2016

CLASSE TAKANAMI. Uma escolta antiaérea a moda antiga.


FICHA TÉCNICA
Tipo:  Destróier antiaéreo.
Tripulação:  175
Data do comissionamento:  Março de 2003.
Deslocamento:  4650 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento:  151 mts.
Calado:  5,3 mts.
Boca:  17,4 mts.
Propulsão:  2 turbinas a gás Kawasaky Rolls Royce Spey SM-1C e 2 turbinas General Electric/ Ishikawajima Harima LM-2500 que juntas produzem 60000 hp que movem dois eixos.
Velocidade máxima: 30 nós (56 km/h)
Alcance:  8350 Km
Sensores:  Radar de busca aérea:  OPS-24 com 450 km de alcance; radar de busca de superfície OPS-28D; radar de navegação OPS-20; Radar de controle de fogo:  FCS-3; Sonar:  OQS-5 montado no casco, OQR-2 rebocado.
Armamento:  1 canhão Otobreda de127 mm, 2 canhões canhões CIWS Vulcan Phalanx MK-15 de 20 mm, 1 lançador vertical MK-41 para 32 mísseis antiaéreos ESSM ou anti submarino RUM-139 VL ASROC, 2 lançadores quádruplos de mísseis Type 90 anti-navio, 2 lançadores triplos Type 68 para torpedos leves de 324 mm.
Aeronaves:  Heliporto para operar um helicóptero médio SH-60J Seahawk.

DESCRIÇÃO
Por Carlos.E.S.Junior
A marinha do Japão, assim como todas as suas forças armadas são extremamente poderosas graças a seu intenso treinamento e a expressiva quantidade de armas que esta nação possui. Alguns desses armamentos são, realmente, o estado da arte em sua categoria como o moderno destróier classe Kongo e Atago. Porém, embora nem todos os seus sistemas de armas sejam tão modernos, ainda tem tem uma representatividade significativa na estratégia de defesa da nação do sol nascente.
O destróier classe Takanami é um desses sistemas de armas, cuja tecnologia, algo ultrapassada frente aos projetos ocidentais contemporâneos, ainda tem sua validade no campo de batalha naval. O destróier classe Takanami é derivada da classe Murasame, especializada em guerra anti-submarino. Porém o Takanami foi projetado para dar ênfase na capacidade de combate antiaéreo e assim poder participar da escolta do grupo de batalha japonês ou de seu principal aliado, os Estados Unidos.
Acima: O destróier classe Takanami representa um melhoramento em capacidade de combate antiaéreo da classe Murasame, do qual o navio herda casco e outras estruturas.
Para cumprir a missão de combate antiaéreo foi instalado um lançador de mísseis vertical MK-41 de com 32 células e que podem ser equipadas com mísseis ESSM (Envolved Sea Sparrow) ou o míssil anti submarino RUM-139 VL ASROC. O ESSM é um míssil antiaéreo cuja capacidade de interceptar até mesmo, mísseis anti-navio supersônicos é bastante importante, considerando os prováveis adversários do Japão, como China, Rússia ou Coreia do Norte. O alcance do ESSM é de 50 km e seu guiamento se dá por radar semi-ativo. Já, para atacar submarinos, é usado o míssil RUM-139 VL ASROC que tem alcance de 22 km e ele transporta um torpedo leve MK-46 que é lançado na água, próximo do submarino inimigo detectado. Esse torpedo, por sua vez, tem alcance de 11 km e faz a busca pelo alvo através de um sonar que funciona ativo e passivamente. A ogiva do MK-46 pesa 44 kg e é composta por alto explosivo PBXN-103, extremamente destrutivo. Para guerra anti-navio está instalado dois lançadores quádruplos de mísseis Type 90 SSM-1B que começaram a substituir os mísseis norte americanos RGM-84 Harpoon. O novo míssil Type 90 é mais veloz (1150 km/h) e tem maior alcance que o míssil Harpoon que ele substitui (200 km), porém seu sistema de guiamento é o mesmo, ou seja, inercial, durante o início do voo e acionando um radar ativo quando estiver próximo do alvo. O Takanami está armado com um canhão italiano Otobreda de 127 mm que consegue uma cadência de 40 tiros por minuto e cujo alcance com granadas convencionais é de 30 km. Uma nova munição assistida por foguete, chamada Volcano, tem alcance ampliado para 100 km. Para defesa antiaérea de ponto são usados dois sistemas CIWS MK-15 Phalanx. Cada sistema Phalanx é composto por um canhão de 6 canos giratórios M61 Vulcan em calibre 20 mm capaz de impor uma cadência de  4500 tiros por minuto e com um alcance efetivo de 2000 a 3000 metros.
Para guerra anti-submarino, ainda há dois lançadores triplos Type 68 para torpedos leves de 324 mm, além de poder operar um helicóptero anti-submarino Sikorsky SH-60J Seahawk.
Acima: Os navios da classe Takanami possuem, além de seu armamento orgânico, um helicóptero SH-60J Seahawk  que é usado para missões anti-submarino, busca e resgate.
O Takanami possui um deslocamento de 4650 toneladas quando totalmente carregado. Sua propulsão, do tipo COGAG (Combinação gás gás) é fornecida por duas turbinas a gás LM-2500 desenvolvida pela General Eléctric e fabricadas sob licença pela empresa japonesa Ishikawajima Harima. Estas turbonas são apoiadas por mais duas turbinas a gás Kawasaki/ Rolls Royce Spey SM-1C que juntas produzem 60000 Hp de força movendo dois eixos e suas hélices. Essa propulsão é a mesma usada no destróier Murasame, Essa composição leva a Takanami a uma velocidade máxima de 30 nós (56 km/h), perfeitamente adequado a operação em grupos de batalha centrado em porta aviões. Em velocidade de cruzeiro de 18 nós (34 km/h) o Takanami tem uma autonomia de 8350 km.
Acima: A propulsão dos destróieres da classe Takanami tem uma configuração incomum, baseada em dois sistemas a gás. 
O  radar de busca aérea usada no Takanami é o radar bidimensional OPS-24 capaz de detectar um alvo de grande tamanho (100 m2) a 450 km de distancia. Esse radar também é derivado de modelos desenvolvidos nos Estados Unidos durante o período da guerra fria. Um radar da busca de superfície OPS-28D proporciona um alcance de 74 km contra navios.O radar de navegação é um OPS-20. 
Dois radares de controle de fogo FCS-3 fazem a iluminação do alvo para os mísseis antiaéreo ESSM. Para guerra anti-submarina é usado o sonar OQS-5 que fica montado no casco do Takanami além de um radar rebocado OQR-2.
Além desses sensores, há ainda uma suíte de guerra eletrônica composta por interferidores (Jammer) NOLQ-3, iscas MK-137 anti radar (Chaffs) e um sistema de iscas anti-torpedo rebocado SLQ-25 Nixie que emite sinais que atraem o torpedo inimigo para longe do casco do navio.
Acima: A composição da suite de sensores da Takanami, embora não represente o estado da arte nesse segmento, ainda sim tem bom desempenho e é capaz de fornecer proteção para um grupo de batalha.
Embora o Takanami seja uma embarcação nova (foi comissionado em 2003), seu projeto mostra uma concepção obsoleta, porém com um armamento que provê um poder de fogo consistente e uma suíte eletrônica capaz de proporcionar sérios problemas em qualquer navio de guerra. O Takanami é um destróier ainda valido no teatro de operação em que o Japão está participando e os cinco navios dessa classe representam um obstáculo a ser estudado atentamente para uma marinha que tenha como missão atacar um grupo de batalha naval japonês. Ao todo, o Japão possui 5 navios desta classe.
Acima: Com um desing já desatualizado, os navios da classe Takanami são mais novos do que aparentam. Sua capacidade de combate permitirá que esses navios se mantenham como uma opção válida para a marinha japonesa por mais uns 20 anos.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM UM NAVIO DA CLASSE TAKANAMI EM EXERCÍCOS.



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