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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

KB MASHYNOSTROYENIYA SS-26 STONE ISKANDER. O martelo de batalha do exercito russo

FICHA TÉCNICA
Tipo: Míssil balístico de curto alcance (SRBM)
Peso: 3800 kg.
Comprimento: 7,3 m.
Diâmetro: 0,92 m.
Propulsão: Motor de combustível sólido de dois estágios
Velocidade: 7560 km/h.
Alcance mínimo: 50 km.
Alcance máximo: 500 Km (Iskander M); 280 Km (Iskander E).
Guiagem: Sistema inercial com sistema DSMAC para guiagem final (Iskander E); GPS/GLONASS com sistema DSMAC (Iskander M).
CEP: 7 m (Iskander M); 30 m (Iskander E).
Ogiva: 700 kg HE fragmentada,Submunições, Penetradora de concreto, PEM (Pulso eletromagnético, termobarica ou nuclear de 50 kt.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
As armas usadas em artilharia mais comuns são os canhões e foguetes, porém alguns países ainda produzem mísseis balísticos de curto alcance (SRBM) que são usados para destruir alvos táticos do inimigo. É verdade que a grande maioria destes mísseis possuem uma precisão sofrível, necessitando de grandes ogivas para melhorar as chances de causar algum dano ao alvo visado, porém, a Rússia, uma tradicional fabricante de mísseis balísticos de curto alcance, manteve seu desenvolvimento através do míssil 9M723 Iskander (SS-26 Stone, pela nomenclatura da OTAN), uma moderna arma de artilharia que entrou em serviço no exercito russo em 2006 para substituir o míssil balístico de curto alcance SS-23 Spider.
Acima: O antigo míssil 9M714 Oka, ou SS-23 Spider, foi o armamento substituído pelo Iskander, um míssil que trouxe maior precisão para a artilharia russa.
O Iskander é o SRBM russo de maior precisão já desenvolvido. Sua guiagem se dá por diversos meios que dependerá da versão. Porém, a versão mais moderna em uso pelo exercito russo conhecida por Iskander M, é guiado por GLONASS (equivalente russo do GPS norte americano), e por um sistema DSMAC para guiagem final  que compara a imagem do alvo com várias imagens capturadas com uso de aeronaves de reconhecimento e outros meios de inteligência e que são previamente carregada na memória do sistema do míssil, antes do lançamento.  Esse sistema permite um CEP (margem de erro) de 7 metros. Esse índice é típico de mísseis de cruzeiro avançados, porém, com a vantagem da enorme velocidade que um míssil balístico possui. O Iskander, especificamente, tem uma velocidade de 7560 km/h, e um alcance de 500 km.
A Rússia exporta uma versão deste míssil, conhecida como Iskander E, que tem seu alcance limitado a 280 km, para estar de acordo com o Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MTCR), que limita o alcance máximo dos mísseis exportados em 300 km. Outra limitação que há no Iskander E é sua precisão, bastante degradada, em relação ao modelo em serviço na Rússia. O Iskander E tem um CEP de 30 metros, usando um sistema de guiagem inercial com um sistema DSMAC. Com esse desempenho, as defesas antiaéreas inimigas, teriam muito mais dificuldade de interceptar um Iskander do que um míssil Tomahawk, por exemplo. Porém, os sistemas de defesa antimíssil em desenvolvimento nos Estados Unidos, teriam boas chances de sucesso contra esse tipo de armamento.
Acima: A versão inicial do Iskander, que é, inclusive, exportada, tem desempenho menor que a atual versão usada pela Rússia. O modelo da fotografia é justamente um desses modelos iniciais, cujo alcance é de 280 km e sua margem e erro circular CEP, de 30 metros.
O Iskander pode ser equipado com diversos tipos ogivas, sendo que, a versão M, usado pelo exercito russo pode ser equipado com uma ogiva de fragmentação HE com peso de 700 kg, Sub-munições, uma ogiva penetradora de concreto, a potente ogiva termobarica, extremamente destrutiva ou uma moderna ogiva EMP (pulso eletromagnético) que promove a destruição de sistemas eletrônicos, minimizando a perda de vidas próximas ao alvo. Poucas fontes informam, mas acredita-se que os russos mantenham a possibilidade de instalar uma ogiva nuclear de baixo rendimento (10 a 100 Kt) em seus Iskanders, para poderem ser usadas no campo de batalha, com o objetivo de interdita-lo.
A versão de exportação, Iskander E pode ser equipado com ogivas de fragmentação, HE fragmentada e de penetração.
Acima: O carregamento de um míssil Iskander é feito com ajuda de um veículo de recarga 9T250. Cada veiculo lançador transporta dois mísseis para pronto emprego e o veiculo de recarga mais dois mísseis. Abaixo temos uma foto do 9T250.
O lançamento do Iskander se dá no próprio veiculo transportador TEL (Transporter-Erector-Laucher) do modelo MZKT-7930 com tração 8X8, e que transporta 2 mísseis por vez. Esse caminhão é derivado do MAZ-543, bastante comum no transporte e lançamento de mísseis na Rússia. O MZKT-7930 usa um motor a diesel YaMZ-846 que desenvolve uma potencia de 500 Hp, levando o veículo a uma velocidade máxima de 70 km/h em estrada. A autonomia  está em 1000 km, o que é impressionante sob qualquer ponto de vista.
Acima: A viatura lançadora do Iskander é o caminhão MZKT-7930, muito usado para vários sistemas de armas russos. Trata-se de uma confiável viatura com grande autonomia e alta mobilidade em terrenos acidentados.
O Iskander M foi protagonista da discussão sobre a instalação do sistema antimíssil norte americano na Polônia e na republica Checa, quando o presidente russo ameaçou enviar lançadores de mísseis Iskander M para a fronteira entre a Rússia e a Polônia e a Republica Tcheca com o intuito de neutralizar os lançadores dos Estados Unidos nesses países. Existem afirmações, não confirmadas, sobre a capacidade do Iskander M em superar sistemas de defesa antimíssil, porém não se pode afirmar nada a respeito uma vez que não há nada de oficial sobre essa possível capacidade.
Existe algumas informações pouco detalhadas a respeito de uma nova versão deste míssil chamado Iskander K que faz uso de um míssil de cruzeiro R-500 capaz de atingir um alvo a 2000 km com uma margem de erro (CEP) de 7 metros e que foi idealizado pensando justamente em destruir as instalações do sistema anti missil balistico norte americano no leste europeu. Essas mesmas informações superficiais, dão conta que, a entrada em serviço desta versão se deu em 2012 e que se trata de um armamento considerado "top secret', portanto, não aceito oficialmente sua existência por parte das autoridades russas. Fato é, porém, que a Rússia implantou diversos mísseis Iskanders M próximo a sua fronteira ocidental e que certamente o míssil seria capaz de impactar no equilíbrio militar da região, uma vez que se trata de uma arma sofisticada e bem capaz.
Acima: Neste mapa podemos ver o raio de ação do míssil Iskander M quando posicionado em Kaliningrado.

Acima: O Iskander M é a versão usada pelo exército russo atualmente e tem um alcance aumentado para 500 km e a margem de erro restrita a um circulo de apenas 7 metros.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O ISKANDER M


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sexta-feira, 15 de maio de 2015

ARMY TANK PLANT M-109. O longo braço da artilharia brasileira (e de muitos outros países)

FICHA TECNICA (M-109 A6 Paladin)
Tripulação: 4 homens.
Motor: Um motor Detroit Diesel 8V71T com 440 hp de força.
Peso: 31,8 toneladas (carregado).
Comprimento: 9,67 m.
Largura: 3,14 m.
Altura: 3,62 m.
Autonomia: 350 km.
Velocidade: 65 Km/h em estrada.
Passagem de vau: 1,1 m.
Obstáculo vertical: 0,53 m.
Trincheira: 1,83.
Inclinação frontal: 60º.
Inclinação lateral: 40º.
Armamento: Um canhão modelo M-284 de 155 mm e 39 calibres uma metralhadora M-2HB em calibre .50 (12,7 mm).
Alcance das granadas: Convencional: 30 km, Granada M-982 Excalibur: 57 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
A artilharia autopropulsada é um dos equipamentos militares mais difundidos nos exércitos do mundo. No ocidente, o obuseiro autopropulsado mais difundido, por longa margem, é o norte americano M-109, desenvolvido a partir de 1952, com intuito de substituir o velho obuseiro autopropulsado M-44. Desde a entrada em serviço no exército dos Estados Unidos em 1963, diversas versões do M-109 foram desenvolvidas e fornecidas a exércitos alinhados com os Estados Unidos.  Os primeiros M-109 tinham um canhão M-126, caracterizado pelo seu curto comprimento e um grande freio de boca, porém em calibre 155 mm. Este canhão tinha um alcance de apenas 14,3 km. Logo ficou claro a necessidade de um canhão com desempenho melhor e assim foi desenvolvido a versão M-109 A1 cujo canhão foi uma versão aumentada do canhão original que foi batizado de M-126 A1. Este canhão permitiu um aumento do alcance para 18 km.
 
Acima: O obus auto propulsado M-44 foi substituído pelo M-109, um sistema de artilharia que acabou se tornando o mais popular do mundo.
Ainda procurando melhorar mais o alcance efetivo do M-109, foi instalado um novo canhão M-185 com o mesmo calibre, porém de maior comprimento, o que elevou a capacidade do M-109 em atingir alvos a 24 km de distancia. A designação desta versão ficou sendo M-109A2. Mais modificações foram sendo incorporadas de forma que se criou o M-109A3 com algumas modernizações mais leves.
O próximo passo na evolução deste clássico sistema de artilharia foi o M-109A4 com a incorporação de um sistema de proteção para guerra nuclear, biológica e química (NBQ). Novas modificações levaram a aumentar o alcance efetivo do veículo, o canhão foi, novamente, modificado para o modelo M-284 cujo alcance pode chegar a 30 km, usando granadas assistidas por foguetes, dando origem ao modelo M-109A5. 

Acima: O Exército do Brasil usa o M-109A3 e o M-109A5 que estão substituindo o velhos e pouco eficientes M-108.
A moderna versão M-109 A6 Paladin, em uso pelo exército dos Estados Unidos e da Arábia Saudita. Esta versão possui o mesmo armamento que o A-5, porém seus sistemas de pontaria e controle de fogo são mais avançados e capazes, podendo, inclusive, usar a nova munição Raytheon /Bofors XM-982 Excalibur. Esta munição especial possui guiagem inercial com apoio de um GPS e aletas que permitem uma capacidade de planeio levando a granada a incríveis 57 km. Por ser guiado por GPS, a margem circular de erro (CEP) é de 5 metros. Outro interessante detalhe da versão A-6 é que o canhão conta com um sistema semi-automático para recarga, o que facilitou a vida da tripulação e permitiu uma cadência de até 8 tiros por minuto. A ultima versão deste consagrado sistema de artilharia é o M-109A7 fabricado pela empresa BAE Systems e representa o futuro da artilharia auto propulsada do exército dos Estados Unidos. O M-109A7 usa algumas tecnologias que haviam sido desenvolvidas para o obus autopropulsado XM-1203 NLOSC que acabou cancelado devido aos cortes orçamentários nos investimentos de defesa dos Estados Unidos. Assim o sistema de carregamento automático integrado a esta ultima versão permite um aumento na cadência de tiro sustentado de 4 tiros por minuto. O chassi é baseado no veículo de combate de infantaria M-3 Bradley, o que melhora a logística de combate por ter alguns componentes comuns entre as viaturas.
Acima: O M-109 A7 é a versão mais moderna do M-109 e está sendo entregue ao exército dos Estados Unidos.
Os veículos M-109, em qualquer versão, podem usar uma metralhadora M-2HB calibre .50 (12,7 mm) na parte de cima da torre. São transportadas 500 munições deste calibre dentro da torre. Já o canhão de 155 mm possui um estoque de 39 granadas dentro veículo. Mesmo assim o M-109 possui uma versão específica para recarga de munição chamada M-992 capaz de transportar 93 granadas.
A propulsão das versões mais antigas do M-109 era feita por um motor Detroit Diesel 8V71T. Este confiável motor fornece uma potência de 440 Hp e permite ao M-109 se deslocar a velocidade máxima de 65 km/h em estradas. A autonomia não é das melhores, chegando a 350 km. Já na ultima versão, a M-109A7, o motor original foi substituído pelo mais moderno Cummins VTA-903T com 8 cilindros e que produz 600 hp de potencia. Este motor é o mesmo usado no veículo de combate de infantaria M-2/M-3 Bradley.
A proteção instalada no M-109 permite a tripulação sobreviver em ambientes de guerra química, nuclear e bacteriológica, a partir da versão A-4 e a blindagem do veículo consegue resistir a impactos de projéteis de armas leves até 7,62X51mm e fragmentos de granadas. A ultima versão, a A-7, tem uma blindagem reforçada na área da torre.
Acima: O veículo da foto é o M-992, versão de recarga do M-109, que transporta granadas para os veículos M-109.Este veículo pode transportar 93 granadas em seu interior.
O Brasil adquiriu, em 1999, 37 veículos M-109A3 junto ao exército da Bélgica e 40 M-109A5 do exército dos Estados Unidos. Antes desta aquisição nossas peças de artilharia motorizadas eram compostas apenas pelo velho M-108 com um canhão de 105 mm cujo alcance mal chegava a 15 km. Mesmo sendo em numero, relativamente pequeno, estes veículos aumentaram bastante a capacidade da artilharia autopropulsada do exército brasileiro. O M-109 se manterá na ativa por décadas ainda, graças a sua confiabilidade e numero elevado de nações que o usam em suas fileiras de artilharia. A grande variedade de versões deste veículo mostra que há uma certa facilidade em implantar modernizações nele, o que também permite sua manutenção em serviço por muito tempo.
Acima: Um M-109A6 Paladin  abrindo fogo de artilharia. Notem a granada logo após  sair da boca do canhão.

Acima: Soldados do Exército dos Estados Unidos recarregam um M-109A6 com granadas de 155 mm.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO DE UM M-109 SENDO OPERADO PELO EXÉRCITO DOS ESTADOS UNIDOS.

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terça-feira, 18 de novembro de 2014

KRAUSS – MAFFEI WEGMANN PzH-2000. O mais avançado sistema de artilharia auto propulsada do mundo.


FICHA TECNICA
Tripulação: 5 homens.
Motor: Um motor de  8 cilindros MTU 881 Ka-500 com 1000 hp de força.
Peso: 55,3 toneladas (carregado).
Comprimento: 11,67 m (contando o canhão)
Largura: 3,48 m
Altura: 3,4 m.
Autonomia: 420 km.
Velocidade: 60 Km/h em estrada ou 45 km/h em terreno irregular.
Passagem de vau: 1,2 m.
Obstáculo vertical: 1,1 m.
Trincheira: 3 m.
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º.
Armamento: Um canhão Rheinmetall L-52 de 155 mm e uma metralhadora Rheinmetall MG-3 em calibre 7,62X51 mm.
Alcance das granadas: Convencional : 40 km, Granada assistida por foguete: 56 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S.Junior
Quando pensamos em sistemas de armas, seja de qualquer segmento como aviação militar, mísseis, navios de guerra, tanques ou mesmo fuzis de assalto, sempre há um determinado equipamento que é coroado com o status de “melhor do mundo”, ou “mais poderoso do mundo”. São exemplos dessa condição o caça norte americano F-22 Raptor, considerado o melhor avião de superioridade aérea do mundo nos dias atuais, ou o destróier da classe Arleigh Burke (DDG-51) da marinha dos Estados Unidos, considerado o mais poderoso destróier nos dias de hoje. O sistema de armas que será foco do texto a seguir tem, justamente, esse status de melhor do mundo, dentro de sua categoria. O veiculo de artilharia auto propulsada PzH-2000, desenvolvido pela poderosa Krauss- Maffei, Wegmann KMW da Alemanha e que tem a o status de mais poderoso sistema de artilharia auto propulsado dos dias atuais.
Acima: O PzH-2000 é mais um dos muitos produtos bélicos desenvolvidos pela Krauss-Maffei Wegmann que aparecem no topo do pódio ente os melhores sistemas de seu tipo.
O PzH-2000 foi encomendado pelo exercito alemão em 1996 que solicitou a construção de 185 unidades para substituir o obus autopropulsado M-109 de origem norte americana usado pelo exercito alemão. Além do exercito alemão, a Itália, Holanda, Qatar, Croácia e Grécia adquiriam p PzH-2000 para seus exércitos.
Uma das características diferenciais do PzH-2000 que o colocam a frente dos outros sistemas de artilharia autopropulsadas são sua alta cadência de tiro de 12 tiros em 1 minuto. Pode parecer pouco para as pessoas acostumadas a ver dados de cadência de tiro de armas leves automáticas, mas quando se fala de granadas de 155 mm, esse dado se mostra muito bom. O processo de carregamento das granadas é automático enquanto que 2 soldados são encarregados de por as cargas depois das granadas no canhão Rheinmetall L-52, o que facilita e muito o processo de recarregamento. O alcance das granadas convencionais chega a 30 km enquanto que a granada propulsada por foguete consegue aumentar essa distancia para 60 km. P PzH-200 pode empregar, também, granadas inteligentes como a munição norte americana M-982 Excalibur que usa um sistema GPS para garantir uma maior precisão, podendo ser empregada contra alvos distantes 48 km e apresentando uma margem de erro de apenas 1 metros do ponto de impacto previsto. para se entender o excelente nível dessa precisão, basta observar que bombas guiadas a laser uada por aeronaves de combate tem margem de erro de 5 metros, ou seja, 5 vezes mais que uma granada Excalibur. Outras granadas inteligentes podem ser usadas também, como a SMArt-155 empregada contra veículos blindados inimigos posicionados a 28 km de distancia. Ao todo são transportados 60 granadas por veículo permitindo um considerável fogo sustentado.


Acima: O canhão Rheinmetall L-52 calibre 155 mm usado no PzH-2000 tem um freio de boca para reduzir o recuo da arma. O canhão tem grande flexibilidade de emprego para diversos tipos de munições simples e inteligentes.
Outro difrencial do PzH-2000 é a sua precisão frente aos sistemas anteriores a ele. O PzH-2000 é equipado com um sistema autônomo de controle de fogo  MICMOS  desenvolvido pela EADS. Esse sistema recebe dados via data link de fontes externas, como aeronaves ou soldados em posições avançadas e executa os cálculos de parâmetros de tiros automaticamente, agilizando em muito o disparo das granadas. O PzH-2000 pode engajar alvos diretamente a curtas distancias e para isso o comandante está equipado com um periscópio Leica PERI-RTNL-80 enquanto que o artilheiro está equipado com uma mira Leica PzF-TN-80 com intensificador de luminosidade para ser usada de dia e de noite.
O PzH-2000 é propulsado por um motor de 8 cilindros MTU 881 Ka-500 que fornece 1000 hp de força permitindo uma velocidade máxima de 60 km/h em estrada ou de 45 km/h em terreno irregular. A autonomia é de 420 km, o que representa uma melhora de 70 km quando comparado com o seu antecessor o M-109.
Acima: Os sofisticados sistemas embarcados ligados ao computador de controle de fogo colocam este obuseiro na vanguarda da artilharia moderna.
O PzH-2000 é protegido para operar em ambientes NBC (Nuclear, Biological e Chemical), além de ser blindado contra projéteis de calibre até 14,5 mm na parte frontal do veículo enquanto nas partes laterais a proteção suporta impactos de armas leves até o calibre 7,62X51 mm e estilhaços de granadas de artilharia e minas terrestres, o veículo pode receber placas de blindagem reativa ERA para aumentar sua sobrevivência em um campo de batalha de alta intensidade.
O PzH-2000 é hoje o mais avançado sistema de artilharia auto propulsado do mundo e certamente um dos maiores também. O vídeo que segue nesta matéria mostra bem claramente as dimensões avantajadas deste moderno sistema de combate terrestre. Seu elevado custo se justifica uma vez que devido a sua precisão e elevada cadência de tiro permitem que um PzH-2000 faça o trabalho de 3 obuses de geração anterior. Sem sombra de dúvidas uma arma magnífica desenvolvida pela excelente engenharia alemã.
Acima: Devido a seu enorme tamanho, o PzH-2000 só pode ser aerotransportado por aeronaves de grande porte, como esse C-17 da foto.

ABAIXO TEMOS UM DOCUMENTÁRIO SOBRE O PZH-2000

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segunda-feira, 7 de julho de 2014

VOUGHT M-270 MLRS. Chuva de fogo sobre o campo de batalha.


FICHA TÉCNICA
Motor: Motor Cummins VTA-903T e 500 Hp.
Peso: 24560 kg.
Autonomia: 485 km.
Velocidade: 65 Km/h.
Passagem de Vau: 1,2 m.
Trincheira: 2,5 m.
Obstáculo vertical: 0,9 m.
Armamento: 12 tubos de foguetes ou 2 mísseis MGM-140 ATCMS.
Alcance dos foguetes: Foguete padrão M-26: 32 km; M-26A1: 45 km; M-30: 60 km; M-39 TACMS: 97 km; MGM-140 A: 165 km; MGM-140B/E: 300 km; MGM-140C: 140 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O sistema de lançamento de foguetes múltiplos (MLRS) teve sua concepção iniciada com o pedido do departamento de defesa dos Estados Unidos em 1976 para um sistema de artilharia com foguetes que tivesse como característica a alta mobilidade e capacidade de saturar o campo de batalha. Muitas empresas ofereceram soluções ao pedido do Pentágono, porém a empresa escolhida foi a Vought, conhecida por algumas criações muito bem sucedidas como o avião de ataque A-7 Corsair e o caça naval F-8 Cruzader. A escolha se deu em 1980 sendo que em 1983 o sistema M-270 MLRS, como ficou conhecido, entrou em serviço no Exercito dos Estados Unidos (US Army). Posteriormente o M-270 foi exportado a 15 nações aliadas dos Estados Unidos, sendo que muitas nações da OTAN adotaram o M-270 como seu sistema de artilharia de foguetes. De forma geral, pode se afirmar que o M-270 MLRS é um dos mais bem sucedidos sistemas de artilharia do ocidente em termos comerciais.
Acima: O sistema de foguetes de artilharia M-270 MLRS é o principal armamento do tipo no ocidente.
O veículo que transporta e lança os foguetes é derivado do veículo de combate de transporte de tropas M-2 Bradley e está motorizado com o mesmo motor Cummins VTA-903T a diesel que proporciona até 500 cavalos de potencia, usado no M-2 Bradley. Esse propulsor permite que o M-270 atinja a velocidade máxima de 65 km/h em estrada, o que pode ser considerado muito bom, para um veículo sobre lagartas que pesa 24,56 toneladas. A tripulação, composta por três homens é protegida por uma fina blindagem capaz de resistir a munições de armas leves, como fuzis de assalto, além, de ter proteção NBQ (Nuclear, Biológico e Químico).

Acima: Hoje, 16 nações usam o M-270 como seu sistema de artilharia de foguetes de saturação. O da foto é da força de defesa de Israel (IDF).
O M-270 transporta 12 foguetes não guiados que podem ser de diversos tipos. Esses foguetes diferem em alcance e ogiva, de forma que a versão básica é chamada de M-26 e usa uma ogiva de submunições com 644 granadas M-77 que se espalham causando estrago em uma grande aérea. O alcance do foguete M-26 é de 32 km e os alvos ideais para esse tipo de foguete são os sítios de mísseis antiaéreos e as baterias de artilharia inimigas. O foguete M-26 tem algumas sub-variantes, como a M-26A1 cujo alcance foi aumentado para 45 km e a ogiva usa sub-munições M-85. Os alvos são os mesmos da versão original. Um tipo de foguete guiado por GPS chamado M-30 GMLRS também pode ser lançado pelo M-270. O alcance desta versão é de 60 km e a ogiva é composta por 404 granadas M-77. Estes foguetes podem ser lançados de forma unitária ou em rajadas com os 12 foguetes sendo lançados simultaneamente. Este ultimo procedimento, no entanto, obriga a se refazer a mira, uma vez que o recuo do lançamento muda o posicionamento do lançador. O recarregamento é feito em até 10 minutos pela própria tripulação com um veículo de apoio M-985 HEMTT que transporta os contêineres com 6 foguetes cada.
Uma alternativa ao uso de foguetes, que pode ser lançada do M-270, é o moderno míssil tático MGM-140A TACMS (Army tactical Missile System). O ATCMS é guiado inercialmente através de um giroscópio laser e seu alcance varia de 140 a 300 km dependendo da versão e sua ogiva pode ser desde submunições na forma de 950 granadas M-74 até uma ogiva unitária de 227 kg de alto explosivo com capacidade d destruir alvos reforçados como Bunkers. O M-270 pode transportar apenas duas unidades do ATCMS.

Acima: O ATCMS é um míssil guiado com alcance que pode chegar a 300 km. Esta é a arma mais potente dentre das que o M-270 é capaz de operar.
Na primeira guerra do Golfo Pérsico, cenas de baterias do M-270 MLRS abrindo fogo de saturação eram muito comuns nos noticiários. Este sistema impôs muitas baixas nas forças iraquianas que estavam estacionadas no deserto que separa o Kuwait e o Iraque e facilitaram as manobras de terra por parte das tropas aliadas se tornando um item imprescindível no campo de batalha.

Acima: O uso de submunições em cada foguete lançado pelo MLRS permite potencializar muito o estrago na área alvo e assim, sua efetividade.

ABAIXO PODEMOS VER UMA DEMONSTRAÇÃO DO M-270 MLRS DO EXÉRCITO DA COREIA DO SUL.

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