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terça-feira, 18 de novembro de 2014

KRAUSS – MAFFEI WEGMANN PzH-2000. O mais avançado sistema de artilharia auto propulsada do mundo.


FICHA TECNICA
Tripulação: 5 homens.
Motor: Um motor de  8 cilindros MTU 881 Ka-500 com 1000 hp de força.
Peso: 55,3 toneladas (carregado).
Comprimento: 11,67 m (contando o canhão)
Largura: 3,48 m
Altura: 3,4 m.
Autonomia: 420 km.
Velocidade: 60 Km/h em estrada ou 45 km/h em terreno irregular.
Passagem de vau: 1,2 m.
Obstáculo vertical: 1,1 m.
Trincheira: 3 m.
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º.
Armamento: Um canhão Rheinmetall L-52 de 155 mm e uma metralhadora Rheinmetall MG-3 em calibre 7,62X51 mm.
Alcance das granadas: Convencional : 40 km, Granada assistida por foguete: 56 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S.Junior
Quando pensamos em sistemas de armas, seja de qualquer segmento como aviação militar, mísseis, navios de guerra, tanques ou mesmo fuzis de assalto, sempre há um determinado equipamento que é coroado com o status de “melhor do mundo”, ou “mais poderoso do mundo”. São exemplos dessa condição o caça norte americano F-22 Raptor, considerado o melhor avião de superioridade aérea do mundo nos dias atuais, ou o destróier da classe Arleigh Burke (DDG-51) da marinha dos Estados Unidos, considerado o mais poderoso destróier nos dias de hoje. O sistema de armas que será foco do texto a seguir tem, justamente, esse status de melhor do mundo, dentro de sua categoria. O veiculo de artilharia auto propulsada PzH-2000, desenvolvido pela poderosa Krauss- Maffei, Wegmann KMW da Alemanha e que tem a o status de mais poderoso sistema de artilharia auto propulsado dos dias atuais.
Acima: O PzH-2000 é mais um dos muitos produtos bélicos desenvolvidos pela Krauss-Maffei Wegmann que aparecem no topo do pódio ente os melhores sistemas de seu tipo.
O PzH-2000 foi encomendado pelo exercito alemão em 1996 que solicitou a construção de 185 unidades para substituir o obus autopropulsado M-109 de origem norte americana usado pelo exercito alemão. Além do exercito alemão, a Itália, Holanda, Qatar, Croácia e Grécia adquiriam p PzH-2000 para seus exércitos.
Uma das características diferenciais do PzH-2000 que o colocam a frente dos outros sistemas de artilharia autopropulsadas são sua alta cadência de tiro de 12 tiros em 1 minuto. Pode parecer pouco para as pessoas acostumadas a ver dados de cadência de tiro de armas leves automáticas, mas quando se fala de granadas de 155 mm, esse dado se mostra muito bom. O processo de carregamento das granadas é automático enquanto que 2 soldados são encarregados de por as cargas depois das granadas no canhão Rheinmetall L-52, o que facilita e muito o processo de recarregamento. O alcance das granadas convencionais chega a 30 km enquanto que a granada propulsada por foguete consegue aumentar essa distancia para 60 km. P PzH-200 pode empregar, também, granadas inteligentes como a munição norte americana M-982 Excalibur que usa um sistema GPS para garantir uma maior precisão, podendo ser empregada contra alvos distantes 48 km e apresentando uma margem de erro de apenas 1 metros do ponto de impacto previsto. para se entender o excelente nível dessa precisão, basta observar que bombas guiadas a laser uada por aeronaves de combate tem margem de erro de 5 metros, ou seja, 5 vezes mais que uma granada Excalibur. Outras granadas inteligentes podem ser usadas também, como a SMArt-155 empregada contra veículos blindados inimigos posicionados a 28 km de distancia. Ao todo são transportados 60 granadas por veículo permitindo um considerável fogo sustentado.


Acima: O canhão Rheinmetall L-52 calibre 155 mm usado no PzH-2000 tem um freio de boca para reduzir o recuo da arma. O canhão tem grande flexibilidade de emprego para diversos tipos de munições simples e inteligentes.
Outro difrencial do PzH-2000 é a sua precisão frente aos sistemas anteriores a ele. O PzH-2000 é equipado com um sistema autônomo de controle de fogo  MICMOS  desenvolvido pela EADS. Esse sistema recebe dados via data link de fontes externas, como aeronaves ou soldados em posições avançadas e executa os cálculos de parâmetros de tiros automaticamente, agilizando em muito o disparo das granadas. O PzH-2000 pode engajar alvos diretamente a curtas distancias e para isso o comandante está equipado com um periscópio Leica PERI-RTNL-80 enquanto que o artilheiro está equipado com uma mira Leica PzF-TN-80 com intensificador de luminosidade para ser usada de dia e de noite.
O PzH-2000 é propulsado por um motor de 8 cilindros MTU 881 Ka-500 que fornece 1000 hp de força permitindo uma velocidade máxima de 60 km/h em estrada ou de 45 km/h em terreno irregular. A autonomia é de 420 km, o que representa uma melhora de 70 km quando comparado com o seu antecessor o M-109.
Acima: Os sofisticados sistemas embarcados ligados ao computador de controle de fogo colocam este obuseiro na vanguarda da artilharia moderna.
O PzH-2000 é protegido para operar em ambientes NBC (Nuclear, Biological e Chemical), além de ser blindado contra projéteis de calibre até 14,5 mm na parte frontal do veículo enquanto nas partes laterais a proteção suporta impactos de armas leves até o calibre 7,62X51 mm e estilhaços de granadas de artilharia e minas terrestres, o veículo pode receber placas de blindagem reativa ERA para aumentar sua sobrevivência em um campo de batalha de alta intensidade.
O PzH-2000 é hoje o mais avançado sistema de artilharia auto propulsado do mundo e certamente um dos maiores também. O vídeo que segue nesta matéria mostra bem claramente as dimensões avantajadas deste moderno sistema de combate terrestre. Seu elevado custo se justifica uma vez que devido a sua precisão e elevada cadência de tiro permitem que um PzH-2000 faça o trabalho de 3 obuses de geração anterior. Sem sombra de dúvidas uma arma magnífica desenvolvida pela excelente engenharia alemã.
Acima: Devido a seu enorme tamanho, o PzH-2000 só pode ser aerotransportado por aeronaves de grande porte, como esse C-17 da foto.

ABAIXO TEMOS UM DOCUMENTÁRIO SOBRE O PZH-2000

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segunda-feira, 7 de julho de 2014

VOUGHT M-270 MLRS. Chuva de fogo sobre o campo de batalha.


FICHA TÉCNICA
Motor: Motor Cummins VTA-903T e 500 Hp.
Peso: 24560 kg.
Autonomia: 485 km.
Velocidade: 65 Km/h.
Passagem de Vau: 1,2 m.
Trincheira: 2,5 m.
Obstáculo vertical: 0,9 m.
Armamento: 12 tubos de foguetes ou 2 mísseis MGM-140 ATCMS.
Alcance dos foguetes: Foguete padrão M-26: 32 km; M-26A1: 45 km; M-30: 60 km; M-39 TACMS: 97 km; MGM-140 A: 165 km; MGM-140B/E: 300 km; MGM-140C: 140 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O sistema de lançamento de foguetes múltiplos (MLRS) teve sua concepção iniciada com o pedido do departamento de defesa dos Estados Unidos em 1976 para um sistema de artilharia com foguetes que tivesse como característica a alta mobilidade e capacidade de saturar o campo de batalha. Muitas empresas ofereceram soluções ao pedido do Pentágono, porém a empresa escolhida foi a Vought, conhecida por algumas criações muito bem sucedidas como o avião de ataque A-7 Corsair e o caça naval F-8 Cruzader. A escolha se deu em 1980 sendo que em 1983 o sistema M-270 MLRS, como ficou conhecido, entrou em serviço no Exercito dos Estados Unidos (US Army). Posteriormente o M-270 foi exportado a 15 nações aliadas dos Estados Unidos, sendo que muitas nações da OTAN adotaram o M-270 como seu sistema de artilharia de foguetes. De forma geral, pode se afirmar que o M-270 MLRS é um dos mais bem sucedidos sistemas de artilharia do ocidente em termos comerciais.
Acima: O sistema de foguetes de artilharia M-270 MLRS é o principal armamento do tipo no ocidente.
O veículo que transporta e lança os foguetes é derivado do veículo de combate de transporte de tropas M-2 Bradley e está motorizado com o mesmo motor Cummins VTA-903T a diesel que proporciona até 500 cavalos de potencia, usado no M-2 Bradley. Esse propulsor permite que o M-270 atinja a velocidade máxima de 65 km/h em estrada, o que pode ser considerado muito bom, para um veículo sobre lagartas que pesa 24,56 toneladas. A tripulação, composta por três homens é protegida por uma fina blindagem capaz de resistir a munições de armas leves, como fuzis de assalto, além, de ter proteção NBQ (Nuclear, Biológico e Químico).

Acima: Hoje, 16 nações usam o M-270 como seu sistema de artilharia de foguetes de saturação. O da foto é da força de defesa de Israel (IDF).
O M-270 transporta 12 foguetes não guiados que podem ser de diversos tipos. Esses foguetes diferem em alcance e ogiva, de forma que a versão básica é chamada de M-26 e usa uma ogiva de submunições com 644 granadas M-77 que se espalham causando estrago em uma grande aérea. O alcance do foguete M-26 é de 32 km e os alvos ideais para esse tipo de foguete são os sítios de mísseis antiaéreos e as baterias de artilharia inimigas. O foguete M-26 tem algumas sub-variantes, como a M-26A1 cujo alcance foi aumentado para 45 km e a ogiva usa sub-munições M-85. Os alvos são os mesmos da versão original. Um tipo de foguete guiado por GPS chamado M-30 GMLRS também pode ser lançado pelo M-270. O alcance desta versão é de 60 km e a ogiva é composta por 404 granadas M-77. Estes foguetes podem ser lançados de forma unitária ou em rajadas com os 12 foguetes sendo lançados simultaneamente. Este ultimo procedimento, no entanto, obriga a se refazer a mira, uma vez que o recuo do lançamento muda o posicionamento do lançador. O recarregamento é feito em até 10 minutos pela própria tripulação com um veículo de apoio M-985 HEMTT que transporta os contêineres com 6 foguetes cada.
Uma alternativa ao uso de foguetes, que pode ser lançada do M-270, é o moderno míssil tático MGM-140A TACMS (Army tactical Missile System). O ATCMS é guiado inercialmente através de um giroscópio laser e seu alcance varia de 140 a 300 km dependendo da versão e sua ogiva pode ser desde submunições na forma de 950 granadas M-74 até uma ogiva unitária de 227 kg de alto explosivo com capacidade d destruir alvos reforçados como Bunkers. O M-270 pode transportar apenas duas unidades do ATCMS.

Acima: O ATCMS é um míssil guiado com alcance que pode chegar a 300 km. Esta é a arma mais potente dentre das que o M-270 é capaz de operar.
Na primeira guerra do Golfo Pérsico, cenas de baterias do M-270 MLRS abrindo fogo de saturação eram muito comuns nos noticiários. Este sistema impôs muitas baixas nas forças iraquianas que estavam estacionadas no deserto que separa o Kuwait e o Iraque e facilitaram as manobras de terra por parte das tropas aliadas se tornando um item imprescindível no campo de batalha.

Acima: O uso de submunições em cada foguete lançado pelo MLRS permite potencializar muito o estrago na área alvo e assim, sua efetividade.

ABAIXO PODEMOS VER UMA DEMONSTRAÇÃO DO M-270 MLRS DO EXÉRCITO DA COREIA DO SUL.

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