FICHA TÉCNICA
Comprimento: 172 m.
Largura: 23,3m.
Calado: 11,5 m.
Deslocamento: 33800 toneladas quando submerso
Velocidade máxima: 27 nós 50 Km/h (submerso)
Profundidade: 500 m
Armamento: 4 Tubos para torpedos de 533 mm, 2 tubos para torpedos de 650 mm, somando 12 torpedos; 20 mísseis SS-N-20 Sturgeom SLBM (míssil balístico lançado de submarino). Míssil anti submarino RPK-2 Viyuga SS-N-15 Starfish (lançados dos tubos de torpedo de 533 mm.
Comprimento: 172 m.
Largura: 23,3m.
Calado: 11,5 m.
Deslocamento: 33800 toneladas quando submerso
Velocidade máxima: 27 nós 50 Km/h (submerso)
Profundidade: 500 m
Armamento: 4 Tubos para torpedos de 533 mm, 2 tubos para torpedos de 650 mm, somando 12 torpedos; 20 mísseis SS-N-20 Sturgeom SLBM (míssil balístico lançado de submarino). Míssil anti submarino RPK-2 Viyuga SS-N-15 Starfish (lançados dos tubos de torpedo de 533 mm.
Tripulação: 150
Propulsão: 2 reatores nucleares OK-650 que produz 254800 Hp de potencia cada um, e duas turbinas a vapor VV que produzem mais 49600 hp de potencia cada.
ORIGENS
Por Sergio Santana
As especificações preliminares para o “Cruzador Submarino Estratégico Pesado” (como são denominados os submarinos de propulsão nuclear lançadores de mísseis balísticos, ou SSBN, na nomenclatura soviético-russa) da classe “Projeto 941-Akula” foram aprovadas em dezembro de 1972.
A finalidade era produzir uma embarcação suficientemente grande para disparar o míssil 3M65/SS-N-20 “Sturgeon”, de combustível sólido, com dez ogivas independentes (MIRV) com potência de 100 quilotons cada, margem de erro (CEP) de 500 m e alcance de 8300 km, cujo desenvolvimento começara no ano anterior. A arma e a sua plataforma lançadora deviam ser mais poderosas que os SSBN da classe “Ohio” e os seus misseis Trident C-4 então em desenvolvimento para a marinha norte-americana naquela época.
Um decreto governamental de 19 de dezembro de 1973 determinou o começo do projeto e construção do “Akula” (tubarão), a serem concretizados pelo estaleiro Rubin, sob a direção de S.N. Kovalev.
Acima: Nesta foto pode-se notar com facilidade as enormes dimensões deste verdadeiro monstro do mar. São 172 metros de comprimento e 23,3 metros de largura.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
O submarino resultante possui uma estrutura em catamarã, única dentre as embarcações submersíveis soviético-russas, caracterizada por dois cascos de pressão separados, com 7.2m de diâmetro cada, localizados paralelamente um ao outro no plano horizontal e duas cápsulas pressurizadas.
O casco de pressão interno e as cápsulas são conectados entre si por passarelas, com aqueles sendo confeccionados em titânio, assim como o compartimento de torpedos (com dois tubos de 650mm e quatro de 533mm) e a sala de controle, esta sendo posicionada recuada, junto com a ponte de comando, enquanto que o casco interno é produzido em aço.
Nos tubos de 533 mm, o torpedo usado é o poderoso VA-111 Shkval, capaz de velocidades elevadíssimas chegando a 200 nós (isso mesmo, você não leu errado... são duzentos nós, ou cravados 370 km/h). Esse desempenho inigualável é conseguido através do efeito de supercavitação onde o torpedo navega em uma bolha de ar produzido pela própria propulsão. Na prática o efeito da cavitação é obtido pela combinação de parte dos gases produzidos pelo propulsor com gases emitidos pela seção frontal da arma, produzindo uma bolha que a torna imune à resistência hidrodinâmica. Sua ogiva possui 210 kg de alto explosivo e devido a sua alta velocidade, o torpedo precisa ser lançado em linha reta pois não há efetiva manobrabilidade a esta velocidade.
Acima: Aqui temos uma rara foto do carregamento de um míssil SLBM SS-N-20 Sturgeon em um submarino Akula. Com esta arma, o Akula poderia atacar qualquer cidade dos Estados Unidos de, praticamente qualquer ponto do oceano pacífico ou do mar do norte
Acima: Aqui temos uma rara foto do carregamento de um míssil SLBM SS-N-20 Sturgeon em um submarino Akula. Com esta arma, o Akula poderia atacar qualquer cidade dos Estados Unidos de, praticamente qualquer ponto do oceano pacífico ou do mar do norte
O compartimento de misseis é localizado entre os cascos de pressão na proa do navio, contendo o sistema D-19, com vinte misseis 3M65 "SS-N-20 Sturgeon”.
Outro armamento usado pelo Typhoon é o míssil de cruzeiro RPK-2 Viyuga (SS-N-15 Starfish pela OTAN) que é lançado dos tubos de torpedos de 533 mm. Este míssil é usado para destruir outros submarinos com uma carga nuclear de profundidade de 200 quilotons. O míssil lança sua carga próximo a área onde um submarino inimigo foi detectado, e a carga de profundidade detona no fundo do mar. O poder de destruição permite que o submarino alvo possa estar relativamente distante do ponto de detonação e ainda sim ser destruído. O alcance deste míssil é de 45 km e seu sistema de guiagem é inercial. Existe a possibilidade da carga de profundidade ser substituída por um torpedo 82R.
Para reduzir o nível de ruído, um sistema pneumático, emborrachado, de absorção de choque de dois estágios, foi instalado no navio, para isto também contribuindo o arranjo modular interno e novos revestimentos de absorção de som. A nova classe foi projetada para ser equipada com o então novo sistema hidroacústico “Skat”, com quatro sonares, que podia rastrear entre 10 e 12 alvos simultaneamente.
A propulsão ficava por conta de dois reatores nucleares OK-650 refrigerados a água moderada, gerando 190 megawatts (254800 hp) cada, complementados por duas turbinas a vapor VV (que geram individualmente 49.600 hp), assegurando a velocidade de 16 nós (29.6km/h) na superfície e 27 nós (50 km/h) submerso, valores impressionantes para um barco com deslocamento máximo de 33.800 toneladas quando submerso, ainda hoje maior que o de qualquer submarino da categoria em serviço. O comprimento é de 172 m, com tripulação de 150 homens, capazes de permanecer em patrulha por um mínimo de 90 dias. A profundidade máxima é de 500 metros.
Acima: Um submarino Akula passa perto da praia, em gerando esta interessante fotografia. Os submarino destra classe foram substituídos pela novíssima classe Borei que em breve será apresentada neste blog.
LANÇAMENTO E REPERCUSSÃO
O primeiro exemplar da classe de oito navios (dois mais tarde seriam cancelados), o TK-208 “Dmitriy Donskoy”, foi lançado em setembro de 1980 e comissionado 14 meses depois, como parte da 18ª Divisão da 1ª Flotilha de Submarinos da Frota do Norte, na Base Naval de Nerpichiya, em Zapadnaya Litsa.
A entrada em serviço da belonave desencadeou uma onda de busca por informações por parte dos serviços secretos ocidentais e a OTAN acabou por codificar a classe como “Typhoon” (“tufão”, em lembrança à palavra dita num discurso em 1974 pelo então Secretário-Geral Leonid Brezhnev para classificar um novo submarino então em desenvolvimento, o “Taifun”). Nesse ponto é interessante observar que a OTAN chama de "Akula" um submarino nuclear de ataque Project 971 Shchuka B, que é um dos mais silenciosos submarinos nucleares do mundo, mas que não tem relação com o "Typhoon" aqui tratado. É uma questão de denominação dada pela OTAN.
A partir do seu surgimento, o temor e o desconhecimento quanto ao seu potencial geraram jogos de computador (o “War Games”, de 1983), livros e filmes (como o famoso “Caçada ao Outubro Vermelho”, escrito por Tom Clancy em 1985 e transformado em sucesso de cinema cinco anos depois, no qual o “Typhoon” era caracterizado como um submarino stealth).
Acima: Outra imagem rara. Aqui temos 5 submarinos da classe Akula juntos na base Naval de Nerpichiya.
CARREIRA OPERACIONAL
Todos os seis submarinos da classe são identificados pelas letras “TK” (“Tyazholyi Korabl”, navio pesado), um número e o um nome de batismo, geralmente em honra a personagens históricos ou a cidades. Assim, ao TK-208 seguiram-se o TK-202, o TK-12 “Simbirsk”, o TK-13, o TK-17 ”Arkhangelsk”, e o TK-20 “Severstal”. O TK-210 foi sucateado ainda no estaleiro em 1990, devido ao tratado START.
Em que pese o inegável impacto provocado pela sua introdução, o Typhoon teve vida operacional extremamente curta, abreviada pelo desmantelamento do império soviético e, ironicamente, o desenvolvimento de uma versão mais precisa do SS-N-20, iniciado meros cinco anos após a introdução do míssil original, a ser introduzida na atualização de meia-vida do “Akula/Typhoon”, marcada para 1998, ano em que a nova arma enfrentou o seu quarto teste malsucedido, o que determinou não apenas o seu cancelamento, mas acelerou também a desativação do submarino projetado para carregá-la. Portanto, aos TK-12, TK-13 e TK-202 descomissionados respectivamente em 1996, 1997 e 1999, os TK-20 e TK-17 passaram pela mesma situação em 2004 e 2006. A vida útil do “Sturgeon” chegou ao fim em 2012.
O único Typhoon ainda operacional é o “Dimitry Donskoi”, empregado em testes do míssil “Bulava”, embora o TK-17 e o TK-20 sejam mantidos na reserva para eventual uso como plataformas de inserção de tropas especiais ou lançadores de misseis de cruzeiro SS-N-15 a partir dos seus tubos de torpedo, ainda que seu sucateamento esteja marcado para começar em 2018.
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Brasil precisa uns 4 desses para se tornar uma das marinhas mais temidas do mundo..
ResponderExcluirPara lançar o que? Nós não temos mísseis balísticos.
ResponderExcluirÈ só investir. Falta vontade política.
ResponderExcluirEra para o Brasil ter vários mísseis balísticos de grande, médio e de curto alcance há pelo menos uns 30 anos. Estamos muito atrasados nessa área.
Nem conseguimos mandar um satélite para o espaço ainda..
EUA NÃO DEIXA......TEM GENTE GRANDE NOS BASTIDORES, PESSOAL.
ExcluirMAS NINGUÉM SE METE COM A CHINA, CORÉIA,RUSSIA ETC.
ExcluirO Brasil é signatário do tratado de não proliferação nuclear. Por isso não podemos ter nem uma bomba atomica. O problema vai além de questões orçamentárias nesse caso.
ResponderExcluirEntre a Classe Akula e a classe Ohio, acredito que o Akula ganha.
ResponderExcluirUm verdadeiro monstro mesmo, esse sub tinha até academia de ginastica e piscina para a tripulação de folga aliviar o estresse, não é fácil ficar meses submerso e saber que está carregando uma força suficiente para transformar um país inteiro em escombros, durante os anos em que os typhoon vagaram a espreita pelos mares a paranóia da US NAVY era descobrir onde se encontravam as seis unidades e rastrear cada passo do temido Akula, coisa que nunca conseguiram
ResponderExcluirÉ um monstro pena que não souberam aproveita-lo. Hoje poderia esta operando junto aos Borei e carregando os Bulavas.
ResponderExcluirDurante a guerra fria, a OTAN conseguia detecta-los? É verdade que um deles chegou bem perto do território estadunidense e retornou em um exercício militar?
A OTAN tinha dificuldades de detectar o Typhoon devido a seu funcionamento silencioso. E sim, o modelo chegou perto do território americano, por mais de uma vez . Isso porém, não é relevante uma vez que ele poderia destruir muitas cidades americanas lançando suas armas do meio do oceano pacífico.
ResponderExcluirAbraços
OLÁ AFINAL QUAIS MEDIDAS ESTÃO CORRETAS; EM OUTROS SITES, O DESLOCAMENTO É DE 48.000 T, A PROFUNDIDADE É DE 400M TRIPUL. 160 HOMENS ?? E OUTROS.
ResponderExcluirOlá Leo. É comum dados de equipamentos russos, principalmente estratégicos apresentarem valores diferentes em várias fontes. Eu escolhi fontes em livros e em sites como o Global Security, além do FAS, para pesquisar.
ExcluirAbraços
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMUITÍSSOMO OBRIGADO AMIGO, CONFIO NA SUA VERSÃO.
ExcluirSEI QUE EM SE TRATANDO DE ASSUNTO MILITAR , HÁ MUITOS SEGREDOS.
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