segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

BAE SYSTEMS CHELLENGER 2. Um inglês peso pesado

FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 59 Km/h em estrada e 40 km/h em terreno irregular.
Alcance máximo: 450 Km (em estrada); 250 km (em terreno irregular).
Motor: Um motor turbo diesel Perkins CV 12 com 1200 Hp.
Peso: 62,5 Toneladas.
Comprimento: 11,55 m (contando o canhão)
Largura: 3,52 m.
Altura: 2,49 m.
Tripulação: 4 tripulantes.
Inclinação frontal: 60º.
Inclinação lateral: 30º.
Passagem de vau: 1,07 m
Obstáculo vertical: 0,9 m.
Armamento: 1 canhão L-30 de 120 mm, 1 metralhadora Chain gun de 7,62 mm e uma metralhadora L-37 de 7,62mm.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O tanque pesado Challenger 2 é uma evolução do Challenger 1, e representa  a ultima geração de tanques de guerra pesados do exército britânico. O Challenger 2 foi desenvolvido pela BAE Land Systems, conhecida formalmente como Vickers Defense Systems. Atualmente o Challenger 2 está em serviço no exército britânico, com 226 tanques em serviço, e no exército de Omã que colocou uma encomenda de 38 unidades para suas fileiras de combate.
O Challenger 2 usa a famosa blindagem “Chobham” de segunda geração na sua torre, o que garante um dos maiores índices de proteção blindada nos tanques atuais. Além disso o tanque é protegido para operar normalmente em ambientes NBQ (nuclear, biológico e químico), característica muito importante quando muitos prováveis inimigos da OTAN, possuem armas táticas com essas características. Existem 5 lançadores de fumaça L-8 de cada lado da torre, para dificultar o engajamento do Challenger por um inimigo, e um sistema que injeta diesel nos exaustores do motor para fazer fumaça e conseguir o mesmo efeito.
Acima: Aqui podemos ver o Challenger 1, veículo do qual deriva o Challenger 2. Embora os dois veículos se assemelhem, externamente, o Challenger 2 apresenta melhorias em todos os aspectos do desempenho.
O motor que equipa o Challenger 2 é um potente  turbo diesel Perkins CV 12 com 12 cilindros e 1200 hp de potência. Esse motor permite um desempenho de velocidade de 59 km/h em estradas ou 40 km/h em terreno irregular, o que não é nada mal se levarmos em conta que o Challenger 2 pesa 62,5 toneladas! Vale observar aqui que os MBTs norte americano M-1A2 e o alemão Leopard 2 A5 possuem motores mais potentes, porém, o Perkins CV-12 demonstrou ser mais confiável nas operações de guerra contra o exército iraquiano.  O alcance está em 450 km rodando em estrada, ou 250 Km em terreno irregular. A suspensão é do tipo hidrogas variável de segunda geração, o que consegue um conforto maior a tripulação que a dos tanques anteriores.
Acima: Embora o Challenger 2 tenha velocidade e potência menores que a de seus concorrentes ocidentais, a confiabilidade mecânica é maior.
O Challenger 2 está equipado com um computador de controle de fogo da General Dynamics Canadá, e um sistema PBISA que é um sistema da informação do campo de batalha produzido pela General Dynamics UK. Esse sistema integra o mostrador do motorista com o do comandante, facilitando a tomada de decisões e agilizando a dinâmica de combate. Um sistema de comunicação digital tático Bowman, permite uma comunicação de voz segura e a transmissão e recepção de dados, fazendo, também a localização de todas as outras unidades no campo de batalha. Sistemas como esse, são indispensáveis para uma maior consciência situacional da batalha. Tanques sem um equipamento com essa capacidade tendem a ser destruídos em combate por tanques que usam esta tecnologia.
Acima: O Challenger 2 é o mais protegido MBT do mundo. Porém, ainda pode receber módulos adicionais de blindagem reativa como o exemplar da foto acima. 
Uma mira giro estabilizada SAGEM VS-580-10 está montada para uso do comandante e atua de forma integrada a um telêmetro a laser que confirma a visada para a decisão de disparo. Para uma visão de 360º em volta do tanque, o Challenger 2 tem 8 periscópios montados ao redor do tanque. Para o artilheiro há uma mira térmica Pilkington Optronics TOGS II que fornece a capacidade de visão noturna, além de permitir encontrar alvos fortemente camuflados. As informações captadas por este sensor são mostradas nas miras do comandante e na do artilheiro, assim como em seus monitores. Ainda para o artilheiro há um sistema primário de mira estabilizada, também da Pilkington Optronics, e que opera em conjunto com um outro telêmetro laser com alcance de 200 m à 10 Km e de um monitor. E por ultimo, o motorista do Challenger 2, conta com um periscópio L-30, com intensificador de imagem, fabricado pela Nanoquest, montado coaxialmente, acima do canhão.
Acima: O Challenger está equipado com uma suíte de sensores que permite uma ótima consciência situacional do campo de batalha além de permitirem uma visada eficiente de seus alvos.
O armamento principal do Challenger 2 é um canhão L-30A1 de 120 mm, estabilizado, fabricado pela BAE Land Systems.  O canhão é feito com um processo de fundição por eletrostática e ainda revestido com uma luva térmica. Este canhão possui alma raiada, sendo que o Challenger 2 é o único carro de combate moderno ocidental que usa um canhão desse tipo, o que implica em uma precisão superior a um custo de menor capacidade de penetração quando comparado come outros veículos de combate similares. Dentro do veículo ficam estocados 49 projéteis de vários tipos, incluindo a perfurante de blindagem (APFSDS), projéteis de alto explosivo (HE), e munição de urânio empobrecido. Como armamento secundário, estão montados uma metralhadora coaxial L-94A1 Chain Gun calibre 7,62 mm, e uma metralhadora anti-aérea L-37A1 (Versão da famosa e confiável FN MAG) em calibre 7,62 mm.
Acima: Visto de muito perto, podemos observar as raias existente na alma do canhão L-30A1 do Challenger 2. Ele é o único MBT ocidental com um canhão de 120 mm de alma raiada.
O MBT Clallenger 2 é um dos mais eficientes carros de combate do mundo atualmente. A Inglaterra pretende manter ele em operação, pelo menos, até 2035. Até lá, o veiculo passará por mais modernizações que abrangerão seus sistemas eletrônicos e sensores. Por ser um veículo de alto valor, graças a seus sofisticados sistemas e sua blindagem passiva, a eventual substituição do Challenger 2 vai ser um trabalho bastante árduo para o fabricante que ficar incumbido desta tarefa. Não ficaria surpreso, se o sucessor do Challenger 2, depois de 2035, acabar sendo um blindado binacional, ou fruto de um consórcio multinacional para desenvolvimento de uma nova geração de MBTs, para poder dividir os altos custos que um veículo destes trará.
Acima: O Challenger 2 passará por um amplo programa de modernização que o manterá na ativa até 2035.



VÍDEO
 

    

Um comentário:

  1. É foda Carlos o novo governo não ter dado o devido valor ao Tamoyo (Que era quase totalmente nacional) e nem ao Osório. Hoje esses blindados poderiam estar equipando em grandes quantidades o nosso exército, com versões usando o seu chassi para fins contra intantaria, anti-carro e anti-avião...

    Mas enfim gostei da matéria, mas para o Brasil os melhores seriam os Leopards 2A5 ou T-90MS

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