segunda-feira, 24 de junho de 2019

BOEING/ BAE SYSTEM AV-8B HARRIER II PLUS. A segunda geração de uma revolução!

FICHA TÉCNICA
Velocidade de cruzeiro: 926 km/h (Mach 0,75)
Velocidade máxima: 1080 km/h (Mach 0,9).
Razão de subida: 4485 m/min.
Potência: 1,02.
Carga de asa: 94,29 lb/ft².
Fator de carga: +8; - 3 Gs
Taxa de giro instantâneo: 14º/s
Razão de rolamento: 200º/s
Teto de Serviço: 15240 m
Alcance: 3300 km (com tanques externos)
Alcance do radar: Raytheon AN/APG-65 com 140 km de alcance contra alvos aéreos de 5m2 de RCS,
Empuxo: Um motor Rolls Royce F-402-RR-408 com 10500 kg de empuxo
DIMENSÕES
Comprimento: 14,12 m
Envergadura: 9,25 m
Altura: 3,55 m
Peso: 6336 Kg
Combustível Interno: 7762,48 lb
ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil AIM-9 L/M Sidewinder; Míssil AIM-120 Amraam
Ar Terra: Bombas de queda livre (burras) MK-82/ 83/ 84; Bombas guiadas a Laser GBU-12 /16; Bombas GBU-32 JDAM; Bombas de fragmentação; Míssil AGM-65 Maverick, Míssil AGM-84 Harpoon; AGM-88 HARM casulos de foguetes (diversos calibres)
Interno: 1 canhão GAU-12U Equalizer de 5 canos rotativos em calibre 25 mm.

DESCRIÇÃO
Por Carlos Junior
Na historia da aviação há muitos marcos que são considerados revolucionários e que elevaram a capacidade das aeronaves mudando drasticamente a forma de se combater e assim obrigando a estrategistas e engenheiros a se adaptarem as novas táticas e criarem adaptações para o novo cenário que esses marcos revolucionários implicavam.  Vimos nesses últimos 100 anos de aviação, as metralhadoras serem substituídas por canhões e mísseis guiados; Os motores a pistão serem substituídos por motores a reação que elevaram em 150 % a velocidade das aeronaves em relação ao que víamos na primeira guerra e segunda guerra mundial; Aeronaves com desenho projetado para não refletir ondas de radar e assim poderem operar no campo de batalha impunemente, etc...
Uma das inovações mais impressionante e revolucionaria foi, sem a menor sombra de duvida, o desenvolvimento do primeiro avião de combate a jato capaz de decolar e pousar verticalmente, como um helicóptero. Esse projeto que resultou no famoso caça “Jump Jet” Harrier, da Hawker Siddeley na década de 60, foi o primeiro a ser funcional nessa capacidade e a operar com sucesso em combate, como visto na Guerra das Malvinas onde os Harriers e Sea Harriers foram, extremamente eficazes em manter a superioridade aérea, mesmo contra aeronaves que voavam o dobro da velocidade que estes pequenos aviões conseguiam desenvolver.
Acima: O Harrier GR1 foi o primeiro avião de combate a reação a ter capacidade de decolagem e aterrissagem vertical. Os Estados Unidos, em parceria com a Inglaterra, viriam a aperfeiçoar bastante esse projeto para se chegar no AV-8B Harrier II mostrado abaixo.
Porém, com a experiência adquirida nos caças Harriers, os pilotos perceberam algumas deficiências no projeto original original que precisariam ser resolvidas para poder manter esses aviões como uma plataforma de combate válida nos anos 90 e no inicio do século 21. Assim a McDonnell Douglas, hoje Boeing Company, em associação com a BAE System, projetaram um novo Harrier, que nos Estados Unidos foi chamado de AV-8B Harrier II que como o nome já diz, se tratou da segunda geração do Harrier.
Muitas das mudanças incorporadas a o AV-8B podem ser vistas externamente, como as asas de maior diâmetro e com bordas de ataque aumentadas (LERX) para permitir, não só uma maior manobrabilidade, mas também mais combustível e armamento com o incremento de dois novos cabides de armas, um em cada asa. O "nariz" ou cone frontal, do AV-8B foi modificado, também, com a instalação de um sistema multi-sensor Hughes AN/ASB-19 ARBS, sistema que gerencia continuamente o ângulo para lançamento de bombas garantindo um aumento significativo na precisão de lançamento de armas, principalmente a bombas “burras” (sem nenhum tipo de guiagem). Na ultima versão do AV-8B, conhecida como Harrier II Plus, esse sensor (o ARBS) deu lugar a um novo radomo onde abriga um radar pulso doppler AN/APG-65 do mesmo tipo usado no F/A-18A Hornet e que permite uma melhoria na capacidade de combate ar ar do Harrier, pois a partir dessa mudança passou a incorporar mísseis ar ar AIM-120 Amraam em seu arsenal e assim executar missões de defesa aérea. Este radar possui um alcance de 140 km contra alvos com uma sessão frontal de um caça convencional (5m2). O uso do radar AN/APG-65 permitiu também uma melhora nas funções de ataque, pois com este equipamento pode-se atacar alvos navais com o uso de mísseis antinavio AGM-84 Harpoon. Outro sensor que o AV-8B Harrier Plus transporta é o pod de reconhecimento e designação de alvos Litening II, fabricado pela Northrop Grumman. Esse pod possui um apontador de laser para iluminar alvos de bombas guiadas a laser, um sistema de TV e um FLIR para operações em condições de clima adverso e a noite.
Para defesa, o AV-8B recebeu dois lançadores de iscas Chaff/ Flare AN/ ALE-39, que operam integrado a um sistema de alerta de radar (RWR) AN/ ALR-67, que informa o piloto quando seu avião estiver sendo rastreado por um radar hostil.
Acima: O Cockpit do AV-8B conta com dois display multifunção, que já eliminam dezenas de mostradores analógicos presentes nas primeiras versões do Harrier.
Acima: O novo "nariz" ou radome do AV-8B Harrier plus acomoda a antena de um radar multi-modo AN/ APG-65, o mesmo empregados nos caças navais F/A-18A Hornet. Esse sensor elevou a capacidade do Harrier II para poder ser usado em missões anti navio e superioridade aérea com mísseis de m[edio alcance AIM-120 Amraam.
O armamento do AV-8B é bastante variado. Ao todo podem ser transportados 6 toneladas de cargas externas nele. Ele pode operar com mísseis ar ar de curto alcance Raytheon AIM-9 L/M Sidewinder, guiados por calor (infravermelho IR), cujo alcance está em cerca de 15 km, e também, os mísseis Raytheon AIM-120 Amraam guiados por radar ativo e com alcance que pode chegar a 90 km dependendo da versão. Para missões ar superfície o armamento principal do AV-8B é o míssil Raytheon AGM-65 Maverick guiado por TV, IR ou a laser, dependendo da versão. Este míssil é usado essencialmente contra alvos blindados como tanques e edificações de armazenamento de combustível e munições inimigas localizados a uma distancia que pode chegar a 28 km. Bombas “burras” MK-82/ 83/ 84 e bombas de fragmentação de diversos tipos. A mais recente arma ar superfície incorporada ao arsenal do AV-8B é a bomba guiada por GPS GBU-32 JDAM, cujo kit de conversão é fabricado pela Boeing. Esta bomba, uma MK-83 com 447 kg, quando está com o kit JDAM instalado, tem um alcance que chega a 24 km quando lançada em alta altitude e sua precisão é de 10 metros do ponto pretendido. Para ataques antinavio pode ser usado o míssil AGM-64 Harpoon como mencionado antes, cujo alcance chega a 110 km e com guiagem por radar ativo.
O Harrier II pode ser armado com lançadores de foguetes de diversos calibres para saturação de área. As bombas guiadas a laser GBU-12 e GBU-16 também são comuns nas asas do AV-8B. O armamento orgânico é um canhão GAU-12U Equalizer de 5 canos rotativos em calibre 25 mm e com consegue uma cadencia de 4200 tiros por minuto. Este canhão está carregado com 300 cartuchos.
Acima: Aqui podemos ver três tipos de armas que fazem parte do arsenal disponível para uso no AV-8B. Na ponta da asa, um míssil ar ar de curto alcance AIM-9M Sidewinder, no cabide do meio da asa, uma bomba GBU-12 paveway II guiada a laser, e no cabide interno, mais próximo da fuselagem, um míssil ar superfície AGM-65E maverick guiado a laser.
Outra mudança incorporada ao AV-8B Harrier II que não está aos olhos do observador é o seu novo motor derivado do Rolls Royce Pegasus 104, conhecido como Pegasus MK 105 ou F-402-RR-408 montado nos Estados Unidos. Este motor fornece um empuxo máximo de 10500 kg. Cerca de 25 % mais empuxo que a versão anterior e dando uma relação empuxo peso de cerca de 1.05 para o AV-8B. Mesmo assim o Harrier II ainda não consegue ser supersônico, o que acarreta uma das maiores criticas ao modelo para ser usado em missões ar ar.  Porém esse aumento de potencia somado a nova asa, proporcionou uma significativa melhora na capacidade de manobra de combate.
A versão AV-8B Harrier II Plus é usada pelos Estados Unidos, Espanha e Itália. O substituto do Harrier II, o F-35B Lightining II, já descrito no WARFARE Blog,  já está pronto e operacional. O cronograma de de entrada em serviço do F-35B que começariam a substituir o AV-8B foi atrasado em 3 anos, e o modelo começou a substituir o AV-8B no final de julho de 2015. Posteriormente os Harriers Espanhóis e Italianos deverão ser substituídos também dando o merecido descanso a este jato cuja origem do projeto já chega aos 50 anos.
Acima: O corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos (USMC) continuará a empregar o AV-8B por mais alguns poucos anos, uma vez que o seu sucessor, o F-35B já está em serviço e sua frota aumenta a cada ano.


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4 comentários:

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