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quinta-feira, 25 de julho de 2024

SHOT FAIR BRASIL 2024 - E o Warfare Blog esteve na maior feira de armas de fogo do Brasil!


Por Carlos Junior
Há alguns poucos meses atrás, fui informado, com muita felicidade, que a maior feira de armas de fogo do país, a Shot Fair Brasil, seria realizado pela primeira vez a cidade de São Paulo, o que facilitou muito minha participação. Esta foi a 4º edição da feira, que até então, estava ocorrendo na cidade de Joinville, Santa Catarina, em seu  Centro de Convenções e Exposições Expoville. 
Em parceria com o portal  ASSUNTOS MILITARES, eu estive presente no Shot Fair Brasil 2024!
Aqui em São Paulo, o evento foi organizado dentro do distrito Anhembi, uma das maiores áreas de exposições da cidade (e do Brasil) e que mesmo com um estacionamento gigantesco, ainda sim lotou! 

Os destaques ficaram por conta da loja MAHRTE que trouxe diversos produtos de vestimentas, acessórios táticos e um acervo de armas sensacional. Neste ultimo item, estavam expostos fuzis russos Kalashnikov AK-101 (cal 5,56x45mm), AK-308 (cal 308 Win), AK-102 (um AKSU em calibre 5,56x45mm) e uma carabina Carabina KR-9 SBR  (um AK em calibre 9 mm Luger). Outras marcas presentes no estande da Mahrte foram os fuzis da família AR-556 da Ruger, apresentados em diversas versões e em calibre 5,56x45 mm. Também não faltaram excelentes surpresas entre as armas curtas. Os destaques foram uma rara pistola russa Baiakal MP-446 em calibre 9 mm e a nova pistola regulamentar do Exército dos Estados Unidos, a Sig Sauer M-17, em calibre 9 mm que está substituindo as famosas Beretta M-9 (também presentes na feira).
A pistola  Baiakal MP-446 Viking, de fabricação russa foi uma surpresa na Shot Fair 2024. A arma é bastante dura, com suas teclas em posições diferentes das armas ocidentais. Seu acabamento me pareceu espartano também.

A nova pistola Sig Sauer M-17 do Exército dos Estados Unidos. A empunhadura deste modelo é extremamente confortável.

O fuzil Kalashnikov AK-101, configurado para operar com o calibre 5,56x45mm e seus irmãos em calibre 308 Win e 9 mm Luger foram uma grata surpresa na feira.

Parte do balcão de armas curtas da loja Mahrte.

Pistola Glock 21 em calibre 45 ACP

Fuzis Kalashnikov e Rugers (os ARs) no estande da Mahrte

O Estande da Taurus e CBC, como de costume, estavam compartilhando o mesmo local, uma vez que a CBC é proprietária da marca Taurus, era o maior estande da feira. O grande acervo de produtos das duas empresas precisa de grande espaço para poder acomodar todo o portfólio deles.
Parte das armas curtas da Taurus. Em primeiro plano a pistola TX22, reconhecidamente uma das melhores pistolas em calibre 22 LR do mercado.


Com as dificuldades para os civis possuírem armas de fogo trazida de volta com o governo ptista, o calibre 380ACP voltou a ser uma opção. Assim, a Taurus trouxe de volta sua PT938, umas excelente pistola que fez boa fama durantes os anos de produção.


Um dos destaques no estande da Taurus foi o fuzil T10 em calibre 308 Win. Baseado na plataforma  AR-10, projeto da Armalite que antecedeu o AR-15, a Taurus incorporou todas as modernidades encontradas na plataforma AR atual.

Revolver Taurus 44H Raging Bull dual tone em, calibre 44 Magnum.


A "parede" do lado da CBC no estande da Taurus estava completo com os produtos da empresa. As carabinas de pressão da família Nitro, Jade, e o acervo de carabinas de repetição em calibre 22 LR e em 22 WMR estavam disponíveis. Me chamou a atenção a pequena carabina em calibre 22 WMR com sistema de repetição por alavanca (Lever action) Rio Bravo 22WMR.

Uma das maiores novidades da CBC foram as novas carabinas R95 em sistema Lever Action, nos calibre 30-30 WIN, 444 Mallin, 45-70 GOV e 357 Magnum, mas na plataforma Marlin, com ejeção do estojo pela lateral da arma, permitindo maior facilidade em instalação de lunetas, algo mais complicado nos modelos Puma, cuja plataforma é a Winchester.

As munições para armas longas militares da CBC

Fuzil CBC Ranger 308, com funcionamento ação de ferrolho (bolt action) com cano bull de 24 polegadas para tiros de precisão.

A Glock montou um belo estande na feira com a apresentação de todos os seus modelos. A Glock tem muitos admiradores, notadamente o pessoal profissional, que faz opção pelo emprego das armas da marca devido a grande confiabilidade e robustez de suas armas.
Estande da Glock chamou bastante a atenção dos visitantes. Esta empresa é muito popular entre os aficionados de armas brasileiros.

Glock 17 MOS de 5º geração, a versão mais recente da famosa marca austríaca.

Outra empresa nacional presente foi a Fire Eagle Armory, que produz carabinas e fuzis na plataforma AR com uma qualidade superior e reconhecida no mercado. Mais uma grande empresa da região sul do Brasil que consolida sua posição no mercado de armas de fogo.

Fuzil Semi Automático Fire Eagle  FE-115S com acabamento TAM em calibre 5,56 x45 mm.

Estande da Fire Eagle Armory

Novo fuzil de precisão Fire Eagle Reaper, operado por ação de ferrolho, que será produzido nos calibres 7,62x51 mm, 6,5 mm Creedmoor e no 308 Winchester e que será uma nova família de armas com versões para caça, esporte e tática.

A empresa InfiRay, uma empresa chinesa especializada em equipamentos de imageamento térmico,  esteve presente na feira com sua linha de visores de imagem térmica, extremamente interessantes.
Equipamentos de visão térmica da InfiRay

Além da loja Mahrte mencionada no inicio deste artigo, outra grande loja de armas que estava expondo seus produtos e serviços foi a Prime Guns. Eles apresentaram armas de ar comprimido, de airsoft e um bom arsenal de armas de fogo importadas.

Armas de Airsoft e de pressão no estande da Prime Guns

Armas de pressão na Prime Guns


O acervo de armas de fogo da Prime Guns  estava com pistolas Beretta, Mossberg, dentre outras.


Fabricantes de equipamentos para recarga de munições também não faltaram à este importante evento do tiro nacional.

A famosa cuteleira Zakharov foi umas das empresas de laminas presentes na Shot Fair. 2024


O espaço para palestras contou com apresentação de conteúdo para atiradores e aficionados por armas de fogo, assim como políticos que apoiam essa pauta no Brasil.


                     
              


                            

quarta-feira, 15 de maio de 2024

A Heckler & Koch está considerando produzir seus novos fuzis, também em calibres soviéticos

HK-132E projetado para usar a munição soviética 7,62x39 mm

A guerra na Ucrânia está a ajudar a aumentar o interesse de HK em armas que disparam munições soviéticas, mas poderá abrir portas a muitos outros mercados.

Por Joseph Trevithck - Tradução Carlos Junior
A Heckler & Koch da Alemanha está pensando em produzir novas versões de armas de fogo em seu catálogo em calibres de design soviético, como o cartucho 7,62x39mm que ficou famoso pelo rifle AK-47. Um importante fator impulsionador tem sido a guerra em curso na Ucrânia, onde as forças armadas daquele país continuam a fazer uso intenso de armas de fogo da era da Guerra Fria e seus derivados. Ao mesmo tempo, as armas que disparam tipos de munições soviéticas continuam a ser amplamente utilizadas em todo o mundo e o famoso fabricante de armas alemão tem tido um interesse intermitente em tentar entrar nesses mercados há décadas.

O jornal Welt publicou em 14 de maio de 2024, uma história abordando os planos de produtos futuros da Heckler & Koch (H&K) como parte de um esforço mais amplo da empresa para aumentar as vendas.

“A H&K está planejando expandir sua gama de produtos para incluir fuzis de assalto e metralhadoras para munições da Kalashnikov e outros calibres do antigo Pacto de Varsóvia”, de acordo com uma tradução automática do artigo em alemão do Welt . "'Existem necessidades correspondentes, portanto os estudos conceituais já começaram', disse o porta-voz da H&K. Existem projetos de desenvolvimento, mas nenhuma produção ainda."

Nessa foto podemos ver o fuzil matriz embaixo. o HK-433 configurado para munição 5,56x45 mm e em cima a versão configurada para usar a munição soviética 7,62x39 mm.

O Welt não mencionou os cartuchos que a H&K está considerando agora empregar em algumas de suas armas existentes. Os tipos mais prolíficos desenvolvidos na União Soviética durante a Guerra Fria para fuzis e metralhadoras foram os cartuchos 7,62x39mm e 5,56x39mm.

O jornal Welt observou que em dezembro passado, a H&K revelou o HK-132E, uma versão 7,62x39mm de seu rifle de assalto HK-433, cuja versão básica é compartimentada para disparar o cartucho 5,56x45mm padrão da OTAN. Pelo que foi visto até o momento, o HK-132E parece praticamente inalterado em relação à sua arma original, exceto no calibre do cano, compartimento do carregador e carregador. O cartucho de 7,62x39mm possui um estojo cônico que requer carregadores com curvaturas mais pronunciadas para serem alimentados de forma confiável em comparação com os cartuchos de munição de 5,56x45mm.

O HK-433 foi projetado desde o início como uma plataforma altamente modular com cano e outros componentes facilmente intercambiáveis . A H&K já ofereceu outras opções de calibre para a série HK-433. As forças armadas alemãs estão notavelmente na linha de se tornarem o primeiro usuário militar de uma arma desta família com a adoção supostamente iminente da versão compacta HK-437 (G-39)  configurado para o cartucho 300 Blackout projetado nos EUA.

O fuzil HK-437 (G-39) no calibre 300 Blackout é um exemplo de modificação da plataforma HK-433 para um novo calibre. Esse modelo está sendo entregue a forças especiais do Exército Alemão.

Outras armas H&K também poderiam ser potencialmente configuradas para disparar  a munição 7,62x39mm. Isso pode incluir versões dos populares padrões de rifle 5,56x45mm HK-416 ou 7,62x51mm HK-417 da empresa, bem como suas metralhadoras alimentadas por cinto MG-4 e MG-5 nesses mesmos calibres. Além disso, em 2022, os militares alemães escolheram uma versão do HK-416, que tem crescido em popularidade internacionalmente.

                  

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Anedotas sobre o treinamento de armamento e tiro da Legião na Argélia

Legionários relaxando em Sidi-bel-Abbès,
a Casa Mãe da Legião na Argélia.

Transcrição Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 6 de maio de 2024.

Extrato do diário do legionário Simon Murray durante a Guerra da Argélia (1954-1962) sobre um incidente no alojamento em Sidi-bel-Abbès:

15 de abril de 1960

O tempo está mais quente e o moral subiu; aos poucos vamos formando uma unidade. Somos açulados por nosso desagrado comum pelos suboficiais [graduados/praças]. Não há nada como um pouco de ódio para unir a gente! Os suboficiais não são muito científicos em seus métodos de ensino, acreditam piamente que sejam incapazes de penetrar em nossos cérebros através da passagem normal dos ouvidos, de forma que pensam poder obter algum êxito abrindo um buraco na cabeça do maldito recruta. Crepelli, por exemplo, expoente especial dessa didática, conduz uma campanha de terror no setor de treinamento de armas. Se você não conseguir desmontar inteiramente um fuzil e tornar a montá-lo em poucos segundos, ou se não conseguir dizer o nome ou peso de uma determinada peça, o cabo-chefe pega o fuzil e o acerta com ele. A eficácia desse método ainda precisa ser verificada, mas ele sem dúvida estimula o esforço.

Passamos muito tempo sendo punidos por nossas falhas, ou seja, somos obrigados a rastejar de barriga no chão, subir morros com sacos nas costas ou ficar em posição de sentido por longos períodos segurando um rifle com os braços estendidos - extenuante!

[...]

Legionários paraquedistas (notar as boinas) com a metralhadora de apoio geral AA 52 (configurada com bipé) e fuzil semi-automático MAS 49/56 na Argélia.

25 de abril de 1960

Estivemos no campo de tiro hoje pela primeira vez. Não é de espantar que seja uma grande atração em nosso programa de treinamento; Volmar nos diz que são necessárias muitas e muitas horas de tiro até que estejamos preparados. Os franceses possuem três tipos de espingardas [fuzis] de calibre 7,5 milímetros em uso, cada uma designada, como seus vinhos, pelo ano de fabricação e pela fábrica que a produziu.

As fábricas ficam em Saint-Étienne, Tulle e Châtellerault. Os rifles fabricados em 1936 e 1949 são armas de repetição, e os de 1949 têm um mecanismo no cano que permite o lançamento de granadas. O rifle mais recente, de 1956, um semiautomático leve [MAS 49/56], é o ideal para o tipo de luta que logo enfrentaremos. Tem um alcance mortífero de quase 200 metros.

Além desses rifles, também usamos uma submetralhadora chamada pistole mitraillete' 49 [MAT 49], similar à Sten, e uma metralhadora ligeira produzida em 1952 [AA 52]. Nosso arsenal padrão também inclui algumas belas granadas. Aprendemos todos os detalhes dessas armas; nomes, medidas, componentes, peso e assim por diante, e podemos desmontá-las por completo e reconstituí-las de olhos fechados.

Recebemos informações gerais sobre o alcance da Legião. Atualmente abrange uma força de cerca de 30 mil homens espalhados por uma imensa área. Há quatro regimentos de infantaria adicionais na parte norte da Argélia, e três outros em Madagascar, Djibuti e Taiti. Também há quatro regimentos de infantaria fixados no deserto do Saara, além de dois regimentos de paraquedismo e dois de cavalaria. É mais ou menos isso, exceto pelo fato de que um regimento da Legião vale dez vezes mais do que qualquer outro.

[...]

Paraquedistas do 2e REP (futuro regimento do então recruta Murray) em operação no noroeste da Argélia, 1958.

23 de maio de 1960

Um espanhol decidiu que não suportava mais e se matou com um tiro na noite passada enquanto montava guarda - o nosso primeiro suicídio. Eu não teria imaginado que as coisas estivessem tão ruins.

Outro incidente com uma espingarda, ocorrido nesta tarde nos alojamentos, vai nos deixar uma marca impossível de esquecer em todos os que presenciamos a cena. Estávamos limpando as armas para a inspeção e Dahms pôs uma bala de submetralhadora de 9 milímetros na culatra de seu rifle de 7,5 milímetros e, de brincadeira, apontou-o na direção de De Graaf. Infelizmente a arma disparou e De Graaf caiu no chão.

Todos emudecemos por trinta segundos inteiros. Então De Graaf se moveu e vimos que não havia se ferido. A bala não havia saído - ficara entalada no cano. Levamos mais alguns momentos para convencer De Graaf de que ele ainda estava vivo; afinal, se alguém põe uma bala em uma arma, aponta-a em sua direção a uma distância de 3 metros e puxa o gatilho, você presume que se ela disparar, você está morto.

Quando nos recuperamos do choque, iniciamos esforços desesperados para tirar a bala do cano antes de Crepelli aparecer para a inspeção, o que ocorreria em poucos minutos. Os esforços para bater a vareta da espingarda para retirar a bala falharam e infelizmente o som do tiro alertou Crepelli; ouvimos seus passos aproximando-se pelo corredor. É claro que ele encontrou o rifle com a bala entalada e não demorou para extrair uma confissão de Dahms, que já não falava coisa com coisa.

Então, petrificados, assistimos Crepelli acertar a têmpora de Dahms com a coronha da; tinha a frieza de um homem cortando lenha com um machado. E, enquanto Dahms jazia semi-inconsciente no chão, Crepelli o chutava sem dó, o tempo agredindo-o com uma saraivada de violentos insultos em italiano. Ninguém se moveu um músculo; todos nós ficamos paralisados como górgonas boquiabertas, mal ousando respirar com receio de que o ódio de Crepelli se voltasse contra nós. Terminou tão abruptamente quanto começou, e Crepelli lançou-se porta afora aos berros, prometendo morte instantânea a qualquer um que se atrevesse a apontar de novo de novo uma arma carregada nos alojamentos. Ninguém se atreverá. Nós lentamente despertamos para a vida e voltamos a respirar. Lavamos Dahms de cima a baixo e, surpreendentemente, com exceção de uma ferida bem nítida, o estrago foi bem menor do que temíamos, mas nossas lembranças ficarão marcadas para sempre.

Crepelli passou para a inspeção das armas dez minutos depois. Nunca deve ter visto rifles mais limpos do que os nossos.

- Simon Murray. Legionário - Cinco anos na lendária Legião Estrangeira, pg. 47, 52-53 e 60-61.

Legionário:
Cinco anos na lendária Legião Estrangeira,
Simon Murray.

As armas mencionadas no texto

MAS 36

MAS 49/56

MAT 49

AA 52

segunda-feira, 1 de abril de 2024

O PRIMEIRO BATALHÃO DO EXÉRCITO DOS ESTADOS UNIDOS RECEBE SEUS NOVOS FUZIS E METRALHADORAS



A entrega dos primeiros rifles e metralhadoras leves da próxima geração aos soldados representa um grande momento para o Exército.

Por Oliver Parken para o TWZ e com tradução por Carlos Junior.
As tropas da 101ª Divisão Aerotransportada em Fort Campbell se tornaram as primeiras a receber os fuzis e metralhadoras leves da próxima geração do Exército no novo cartucho de 6,8 mm. Isto marca a primeira vez em cerca de seis décadas que uma unidade do Exército recebe armas ligeiras totalmente novas, com um calibre de munições completamente novo.
O Exército anunciou ontem que os soldados do 1º Batalhão, 506º Regimento de Infantaria, parte da 101ª Divisão Aerotransportada em Fort Campbell, em Kentucky, "aceitaram suas novas armas [em 28 de março] em preparação para o Treinamento de Novos Equipamentos (NET) em Abril."
Em abril de 2022, Sig Sauer foi escolhido pelo Exército em vez de concorrentes, incluindo General Dynamics e Textron Systems, para entregar o sistema Next Generation Squad Weapons (NGSW). A família NGSW consiste no rifle M-7 da Sig, anteriormente conhecido como XM-5, bem como na metralhadora leve M-250 alimentada por cinto da empresa baseada na mesma plataforma. Ambos vêm com supressores de ruído.
Fuzil Sig M-7.

O sistema NGSW está sendo introduzido para substituir as antigas e icônicas carabinas M-4 de 5,56 mm e as armas automáticas de esquadrão M-249 (SAW),
A nova munição em calibre 6,8 mm da Sig - que apresenta um invólucro metálico híbrido, projetado para reduzir seu peso - oferece maior alcance efetivo e melhor desempenho na balística terminal em relação aos cartuchos de 5,56 mm.
Agora que o envio do NGWS às unidades começou, o caminho para a entrega de armas em números significativos será aberto. A Sig recebeu um contrato de produção inicial de US$ 20,4 milhões por 10 anos em abril de 2022 para cerca de 40 armas no total – 25 XM-7 e 15 XM-250 – usadas para desenvolver sua linha de produção. No entanto, o acordo tem um limite máximo global de 4,7 bilhões de dólares, acomodando a aquisição de até 250.000 novas armas para o Exército e outros serviços militares dos EUA, bem como potenciais clientes estrangeiros de vendas militares, de acordo com o Exército.
Metralhadora Sig M-250

                 

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

FORÇAS ESPECIAIS ALEMÃS SERÃO OS PRIMEIROS USUÁRIOS MILITARES DO NOVO FUZIL HK-437


HK-437 calibre 300 Blackout

Os militares alemães estão comprando uma versão do rifle HK433 com câmara .300 Blackout para suas forças de operações especiais.

As forças armadas alemãs serão os primeiros operadores militares (forças de segurança já utilizam) de uma versão do rifle de assalto HK-433 da Heckler & Koch. Diz-se que a comunidade das forças de operações especiais da Alemanha está em processo de aquisição de uma versão especializada de cano curto com supressão de som do HK-433, conhecida como HK-437, que está configurada para calçar munição calibre 300 Blackout. Criado nos Estados Unidos, o 300 Blackout foi projetado especificamente para oferecer uma combinação ideal de precisão e potência, mesmo quando disparado de armas exatamente com esse tipo de configuração com cano mais curto.
O site alemão de notícias de defesa e segurança Hartpunkt, relatou pela primeira vez a aquisição planejada pelos militares do país dos HK- 437, que, segundo eles, receberão a designação G-39. Citando “círculos bem informados”, o veículo disse que o contrato entre as forças armadas alemãs, ou Bundeswehr , e a Heckler & Koch para essas armas foi assinado no início de fevereiro de 2024. Esse acordo é supostamente para um lote inicial de 176 armas, juntamente com supressores e outros itens auxiliares. Espera-se que a Bundeswehr compre 988 HK437s.
O relatório da Hartpunkt diz que os HK-437 serão substitutos para as variantes restantes da icônica série Heckler & Koch 9x19mm MP-5SD de submetralhadoras com supressor de ruído integral ainda no serviço de operações especiais alemão.
A Heckler & Koch apresentou publicamente o HK-433 em 2017 . O serviço policial do estado alemão de Schleswig-Holstein se tornou o primeiro grande cliente conhecido de qualquer tipo a comprar variantes do HK-433 quando anunciou que estava comprando HK-437 no .300 Blackout em 2022.
Fuzil HK-433, modelo base da família.

domingo, 7 de janeiro de 2024

O SOCOM (COMANDO DE OPERACOES ESPECIAIS DOS ESTADOS UNIDOS) VAI SUBSTITUIR O SEUS FUZIS ANTI MATERIAL CALIBRE 50.

Um novo fuzil de precisão de longo alcance extremo poderia substituir os rifles Barrett M-107 calibre .50 e rifles Mk-15 em uso nas forças de operações especiais dos EUA.

O Comando de Operações Especiais dos EUA estabeleceu requisitos para um novo fuzil de precisão de longo alcance extremo que poderia substituir seus fuzis de precisão calibre .50 existentes. Operadores especiais americanos atualmente usam variantes do icônico fuzil semiautomático Barrett M-107 em calibre .50 e do menos conhecido McMillan Mk 15 de ferrolho no mesmo calibre.

O Centro de Aquisição, Tecnologia e Logística das Forças de Operações Especiais (SOF AT&L) do Comando de Operações Especiais (SOCOM) divulgou pela primeira vez suas fontes que buscavam notificação para o fuzil de Precisão de Longo Alcance Extremo (ELR-SR) em dezembro. Uma versão atualizada com pequenas alterações foi publicada esta semana. O anúncio de contratação, que atualmente busca apenas informações sobre possíveis novos rifles de possíveis fornecedores, inclui uma série de requisitos básicos.

“O sistema ELR-SR destina-se a substituir os antigos M-107 e MK-15 para alvos antipessoal e anti-material”, explica o aviso. “O sistema de armas ELR-SR terá capacidade de tiro de precisão de 2.500 m"
M107 é a designação atual para as variantes mais recentes do fuzil semiautomático Barrett calibre .50 atualmente em serviço militar nos EUA. A Barrett Firearms desenvolveu a primeira versão deste rifle na década de 1980, comercializando-o como M-82, uma designação que os militares dos EUA posteriormente também usaram. Várias melhorias foram feitas no design principal ao longo dos anos, mas sua aparência geral permaneceu praticamente inalterada. Essas armas se tornaram um padrão ouro para rifles de precisão de longo alcance e calibre muito grande para forças de operações especiais e outros serviços militares e de segurança em todo o mundo, bem como um elemento absoluto na cultura popular .
Fuzil Berrett M-107
A designação M107 vem de um esforço do Exército dos EUA para adquirir um fuzil calibre .50, o Barrett M-95 . O serviço posteriormente abandonou esse plano e adquiriu fuzis M-82A1M semiautomáticos aprimorados, aplicando-lhes a designação M-107.
Já o Mk 15 é a designação da Marinha dos EUA para fuzis McMillan Firearms Tac-50 de ferrolho, que foram adquiridos principalmente para atiradores SEAL. Assim como o Barrett M82/M107, o projeto básico baseado no Tac-50 para os SEALs, ou Mk 15 Mod 0, também remonta à década de 1980. Desde então, a comunidade de operações especiais dos EUA adquiriu exemplares melhorados deste fuzil, conhecido como Mk 15 Mod 1s, que são visivelmente distintos de seus antecessores graças a um novo sistema de chassi Cadex Dual Strike .

Os fuzis McMillan Tac-50 também estão em serviço em outras partes do mundo, inclusive em outras unidades de operações especiais. Em 2017, a mídia canadense informou que um franco-atirador da unidade de operações especiais de elite da Força-Tarefa Conjunta 2 (JTF 2) daquele país havia estabelecido um novo recorde de morte confirmada mais longa quando abateu um terrorista do ISIS no Iraque a uma distância de cerca de três quilômetros. usando um fuzil C-15 (a designação das forças armadas canadenses para o Tac-50).
Fuzil McMillan Mk-15 Tac-50
A SOF AT&L afirma expressamente que agora está interessada em um novo fuzil de ferrolho com comprimento total máximo de não mais que 56 polegadas, e que esperançosamente tenha 50 polegadas de comprimento ou menos. O limite para o peso máximo do rifle com o carregador vazio é de 22 libras, mas o alvo objetivo não passa de 18 libras.

Mesmo um fuzil de 56 polegadas de comprimento e 22 libras seria mais curto e mais leve que o M-107 (57 polegadas de comprimento e cerca de 28 libras e meia) e o Mk 15 (57 polegadas de comprimento e cerca de 27 libras). O alcance efetivo desejado de 2.500 metros para o ELR-SR também é maior que o do M-107 ou Mk-15.

O ELR-SR deve ter um pico de energia de recuo de 25 libras ou menos. O objetivo do SOCOM seria adquirir um rifle que reduzisse o recuo do disparo ao ponto mais baixo possível. Os fuzis semiautomáticos Barrett M-82/M-107 existentes possuem, notavelmente, um sistema de cano de recuo para ajudar a reduzir o recuo.

Vários acessórios estão incluídos nos requisitos para o "sistema" ELR-SR completo, como um "supressor de som, computador balístico, manual do operador, kit de limpeza, kit de ferramentas, bipé e maleta de transporte rígida com trava aprovada pela Transportation Safety Administration (TSA). ." O supressor, que não pode ter mais de 20 centímetros de comprimento, precisa ser capaz de reduzir o estampido do disparo do fuzil para 140 decibéis ou menos.

A SOCOM diz que gostaria que o ELR-SR tivesse uma mistura de trilhos Picatinny e Magpul M-LOK padrão militar dos EUA , nos quais vários acessórios, como óptica e dispositivos de mira, pudessem ser acoplados.

Quanto ao calibre real do fuzil, os requisitos do ELR-SR deixam isso em aberto e há uma demanda por um design modular que permita a troca entre diferentes tipos de munição. “Se o calibre do sistema primário não for uma munição atual aprovada pelo DOD, o sistema [proposto] deverá ser capaz de fazer a transição para uma munição atual .300 Norma Magnum aprovada pelo DOD com um
kit de troca rápida”, acrescenta o aviso de contratação.

Os fuzis M-82/ M-107 e Mk-15 que o ELR-SR poderia substituir são ambos compartimentados para disparar cartuchos de metralhadora Browning calibre .50 (12,7x99mm). Este grande calibre há muito permite carregamentos com projeteis especializados, incluindo aqueles com balas que apresentam elementos incendiários e/ou altamente explosivos. O cartucho explosivo perfurante de blindagem incendiário de alto explosivo calibre Mk 211 .50 , comumente conhecido como cartucho Raufoss em homenagem à empresa norueguesa (Nammo Raufoss AS) que o desenvolveu, é um excelente exemplo de um desses cartuchos multiuso. Munições como esta são particularmente úteis no papel anti-material, onde os atiradores têm a tarefa de tentar destruir ou pelo menos danificar alvos como depósitos de combustível e munições, antenas parabólicas ou mesmo veículos ligeiros.