Mostrando postagens com marcador Porta aviões. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Porta aviões. Mostrar todas as postagens

sábado, 25 de julho de 2015

CLASSE GERALD R. FORD. A nova geração de super porta aviões da marinha dos Estados Unidos.

FICHA TÉCNICA
Comprimento: 337,11 m.
Calado: 11,3 m.
Boca: 41 m (linha da água).
Deslocamento: 110000 toneladas.
Propulsão: Dois reatores nucleares A-1B que geram 360 000 SHP.
Velocidade máxima: 36 nós (68 km/h).
Autonomia: Ilimitada.
Sensores Sistema de radar de banda dupla DBR composto pelo radar AN/SPY-3 de varredura eletrônica ativa e pelo radar AN/SPY-4 VSR (Volume Search radar), formando uma cobertura total de 6 antenas.
Armamento: 2 lançadores MK 29 de 8 células de mísseis ESSM, 2 lançadores MK-49 para 21 mísseis de curto alcance RIM-116 SeaRAM, 2 Canhões CIWS MK-15 Phalanx de 20 mm e 4 metralhadoras pesadas M-2HB em calibre .50 (12,7 mm)
Aviação: Variável conforme a missão, porém em tempos de paz ele vai operar 75 aeronaves que podem ser distribuídos em 25 caças bombardeiros F/A-18 E/F Super Hornet, 6 aeronaves de guerra eletrônica EF-18G Growler, 24 caças stealths F-35C, 6 aviões de alerta aérea avançado Grumman E-2D  Hawkeye, 6 helicópteros Sikorsky MH-60R, 4 helicópteros MH-60S e 4 aeronave de combate sem piloto N-UCAS ( a ser desenvolvida ainda).

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
A frota super porta aviões da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) é composta, atualmente por 10 navios, todos da classe Nimitz, um projeto da década de 70 do século XX e que está contabilizando mais de 40 anos. O outro porta aviões, o USS Enterprise, o maior navio de guerra da história, cujo projeto data de 1957, e que saiu de serviço recentemente, em 2012,antes de haver um substituto pronto, também expõe a elevada idade dos porta aviões norte americanos. Por isso a US Navy e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD) requisitaram que seus fabricantes de navios começassem a estudar o seu sucessor, e depois de analisar mais de 70 propostas, sendo uma delas referente a um porta avião de menor dimensão, porém com um desenho revolucionário e furtivo, acabaram por manter o desenho clássico dos porta aviões americanos, mas com algumas modificações técnicas, que permitirão um aumento de 25% no numero de lançamentos e recuperações de aviões, em relação ao que se tem hoje nos porta aviões da classe Nimitz. O projeto foi inicialmente chamado de CVN-21 e o seu projeto foi encomendado ao estaleiro Newport News, uma subsidiária da poderosa empresa aeroespacial Northrop Grumman, fabricante de aeronaves como o bombardeiro B-2A Spirit, caça F-5E Tiger II (o principal caça da Força Aérea Brasileira) e o F-14 Tomcat.
Acima: No início do projeto do novo porta aviões da marinha norte americana se cogitou um navio com desenho stealth mas logo se decidiu por abandonar esse desenho. Certamente os custos e riscos seriam bem maiories que usar um conceito de desenho mais conhecido.
Depois de iniciar a construção do novo super porta aviões, a US Navy batizou a nova classe de "Gerald R Ford" (CVN 78), e ele será o substituto, tanto do Entreprise, já aposentado, quanto dos navios mais antigos da classe Nimitz. 
O Gerald R Ford terá muitas inovações em relação a seus predecessores. Uma dessas mudanças é o reposicionamento da ilha, colocada um pouco mais a ré do casco o que facilitará a movimentação dos aviões no convés do navio. Outra importante evolução diz respeito a seu sistema de catapulta eletromagnética EMALS que tomará, em definitivo o lugar das catapultas a vapor que foram usadas por mais de 60 anos nos porta aviões da US Navy. Esta nova catapulta permite menor necessidade de manutenção, menor espaço de instalação e capacidade de lançar aeronaves mais pesadas.
O Gerald R Ford foi projetado para ter uma maior automação de seus sistemas conseguindo uma redução de 17 % da tripulação em relação à tripulação do Nimitz o que resultou em uma diminuição de 1000 homens no navio, que seria necessária para operar todas as operações comuns em um navio aeródromo.

Acima: Nessa ilustração pode ser percebido com clareza o reposicionamento da ilha mais atras do convés, o que representa uma das características mais marcantes dessa nova classe de porta aviões norte americanos.
O sistema de propulsão é do tipo nuclear e é composto por um par de reatores atômicos de nova geração A-1B, desenvolvidos pela Bechtel Marine Propulsion Corporation que produz 30% mais energia elétrica que a planta nuclear do Nimitz chegando a 280 MW o que representa o mais eficiente sistema de geração de energia já instalado em um navio. Graças a essa melhoria na produção de energia que o sistema EMALS de catapulta foi viável nesse navio.
Essa propulsão, também fornece 360000 SHP de potência que movem 4 eixos e suas respectivas helices movimentando as 110000 toneladas de deslocamento deste navio a uma velocidade máxima de 36 nós (68 km/h), colocando como um dos mais rápidos navios de guerra de grande porte da história.
Como todos os navios nucleares, sua autonomia é ilimitada, sendo a operacionalidade do navio restrita a quantidade de combustível aeronáutico, armamentos, e alimentos da tripulação transportados.

Acima: Mesmo com um deslocamento "monstro" de 110000 toneladas, o sistema de propulsão totalmente nuclear do Gerald R Ford proporciona uma alta velocidade a essa "cidade flutuante".
Outra importante melhoria instalada no projeto do Gerald R Ford foi seu avançadíssimo sistema de radar  DBR (Banda dupla) composto por 3 antenas do radar AN/SPY-3, ultima geração em radares de varredura eletrônica ativa com alcance de 320 km contra alvos aéreos. O outro componente do sistema DBR responde pelo radar AN/SPY-4 VSR (Volume Search radar), com mais 3 antenas e que operam de forma integrada aos SPY-3 dando uma elevada capacidade de rastreio multi alvos. Esse sistema, além de fazer a busca de alvos, agrega a função de radar de controle de fogo para o sistema de mísseis antiaéreos ESSM operados a partir de dois lançadores óctuplos MK-29 instalado no navio. O ESSM tem alcance de 50 km e guiagem semi-ativa. E falando em armamento orgânico ainda, o Gerlad R Ford recebeu, também, dois lançadores MK-49 para 21 mísseis de curto alcance RIM-116 SeaRAM de curto alcance (9 km) sendo sua guiagem por infravermelho ou por comando de rádio, dependendo da versão. O armamento de tubo, também presente nesse porta aviões, é composto por dois sistema CIWS Phalanx MK 15 com um canhão de seis canos rotativos de 20 mm. Cada um desses canhões conseguem uma cadencia de 4500 tiros por minuto, o que é suficiente para “rasgar” qualquer coisa que esteja dentro do seu alcance (2000 a 3000 mts). Por ultimo, foram instalados 4 metralhadoras pesadas M-2HB calibre 12,7 X 99 mm (.50).

Acima: A ilha do Gerald R Ford foi projetada tendo em vista a integração de seu sistema DBR de radar. Nessa imagem gerada por computador podemos ver a antena frontal do radar AN/SPY-3, que compõe a suíte de sensores do navio.
A ala aérea do Gerald R Ford é composta, em tempos de paz, 75 aeronaves, sendo, portanto, possível aumentar para cerca de 110 aeronaves em caso de necessidade. Normalmente, são transportados 25 caça bombardeiros pesados F/A-18E/F Super Hornet que são os principais vetores de defesa aérea, embora sejam usados como bombardeiros também. O novíssimo caça de 5º geração F-35C Lightining II será operado com 24 unidades e será responsável, principalmente, por missões de ataque e bombardeiro, embora possa, se necessário, operar em missões de interceptação e escolta ar ar; Para guerra eletrônica serão operados 6 jatos E/A-18G Growler que é a versão de guerra eletrônica  do F/A-18E Super Hornet; Para alerta aéreo avançado serão usados 6 unidades do clássico avião Grumman E-2D Hawkeye, que é a ultima versão desta eficiente aeronave. O Gerald R Ford vai operar 4 aeronaves de combate sem piloto N-UCAS quando estes estiverem operacionais. Estas aeronaves serão desenvolvidas com os conhecimentos adquiridos no desenvolvimento do jato X-47B. E agora falando de asas rotativas, são transportados 6 helicópteros Sikorsky MH-60R Seahawk que são usados para guerra antissubmarino e anti superfície usando torpedos leves MK-46 e mísseis AGM-114 Hellfire; e por ultimo, são operados 4 helicópteros Sikorsky MH-60S Kinghthawk para operações anti minas e de transporte. 

Acima: O novo caça F-35C será um dos principais meios de combate do Gerald R Ford. Esta foto foi tirada durante os primeiros testes embarcados com o F-35C abordo no USS Nimitz, já descrito nesse site.
O super porta aviões Gerald R Ford , como todos os super porta aviões da US Navy, transportam uma capacidade de combate aéreo superior a mais de 70 % das forças aéreas do mundo todo. Poucos países tem uma estrutura tão completa e bem armada como um único navio desse tipo. O Gerald R Ford vai manter essa capacidade para o século XXI. Seus sensores avançados, mais capazes que os encontrados nos porta aviões anteriores e mesmo na maioria dos navios de escolta com sistema AEGIS como os navios da classe Arleigh Burke e Ticonderoga, também darão maior independência a esta nova classe de porta aviões. A US Navy tem encomendado nesse momento 3 navios da classe Gerald R Ford, sendo o segundo navio, batizado de John F Kennedy (CVN-79) e o Enterprise (CVN 80) que receberá o mesmo nome do navio antigo que está sendo substituído (Entreprise CVN-65). Se os planos da US Navy forem em frente, haverão 10 unidades deste super porta aviões substituindo totalmente os navios da classe Nimitz até o fim deste século.

Acima: Em breve o Gerald R Ford começará os teste no mar e sua entrada em serviço está programada para meados de 2016.


Acima: Aqui podemos ver como será internamente o Geral R Ford.






ABAIXO TEMOS UMA ANIMAÇÃO COM A CONSTRUÇÃO DO GERALD R FORD


Você gosta de tecnologia militar? Fique por dentro das atuais e futuras armas que estão em combate no campo de batalha. Siga o WARFARE no TwitterFacebook.

sábado, 6 de junho de 2015

CLASSE KUZNETSOV TYPE 1143.5. O porta aviões de Moscou.

FICHA TÉCNICA
Comprimento: 304,50 m.
Calado: 10,49 m.
Boca: 37 m.
Deslocamento: 67000 toneladas.
Propulsão: 4 turbinas a gás TV-12-4 com 8 caldeiras que produzem  200 000 Hp, 2 turbinas com 50 000 Hp, 9 turbogeradores com 2011 Hp e 6 motores turbodiesel com 2011 Hp.
Velocidade máxima: 35 nós (65km/h).
Autonomia: 7129 km.
SensoresBusca aérea e de superfície: MR-710 Fregat-MA/Top Plate com 300 km de alcance, 2 radares MR-320M Topaz/Strut Pair 2D, Navegação: 3 radares Palm Frond, Controle de tiro: 4 radares  MR-360 Podcat (SA-N-9), 6X MR-123 Bass Tilt (Para os sistema Kashstan
Armamento: 12 mísseis de cruzeiro antinavio P-700 Granit. Mísseis anti-aéreos: 24 lançadores verticais SA-N-9 Gauntlet, Canhões anti-aéreos (CIWS): 8 sistemas kashtan composto por 2 canhões de 6 canos rotativos de 30 mm e 8 lançadores de mísseis SA-N-11 Grison, Anti-submarino: 2 lançadores de 10 tubos lançadores de foguetes com torpedos integrados Udav-1.
Aviação: 20 caças bombardeiros MIG-29K Fulcrum, 5 Aviões de treinamento e ataque Sukhoi Su-25 UTG; 18 helicópteros anti-submarinos Kamov Ka-27 PLO Helix e 2 helicópteros Kamov Ka-27S, Helix de busca e salvamento.


DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
A Rússia, desde a época da União Soviética, carecia de um navio aeródromo que fosse capaz de operar aviões de alto desempenho. O porta aviões Kiev, era equipado, apenas com aeronaves VSTOL Yak-38 Forger, uma aeronave com um desempenho limitado, e helicópteros Kamov KA-25 Hormone e KA-27 Hellix. A capacidade de defender o navio ou uma  esquadra era inexpressivo, principalmente, se considerarmos um combate contra um grupo de batalha norte americano, onde os caças usados eram os Grumman F-14 Tomcat, apoiados por aeronaves Vought A-7 Corsair ll e posteriormente, Mc Donnell Douglas F/A-18A Hornet. Com isso, a marinha soviética solicitou ao estaleiro Nikolayev South que construísse um novo porta aviões de maior deslocamento para poder operar um novo caça naval que seria escolhido entre uma versão navalizada do Mig-29 e o Su-33 Sea Flanker. Esse novo projeto foi batizado como projeto 1143.5 ou classe Orel e foi, posteriormente, batizado de Classe Kuznetsov com seu lançamento feito em 1985.

Acima: O porta aviões Kuznetsov é o único navio do seu tipo em operação na marinha russa. Na terceira década deste século, essa condição deverá mudar com uma nova classe de porta aviões que fará companhia ao Kuznetsov.
Uma característica interessante do Kuznetsov é que diferentemente dos super porta aviões americanos, ele é extremamente bem armado. Na verdade, este navio é mais bem armado que muitas fragatas ou mesmo destróieres ocidentais. O armamento do Kuznetsov é composto por 12 potentes mísseis de cruzeiro antinavio P-700 Granit, também conhecido pela nomenclatura da OTAN como SS-N-19 Shipwreck, que são lançados de 12 silos verticais próximo a proa do navio. Este míssil tem um alcance de  550 km quando armado com uma ogiva convencional. Se for equipado com a ogiva nuclear, seu alcance chega a 630 km, voando contra um navio, a uma velocidade de 1650 km/h. A ogiva nuclear e tem um rendimento de 500 Kt, enquanto que a convencional de alto explosivo (HE) tem 750 kg. Para defesa antiaérea é usado um sistema de lançamento vertical Klinok com 24 lançadores com 8 mísseis cada, somando 192 mísseis SA-N-9 Gauntlet. Este míssil, tem um alcance de 12 km e é eficiente contra alvos voando até uma altitude de 6000 metros. A precisão deste míssil é impressionante, com um índice de 95% de acerto contra aeronaves. Seu sistema de guiagem se dá por comando de rádio. Ainda, para defesa antiaérea de ponto, o Kuznetsov está equipado com 8 sistemas Kashstan, que é composto por dois lançadores de míssil 9M311 (SA-N-11 Grisom, segundo a nomenclatura da OTAN) com alcance de 8 km e guiagem por comando de radio; 2 canhões GSH-30K de 6 canos rotativos de 30 mm, cada, e que são usados contra mísseis a caminho do navio e outros projéteis de precisão que sejam lançados contra o Kusnetsov. Esses canhões atingem uma cadência de tiro da ordem de 9000 tiros por minuto e alcance de 4 km. Outros 6 canhões AK-630 de 30 mm com cadencia de 10000 tiros por minuto e 4 km de alcance também completam a  capacidade defensiva de curto alcance do navio. 
Para guerra anti-submarina, é usado o  sistema de foguetes anti-submarinos Udav-1, com 60 foguetes. Esse sistema é capaz de destruir torpedos que sejam lançados contra o navio e submarinos.

Acima: Uma das principais diferenças entre o Kuznetsov e seus pares ocidentais está em sua capacidade ofensiva. Enquanto os porta aviões ocidentais dependem de sua aviação para atacar seus alvos, o Kuznetsov tem uma capacidade orgânica de combate que supera a maioria das modernas fragatas e mesmo de alguns destróieres.
Pode se observar que existe uma rampa na proa do convés do Kuznetsov. Ela é necessária pois o navio não conta com as catapultas que encontramos nos porta aviões ocidentais, sendo que os aviões decolam do Kuznetsov exclusivamente com a força de seus motores. Embora isso diminua a complexidade do navio, ela limita, e muito a capacidade de transporte de cargas pelos aviões em suas decolagens pois não há espaço suficiente para ganhar velocidade em um navio. O navio iniciou sua vida operacional em 1990 operando 12 caças Sukhoi Su-33 Sea Flankers, derivado naval do super caça Su-27 Flanker. Hoje, em 2015, os Su-33 estão em processo de substituição pelo modelo MIG-29K Fulcrum D, do qual serão operados 20 exemplares monoposto e 4 exemplares biposto MIG-29KUB para treinamento operacional. Além dessas aeronaves de asas fixas, o Kuznetsov transporta 18 helicópteros anti-submarino (ASW) kamov Ka-27 PLO Helix, que permitem uma ampla capacidade de ataque e defesa na guerra anti-submarina. Mais 2 outros helicópteros Kamov  Ka-27 S para missões de busca e salvamento (SAR) são transportados, completando a ala aérea do Kuznetsov.
Acima: A foto desse angulo permite ver bem a rampa (sky jump) na proa do Kuznetsov usada para ajudar na decolagem de suas aeronaves de asa fixa.
Todo este poder de fogo proporcionado pela ala aérea e pelas armas transportadas pelo Kuznetsov, não seriam suficientes para manter o navio em atividade, se não fossem os sistemas eletrônicos avançados instalados no navio. O principal radar de busca aérea e de superfície é o radar tridimensional de longo alcance MR-710 Fregat-MA/Top Plate, capaz de detectar um alvo aéreo de grande porte (uma avião de patrulha P-3C orion, por exemplo) a 300 km e rastrear até 48 alvos simultaneamente. Outros 2 radares MR320 Topaz/Strut Pair 2D, fazem busca em apoio ao Top Plate cujo alcance contra alvos aéreos chega a 176 km e para alvos de superfície grandes (um porta aviões inimigo, por exemplo), pode ser detectado a 50 km (a curvatura da terra é um problema para alvos de superfície). Para navegação são usados 3 radares Palm Frond, um dos radares mais usados na marinha russa para esse fim. Para controle de fogo dos mísseis SA-N-9 são usados 4 radares MR-360 Podcat/"Cross Sword".
Para detecção de submarinos, está montado no casco do Kuznetsov um sonar MGK-345 Bronza com um alcance que pode chegar a 4,5 km. Uma suíte de sonar Zvezda-2 também complementa a capacidade de detecção de submarinos.

Acima: O Kuznetsov é usado para apoio a frota de superfície e aos submarinos da frota russa. A próxima geração de porta aviões russos será mais capaz de projetar força e por isso , se presume será maior que o Kuznetsov.
A propulsão do Kuznetsov é convencional e é feita por 4 turbinas a gás TV-12-4 com 8 caldeiras que produzem  200000 Hp de força. Essas turbinas movimentam os 4 eixos das hélices que impulsionam este porta aviões a uma velocidade máxima de 65 km/h. O alcance do Kuznetsov está em 7129 km, em velocidade máxima, ou 15742 km em velocidade econômica de 18 nós (33 km/h). O deslocamento do Kuznetsov é 67000 toneladas quando totalmente carregado e seu comprimento de 304,5 m o coloca como sendo o maior navio de guerra não americano do mundo. 
O kuznetsov teve um irmão, que não chegou a ser comissionado na marinha russa. O navio que chamava-se Varyag que acabou sendo vendido a China que reformou o navio e acabou incorporando a sua marinha com o nome de Liaoning, gerando uma nova classe.
A marinha russa usa o Kuznetsov como um navio de apoio a sua força de submarinos, e a seus navios de superfície não sendo, portanto, o centro de um grupo de batalha como são os porta aviões norte americanos. A marinha russa pretende construir uma nova classe de porta aviões que será maior e mais capaz que a classe Kuznetsov e provavelmente dará a seus novos navios uma função mais parecida com as das marinhas ocidentais que é a projeção global de força.
Acima: Dois MIG-29K, um russo e outro indiano no convés do Kuznetsov para testes operacionais. O MIG 29K substituirá os atuais Su-33 Sea Flanbker como componente aéreo do navio. 


Acima: O Kuznetsov sendo escoltado por um destróier classe Daring em águas internacionais próximo da Inglaterra durante uma das muitas missões de patrulha que a frota russa está levando a cabo pelo mundo.

Acima: O Kuznetsov serve na frota do norte em  Severomorsk, junto do cruzador de batalha classe Kirov, já descrito no WARFARE.

ABAIXO PODEMOS VER UM VÍDEO COM O MIG-29K OPERANDO NO KUZNETSOV.

Você gosta de tecnologia militar? Fique por dentro das atuais e futuras armas que estão em combate no campo de batalha. Siga o WARFARE no TwitterFacebook

domingo, 22 de junho de 2014

CLASSE NIMITZ. 102000 toneladas de diplomacia norte americana


FICHA TÉCNICA
Comprimento: 332,8 m.
Calado: 11,3 m.
Boca: 40.8 m.
Deslocamento: 102000 toneladas.
Propulsão: Nuclear, com dois reatores GE PWR A4W/A1G , mais 4 turbinas a gás, que geram 260 000 HP.
Velocidade máxima: 34 nós (64km/h).
Autonomia: reabastecido a cada 13 anos.
Sensores: Radar de busca aérea: AN/SPS 48E, AN/SPS 49(V)5, Radar Raytheon MK 23 de banda D; Radar de busca de superfície: AN/SPS 67V banda G. Radar de navegação: Raytheon A N/SPS 64 (V)9 de banda L/J.
helicópteros SH-60 Seahawk. podendo, em caso de guerra, chegar a 110 aviões.
Armamento: 3 lançadores MK 29 de 8 células de mísseis Sea Sparrow; 4 Canhões CIWS MK-15 Phalanx de 20 mm.
Aviação: Variável conforme a missão, porém tipicamente 68 aeronaves que podem ser distribuídos em 48 F/A-18 E/F super Hornet, 4 Grumman E-2 C Hawkeye, 4 EA-18G Growler, além de 12 helicópteros SH-60 Seahawk.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
Poucas coisas neste mundo representam tão bem o significado da palavra poder de fogo como a força de porta aviões da Marinha dos Estados Unidos. São navios que operam mais de 60 aeronaves, sendo a maioria absoluta, de combate, podendo, ainda ter esse numero aumentado em caso de necessidade de guerra. E ainda, dentro dessa força, uma classe de navio se destaca pelo sucesso de seu projeto que foi construído em grande número, o que é interessante quando se trata dessa categoria de navios, que são os porta aviões, onde são, no máximo, construídos um ou dois por classe. Para se ter uma ideia do sucesso da classe Nimitz (CVN 68), basta observar que foram construídos, nada mais, nada menos que dez navios.

Acima: O tamanho dos porta aviões da classe Nimitz deixa claro o seu poder. O navio menor do lado direito é um porta aviões britanico Illustrious.
O Nimitz foi o segundo maior navio de guerra do mundo por muitos anos, pois era pouco menor que o USS Enterprise, primeiro navio porta aviões a ser propulsado por reatores nucleares. Com a desativação do Enterprise, o Nimitz passou a ser o maior navio de guerra do mundo. Ele foi construído pelo estaleiro Newport News Shipbuilding, que é propriedade da Northrop Grummam e comissionado no começo de 1975, iniciando uma nova fase na capacidade de combate da marinha dos Estados Unidos (US Navy).
O Nimitz desloca 102000 toneladas quando totalmente carregado e transportam em tempos normais, 68 aeronaves sendo elas 48 F/A-18 E/F super Hornet, 4 Grumman E-2 C Hawkeye, 4 EA-18G Growler,  além de 12 helicópteros SH-60 Seahawk. Esses números, são incríveis, principalmente quando verificamos, que um navio da classe Nimitz possui uma força aérea embarcada muito mais poderosa que qualquer força aérea Latino americana ou mesmo a de muitas forças aéreas europeias.
Se você considerar o poder de fogo dos aviões de combate deste navio, será fácil chegar a conclusão de que este é o mais poderoso navio de guerra já construído entre todas as categorias de navios de guerra.

Acima: Atualmente o caça F/A-18E/F Super Hornet representa o braço armado dos porta aviões norte americanos. A partir de 2019 o novo caça F-35C Lighning II deverá fazer companhia aos Super Hornets e dividir as tarefas "quentes" do navio.
A suíte de sensores do Nimitz é formada pelo radar tridimensional SPS-48E com alcance aproximado de 400 Km, e o radar SPS 49 V Bidimensional com alcance aproximadamente 560 Km, para auxiliar na busca aérea. O radar de busca de superfície é p AN/SPS-67V com alcance de 115 km contra alvos de frande porte (um navio cargueiro, por exemplo). Por fim está instalado um sistema de controle de fogo MK-91 para uso com os mísseis SAM Sea Sparrow, que representa a principal defesa orgânica do navio. Para apoio a esses mísseis estão montados sistemas CIWS MK 15 Phalanx com um canhão rotativo em calibre 20 mm que conta com uma provisão de 989 tiros cada e dispara 4500 tiros por minuto. Mais recentemente, a Marinha dos Estados Unidos, está equipando os porta aviões da classe Nimitz com o míssil antiaéreo de curto alcance RIM-116 RAM no lugar de seus sistemas Phalanx; O RIM-116 é um pequeno míssil guiado a calor com alcance de 9 km.

Acima: O radar AN/ SPS-48E é um sensor antiquado, porém seu longo alcance e confiabilidade ainda representa um sistema viável para defesa do Nimitz.
Muitos podem pensar: “Nossa, só isso de armas?” Sim, só isso, porém, lembrem-se que dos 68 aeronaves, 52 são aviões de combate supersônicos e pesadamente armados. Podem ter a certeza, que se um invasor passar pela barreira que é imposta pela aviação de combate do Nimitz, muita coisa deve ter dada errado. A proteção anti-submarina, é exclusiva dos helicópteros SH-60 Seahawk. Por isso os porta aviões americanos estão sempre escoltados por no mínimo, um destróier da classe Arleigh Burke, que já foi assunto de matéria publicada nesse blog.

Acima: O míssil Sea Sparrow deixa seu lançador MK-29. este míssil é o principal elemento de defesa  orgânica dos porta aviões da classe Nimitz. Seu sistema de guiagem se dá por radar semi ativo e seu alcance chega a 18,5 km.
Abaixo: O sistema de defesa antiaérea de ponto RAM (Rolling Airframe Missile)  usa o míssil RIM-116 para destruir alvos como aeronaves ou mísseis antinavio. O RAM substitui algumas unidades do antigo sistema CIWS MK-15 Phalanx que usa um canhão rotativo M-61 de 20 mm.

Para proteção do navio, existem contramedidas como o lançador de iscas infravermelhas Sippican SRBOC, sistemas para iludir torpedos AN/SLQ-25 Nixie , e iscas antitorpedos SSTDS. Um sistema de guerra eletrônica AN/SLQ-32 (V) detecta as emissões de radar inimigas e, após analisa-las alerta aos sistemas de contra medidas do navio.
A propulsão desta “cidade flutuante” é provida por dois poderosos reatores nucleares A4W que movem 4 turbinas e 4 eixos à produzir um impulso 260 000 HPs. Essa potência, acelera o Nimitz a incrível velocidade, (se considerarmos o tamanho dele) de 34 nós (64 Km/h), o que faz dele um dos mais rápidos navios de guerra do mundo. A tripulação dele é de 3150 tripulantes mais 2600 tripulantes da ala aérea, ou seja, são 5750 tripulantes em cada porta aviões dessa classe!
A nova classe de porta aviões CVN 78 Gerald R Ford terá uma redução importante nesses números devido a automação de uma série de sistemas do navio, que já se mostrou como uma tendência para os futuros navios de guerra americanos.

Acima: O Nimitz opera escoltado por um cruzador e por alguns destróieres, normalmente. estes navios que o protegem contra ataques de submarinos, e ainda, de quebra prestam uma importante capacidade antiaérea extra ao grupo de batalha.
A classe Nimitz foi projetada para operar por 50 anos. O primeiro navio da classe, o Nimitz, deverá ser descomissionado em 2025, e os seus irmãos mais novos se manterão em serviço até meados de 2050. Estes navios são a ponta de lança de ataque convencional do governo norte americano, e sua robusta capacidade de combate garante um fator dissuasivo muito eficaz. Porém, deve-se observar que algumas nações apresentaram armas dedicadas a destruição de navios porta aviões, como o míssil balístico DF-21D da China ou o Brahmos 2 da Índia e que, poderão colocar em xeque a viabilidade do uso desse tipo de navio. Porém, ainda é uma ameaça limitada a duas ou 3 nações e esse tipo de arma deverá ser cara e complexa demais para a grande maioria dos países por muitas décadas ainda.

Acima: Mesmo o Nimitz sendo o maior navio de guerra do planeta, sua manobrabilidade surpreende.

Acima: Outro ponto extremamente positivo do Nimitz é sua velocidade superior a da maioria dos navios de guerra existentes no mundo, atingindo 34 nós (64 km/h)

ABAIXO PODEMOS ASSISTIR A UM DOCUMENTÁRIO SOBRE O NIMITZ.

Curtiu o blog WARFARE? Assine a lista de atualizações através da ferramenta de alertas na barra lateral do blog, ou pelo e-mail editorwarfare@gmail.com e siga a fanpage WARFARE no facebook pelo endereço: https://www.facebook.com/warfareblog