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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Visão explodida: a pistola Luger


Por Ian McCollum, American Rifleman, 6 de março de 2017.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 31 de agosto de 2023.

A Luger é descendente direta da pistola C-93 de Hugo Borchardt, que foi a primeira pistola semiautomática a ser comercialmente viável. Fabricado pela Ludwig Lowe & Co. e seu sucessor, Deutsche Waffen- und Munitionsfabriken (DWM), um total de 3.000 C-93 foram fabricados. No entanto, o Borchardt era um projeto estranho, e a DWM encarregou um de seus engenheiros, Georg Luger, de melhorá-lo.

A pistola criada por Luger se tornaria uma das armas mais icônicas já feitas, conhecida por sua precisão e excelente acabamento. Foi usada em ambas as guerras mundiais pelos militares alemães, além de ser adotado por outras nações. E, claro, as armas eram muito populares no mercado civil. A primeira adoção militar foi pela Suíça em 1900 – é notável o quão boa a Luger era por ser um projeto tão antigo. Essas primeiras armas foram calibradas para o cartucho de 7,65mm Luger, mas a Luger logo também as calibraria para o cartucho de 9mm Luger, que foi desenvolvido para a pistola e se tornou comum hoje.

Desenho da pistola Luger.

A Luger é incomum mecanicamente, usando um recuo curto e ação de alternância para travar a culatra. O alternador é composto por três elos que formam uma barra plana rígida quando travados, contendo assim a energia do cartucho, o que era significativo para a época. Ao disparar, todo o cano e conjunto de alavanca recuam para trás cerca de um quarto de polegada, empurrando os botões de alavanca em uma superfície inclinada que abre o conjunto de alavanca rígido, permitindo que ele dobre como uma junta de joelho para ejetar o estojo vazio e carregar um novo cartucho.

O desenvolvimento da Luger envolveu surpreendentemente poucas mudanças mecânicas reais em comparação com outros projetos de pistola. Os dois modelos mecânicos são o padrão original de 1900 e o de 1906, que apresentava uma mola principal helicoidal no lugar da mola principal plana anterior, um extrator aprimorado e botões de alternância de textura plana. As outras mudanças nas armas envolviam opções de clientes, como a presença ou ausência de uma alça de ombro na coronha e empunhadura de segurança, o comprimento do cano e a direção do movimento da segurança manual. A capacidade do carregador era de oito tiros, com exceção do "tambor de caracol" de 32 tiros adotado na Primeira Guerra Mundial para o modelo de artilharia alemão de cano longo. A Luger acabou sendo substituída como uma pistola militar, não por causa de nenhuma deficiência como arma, mas simplesmente por causa de seu alto custo de fabricação.

Desmontagem


Nota: Embora se deva sempre confirmar que uma arma de fogo está descarregada antes da desmontagem, isso é particularmente importante com a Luger. Se um cartucho for deixado na câmara, é possível descarregar com o conjunto superior completamente removido da estrutura, porque todo o mecanismo de disparo está contido no conjunto superior da Luger. Essas instruções de desmontagem se aplicam a todos os modelos de padrões Luger 1900 e 1906, militares e comerciais.

Remova o carregador e puxe os botões no elo de alternância (13) para cima e para trás para abrir a câmara e confirme que a pistola está completamente descarregada.

Segurando o lado esquerdo da pistola, levante a placa lateral do gatilho (35) para cima e para fora da armação (25) (Fig. 2). Deslize o conjunto do cano para a frente da estrutura, garantindo que o gancho traseiro do guia da mola principal (32) não enganche em nada (Fig. 3).


Pressione o eixo do receptor (5) da direita para a esquerda (é flangeado e sairá em apenas uma direção) (Fig. 4) e deslize o conjunto do registro da parte traseira do receptor (às vezes chamado de extensão do cano) ( 3). Observe que a mola do percussor (23) ainda colocará alguma tensão nas peças de alternância neste momento.

Para remover o percussor (22) e sua mola, use uma chave de fenda para pressionar a guia da mola (24) na parte traseira do bloco da culatra (17) ligeiramente e depois gire-o 90 graus no sentido anti-horário (Fig. 5). Ele sairá sob pressão da mola, por isso tenha cuidado.

Remontagem

Visão explodida da Luger.

Substitua o percussor, a mola do percussor e a guia de mola do percussor no ferrolho, pressione e gire o conjunto 90 graus no sentido horário para travá-lo no lugar (exatamente o inverso do processo de remoção).

Deslize o conjunto de alternância para o receptor. Pressione a barra de gatilho (7) no lado esquerdo da extensão do cano para dentro para permitir que a alternância se mova totalmente para a frente sem tencionar a mola do percussor. Reinsira o eixo do receptor da esquerda para a direita.

Deslize o conjunto do cano na estrutura da frente, garantindo que o gancho da mola principal na parte traseira permaneça para cima para evitar enganchá-lo em qualquer coisa (feito com mais facilidade tendo a pistola de cabeça para baixo para esta etapa).

Quando o conjunto do cano estiver na metade da armação, verifique se o gancho da mola principal cai no seu recesso na armação.

Coloque a placa lateral do gatilho na posição na armação e pressione o conjunto do cano para trás contra a pressão da mola principal.

Enquanto o cano estiver sendo mantido para trás, pressione a frente da placa lateral do gatilho contra a armação e gire a alavanca de desmontagem no sentido anti-horário 90 graus.


Vídeo recomendado:


Bibliografia recomendada:

The Luger,
Neil Grant.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

FOTO: Soldados da Alemanha Oriental com máscaras de gás


Em um exemplo da estética da República Democrática Alemã (RDA), estes soldados do Exército Nacional Popular (Nationale Volksarmee, NVA) estão usando sobretudo com o exótico capacete M35 e a máscara de gás M10M.

As armas são projetos russos fabricados sob licença, pois o Pacto de Varsóvia era padronizado segundo os ditados de Moscou. A pistola Makarov era conhecida em serviço alemão Pistole-M e o fuzil AK como MPi-K (Maschinenpistole Kalashnikov).



Bibliografia recomendado:

Two Armies and one Fatherland:
Jörg Schönbohm.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

SIG SAUER P-320. Do mercado civil, para as fileiras do Exército dos Estados Unidos.

Sig P-320

FICHA TÉCNICA
Calibre: 9x19 mm, 40 S&W, 357 SIG e 45 ACP.
Peso: 833 gr (M-17); 1,2 kg (P320 XFIVE LEGION); 717 gr (P-320 XCOMPACT).
Capacidade: P-320 full size: 17+1 em 9 mm, P-320 Compact: 15+1 em 9 mm; 13+1 em 357 SIG; 13+1 em 40 S&W e 9+1 em 45 ACP. 
Comprimento do cano: P-320 full size: 4,7 polegadas; P-320 Compact: 3,9 Polegadas.
Comprimento total: P-320 Full Size: 20,8 cm (a versão M-17 tem 20,3 cm); P-320 Xfive: 21,6 cm; P-320 Xcompact: 17,8 cm; P-320 Nitron Compact e M-18: 18,3 cm.
Gatilho: Striker-fired (percursor lançado)
Sistema de operação: Recuo curto.
Mira: Diversos, dependendo do modelo podendo ser  Dawson Precision com regulagem horizontal e vertical, Siglite, ou ROMEO1PRO/ XRAY3 reflex red dot.

DESCRIÇÃO
Por John Ironhead.
A pistola P-320 projetada e fabricada pela empresa alemã SIG Sauer visando atender o mercado civil e policial, notadamente o insaciável mercado norte americano com um pistola em calibre 9 mm que tivesse como diferencial um nível de modularidade inédito é a enfocada deste artigo..
A concorrência das inúmeras fabricantes de armas de fogo do mundo e, principalmente, as que atuam em solo norte americano, já produziram algumas ótimas pistolas que já apresentavam algumas soluções modulares visando se adequar a cada atirador a fim de conseguir uma melhor ergonomia da empunhadura com a substituição das placas da parte posterior delas (também chamadas de back straps),  ou ainda, a possibilidade de rápida substituição da alça da mira por um sistema de red dot através da remoção de uma pequena placa acima do ferrolho, são recursos que foram superados pela solução criada pela SIG Sauer neste projeto.
A P-250, modelo da SIG já descontinuado, foi a base do projeto da P-320. Além de diferenças estéticas no desenho do ferrolho há, também, diferença no sistema de gatilho que opera com o sistema DAO (Double Action Only) ou "somente dupla ação".
A primeira aparição da P-320 para o mercado ocorreu em 2014 e embora fosse um lançamento da SIG Sauer, famosa pela qualidade superior de seus produtos, assim como o preço, algo mais salgado que a média, a moderna P-320 não tinha esse valor maior, estando seu custo na faixa do que se encontrava em pistolas das marcas Beretta e Glock. O projeto foi baseado no modelo compacto P-250, modelo lançado em 2004, já com a solução do mecanismo de gatilho, na verdade, um modulo completo do mecanismo que o usuário de arma pode remover e inserir dentro de diversos modelos de armação, esta em polímero, como a grande tendência mundial de armas curtas semi automáticas. O numero de série da arma se encontra nesse modulo, de forma que a substituição das armações, ferrolho, e canos não causam problemas para efeito desse controle.
A P-320 básica em sua armação em tamanho full é adequada para uso em combate e em situações onde não seja necessário o porte velado. Para transformar esta arma em um modelo compacto, basta trocar o conjunto de armação, cano e mola (devido a comprimentos diferentes) e inserir o módulo de gatilho para que se tenha uma arma compacta e adequada ao porte velado.

A P-320 possui 12 versões disponibilizadas pelo fabricante em diversos calibres como o 9 mm (principal), 40 S&W, 45 ACP e no potente 357 SIG, o que mostra a grande flexibilidade de emprego e de modularidade (todas as versões podem ser convertidas em qualquer uma dessas 12 variações). É interessante notar ainda, que algumas versões iniciais deste modelo foram descontinuados deixando apenas os 12 modelos atuais que representam o atual estágio de desenvolvimento de um projeto que ainda não parou de agregar melhorias. Por isso é certo que mais versões serão incorporadas ao mercado nos próximos anos.
Atualmente, pelo menos 15 departamentos de policia norte americanos foram equipados com a pistola P-320. na foto podemos ver uma P-320 Compact.
O sistema de funcionamento da P-320 é o de recuo curto com o trancamento do ferrolho no cano da arma (ou culatra - Locked-breech) como muitas outras pistolas bem sucedidas no mercado (a M1911 por exemplo, já há mais de 100 anos sendo uma referencia de confiabilidade nesse sistema).  No momento do disparo, o cano da arma recua levemente, junto com o ferrolho e inicia um movimento giratório limitado baixando a culatra e deixando a entrada da câmara em uma posição mais próxima ao carregador. Nesse momento, o cano para de recuar, e o ferrolho continua para completar o ciclo de alimentação e de armação do percursor. E falando em percursor, o funcionamento do gatilho é o de ação hibrida ou striker, que é o sistema onde o percursor fica tensionado a 1/3 aproximadamente, de seu curso, de for forma a facilitar a conclusão de sua ação ao se puxar o gatilho para que ele complete o movimento de armar e soltar para que "bata" na espoleta da munição iniciando seu disparo. As famosas pistolas da Glock com seu sistema  "safe action", opera com o percursor lançado.
A tecla de liberação do ferrolho é ambidestra, porém, as teclas de desmontagem e de liberação do carregador não o são, podendo, ai, se o operador quiser, ser instalada para o lado oposto da arma.
Observem nessa foto o módulo do gatilho (em prateado). O numero de séria da P-320 está inscrito nessa peça pois ela pode ser acomodada em todos os tipos de empunhadura e ferrolhos da família P-320.
Por ser um projeto que contemplo muitas variantes, o sistema de miras varia de versão para versão, sendo que a básica é um sistema de alça fixa e massa com esquema de três pontos de alto contraste. Há  versões com a alça ajustável como a P-320 Xfive Legion, versão direcionada para o tiro esportivo, e também, com miras holográficas red dot ROMEO1 PRO Reflex, ótimas para uso em combate, principalmente em ambiente confinado (CQB)
As versões da P-320 com a nomenclatura "RXP" da linha P-320 já vem de fábrica para a rápida e fácil instalação de miras red dot . A Sig Sauer fornece um modelo próprio de mira red dot chamada Romeo 1 pro Reflex, como na foto acima.
O Exército dos Estados Unidos adquiriu uma variante da Sig P-320 através do programa MHS (Modular Handgun System) que visou substituir as pistolas Beretta M-9  como arma de porte padrão no mesmo calibre, o 9 mm Parabellum, naquela força. Depois de uma concorrência forte com candidatos muito competentes como Glock, CZ, FN Herstal Smith & Wesson, Beretta e outros, a Sig Sauer conseguiu levar o contrato com uma versão modificada de sua P-320 que passou a ser chamada de M-17 na versão de tamanho full e M-18 na versão compacta. Os requisitos para uma pistola de alta modularidade, pareciam ter sido escritos sob medida para a P-320.
Militares do Exército dos Estados Unidos treinam com a P-320. O modelo tomou o lugar das consagradas Beretta M-9, depois de mais de 30 anos servindo no mais poderoso exército do planeta.
Como muitos que acompanham o universo das armas de fogo sabem, a Sig Sauer é uma empresa cuja qualidade de seus produtos já é consagrada. Porém, mesmo assim, a P-320 apresentava uma grave falha nos primeiros lotes fornecidos ao mercado civil. A arma tinha um elevado risco de disparar acidentalmente em caso de quedas em que a parte posterior ferrolho impactasse o solo em um angulo de aproximadamente 30º. Como esta pane se tornou bastante comentada gerando um estresse sobre a imagem da empresa, a solução veio relativamente rápido e um recall foi efetuado para modificar o modulo de gatilho e esta mudança passou a ser implementada na linha de produção eliminando o problema em definitivo.
A P-320 M-17 é a versão em tamanho full do Exército dos Estados Unidos Notem o carregador alongado que acrescenta mais 4 tiros na capacidade da pistola, levando a capacidade total de 21 tiros!





terça-feira, 13 de novembro de 2018

RUGER AMERICAN. Uma pistola de projeto americano, e com qualidade europeia.

FICHA TÉCNICA
Calibre: 9X19 mm e 45 ACP
Peso: 850 gr (Descarregada).
Capacidade: 17+1 em 9 mm, 12+1 em 45 ACP
Comprimento do cano: 4,20 polegadas (9 mm); 4,50 Polegadas (45ACP).
Comprimento total: 19,05 cm (9 mm); 20 cm (45ACP).
Gatilho: Striker-fired (percursor lançado)
Sistema de operação: Recuo curto.
Mira: Novak® LoMount Carry 3 pontos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

SIG SAUER P-226. Uma das referências em qualidade no mundo das armas de fogo.

FICHA TÉCNICA
Calibre: 9 mm, 357 SIG e 40 S&W.
Peso: 964 gr (Descarregada).
Capacidade: 15+1 em 9 mm, 12+1 em 357 SIG e 40 S&W.
Comprimento do cano: 4,4 polegadas.
Comprimento total: 19,6 cm.
Gatilho: Ação dupla/ ação simples.
Sistema de operação: Colt- Browning modificado.
Mira: Alça ajustável horizontalmente e massa fixa com sistema tridot.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
A marca "SIG SAUER" já foi foco de um artigo neste blog onde elenquei um pouco da história e o portfólio de pistolas que esta excelente industria de armas produz. Porém, é claro, alguns produtos, em especial, merecem uma descrição mais detalhada, dado a sua importância dentro do segmento de armas de fogo. Muitos modelos desta marca vão aparecer descritos no futuro, no Full Metal Jacket Blog, porém, o primeiro que considerei enfocar é o modelo P-226, considerada como uma das  "Wonder Nines", no concorridíssimo mercado estadunidense.
A história da P-226 começa em 1982 quando as forças armadas dos Estados Unidos emitiram um requerimento para uma nova pistola que viesse a substituir suas famosas pistolas calibre 45 do modelo Colt M-1911 nos serviços militares dos Estados Unidos. Muitas empresas famosas participaram desta concorrência, entre elas a Beretta, Colt, Heckler & Koch, Walter, FN Herstal, entre outras. A Sig Sauer usou como base de sua proposta, o famoso e consagrado modelo P220, calibre 45 ACP, e modificou o projeto para calçar o 9 mm Parabellum, adotando um carregador bifilar de 15 munições para cumprir o requisito de alta capacidade, o que aumentou um pouco a espessura da empunhadura.
As duas únicas empresas cujas pistolas passaram nos rigorosos testes foram a Sig Sauer P-226, e a Beretta M-92, já descrita nesse blog, e que, acabou vencendo essa concorrência. Tanto a Beretta quanto a Sig Sauer tinha a mesma eficiência, porém a SIG pecou em um item que ela sempre erra. O preço. As pistolas da marca são caras e essa característica já estigmatizou os produtos da empresa.
Acima: Este exemplar da foto é o primeiro modelo da P-226, lançada em 1982. Depois de mais de 30 anos, o modelo recebeu melhorias o que mudou seu desenho original.
Originalmente, a P-226 tinha a armação produzida em liga de alumínio e o ferrolho em aço inoxidável (mesmo a de acabamento preto, o material é aço inoxidável), porém, hoje existem muitas versões desta arma, e um acabamento mais robusto, chamado de Nitron, que fornece mais resistência a ferrugem e ao desgaste do uso intenso da arma.
O sistema de funcionamento é o Browning -Colt, onde o ferrolho tranca no cano e este, tem um movimento pivotante, onde, depois do disparo, quando o ferrolho recua, o cano inclina-se baixando a entrada da câmara, facilitando a entrada de uma nova munição, e quando o ferrolho volta a sua posição inicial, ele trava no bloco da câmara do cano. A maioria das pistolas modernas atuais, em calibres como o 9 mm, .40 e o 45 ACP usam este sistema ou uma variação dele. O gatilho, por sua vez, funciona no sistema de ação dupla que permite maior praticidade para operar a pistola com uma munição na câmara e com o martelo (ou cão) em posição desarmado, bastando apenas pressionar o gatilho para ocorrer o primeiro disparo, sendo que os disparos subsequentes serão todos em ação simples.
Acima: A desmontagem da P-226 se dá de forma extremamente simples, facilitando a limpeza de primeiro escalão da arma.
A P-226 possui algumas peculiaridades das teclas de operações. Na absoluta maioria das pistolas que possuem decocker (função de desarmar o cão), este recurso usa a mesma tecla de trava do ferrolho para operar esta função. Um exemplo é sua concorrente, a Beretta M-92, que basta baixar a tecla de trava do ferrolho para desarmar o cão. Na P-226,  não há a tecla de trava do ferrolho. Assim, a pequena tecla na lateral do chassi, próximo ao cão é, na verdade, o liberador do ferrolho (normalmente essa tecla fica a frente, na mesma posição do gatilho,aproximadamente). A tecla logo a frente, é o desarmador do cão (decocker).  É interessante observar que as teclas não são ambidestras e se localizam apenas do lado esquerdo da armação. E falando em armação, as P-226 passou a ter um trilho para acessórios na armação a frente do guarda mato, o que facilita muito a instalação de lanternas e apontadores laser.
Acima: Diferentemente da absoluta maioria das pistolas moderna, a P-226 n]ao possui uma tecla de trava do ferrolho, e a posição da tecla liberadora do ferrolho fica posicionada  acima da empunhadura, o que facilita sua operação com apenas uma mão.
A P-226 é fabricada nos calibres 9 mm Parabelum com carregador para 15 munições, 40 S&W, com carregador de 12 munições, e o potente 357 SIG com carregador de 12 munições também. A P-226 em 9 mm é mais usada por organizações militares e no mercado civil dos países onde a democracia funciona de verdade. O calibre 40 é mais usado por departamentos de polícia devido a seu bom poder de parada. A munição 357 SIG, por ser mais recente, tem seu preço maior além de não ser ainda muito difundido, porém, devido ao excelente desempenho balístico, esta munição deve se tornar mais comum no futuro. O cano da P-226 tem comprimento de 4,4 polegadas, sendo pouco menor que o comprimento da Colt M1911 cujo cano tem 5 polegadas. Mesmo assim, a P-226 é considerada uma pistola de tamanho "full" ou padrão, para ser empregada de forma ostensiva. Suas dimensões não permitem que ela seja portada de forma dissimulada com muito sucesso. Afinal trata-se de uma arma relativamente espessa.
A alça da mira permite regulagem horizontal e o conjunto de alça e massa possui 3 pontos brancos (sistema tri-dot) que facilita o rápido enquadramento da mira ou a visada rápida.
Acima: A confiabilidade da P-226 é tão alta quanto da Beretta M-92, a colocando como um dos ícones do mundo das armas de fogo.
A Sig Sauer produz muitas versões de sua P-226, como a versão Combat, que vem com a rosca de fábrica para supressor de ruídos (os famosos silenciadores), em acabamento saia e blusa, com a armação cor deserto e o ferrolho em Nitron preto fosco; a MK-25 que é o modelo adotado como padrão do SEALs , tropa de elite da marinha norte americana, onde o modelo apresenta tratamento interno anti corrosão; P-226 Legion, com acabamento PVD cinza cujo acabamento é, também, mais resistente que o de uma oxidação comum. P-226 Elite, que tem o beaver tail aumentado, garantindo uma maior segurança para as mãos do operador que poderia receber uma "mordida" do ferrolho no momento do disparo, além de placa de madeira na empunhadura, que dá uma aparência mais "nobre" ao armamento.
Como muitos dos leitores deste blog sabem, no mundo das armas de fogo, o produto que apresenta alta qualidade e confiabilidade possui uma vida operacional sem prazo para acabar, a exemplo do velho projeto de John Moses Browning, a Colt M 1911, fabricada e usada por forças militares até hoje, mesmo depois de ter sido substituída como arma de porte da infantaria norte americana. A P-226 da SIG, cujo projeto já tem 34 anos já, deverá se manter em produção por muitas décadas. Além de uma pistola confiável e bastante precisa, ela se tornou um item de colecionismo para os amantes de armas de fogo. Seu custo porém, na casa dos U$ 1000,00, em território norte americano, em suas versão mais simples, se mostra caro para o segmento.
Acima: O grupo de operações especiais da marinha dos Estados Unidos SEALs usam uma versão da P-226 projetada especificamente para eles designada MK-25. cuja marca externa é a ancora desenhada ao lado no nome da arma no ferrolho.




Acima: As P-226 atuais tem uma empunhadura com a ergonomia aperfeiçoada para uma pega mais confortável e firme.

VÍDEO


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terça-feira, 2 de agosto de 2016

MAGNUM RESEARCH/ IMI DESERT EAGLE. A Queridinha de Hollywood.

FICHA TÉCNICA
Calibre: 357 Magnum; 41 Magnum; 44 Magnum; 440 Cor-Bon e 50 AE
Peso: 1998,6. gr (Descarregada).
Capacidade: 9+1 em 357 Magnum; 8+1 em 41 Magnum e 44 Magnum; 7+1 em 440 Cor Bon.
Comprimento do cano: 6 polegadas.
Comprimento total: 27,30 cm.
Gatilho: ação simples.
Sistema de operação: Aproveitamento de gases com ferrolho rotativo.
Mira: Alça e massa fixa. Possibilidade de substituição por alça ajustável e miras ópticas.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
Uma das mais populares armas de fogo nas telas dos cinemas que passam filmes "hollywoodianos" é a "encorpada" pistola Desert Eagle. Equivocadamente tratada como um projeto israelense, poucos sabem que a verdadeira origem dessa poderosa e eficiente pistola teve início nas terras do Tio Sam.
A empresa norte americana Magnum Research começou a projetar uma pistola que fizesse uso do sistema de operação de aproveitamento dos gases do disparo e com trancamento rotativo do ferrolho. Ou seja, estavam atrás de uma arma curta que fazia uso de um sistema comum em fuzis de assalto, mas que era inédito em uma arma curta. A ideia de inovação não parava apenas no sistema de operação. Na verdade o que norteou a escolha desse sistema foi o de adaptar uma pistola para usar grandes calibres de revolveres, como o excelente 357 Magnum, uma das mais eficientes munições no mundo para uso em defesa. O estojo das munições de revolveres não são adequadas para uso em pistolas devido a sua forma de sua base que dificulta a extração do cartucho deflagrado. Com o projeto sendo iniciado em 1979 e chegando a um protótipo batizado de Eagle 357, que apresentava algumas falhas em 1981, a Magnum Research contratou a competente IMI (Israel Military Industries) para aperfeiçoar este projeto, e que acabou por dividir a "paternidade" deste muito bem sucedido projeto.
Acima: Existem poucas fotos da pistola Eagle 357 que levou ao desenvolvimento da Desert Eagle. esta acima é uma destas raras imagens.
A partir dessa parceria, a IMI desenvolveu o projeto  norte americano da, então Eagle 357, e produziu uma pistola totalmente funcional, eficiente que foi batizada de Desert Eagle. Uma das características marcantes no design da Desert Eagle  o formato triangular que a parte frontal do cano da arma apresenta. Justamente nessa parte, embaixo, é onde está localizado o furo na alma do cano que faz a captação dos gases do disparo que movem o ferrolho, destravando-o e permitindo que a ejeção do cartucho deflagrado ocorra, e a alimentação de uma mova munição na câmara seja concluído, deixando a pistola pronta para um novo disparo. Inicialmente, a Desert Eagle estava disponível apenas em 357 Magnum e no 44 Magnum, mas seu desenvolvimento continuou e a arma também acabou sendo fabricada no pouco conhecido calibre 41 Magnum. Porém, a incorporação do mais potente calibre para a Desert Eagle ocorreu em 1996 com a adoção do potentíssimo calibre 50 AE (Action Express Magnum). Este sim, uma ignorância de calibre e que representa um dos mais potentes calibres para uma arma curta já produzidos. Porém, dado a sua potência absurda, e seu elevado recuo, trata-se de uma arma mais adequada para defensa contra animais de grande porte como ursos ou para tiro a silhueta metálica.

Acima: A Desert Eagle MK I, a primeira versão da grande pistola, em calibre que normalmente usado em revolveres, chama a atenção pelo seu aspecto robusto.
Por usar munições maiores, a empunhadura da Desert Eagle não é, exatamente, a melhor do mundo em termos ergonômicos, justamente por precisar ser grande para comportar tais munições. Pessoas com mão grandes podem se sentir confortável com ela, mas pessoas com mãos de dimensões normais ou pequenas tem dificuldade de manter uma boa empunhadura. Suas dimensões avantajadas também impossibilitam um porte velado ou confortável, pois é uma arma com quase 30 cm de comprimento e quase 2 kg de peso. Os carregadores, de todas as versões são sempre monofilares, sendo que o calibre 357 Magnum é o que permite maior quantidade de munição; 9 tiros, enquanto os calibre 44 Magnum permite 8 tiros, e o potentíssimo 50 AE, apenas 7 tiros.
A tecla de segurança fica acima da parte posterior do pesado ferrolho da pistola e é ambidestra. A alça da mira é fixa, mas pode ser substituída por sistemas reguláveis, e mesmo, lunetas ou dispositivos reflex podem ser integrados a Desert Eagle.
O sistema de gatilho é o de ação simples, ou seja, o ferrolho precisará ser manuseado antes do primeiro disparo, como em uma clássica M-1911.
Acima: Nesta foto temos uma Desert Eagle e sua munição calibre .50 AE. Notem o tamanho da munição exposta no carregador e a grande abertura que o ferrolho tem para poder ejetar o estojo da munição deflagrada.
Por ser uma arma grande, com recuo relativamente pronunciado, principalmente nos calibres mais potentes como o 44 Magnum e no "ignorante" 50AE, a Desert Eagle não se presta adequadamente para uma pistola de uso tático, embora forças militares de Israel e Portugal operam algumas unidades destas grandes pistolas mas usando munição 357 Magnum. Além das munições citadas no texto, a Desert Eagle teve algumas unidades produzidas no desconhecido, porém, igualmente potente calibre 400 Cor-Bon que é, na verdade uma adaptação do estojo de uma munição 50AE, cujo "pescoço" é diminuído deixando a munição com o mesmo aspecto de "garrafinha" que uma munição de fuzil tem, para poder inserir um projétil calibre 44 nele. Assim, o projétil é impulsionado a velocidades 20 a 25% maiores que a do projétil 50 AE gerando um efeito desastroso para o alvo.
Acima: Nesta cena do filme Matrix, o vilão da história, o agente Smith empunha sua Desert Eagle. Como fica claro na imagem trata-se de uma arma de dimensões exageradas que na pratica não são indicadas para uso tático/ militar. O pessoal de Hollywood gosta de expor esta pistola pelo impacto visual que ele causa.
Acima: O sistema de trancamento rotativo do ferrolho da Desert eagle, mostrado nessa foto, é uma característica incomum em uma pistola.
Com seu projeto sendo iniciado no fim da década de 70, era de se esperar que a Deserte eagle tivesse versões sendo lançadas com aperfeiçoamentos em relação aos mdoelos anteriores. assim, as Desert Eagles foram fabricadas na versão MK I, versão inicial; MK VII, a partir de 1989; MK XIX que possuem trilhos padrão picatinny acima do cano e abaixo da armação da pistola e as novas pistolas Desert Eagle L5 (cano de 5 polegadas e com compensador de recuo de fábrica) e sua versão L-6 que tem as dimensões normais da Desert Eagle (6 polegadas de cano), também com compensador de recuo tipo Mag-na-Port) e uma nova empunhadura mais ergonômica..
A Desert Eagle permanece em produção pela empresa norte americana Magnum Research e é vendida, principalmente no mercado dos Estados Unidos a preços relativamente altos (U$ 1500,00 a U$ 2500,00). Essa pistola tem sido mais usada para fins recreativos e para defesa contra grandes predadores como ursos, onde a munição 44 Magnum e a 50 AE são particularmente eficazes. As Desert Eagles  que são fabricadas atualmente usam munição 357 Magnum, 44 Magnum e 50 AE, sendo que os outros calibres citados neste texto deixaram de ser produzidos e só são encontrados no mercado de colecionismo.
Acima: A Desert Eagle pode receber diversos tipos de miras. Nessa foto , podemos ver uma mita óptica que ajuda muito na modalidade de caça com armas curtas, que é uma das modalidades das quais uma Desert Eagle se adequá perfeitamente.
Acima: A ultima versão da Desert Eagle é a L-5, com cano reduzido para 5 polegadas e com um compensador de recuo tipo Mag-na-Port, que direcionam os gases da queima da pólvora para cima, forçando o cano para baixo. 
Acima: Uma Desert Eagle L6 com acabamento "saia e blusa" e com a nova empunhadura muito mais ergonômica. Belíssima arma!

Acima: Modelo Desert Eagle MK XIX, com acabamento por fosfatização dando um aspecto grosseiro, mais "militar" à pistola.

Acima: A "quase compacta" Desert eagle L-5, em calibre 357 Magnum.

Acima: Aqui temos a mais popular versão da Desert Eagle, a MK VII, muito vista em filmes de ação.



ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM A DESERT EAGLE CALIBRE 50 AE.


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domingo, 13 de dezembro de 2015

BERETTA 92. Clássico design italiano


FICHA TÉCNICA
Calibre: 9X19 mm, .40 S&W (Beretta 96)
Peso: 975 gr (Descarregada).
Capacidade: 15+1 em 9 mm, 10+1 em .40 S&W (Beretta 96).
Comprimento do cano: 4,9 polegadas.
Comprimento total: 21,7 cm.
Gatilho: Ação dupla/ ação simples.
Sistema de operação: Recuo curto do cano
Mira: Alça ajustável e massa fixa com sistema tridot.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O universo das armas de fogo é caracterizado por não haver uma evolução tão acentuada na tecnologia de funcionamento mecânico das armas. Basicamente o que temos são aperfeiçoamentos técnicos de tecnologias que já são usadas a muitas décadas e algumas até de um século. Já tratei aqui de uma arma que se encaixava dentro dessa condição. A pistola Colt M-45A1, a mais moderna derivada da velha guerreira M-1911 projeta pelo gênio John Moses Browning que acabou de ser adotada pelo corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos (US Marine Corps). Uma arma cujo sistema de funcionamento, independentemente de ter recebido aprimoramentos, é um mecanismo de mais de 100 anos! O que importa é que a a arma opera de forma que se aproxima da perfeição. Não há nada que seja absolutamente superior a ela que justifique alegar sua obsolescência. Por isso, mais uma vez, vou tratar de uma arma cujo projeto também remonta de muitas décadas atrás, mas que suas qualidades relacionadas e extrema confiabilidade, ótima precisão, e bom sistema de segurança, a tornam ainda uma  escolha natural por muitas forças armadas e policiais do mundo todo. A pistola Beretta 92, é um dos mais conhecidos produtos da Itália. Sua fama vem de vários elementos, dentre eles, seu desenho diferenciado com a maior parte do cano exposta sobre o ferrolho, sua ótima confiabilidade, precisão e um belíssimo acabamento.
Acima: A antiga pistola Beretta M-1951 foi a base do projeto das bem sucedida Beretta 92. Seu sistema de operação em ação simples representa uma das diferenças mais marcantes entre as duas armas.
A Beretta 92 descende diretamente do modelo M-1951, mas com aperfeiçoamentos em seu sistema de segurança e funcionamento que levou a um dos maiores sucessos comerciais do universo das armas de fogo. Sua produção se iniciou em 1976 e o Brasil foi a primeira força armada a adotar o modelo já em 1977. Uma das grandes diferenças da Beretta 92 em relação ao modelo 1951 é o sistema de ação dupla de seu gatilho que permite maior praticidade para operar a pistola com uma munição na câmara e com o martelo (ou cão) em posição desarmado, bastando apenas pressionar o gatilho para ocorrer o primeiro disparo, sendo que os disparos subsequentes serão todos em ação simples. Seu sistema de trancamento do ferrolho na culatra é similar ao encontrado na pistola alemã Walther P-38, usada pelos nazistas na segunda guerra mundial.
Acima: Esta rara foto mostra como era a primeira Beretta 92. A tecla liberadora do carregador ficava na parte baixa da empunhadura obrigando o uso das duas mãos para operar a troca de carregadores. 
A Beretta 92 foi projetada para calçar munição 9X19 mm, mais conhecida como calibre 9 mm Parabellum, uma popular munição no ocidente usado pela absoluta maioria das forças militares do mundo e por muitas forças policiais dado a sua grande flexibilidade de uso e tipos de projéteis que garante alto poder de transfixação (desejável em situações de batalha) e ainda, bom, poder de parada (com projéteis expansivos e carga +P). Seu carregador é do tipo bifilar e comporta 15 munições, totalizando 16 tiros quando consideramos uma munição já na câmara da arma.
Com um cano de 4,9 polegadas, a Beretta 92 é uma arma em tamanho full, ou seja, não é projetada para porte velado e sim para porte ostensivo, a mostra.  É uma arma projetada para a guerra e por isso não tem certos "cuidados" que vemos em outros modelos modernos. Sua empunhadura é relativamente volumosa o que pode ser desconfortável para usuários com mãos pequenas, mas mesmo assim, para quem tem uma mão media ou grande, pode sentir uma boa ergonomia.



Acima: A Beretta 92S teve a tecla de segurança posicionada na parte mais alta do ferrolho e só de um lado da pistola. Era uma pequena modificação frente ao modelo original doa modelo 92.
A Beretta 92 é uma pistola de reputação inabalável em relação a sua confiabilidade. Afinal, em 1985, ela passou por uma concorrência para substituir a venerável pistola Colt M-1911 no mais poderoso exército do mundo, o Exército dos Estados Unidos (US Army) onde, em teste, disparou nada menos que 17500 tiros com uma falha registrada. Este dado é simplesmente espetacular mesmo para os dias atuais. O modelo adotado pelo US Army foi batizado de Beretta M-9 e trás algumas modificações em relação as" Berettas civis" como o tratamento no interior do cano (alma) com cromo duro para maior durabilidade desta peça critica, além de inserido uma pequena curvatura a frente da empunhadura para melhorar a ergonomia no momento da visada.
É interessante observar que a Beretta é fabricada com chassis em liga de alumino, o que, por um lado deixa ela mais leve, e por outro, ela é um pouco menos resistente que armas fabricadas em aço.
Acima: A Beretta 92F  foi usada nos testes para o US Army. No teste foram disparados 17500 tiros com uma única ocorrência de falha. Este desempenho é digno de uma das mais confiáveis armas curtas semi automáticas da história.
A Beretta manteve o desenvolvimento do projeto do modelo 92 até hoje tendo fabricado muitas variantes desta ótima pistola de combate. Os modelos de maior destaque são o 92S,  com trava de segurança e desarmador do cão de um lado; 92SB apresenta a trava de segurança e desarmador do cão dos dois lados da arma (ambidestra); 92F teve a empunhadura modificada com uma pequena curva na parte da frente o que melhora a ergonomia (que acabou sendo aproveitado no modelo M-9 do US Army); 92FS, com cão de dimensões aumentadas, tratamento anti corrosão superior, cano com sua alma tratada com cromo duro para maior durabilidade; 92A1 que se trata da versão FS com trilho para acessórios na armação. A Beretta produziu uma variante em calibre .40 chamada Beretta 96 que tem, praticamente, as mesmas dimensões da modelo 92 mas com capacidade reduzida para 11 tiros dado as maiores dimensões. Existem ainda, versões compactas como a Beretta 92FS-C, com cano de 4,29 polegadas e capacidade de 13 tiros.

Acima: O modelo Beretta 92FS trás as principais melhorias mecânicas baseada na experiencia da concorrência para a pistola M-9 do US Army. 
A Beretta apresentou a ultima versão militar do modelo 92, batizada de M-9A3 com o objetivo de se manter como fornecedora do US Army por muitos mais anos ainda. O modelo M-9A3 apresenta uma empunhadura mais reta, seguindo uma recente variante conhecida como Vertec da modelo 92 que traz um angulo que permite empunhar a pistola de uma forma mais natural como se estivesse apontando o dedo indicador para o alvo e que agrega maior facilidade para disparos instintivos, com pouco visada. O cano já vem com uma rosca de fábrica para incorporação de supressores de ruído, os famosos silenciadores. O botão de liberação do carregador foi colocado dos dois lados e em um tamanho maior para facilitar seu acionamento, mesmo em situação de combate quando a adrenalina  a mil por hora dificulta que as coisas sejam feitas de forma correta. O acabamento da arma, é de material hiper resistente e tem uma cor de areia no estilo "deserto" sem brilho. Porém, esse modelo não foi adotado ainda pela aquela força armada. Dado a natural tendência do mercado de armas em manter o consumo de produtos de alta qualidade e de funcionamento altamente confiável, é claro que continuaremos a ver essas clássicas pistolas da Beretta por muitas décadas ainda, mesmo com uma concorrência cheia de modelos mais modernos.
Acima: O modelo M-91A1 trouxe a primeira variante da Beretta com trilho para acessórios na armação.

Acima: A ultima e mais avançada versão da Beretta é o modelo M-9A3 que foi oferecido para substituir as antigas M-9 no US Army. O modelo é comercializado para civis nos democrático mercado norte americano.

Acima: Uma das mais interessantes e desejáveis característica da Beretta 92 é a facilidade com que se pode executar a desmontagem de primeiro escalão para limpeza.

Acima: A compacta variante 92FS-C traz melhor portabilidade para o modelo.

Acima: Holywood usou por muitos anos em inúmeros filmes a Beretta 92. O franquia Duro de matar foi uma dos marcantes trabalhos cinematográficos onde nossa enfocada aparece.

ABAIXO UM VÍDEO COM A BERETTA 92.


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