Deixo aqui meu profundo agradecimento ao Claudio Queiroz, Ricardo Pereira e ao Alexandre Galante pela licença de publicar este magnífico trabalho no WARFARE blog.
FICHA TÉCNICA (Fuzil de Assalto IA-2)
Calibre: 5,56X45 mm e 7,62X51 mm.
Miras: Alça com regulagem lateral com 2 posições (150 e 250 metros); Massa regulável verticalmente. Miras ópticas e reflex podem ser integradas facilmente devido ao trilho picatinny.
Capacidader: 30 munições (5,56X45 mm), 20 munições (7,62X51 mm).
Cadência de tiro: 700 tiros/ min; (A carabina opera apenas em semi automática)
Peso vazio:
- IA-2 5,56: 3,38 kg;
- IA-2 7,62: 4,03 kg;
- IA-2 7,62 CQB: 3,76 kg.
Comprimento:
- IA-2 5,56: 85 cm;
- IA-2 7,62: 92 cm;
- IA-2 7,62 CQB: 80 cm.
Comprimento do cano:
- IA-2 5,56: 13,78 pol;
- IA-2 7,62: 15,35 pol;
- IA-2 7,62 CQB: 10,43 pol.
Sistema de operação:
- IA-2 5,56: Ferrolho rotativo de 7 ressaltos com tomada de gases;
- IA-2 7,62: Ferrolho com travamento basculante.
Miras: Alça com regulagem lateral com 2 posições (150 e 250 metros); Massa regulável verticalmente. Miras ópticas e reflex podem ser integradas facilmente devido ao trilho picatinny.
Capacidader: 30 munições (5,56X45 mm), 20 munições (7,62X51 mm).
Cadência de tiro: 700 tiros/ min; (A carabina opera apenas em semi automática)
Peso vazio:
- IA-2 5,56: 3,38 kg;
- IA-2 7,62: 4,03 kg;
- IA-2 7,62 CQB: 3,76 kg.
Comprimento:
- IA-2 5,56: 85 cm;
- IA-2 7,62: 92 cm;
- IA-2 7,62 CQB: 80 cm.
Comprimento do cano:
- IA-2 5,56: 13,78 pol;
- IA-2 7,62: 15,35 pol;
- IA-2 7,62 CQB: 10,43 pol.
Sistema de operação:
- IA-2 5,56: Ferrolho rotativo de 7 ressaltos com tomada de gases;
- IA-2 7,62: Ferrolho com travamento basculante.
Texto de Claudio Queiroz e fotos de Ricardo Pereira e Alexandre Galante.
No final de maio de 2014 uma equipe do Forças Terrestres/Forças de Defesa visitou a fábrica da Imbel em Itajubá-MG para conhecer de perto o novo Fuzil IA2 e trazer informações, fotos e impressões a respeito desta nova arma em primeira mão. A seguir, você pode ler um pouco do que vimos por lá. Uma matéria mais completa será publicada na próxima edição impressa da revista Forças de Defesa.
Desde 2009, tem chegado ao conhecimento do público o desenvolvimento de uma nova classe de fuzis 100% nacional produzida pela Imbel, que desde o princípio teve como foco trazer aos soldados brasileiros, sejam eles das Forças Armadas ou das Forças de Segurança Pública, um armamento que fosse o mais atual, prático, seguro e confiável.
Este armamento desenvolvido e aprimorado nos últimos anos foi chamado de IA2, mas não se trata apenas de um fuzil, na verdade é um sistema de armas em dois calibres, com dois modelos específicos de cada calibre.
O primeiro calibre desenvolvido foi justamente o onipresente 5.56X45mm NATO (nominal), em duas versões com comprimento de canos diferentes, porém posteriormente foi optado por um tamanho somente para as duas versões. O segundo calibre é o tradicional e potente 7.62X51mm NATO (nominal), também em duas versões e comprimentos de canos diferentes.
Importante destacar, que muito tem se falado a respeito deste sistema de armas, inclusive muitos mitos e informações erradas. Esta matéria vai desfazer as dúvidas e esclarecer as características do IA2.
Acima: Sistema de armas Imbel IA-2. A família reunida.
Desde 2009, tem chegado ao conhecimento do público o desenvolvimento de uma nova classe de fuzis 100% nacional produzida pela Imbel, que desde o princípio teve como foco trazer aos soldados brasileiros, sejam eles das Forças Armadas ou das Forças de Segurança Pública, um armamento que fosse o mais atual, prático, seguro e confiável.
Este armamento desenvolvido e aprimorado nos últimos anos foi chamado de IA2, mas não se trata apenas de um fuzil, na verdade é um sistema de armas em dois calibres, com dois modelos específicos de cada calibre.
O primeiro calibre desenvolvido foi justamente o onipresente 5.56X45mm NATO (nominal), em duas versões com comprimento de canos diferentes, porém posteriormente foi optado por um tamanho somente para as duas versões. O segundo calibre é o tradicional e potente 7.62X51mm NATO (nominal), também em duas versões e comprimentos de canos diferentes.
Importante destacar, que muito tem se falado a respeito deste sistema de armas, inclusive muitos mitos e informações erradas. Esta matéria vai desfazer as dúvidas e esclarecer as características do IA2.
Acima: Sistema de armas Imbel IA-2. A família reunida.
Primeiro integrante deste sistema de armas, o FZ Ass 5,56 IMBEL A2 foi um desenvolvimento posterior ao MD-97, que foi o primeiro fuzil com caixa de culatra em liga de alumínio e sistema de trancamento por ferrolho rotativo (menos de 28 graus) e engrazadores múltiplos (7 no total), que não foi um pedido do Exército, mas ganhou força com o interesse da Força Nacional de Segurança.
Anteriormente, nos inícios dos anos 1990, o Exército tinha solicitado que a Fábrica de Itajubá/Imbel desenvolvesse um FAL em calibre 5.56X45mm para atender às necessidades de uso pela Força quando em operação com forças amigas que faziam uso deste calibre menos potente. O pedido resultou na família IMBEL MD-2, que apesar de apresentar a mesma robustez e confiabilidade do M-964 em calibre 7.62X51mm, tinha por característica de concepção e fabricação um peso elevado para a classe de arma, inclusive sendo mais pesado que o original M-964. Este fato não é um demérito dos projetistas, já que a arma foi projetada em curtíssimo espaço de tempo.
O Fuzil IA2 5.56X45mm, partiu da base do MD-97 para a sua concepção, onde foram empregadas novas técnicas de projeto, desenvolvimento e produção. O projeto foi feito tendo como norma os ROB (Requisitos Operacionais Básicos) fornecidos pelo Exército Brasileiro para esta classe de armas. Posteriormente, depois de ter sido aprovado em testes, e com todo o ferramental pronto para a produção, o projeto foi alterado para atender aos ROC (Requisitos Operacionais Conjuntos) do Ministério da Defesa, que planejou a aquisição da mesma arma para todas as três Forças de Defesa Brasileiras.
Tendo os novos ROC em mãos, o corpo técnico da Fábrica de Itajubá/Imbel partiu para que o projeto anterior e já aprovado nos rigorosos testes do Centro de Avaliações do Exército (CAEx) se adequasse aos mesmos.
Isto foi conseguido com louvor e muita dedicação, inclusive tendo superado em muito alguns requisitos dos testes estabelecidos. Para titulo de exemplo, foi nos informado que uma arma já ultrapassou os 18.000 tiros em regime de testes sem apresentar falhas e se mantendo dentro dos padrões estabelecidos.
Aqui cabem alguns detalhes, o corpo técnico em concordância com os usuários finais optou por questão de robustez, confiabilidade facilidade de produção e manutenção, por suprimir a opção de tiros múltiplos controlados (Burst).
Como dito anteriormente, apesar de ter sido tomado como base o MD-97, o atual IA2 5.56mm pode ser considerado um novo fuzil, pois no seu desenvolvimento foi aproveitado o que de mais moderno se tinha em mãos para os estudos de engenharia e soluções. Entre as soluções adotadas, um novo sistema de recuperação dos gases, novos materiais sintéticos, nova ergonomia, e nova metodologia de limpeza padrão.
Destacamos também outras inovações importantes:
Acima: Procedimento de retirada do embolo.
Anteriormente, nos inícios dos anos 1990, o Exército tinha solicitado que a Fábrica de Itajubá/Imbel desenvolvesse um FAL em calibre 5.56X45mm para atender às necessidades de uso pela Força quando em operação com forças amigas que faziam uso deste calibre menos potente. O pedido resultou na família IMBEL MD-2, que apesar de apresentar a mesma robustez e confiabilidade do M-964 em calibre 7.62X51mm, tinha por característica de concepção e fabricação um peso elevado para a classe de arma, inclusive sendo mais pesado que o original M-964. Este fato não é um demérito dos projetistas, já que a arma foi projetada em curtíssimo espaço de tempo.
O Fuzil IA2 5.56X45mm, partiu da base do MD-97 para a sua concepção, onde foram empregadas novas técnicas de projeto, desenvolvimento e produção. O projeto foi feito tendo como norma os ROB (Requisitos Operacionais Básicos) fornecidos pelo Exército Brasileiro para esta classe de armas. Posteriormente, depois de ter sido aprovado em testes, e com todo o ferramental pronto para a produção, o projeto foi alterado para atender aos ROC (Requisitos Operacionais Conjuntos) do Ministério da Defesa, que planejou a aquisição da mesma arma para todas as três Forças de Defesa Brasileiras.
Tendo os novos ROC em mãos, o corpo técnico da Fábrica de Itajubá/Imbel partiu para que o projeto anterior e já aprovado nos rigorosos testes do Centro de Avaliações do Exército (CAEx) se adequasse aos mesmos.
Isto foi conseguido com louvor e muita dedicação, inclusive tendo superado em muito alguns requisitos dos testes estabelecidos. Para titulo de exemplo, foi nos informado que uma arma já ultrapassou os 18.000 tiros em regime de testes sem apresentar falhas e se mantendo dentro dos padrões estabelecidos.
Aqui cabem alguns detalhes, o corpo técnico em concordância com os usuários finais optou por questão de robustez, confiabilidade facilidade de produção e manutenção, por suprimir a opção de tiros múltiplos controlados (Burst).
Como dito anteriormente, apesar de ter sido tomado como base o MD-97, o atual IA2 5.56mm pode ser considerado um novo fuzil, pois no seu desenvolvimento foi aproveitado o que de mais moderno se tinha em mãos para os estudos de engenharia e soluções. Entre as soluções adotadas, um novo sistema de recuperação dos gases, novos materiais sintéticos, nova ergonomia, e nova metodologia de limpeza padrão.
Destacamos também outras inovações importantes:
- Novo conceito em fixação do cano a caixa da arma, completamente aprimorado e muito diferente ao empregado anteriormente.
- Novo conceito e construção do sistema de embolo e pistão do recuperador de gases, tendo este hoje uma metodologia de limpeza sem par no mundo (pelo menos conhecido até o momento); para a limpeza do dia a dia pós-utilização, não é mais necessária a desmontagem da arma, bastando somente a retirada do embolo recuperador de gases, com um simples pequeno movimento rotatório. Tendo feito isto e mantido o ferrolho em posição aberta, o que é automático quando a arma está desmuniciada (carregador vazio), basta utilizar a escova que acompanha a arma para realizar a limpeza no cilindro de recuperação, câmara e cabeça do ferrolho. Para se ter uma ideia, levamos mais tempo lendo o procedimento de limpeza que executando.
Acima: Procedimento de retirada do embolo.
Mesmo tendo este conceito facilitador para a limpeza (podendo ser chamada de limpeza de primeiro escalão), os projetistas se preocuparam em proporcionar ao usuário um fuzil que fosse o mais prático, simples e funcional na desmontagem para uma manutenção mais profunda e completa, como lubrificação do sistema de disparo e do transportador do ferrolho.
Para isto, basta que a arma esteja com o transportador/ferrolho à frente (para evitar compressão da mola recuperadora), premir um pino cativo na parte posterior lateral da arma e proceder o basculamento do conjunto superior e inferior compreendido pelo sistema de disparo (pistol grip, guarda mato, martelo e outros).
Feito isto, a parte superior da arma pode ser deslizada para trás em seu trilho guia, sem riscos de peças saltantes.
Retirada a haste e mola de recuperação, junto ao seu conjunto da parte superior, pode-se remover o transportador para a desmontagem do mesmo se existir a necessidade, o que é raro, pois não existe acúmulo de material da combustão nesta parte e muito pequena na extremidade frontal. O sistema de recuperação de gases foi projetado para que isto não ocorra.
Para a desmontagem do transportador e a retirada do ferrolho rotativo, existe um único pino, e seus componentes são projetados de tal maneira que a remontagem não seja possível se não estiverem na devida posição. Ou seja, é um processo à prova de alunos, “bisonhos”, “raros” e outras espécies que povoam as fileiras de soldados.
Não existe a necessidade de desmontagem do sistema de recuperação de gases com frequência para limpeza, bastando o processo relatado acima, mas para a lubrificação periódica o mesmo pode ser alcançado de forma simples e prática. Basta retirar um pino com travamento elástico do conjunto guarda-mão inferior e guarda-mão superior (não existe mais telha e guarda-mão), mover e desencaixar um do outro e pronto, já se tem acesso ao conjunto.
Acima: Nessa foto vê-se a arma desmontada, inclusive com suas duas partes articuladas soltas.
Para isto, basta que a arma esteja com o transportador/ferrolho à frente (para evitar compressão da mola recuperadora), premir um pino cativo na parte posterior lateral da arma e proceder o basculamento do conjunto superior e inferior compreendido pelo sistema de disparo (pistol grip, guarda mato, martelo e outros).
Feito isto, a parte superior da arma pode ser deslizada para trás em seu trilho guia, sem riscos de peças saltantes.
Retirada a haste e mola de recuperação, junto ao seu conjunto da parte superior, pode-se remover o transportador para a desmontagem do mesmo se existir a necessidade, o que é raro, pois não existe acúmulo de material da combustão nesta parte e muito pequena na extremidade frontal. O sistema de recuperação de gases foi projetado para que isto não ocorra.
Para a desmontagem do transportador e a retirada do ferrolho rotativo, existe um único pino, e seus componentes são projetados de tal maneira que a remontagem não seja possível se não estiverem na devida posição. Ou seja, é um processo à prova de alunos, “bisonhos”, “raros” e outras espécies que povoam as fileiras de soldados.
Não existe a necessidade de desmontagem do sistema de recuperação de gases com frequência para limpeza, bastando o processo relatado acima, mas para a lubrificação periódica o mesmo pode ser alcançado de forma simples e prática. Basta retirar um pino com travamento elástico do conjunto guarda-mão inferior e guarda-mão superior (não existe mais telha e guarda-mão), mover e desencaixar um do outro e pronto, já se tem acesso ao conjunto.
Acima: Nessa foto vê-se a arma desmontada, inclusive com suas duas partes articuladas soltas.
No calibre 5,56mm foram desenvolvidas e estão em linha de produção duas versões, o fuzil de emprego militar conforme descrito acima e a carabina de emprego policial, que não possui o regime automático e o retém de baioneta, mantendo todas as outras configurações, detalhes e facilidades do fuzil.
O fuzil IA2 7.62X51mm, outro componente do Sistema de Armas IMBEL IA2, foi o que ficou mais tempo sem informações a respeito, não por problemas, mas sim pela ordem de desenvolvimento, que priorizou o calibre 5.56X45mm.
A fábrica de Itajubá/Imbel aproveitou todo o conhecimento adquirido no desenvolvimento dos fuzis e carabinas IA2 5.56 para empregar no mais potente fuzil.
Utilizando-se do sistema fabril, manufatura com parâmetros e especificações muito rígidas, o corpo de engenheiros conseguiu chegar a um produto final que tem tudo para se tornar um ícone na história dos fuzis em calibre 7.62X51mm.
Para se evitar erros ou até mesmo falhas de desenvolvimento, o corpo técnico optou por usar o sistema de trancamento basculante empregado no FAL M-964, um sistema robusto e confiável, já em uso há décadas no Exército Brasileiro e de outros países mundo afora.
Um detalhe importante é que esta versão do IA2 passou por rigorosos testes de resistência e confiabilidade conforme exigência do Exército Brasileiro, diferentemente do FAL, que por motivos técnicos à época nunca foi testado com este rigor.
Com a premissa de se fazer um sistema de armas moderno, leve e funcional, a equipe de desenvolvimento adotou um projeto ergonômico, novos materiais e usinagem na construção deste novo armamento que resultou numa arma estável, segura e muito funcional, dividindo com seu irmão menos potente muitas das soluções, como o sistema de limpeza do embolo e ferrolho.
O Fz IA2 7.62X51mm utiliza os mesmos conjuntos de guarda mão, pistol grip integrado ao guarda-mato, coronha rebatível, que diferentemente do que foi amplamente divulgado não está sendo entregue à tropa com a versão regulável em comprimento. Optou-se por uma coronha fixa por questões de resistência e facilidade de produção (a versão anterior, apesar de ter se mostrado resistente, tinha uma manufatura que encareceria o produto final). Esta decisão foi tomada após estudos em relação à estatura média do usuário final.
Outro detalhe que chama a atenção é a ausência de possibilidade ambidestra em todas as armas. Em um primeiro momento isto seria um retrocesso, mas depois de se analisar que somente menos de 10% da tropa seria beneficiada com esta solução, a mesma foi dispensada do projeto, com isto se reduziu mais ainda o custo.
Conforme o sistema em calibre 7,62X51mm, a Imbel também desenvolveu duas versões, um Fuzil Militar e uma Carabina Policial, com as mesmas diferenças do Sistema de Armas IA2 5.56.
Acima: Fuzil de assalto IA-2 7,62. Notem que o carregador usado é o mesmo usado no FAL.
Acima: Faca baioneta AMZ.
O fuzil IA2 7.62X51mm, outro componente do Sistema de Armas IMBEL IA2, foi o que ficou mais tempo sem informações a respeito, não por problemas, mas sim pela ordem de desenvolvimento, que priorizou o calibre 5.56X45mm.
A fábrica de Itajubá/Imbel aproveitou todo o conhecimento adquirido no desenvolvimento dos fuzis e carabinas IA2 5.56 para empregar no mais potente fuzil.
Utilizando-se do sistema fabril, manufatura com parâmetros e especificações muito rígidas, o corpo de engenheiros conseguiu chegar a um produto final que tem tudo para se tornar um ícone na história dos fuzis em calibre 7.62X51mm.
Para se evitar erros ou até mesmo falhas de desenvolvimento, o corpo técnico optou por usar o sistema de trancamento basculante empregado no FAL M-964, um sistema robusto e confiável, já em uso há décadas no Exército Brasileiro e de outros países mundo afora.
Um detalhe importante é que esta versão do IA2 passou por rigorosos testes de resistência e confiabilidade conforme exigência do Exército Brasileiro, diferentemente do FAL, que por motivos técnicos à época nunca foi testado com este rigor.
Com a premissa de se fazer um sistema de armas moderno, leve e funcional, a equipe de desenvolvimento adotou um projeto ergonômico, novos materiais e usinagem na construção deste novo armamento que resultou numa arma estável, segura e muito funcional, dividindo com seu irmão menos potente muitas das soluções, como o sistema de limpeza do embolo e ferrolho.
O Fz IA2 7.62X51mm utiliza os mesmos conjuntos de guarda mão, pistol grip integrado ao guarda-mato, coronha rebatível, que diferentemente do que foi amplamente divulgado não está sendo entregue à tropa com a versão regulável em comprimento. Optou-se por uma coronha fixa por questões de resistência e facilidade de produção (a versão anterior, apesar de ter se mostrado resistente, tinha uma manufatura que encareceria o produto final). Esta decisão foi tomada após estudos em relação à estatura média do usuário final.
Outro detalhe que chama a atenção é a ausência de possibilidade ambidestra em todas as armas. Em um primeiro momento isto seria um retrocesso, mas depois de se analisar que somente menos de 10% da tropa seria beneficiada com esta solução, a mesma foi dispensada do projeto, com isto se reduziu mais ainda o custo.
Conforme o sistema em calibre 7,62X51mm, a Imbel também desenvolveu duas versões, um Fuzil Militar e uma Carabina Policial, com as mesmas diferenças do Sistema de Armas IA2 5.56.
Acima: Fuzil de assalto IA-2 7,62. Notem que o carregador usado é o mesmo usado no FAL.
Acima: Faca baioneta AMZ.
Faz parte do Sistema de Armas IA2 dois modelos de facas de combate-baioneta, cuja diferença entre si é o tamanho da lâmina, haja vista o teatro de operações no qual se empregará estas armas.
Faca Baioneta IA2, comprimento total de 296 mm, lâmina de 4,5 mm, espessura com um comprimento de 178 mm e largura de 33 mm, seu peso é 380g sem bainha e 570g com a mesma.
Faca Baioneta AMZ, desenvolvida para servir ao combatente amazônico, possuindo um tamanho maior com comprimento total de 365 mm, lâmina de 4,5 mm espessura com um comprimento de 247 mm e largura de 47 mm; seu peso é de 520g sem bainha e 780g com a mesma.
Os dois modelos descritos estão disponíveis para comercialização no mercado civil, com o sistema de retém retirado e o guarda-mão modificado.
Acima: O autor com a Carabina 7.62mm IA2.
TESTANDO O IA-2
Depois de ter conhecido todos os detalhes técnicos e funcionais do Sistema de Armas IA2, partimos para comprovar os acertos do projeto no Estande de Tiro Tenente Marcos Carneiro, na Fábrica de Itajubá.
Começamos a sequência de testes com a Ca 7.62mm IA2, municiada com um carregador com 10 tiros CBC.
A primeira impressão com a arma é que ela demonstra uma robustez que exigiria um peso maior que o apresentado, mérito do processo de fabricação que fez grande uso de usinagem para redução de peso com retirada de material onde não era necessário.
Tivemos a oportunidade de experimentar em todas as armas o disparo como destro e como canhoto, e apesar do conjunto não ser projetado especificamente para atiradores canhotos, as armas em nenhum momento geraram qualquer tipo de problemas para o uso, com suas ejeções ocorrendo de forma segura e longe do rosto quando do tiro como canhoto.
Arma devidamente segura em mão, empunhadura feita, posição de tiro idem, alvo no visual, fogo à vontade.
Optamos por fazer disparos pausados para analisar o comportamento desta potente carabina, que foi projetada para Close Quarters Combat (CQC), Close Quarters Battle (CQB), literalmente uma arma para combates em locais confinados, apertados.
A posição de disparo, o conforto é muito superior ao encontrado no M964 FAL, mesmo para uma arma com tamanho de cano reduzido como esta.
O funcionamento da mesma é bem intuitiva, com a alavanca de manejo de boas proporções, sistema de liberação do transportador simples e funcional, bastando um pequeno movimento à retaguarda para ocorrer o destravamento e alimentação do cartucho na arma. Tecla de segurança com bom tamanho e com um movimento total nas versões automáticas de menos de 180 graus.
A reação quando se executa o primeiro disparo com esta carabina é ter em mão uma arma extremamente potente para o seu perfil de operações, gerando um estampido acima da média do calibre (consequência do curto cano) e um flash de boas proporções, mas isto não é um demérito para ela, pelo contrário, pois como é uma carabina policial é mais um agente desmotivador aos confrontantes.
A estabilidade e conforto no tiro é algo que chama a atenção, pois seu recuo é proporcional ao calibre e à pressão da soleira no ombro muito confortável, não apresentando uma tendência de subida acentuada, pelo contrário, seu eficiente freio de boca de desenho Imbel faz com que a arma tenha uma reduzida tendência de subida. Nestes testes não nos preocupamos em analisar a precisão da arma, pois demandaria tempo em ajustes e fugiria do escopo da matéria (ficará para outra vez), mas a informação que nos foi passada é que o agrupamento está dentro do que se espera para esta classe de armas internacionalmente.
Acima: Carabina IA-2 7,62.
Faca Baioneta IA2, comprimento total de 296 mm, lâmina de 4,5 mm, espessura com um comprimento de 178 mm e largura de 33 mm, seu peso é 380g sem bainha e 570g com a mesma.
Faca Baioneta AMZ, desenvolvida para servir ao combatente amazônico, possuindo um tamanho maior com comprimento total de 365 mm, lâmina de 4,5 mm espessura com um comprimento de 247 mm e largura de 47 mm; seu peso é de 520g sem bainha e 780g com a mesma.
Os dois modelos descritos estão disponíveis para comercialização no mercado civil, com o sistema de retém retirado e o guarda-mão modificado.
Acima: O autor com a Carabina 7.62mm IA2.
TESTANDO O IA-2
Depois de ter conhecido todos os detalhes técnicos e funcionais do Sistema de Armas IA2, partimos para comprovar os acertos do projeto no Estande de Tiro Tenente Marcos Carneiro, na Fábrica de Itajubá.
Começamos a sequência de testes com a Ca 7.62mm IA2, municiada com um carregador com 10 tiros CBC.
A primeira impressão com a arma é que ela demonstra uma robustez que exigiria um peso maior que o apresentado, mérito do processo de fabricação que fez grande uso de usinagem para redução de peso com retirada de material onde não era necessário.
Tivemos a oportunidade de experimentar em todas as armas o disparo como destro e como canhoto, e apesar do conjunto não ser projetado especificamente para atiradores canhotos, as armas em nenhum momento geraram qualquer tipo de problemas para o uso, com suas ejeções ocorrendo de forma segura e longe do rosto quando do tiro como canhoto.
Arma devidamente segura em mão, empunhadura feita, posição de tiro idem, alvo no visual, fogo à vontade.
Optamos por fazer disparos pausados para analisar o comportamento desta potente carabina, que foi projetada para Close Quarters Combat (CQC), Close Quarters Battle (CQB), literalmente uma arma para combates em locais confinados, apertados.
A posição de disparo, o conforto é muito superior ao encontrado no M964 FAL, mesmo para uma arma com tamanho de cano reduzido como esta.
O funcionamento da mesma é bem intuitiva, com a alavanca de manejo de boas proporções, sistema de liberação do transportador simples e funcional, bastando um pequeno movimento à retaguarda para ocorrer o destravamento e alimentação do cartucho na arma. Tecla de segurança com bom tamanho e com um movimento total nas versões automáticas de menos de 180 graus.
A reação quando se executa o primeiro disparo com esta carabina é ter em mão uma arma extremamente potente para o seu perfil de operações, gerando um estampido acima da média do calibre (consequência do curto cano) e um flash de boas proporções, mas isto não é um demérito para ela, pelo contrário, pois como é uma carabina policial é mais um agente desmotivador aos confrontantes.
A estabilidade e conforto no tiro é algo que chama a atenção, pois seu recuo é proporcional ao calibre e à pressão da soleira no ombro muito confortável, não apresentando uma tendência de subida acentuada, pelo contrário, seu eficiente freio de boca de desenho Imbel faz com que a arma tenha uma reduzida tendência de subida. Nestes testes não nos preocupamos em analisar a precisão da arma, pois demandaria tempo em ajustes e fugiria do escopo da matéria (ficará para outra vez), mas a informação que nos foi passada é que o agrupamento está dentro do que se espera para esta classe de armas internacionalmente.
Acima: Carabina IA-2 7,62.
A arma seguinte que foi testada foi o Fz Ass 7.62 IA2, municiada da mesma forma que a carabina, ou seja carregador sempre com 10 tiros CBC. As impressões foram as mesmas que dos disparos da carabina, só demonstrando uma menor tendência à subida (cano mais longo) um recuo também confortável, estampido de disparo mais comedido, mas ainda característico do calibre (muito bom de se ouvir) e uma controlabilidade acima da média para armas deste calibre. Algo que chama muito a atenção é o alto controle na produção para o acabamento, onde estão sendo usados requisitos bem rígidos e com pequenas margens de diferença, bem diferente do passado.
Acima: Fuzil IA-2 7,62.
Findados os testes com o Fz Ass 7.62mm IA2, partimos para sentir em mãos a arma que foi escolhida para substituir na grande totalidade o vetusto IMBEL FAL M-964 em todas suas versões, o Fz Ass 5.56 IA2, sempre com carregador municiado com 10 tiros CBC. Equipada com uma mira holográfica Red Dot Aimpoint Pro devidamente e facilmente instalada no trilho picatinny superior posterior.
Como os dois modelos em 5.56X45mm têm o mesmo conjunto mecânico, comprimento de cano, com diferença apenas no regime automático do fuzil, optamos por proceder aos testes com o último.
Assim como já tínhamos percebido com as outras armas, este fuzil se mostrou muito bem acertado, com uma ergonomia se não perfeita próxima ao ideal (algo difícil de encontrar até nos mais afamados), com um acerto mecânico perfeito, bom controle de tiro, em todos os regimes, sem tendência a subir ou recuo pronunciado, algo mais fácil de alcançar com o calibre menor.
Sua robustez proporciona uma arma segura e forte, sem ser pesada. Passa a sensação de uma verdadeira ferramenta de combate, muito diferente dos novos fuzis de plástico, que tendem a ser ou demonstrar uma fragilidade no uso diário.
Podemos dizer que foi um prazer enorme retornar a um estande de tiro para sentirmos nas mãos uma arma 100% nacional e tão bem acertada, fazendo uso de modernas técnicas e conceitos, como trilhos picatinny posicionados em cada lado da arma, estes muito usados para fixação de acessórios, como a mira utilizada.
Acima: Fuzil IA-2 5,56.
Como os dois modelos em 5.56X45mm têm o mesmo conjunto mecânico, comprimento de cano, com diferença apenas no regime automático do fuzil, optamos por proceder aos testes com o último.
Assim como já tínhamos percebido com as outras armas, este fuzil se mostrou muito bem acertado, com uma ergonomia se não perfeita próxima ao ideal (algo difícil de encontrar até nos mais afamados), com um acerto mecânico perfeito, bom controle de tiro, em todos os regimes, sem tendência a subir ou recuo pronunciado, algo mais fácil de alcançar com o calibre menor.
Sua robustez proporciona uma arma segura e forte, sem ser pesada. Passa a sensação de uma verdadeira ferramenta de combate, muito diferente dos novos fuzis de plástico, que tendem a ser ou demonstrar uma fragilidade no uso diário.
Podemos dizer que foi um prazer enorme retornar a um estande de tiro para sentirmos nas mãos uma arma 100% nacional e tão bem acertada, fazendo uso de modernas técnicas e conceitos, como trilhos picatinny posicionados em cada lado da arma, estes muito usados para fixação de acessórios, como a mira utilizada.
Acima: Fuzil IA-2 5,56.
O corpo técnico da Imbel optou por uma solução inovadora, com baixo risco, que foi utilizá-los não de forma integral aos componentes da arma e sim com acessórios de fábrica removíveis conforme a escolha do usuário. Por exemplo, caso o usuário (soldado ou Força Militar) queira um fuzil ainda mais leve, pode optar por remover todos os trilhos da arma, só fazendo uso das miras metálicas.
As miras, de novo desenho com uma boa proteção a massa e alça de mira, esta com regulagem simples em azimute e elevação. A elevação para a distância é feita de forma simples, com o rebatimento para frente ou para trás, conforme as distâncias de engajamento. Em azimute (lateral) é necessário o uso de ferramentas e certa experiência no manuseio. As armas são entregues com seu sistema de mira aberto, devidamente calibrado e zerado.
Outros pontos fortes do Sistema de Armas IA2 são a boa pega do novo pistol grip, com seu guarda-mato integrado e construído em material sintético, proporcionando um conforto no disparo e até mesmo no transporte.
Sua nova coronha, apesar de não ser regulável em comprimento, proporciona um bom conforto, e seu sistema de travamento e destravamento é muito simples, não necessitando o acionamento de nenhum tipo de botão para se dobrar, bastando deslocar no eixo e rebater. Simplicidade funcional, com durabilidade.
As miras, de novo desenho com uma boa proteção a massa e alça de mira, esta com regulagem simples em azimute e elevação. A elevação para a distância é feita de forma simples, com o rebatimento para frente ou para trás, conforme as distâncias de engajamento. Em azimute (lateral) é necessário o uso de ferramentas e certa experiência no manuseio. As armas são entregues com seu sistema de mira aberto, devidamente calibrado e zerado.
Outros pontos fortes do Sistema de Armas IA2 são a boa pega do novo pistol grip, com seu guarda-mato integrado e construído em material sintético, proporcionando um conforto no disparo e até mesmo no transporte.
Sua nova coronha, apesar de não ser regulável em comprimento, proporciona um bom conforto, e seu sistema de travamento e destravamento é muito simples, não necessitando o acionamento de nenhum tipo de botão para se dobrar, bastando deslocar no eixo e rebater. Simplicidade funcional, com durabilidade.
Mais uma boa matéria. Como sempre.
ResponderExcluirSou operador deste fuzil. E apesar das muitas vantagens e qualidades elencada ao projeto vejo que a IMBEL poderia ter feito uma arma melhor se a mesma fosse ambidestra. Nos dias e na doutrina atual e impecável uma arma ser apenas para detros.
Fora que a bandoleira e muito ruim e também só pode ser usada de um lado.
Gostaria de saber mais sobre manutenção de 1º escalão.
ResponderExcluirpq o formato dos carregadores 5,56 e 7,62 são diferentes???
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