terça-feira, 15 de outubro de 2024

STEYR-DAIMLER-PUCH SK-105 KURASSIER - O caça tanques dos fuzileiros do Brasil

 

SK-105A2S Kürassier

FICHA TECNICA
Velocidade máxima: 70 Km/h.
Alcance máximo: 500 km.
Motor: Steyr 7FA turbo diesel que desenvolve 320 Hp de potência.
Peso: 17,7 toneladas.
Comprimento: 7,74 m (canhão apontado para frente).
Largura: 2,5 m
Altura: 2,17 m.
Tripulação: 3.
Inclinação frontal: 75%
Inclinação lateral: 40%
Passagem de vau: 1 m.
Obstáculo vertical: 80 cm.
Armamento: Um canhão 105G1 em calibre 105 mm; 1 metralhadora coaxial FN MAG cal 7,62X51 mm e uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm), 6 granadas de fumaça.

DESCRIÇÃO
Por Carlos Junior
O Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil (CFN) é uma instituição que se destaca não só pelos seus integrantes, composto de concursados e voluntários que demonstram uma competência acima da média, como também, pelos seus equipamentos especiais, escolhidos a dedo pelo comando da Marinha do Brasil para que estes homens, integrantes de uma das mais tradicionais corporações militares deste país, possam cumprir sua missão e seu dever com extrema eficácia. 
O arsenal usado pelo Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil é composto por blindados, de uso exclusivo, como os AAV-7A1, blindados anfíbios sobre lagarta ou os novos blindados MOWAG Piranha IIIC já descritos no Warfare Blog. 
É sobre um desses blindados especiais e de uso exclusivo pelo CFN, que tratarei a partir de agora. O caça tanques, austríaco, Steyr Daimler Puch SK-105 A2 Kurassier, que chegou ao Brasil em fevereiro de 2001, representa o blindado com maior poder de fogo de nosso corpo de fuzileiros navais atualmente.
SK-105 do Fuzileiro Navais do Brasil em exercício em Formosa, Estado de Goiás. Foto Angelo Nicolaci - GBN- Defense

O SK-105 A2 pode ser considerado como um carro de combate leve ou “caça tanques”. Sua missão principal é destruir tanques inimigos no campo de batalha e para poder cumprir sua missão, ele é armado com um canhão de origem francesa 105G1 em calibre 105 mm capaz de disparar munição “flecha” APFSDS (perfurante de blindagem), HEAT (alto explosivo anticarro), HE (alto explosivo) e munição de treino. Esse canhão é alimentado por dois carregadores giratórios contendo 6 granadas cada. Esse sistema semiautomático permite uma cadência de tiro na ordem de 12 tiros por minuto, sendo que depois de disparada a granada, o cartucho é ejetado automaticamente pela parte de traz da torre. Ao todo são transportados 44 granadas de 105 mm dentro do SK-105. É interessante notar que este canhão é estabilizado por dois giroscópios, permitindo com que sejam efetuados disparos com o carro de combate em movimento, em velocidades de até 30 km/h, sem prejuízo da precisão. Além do canhão, há, ainda uma metralhadora coaxial FN MAG calibre 7,62x51 mm com um estoque de 2000 tiros disponível por veículo. A Marinha do Brasil usa uma metralhadora M-2 calibre .50  (12,7 mm) externamente, contendo 400 tiros a disposição.
O SK-105 usa canhão de origem francesa 105G1 em calibre 105 mm.

O comandante do SK-105 tem a sua disposição um periscópio com aumento de imagem de 7,5 X. Um telêmetro laser CILAS TCV-29 capaz de medir distancias de 400 a 10000 metros com extrema precisão está montado no teto da torre, enquanto que um sensor infravermelho XSW-30 950 W está montado a frente da torre do lado esquerdo. O veiculo está equipado com um computador de controle de fogo fabricado pela empresa israelense Elbit, uma velha conhecida de nossas forças armadas.

O SK-105 é propulsado por um motor turbo diesel Steyr 7FA que desenvolve 320 Hp de potência levando este pequeno carro de combate a uma velocidade máxima de 70 km/h em estrada. Embora o SK-105 não seja um veículo anfíbio, ainda sim é capaz de passar por rios até uma profundidade de 1 metro e superar obstáculos verticais de 0,80 m. A autonomia é de 500 km, o que pode ser considerado muito bom para um carro de combate pequeno como é o SK-105.
A blindagem do SK-105, como é de se presumir, é relativamente fraca, devido as necessidades de se manter o peso baixo deste pequeno blindado. Por isso, sem preparação nenhuma, o SK-105 consegue suportar impactos de projéteis de 20 mm na parte frontal, a mais protegida do tanque, enquanto, com preparação, pode-se aumentar essa resistência para suportar até impactos diretos de projéteis de 35 mm, o que prejudicaria a mobilidade do SK-105. As laterais da viatura suportam disparos de armas leves até 7,62x51 mm.
Ainda para sua proteção, há 3 lançadores de fumaça de cada lado da torre, usados para dificultar aos inimigos, que se faça mira contra o SK-105. O veículo, também recebeu proteção para operar em um ambiente QBN - Químico, Biológico e Nuclear.

Desfile militar dos fuzileiros navais do Brasil em uma das Operações Formosa.

O Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil possui 18 unidades do carro de combate SK-105 A2, dos quais, aproximadamente a metade, ainda se encontra operacional. Certamente que se trata de um número modesto, considerando o tamanho da responsabilidade desta importante corporação. Na verdade, o Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil é o menor operador deste interessante carro de combate. 

 

 


                 

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