segunda-feira, 20 de outubro de 2014

CLASSE BOREI. O futuro da dissuasão estratégica russa


FICHA TÉCNICA
Comprimento: 170 m.
Largura: 13,5m.
Calado: 10 m.
Deslocamento: 24000 toneladas (Submerso e totalmente carregado).
Velocidade máxima: 46 Km/h (submerso).
Profundidade: 450 m.
Armamento: 6 Tubos para torpedos 533 mm, 16 mísseis SS-NX-30 Bulava SLBM (míssil balístico lançado de submarino), 24 torpedos VA-111 Schkval, minas ou mísseis SS-N-22 Sunburn.
Tripulação: 130 homens.
Propulsão: Um reator nuclear OK-650 B e uma turbina AEU que produz 43000 Hp de potência.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
Com os elevados custos de operação do super submarinos da classe Typhoon, os maiores e mais poderosos submarinos já construídos, a marinha russa se viu na necessidade de substituir essa embarcação por um novo submarino que fosse menos custoso e operar e mais eficiente. Porém, o novo submarino deveria manter o poder de fogo estratégico que norteia a doutrina russa no pós guerra fria, fazendo com que a Rússia seja capaz de destruir qualquer inimigo no planeta e gerando o efeito dissuasório necessário. O submarino que será responsável para assumir a posição de principal elemento naval de ataque estratégico será o novo submarino do Projeto 955, ou, como é mais conhecido, classe Borei.
Acima: Esta interessante fotografia nos mostra um submarino da classe Borei e ao fundo, atras dele, o super submarino da classe Typhoon, que está sendo substituída por ele. reparem na diferença de tamanho.
O projeto do Borei começou antes da queda da União Soviética, e devido a forte crise financeira na qual a Rússia acabou caindo, houve um significativo atraso na conclusão deste projeto. O primeiro submarino desta classe foi apresentado oficialmente em 15 de abril de 2007 sob o nome de Yury Dolgorukiy e entrou em operação em janeiro de 2013.
Com 170 metros de comprimento, e um deslocamento de 24000 toneladas,  suas dimensões são similares ao submarino norte americano da classe Ohio, sendo  a metade do tamanho do submarino classe Typhoon que o Borei substitui.

Acima: O primeiro submarino da classe Borei a entrar em serviço foi o Yury Dolgorukiy, mostrado aqui ainda durante a sua finalização de sua construção. O esfalecimento da União Soviética levou a esse programa um grande atraso nas entregas dos submarinos.
O Borei possui um sistema de propulsão nuclear baseado em um reator OK-650 B e uma turbina AEU, que conseguem impulsionar o Borei a uma velocidade máxima de 30 nós (55,5 km/h), quando submerso. Na superfície sua velocidade máxima é de 15 nós (27 km/h). O sistema de propulsão é caracterizado pelo sistema de jato de água, que garante uma discrição mais eficaz, sendo que este sistema já foi utilizado no submarino da classe Lê Triomphant da marinha francesa. A capacidade máxima de mergulho do Borei é de 450 metros de profundidade, porém, por motivo de segurança, essa profundidade raramente será atingida, sendo que o navio se limita a mergulhar a apenas 380 m, quando em época de paz.
Acima: O Borei representa a ultima geração de submarinos nucleares lançadores de mísseis balísticos estratégicos da marinha russa. Mesmo que seu numero de unidades não chegue perto da quantidade de submarinos do mesmo tipo da marinha americana, a dissuasão nuclear está totalmente garantida.
Embora os sistemas de sensores do Borei sejam um assunto classificado, tanto  que não há dados detalhados publicados a respeito, o único dado que consegui verificar é que o Borei usa um sonar esférico SCAT-3M na parte interna da proa. Os outros dados que dizem respeito aos armamentos que ele transporta são bem detalhados e pode-se dizer que o Borei é muito bem armado. Em primeiro lugar vamos citar o armamento principal, para o qual o Borei foi planejado para transportar.
O Borei está armado com 16 moderníssimos mísseis balísticos intercontinentais (SLBM) RSM-56 Bulava. O míssil Bulava tem um alcance de 10000 km e transporta 6 ogivas manobráveis apoiadas por iscas para anular os sistemas de defesa antimísseis disponíveis. Cada ogiva tem uma potencia nominal de 150 kt (quilotons) e uma margem de erro (CEP) de 250 m. 
Acima: O lançamento de teste de um míssil RSM-56 Bulava em uma rara foto. Muitos testes desta arma falharam o que acarretou em atrasos no cronograma de entrada em serviço esta moderna arma.
Para combate naval existem 6 tubos de torpedos de 533 mm qualificados para lançamento dos modernos torpedos VA-111 Schkval cuja velocidade máxima chega a mais de 200 nós, ou cerca de 370 km/h, sendo o mais rápido torpedo do mundo e capaz de atingir um alvo a 13 km de distancia. O torpedo USET-80 de 533 mm também faz parte do arsenal do Borei, e seu alcance chega a 20 km, sendo sua guiagem feita através de sonar ativo/ passivo. Ainda pode ser transportado míssil de cruzeiro RPK-2 Viyuga, que são lançados dos tubos de torpedos. Este míssil é usado para atacar outros submarinos e tem como análogo o sistema Subroc norte americano. Assim sendo, o míssil é lançado dos tubos de torpedos e sai da agua, seguindo um trajeto pré determinado e soltando um torpedo na agua perto da área onde o submarino inimigo foi detectado a uma distancia máxima de até 45 km. Como alternativa a esse torpedo, pode ser usado em seu lugar, uma ogiva nuclear de 5 kt de potência. Ao todo podem ser transportados 24 torpedos, minas e mísseis dentro do Borei, além dos 16 mísseis Bulava.
Acima: O Borei possui 6 tubos de torpedos de 533 mm capazes de lançar mísseis de cruzeiro antissubmarino RPK-2 Viyuga ou o torpedo VA-111Schkval, o mais rápido torpedo do mundo.
O submarino da classe Borei representa a 4º geração de submarinos nucleares estratégicos da marinha russa. Hoje pode ser considerado como sendo um submarino no estado da arte, superando todos os modelos do tipo atualmente em serviço, graças a sua discrição e desempenho, além, é claro, de ser a plataforma de lançamento do mais avançado míssil SLBM do mundo, o Bulava. A marinha russa tem planejado adquirir 8 unidades do Borei, sendo que dois submarinos já foram comissionados e até dezembro de 2014, o terceiro submarino desta classe, hoje em testes na frota do Pacífico, deverá ser comissionado também.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO QUE TRATA SOBRE O BOREI. 

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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

MIL MI-28N NIGHT HUNTER. O predador noturno



FICHA TÉCNICA
Peso: 7890 kg (vazio)
Altura: 3,82 m.
Comprimento: 17,91 m.
Propulsão: Dois motores Klimov TV-3-117/ VK-2500 com 2500 hp cada.
Velocidade máxima: 300 Km/h.
Velocidade de cruzeiro: 265 Km/h.
Alcance: 435 km, 1100 Km com tanques externos.
Razão de subida vertical: 820 m/min.
Fator de carga: +3 gs
Altitude máxima: 5800 m.
Armamento: Um canhão 2A42 de 30 mm, 16 mísseis AT-6 Spiral  ou 9M120 Ataka V (AT-9 Spiral 2) antitanque, 2 casulos com 20 foguetes de 80 mm ou casulos de 5 foguetes de 122 mm, casulos lançadores de granadas, Dispensadores de submunições KMGU-2.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E S Junior 
O helicóptero de ataque Mil Mi 28N Night Hunter é a versão definitiva do modelo Mil Mi-28 Havoc, produzido em resposta a uma concorrência aberta no inicio dos anos 80 pelo governo soviético para um novo helicóptero de combate que substituísse o Mil Mi 24 Hind nas missões antitanque e de escolta armada e assim permitir ao governo soviético a se contrapor aos sofisticados carros de combate da OTAN. Porém essa concorrência foi vencida pelo avançado concorrente Kamov Ka-50 Hokum. Mesmo assim o desenvolvimento do Mil Mi-28 continuou, mas com menor prioridade sendo que novas versões com melhorias significativas em desempenho, aviônica e capacidade de armamento foram sendo oferecidas para o exercito russo. Em 14 de novembro de1996, um protótipo da mais moderna versão do Mil Mi-28 qualificada para combate a qualquer tempo, de dia ou de noite fez seu primeiro voo. Agora, esta versão avançada, conhecida como Mil Mi-28N foi apelidada de Nigth Hunter, em referencia a sua capacidade de ataque noturno e ela foi adquirida pela força aérea russa.
Acima: O Mi-28N Night Hunter o é resultado do desenvolvimento do Mil Mi-28A Havoc que competiu com o helicóptero Kamov Ka-50 Hokun para assumir a missão de ataque a blindados e escolta das forças blindadas russas.
O Mi-28N tem um desenho mais convencional que seu concorrente Ka-50 e sua hélice do rotor de cauda tem uma configuração em X similar ao encontrada no helicóptero de combate Apache, dos Estados Unidos. Essa característica, somado ao rotor principal com 5 pás, permitem uma diminuição do ruído da operação. O Mi-28N é capaz de atingir a velocidade máxima de 300 km/h, graças a seus dois motores Klimov TV-3-117/ VK-2500 com 2500 hp cada. Esse motor é uma versão do motor usado no Kamov Ka-50 Hokun, com a potencia melhorada e permitem, também, uma razão de subida na ordem de 820 m/min, o que pode ser considerado um excelente desempenho quando se compara com helicópteros da mesma classe. Essa razão de subida, por exemplo, é superior ao seu concorrente norte americano AH-64 Apache Longbow.
Por se tratar de um helicóptero de combate pesado, a blindagem é um recurso que não poderia ser esquecido no projeto do Mi-28N e no caso dele, e essa blindagem é capaz de sustentar impactos de projéteis de calibre 12,7 mm (.50) e de granadas de 20 mm, especificamente na área da cabine da tripulação.
Acima: Os tripulantes do Mi-28N estão abrigados em uma verdadeira banheira blindada capaz de suportar impactos de munição de 20 mm. O resto da aeronave suporta disparos de munição calibre 12,7 mm.
O Mi-28N é equipado com um radar de onda milimétrica  montado sobre a rotor, o que permite uma operação mais discreta, escondido atrás de obstáculos naturais ou edificações em áreas urbanas. Esse radar, um N-025 Almaz-280, tem capacidade de detectar um alvo terrestre como um veículo, a 10 km de distancia. O radome, ou "nariz" do Mi-28 abriga uma antena de rádio usada para guiamento dos mísseis anti tanque 9M120 Ataka (AT-9 Spiral 2 na nomenclatura da OTAN). Abaixo do nariz do Mi-28N há uma torre em forma de globo que é um sistema FLIR GOES-521 usado para navegação. Mais abaixo há uma torre multi sensor maior, como um "tambor" que abriga uma câmera de TV além de um designador de alvos a laser usado para guiar mísseis. Como se pode observar a suíte de sensores do Mi-28N é das mais completas proporcionando uma capacidade de navegação e designação de alvos fantástica.
Acima: A suite de sensores do MI-28N é bem completa e rivaliza com a encontrada em helicópteros de combate já consagrados no campo de Batalha como o AH-64 Apache.
A capacidade ofensiva deste verdadeiro tanque voador poderia ser classificada como “escandalosa”. O peso em armamento pode exceder os 2300 kg. Pode ser transportada uma combinação de 16 mísseis antitanque que pode ser o AT-6 Spiral (9K114 Shturm) com alcance de 5 km e guiado por rádio, ou o míssil AT-9 Spiral 2 (9M120 Ataka V) com 6 km de alcance  e guiado por rádio. A vantagem do AT-9 é ser mais preciso e destrutivo contra blindados. Podem ser transportados 2 casulos de foguetes de diversos calibres sendo os de 80 e 122 mm os mais comuns. O Mi-28N está armado com um canhão Shipunov  2A42 de 30 mm com cadência de tiro controlada eletricamente que pode disparar a uma cadência de 300 tiros por minuto até 900 tiros por minuto em fogo rápido. O compartimento de munição do canhão tem capacidade para 250 cartuchos. A velocidade da granada na boca do cano deste canhão é de 1000 m/seg. Esse canhão é o mais poderoso já instalado em um helicóptero, podendo destruir blindados leves e médios e causar sérios estragos em um tanque MBT. Um detalhe pouco explorado quando lê sobre o Mi-28N, ésua capacidade de transportar 3 pessoas em um compartimento do lado direito do helicóptero, o que lha dá uma pequena capacidade de busca e resgate de combate (C-SAR).
Acima: Nesta foto o Mi-28N mostra a que veio. Toda a capacidade de transporte de armas está em uso pelo exemplar mostrado. São 16 mísseis anti-tanque 9M120 Ataka V, dois casulos com 20 foguetes de 80 mm e seu potente canhão Shipunov 2A42 de 30 mm.
O Mi-28N está em uso na força aérea e exército russo com 65 unidades já entregues e mais 8 unidades encomendadas elevarão essa frota ainda mais. O Iraque tem uma encomenda de 12 unidades do Mi-28N e já recebeu 3 que devem, em breve, se juntar as forças aliadas para destruir o grupo terrorista EI (Estado Islâmico) ou ISIS. Outros países  como a Argélia e o Quênia também se mostram interessados no modelo. O Mi-28N é uma helicóptero de combate pesado, de primeira linha, tipicamente russo, devido a suas enormes dimensões e elevado poder de fogo e deverá ser um pesadelo dos campos de batalha por muitos anos ainda.




ABAIXO UM VÍDEO COM UMA APRESENTAÇÃO DO MI-28N NIGHT HUNTER.

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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

ATUALIZAÇÃO FULL METAL JACKET

 
Olá amigos.
O blog Full Metal Jacket foi atualizado com uma matéria sobre a nova submetralhadora checa CZ Skorpion EVO 3 A1 que traz uma moderna e efetiva arma de uso tático para o mercado.
Para conhecer esta nova submetralhadora entre em:http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2014/10/ceska-zbrojovka-skorpion-evo-3-a1-uma.html
Abraços

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

ATUALIZAÇÃO FULL METAL JACKET

O blog Full Metal Jacket foi atualizado com uma matéria do amigo e colaborador Ottavio Brunno sobre a metralhadora HK-21. Para acessar clique na foto abaixo.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

FOOD MACHENERY CORP M-113. Um clássico blindado de transporte de tropas

FICHA TÉCNICA (M-113A2)
Velocidade máxima: 67,6 Km/h.
Alcance máximo: 595 Km (em rodovia).
Motor: Motor GMC Detroit Diesel 16V-53 com 215 hp.
Peso: 11,2 Toneladas.
Altura: 2,52 m.
Comprimento: 4,86 m.
Largura: 2,68 m
Tripulação: 2 +11 soldados equipados.
Armamento: Metralhadora FN Mag cal 7,62X51 mm, um lançador automático de granadas LAG-40 de 40 mm, ou uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm), Um lançador de mísseis TOW, entre muitas outras armas que variam de acordo com a versão.
Trincheira: 1,65 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,60 m
Passagem de vau: Anfíbio. 

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
Alguns sistemas de armas causam tamanho impacto na história militar que acabam se tornando clássicos e  se mantém operacionais por muito mais tempo do que seus similares. O veiculo M-113 que trataremos a partir de agora se encaixa perfeitamente dentro dessa categoria. Projetado pela  FMC (Food Machinery Corp) no final da década de 50 do século passado, entrou em serviço em 1960 e foi logo enviado para o sudeste asiático prestar apoio as tropas dos Estados Unidos no Vietnã. A grande sacada do M-113 é que ele foi o primeiro blindado fabricado com blindagem feita em  liga de alumínio 5083 o que permitiu uma significativa redução de seu peso, sendo que ele pesa 11600 kg, valor este que se equipara a de veículos sobre rodas, normalmente mais leves que os veículos sobre lagartas. Essa blindagem é suficiente para proteger sua tripulação de 11 soldados mas motorista e artilheiro, contra armas leves (até 7,62 mm). Porém, o M-113 deu origem a dezenas de variantes, sendo algumas com blindagem bastante reforçada.
Acima: O Brasil é um dos maiores operadores do M-113. recentemente se iniciou um programa de modernização deste veículo que o manterá em serviço por muitos anos ainda.
Graças a muitas variantes, a propulsão do M-113 foi, igualmente modificada em muitas nações, porém o principal modelo, o M-113A2 usa um motor GMC Detroit Diesel 16V-53 que desenvolve 215 HP de força, que levam o veículo a velocidade máxima, em estrada, de 67,6 km/h. A transmissão é do tipo automática e foi fornecida pela Allison. A autonomia, também em estrada, chega a 595 km. O M-113 tem capacidade anfíbia para operar em rios e lagos, porém não sendo capaz de operar em mar aberto devido a ausência de sistema de propulsão por hélice.  Na água, a propulsão é feita pelas próprias lagartas do veiculo. A versão em uso no exército brasileiro usa um motor diferente, modelo turbo diesel Mercedes Benz OM-352-A 6 com 6 cilindros em linha menos potente, com 180 HP.
Acima: A versão de transporte de tropas do M-113 transporta 11 soldados equipados, além de seus tripulantes.
A simplicidade do projeto do M-113 veio a ajudar as coisas para facilitar a adaptação dele a inúmeras missões que vão desde o transporte de tropas, passando por centro de comando, sistema antiaéreo com o míssil Chaparral (que não foi bem sucedido), até o sistema M-163 , também antiaéreo, e que usa um canhão M-61 Vulcan em calibre 20 mm. A versão de transporte de tropas, no entanto, é armada com uma metralhadora pesada M-2HM em calibre .50 (12,7X99 mm). No caso do modelo usado no Brasil, essa metralhadora fica dentro de uma semi torre blindada que presta uma proteção ao artilheiro da qual, nos exemplares norte americanos, por exemplo, não tem esse "luxo". Outras armas como a metralhadora FN MAG ou M-60 em calibre 7,62 mm podem ser usada no lugar da M-2HB. Existe, ainda , a possibilidade de se instalar um lançador de mísseis anticarro BGM-71 TOW cujo alcance pode chegar a 4200 metros e com guiamento por fio.
Uma versão, particularmente interessante é a AIFV ((Armored Infantry Fighting Vehicle ou veículo de combate de infantaria blindado) que é uma das versões mais bem armadas do M-113 tendo uma torre com um canhão KBA-B02 de 25 mm que dispara 600 tiros por minuto e ainda tem uma metralhadora FN MAG calibre 7,62 X 51 mm para apoio.
Acima: O M-163 é uma das versões de defesa antiaérea do M-113. Este da foto, além de seu canhão gatling M-61 Vulcan em calibre 20 mm, está armado com um lançador quadruplo de mísseis FIM-92 Stinger. 
Mesmo sendo um projeto com mais de 50 anos de idade, o M-113 continua em operação com plena saúde e isso não deve mudar em curto ou médio prazo. Os Estados Unidos ainda operam 6000 unidades desse veículo. O Brasil, acostumados com números minguados de seus equipamentos, tem uma quebra de padrão com o M-113. Temos uma respeitável quantidade  de 548 unidades deste clássico blindado que está passando por um processo de modernização para adequação as novas necessidades táticas e que deverá manter o M-113 no exército por muito anos ainda. No Brasil, o corpo de fuzileiros navais também fazem uso do M-113. Muitos outros países ainda mantem diversas versões do M-113 operacionais e estão modernizado ele o que, realmente reforça a perspectiva de muitos anos de serviço a o valente blindado.
Acima: O M-113 pode ser configurado para operar como uma ambulância de combate, função bastante usada deste veículo.
Acima: Israel, outro grande operador do M-113, usou sua criativa industria de defesa e desenvolveu um kit de proteção composto por uma blindagem reativa ERA para evitar que granadas propulsadas por foguetes RPG possam destruir seus M-113.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O M-113.

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