FICHA TÉCNICA
Peso: 5674 kg (vazio)
Altura: 5,13 m.
Comprimento: 15,27 m.
Propulsão: 2 turbinas General Electric T-700-GE-701C com 1940 hp cada.
Velocidade máxima: 294 Km/h.
Velocidade de cruzeiro: 280 Km/h.
Alcance: 459 Km (combustível interno). 2224 Km (com 4 tanques externos)
Razão de subida vertical: 473 m/min.
Altitude máxima: 4627 m.
Carga: 11 soldados equipados (pode-se aumentar para 14 em casos extremos)
Cargas externas de até 4082 kg
Armamento: Metralhadora calibre FN M-3M 12.7 mm (. 50), Metralhadoras FN MAG em calibre 7,62X51 mm, casulos de foguetes Hidra 70 de 70 mm, Casulos com canhões de 20 ou 30 mm e mísseis AGM-114 Hellfire. SH-60 Seahawk: Torpedos MK-46, MK50 E MK-54, Mísseis antinavio AGM-119 Penguin e AGM-114 Hellfire.
DESCRIÇÃO
Por Carlos Junior
O famoso helicóptero Black Hawk (Falcão Negro), protagonista de um dramático incidente de combate na Somália, quando 2 helicópteros do Exercito dos Estados Unidos foram derrubados em combate durante a batalha de Mogadíscio. Esse incidente acabou sendo retratado no filme “Black Hawk Down”, que no Brasil foi chamado de “Falcão Negro em Perigo”dirigido pelo premiado diretor Ridley Scott, diga-se de passagem, é uma excelente dica de um bom filme de guerra.
O Exército dos Estados Unidos precisava de um helicóptero multifuncional que substituísse o excelente Bell UH-1 Huey, um dos melhores helicópteros já construídos. Por isso, no início da década de 70 o Exercito norte-americano iniciou um programa chamado UTTAS (Utility Tactical Transport Aircraft System). Varias ofertas foram estudadas, porém os a Sikorsky foi contemplada com um contrato para a fabricação de 6 protótipos de seu projeto YAH-60A que seriam avaliadas contra o modelo da Boeing, chamado YAH-61A que construiu o mesmo numero de células para esta concorrência. Depois de uma rígida avaliação a Sikorsky com o seu YAH-60 foi anunciada vencedora do programa UTTAS em dezembro de 1976.
Acima: Essa é uma fotografia é muito interessante e rara, pois apresenta o protótipo YAH-60A da Sikorsky e seu concorrente, o Boeing YAH-61A, quie viria a ser derrotado na concorrência UTTAS,
O modelo passou a ser chamado de UH-60A e foi apelidado de “Black Hawk”. O Black Hawk passou por inúmeras mudanças relacionadas a modernizações e adaptações para poder aumentar sua flexibilidade operacional e sua eficiência, gerando 39 (trinta e nove) versões diferentes divididas em 2600 unidades construídas desse bem sucedido helicóptero. A versão mais usada é a UH-60L, que é um UH-60A remotorizado.
O UH-60L usa duas confiáveis turbinas General Electric T-700-GE-701C cuja potencia máxima atinge 1940 Hp cada que permitem voar a uma velocidade máxima de 294 km/h. A autonomia do Black Hawk para travessias é de incríveis 2224 km, usando 4 tanques de combustível externos. Porém, em missões de combate esse numero cai drasticamente, sendo que o raio de combate fica em 459 km, sem uso de tanques externos. Os Black Hawks podem ser equipados com um tubo retrátil de reabastecimento em voo que usa o sistema de cesta para ser reabastecido por outra aeronave em voo, aumentando significativamente sua autonomia. O Black Hawk pode transportar 11 soldados totalmente equipados (há possibilidade de levar até 14 soldados, porém estaria acima do que se estabelece como normal para a aeronave), ou 6 macas para evacuação aeromédica. A capacidade de transportar cargas externas, chega a 4082 kg, o que também pode ser considerada relativamente bom para a categoria do Black Hawk. Pode-se dar como exemplo a capacidade do Black Hawk transportar um canhão de artilharia de 105 mm mais 3 granadas e 6 homens numa só viagem.
Acima: A boa capacidade de transporte de carga do UH-60 Blacl Hawk permite, como mostrado nesta foto, o transporte de uma viatura HMMWV (Os Hummers).
A versão atualmente em produção é o UH-60M (a versão L foi produzida até 2007). Esta versão atual teve o motor trocado por uma nova chamada T-700-GE-701D, pouco mais potente (2000 Hp cada) controlada por FADEC (Full Autorithy Digital Eletronic Control) além de modificações a fim de aumentar a vida util dos componentes mecânicos do motor e um novo dissipador de calor para diminuir a assinatura IR dos bocais de saída de gases. O UH-60M substitui os Black Hawks da versão anterior no Exercito dos Estados Unidos.
O Black Hawk é um helicóptero que permite a instalação de uma enorme variedade de sistemas e sensores que aumentam suas capacidades ou o tornam mais eficiente em alguma determinada missão. Assim podem ser instalado um radar de seguimento de terreno APQ-174, um sistema FLIR que fornece imagens de TV e de infravermelho para voos em condições de adversas de clima e a noite e a integração do óculos de visão noturna NVG. A versão desenvolvida especificamente para apoio a operações especiais do exercito dos Estados Unidos, chamada de MH-60K Pave Hawk, usa todos estes equipamentos, que podem, em outras versões, serem instalados isoladamente. Outros equipamentos que são usados por esta versão são uma suíte de navegação baseado no sistema de posicionamento global GPS/ INS, sistema de controle de voo automático que permite o uso seguro em voo a baixíssima altitude e a noite e em condições climáticas desfavoráveis.
Para a auto defesa do helicóptero foi instalado um sistema de alerta de radar que informa ao piloto quando algum radar hostil está rastreando o Black Hawk, e lançadores de iscas tipo Chaff e Flare para confundir mísseis inimigos. E já que toquei no assunto auto defesa, o Black Hawk tem uma blindagem capaz de aguentar disparos de armas leves como fuzis de assalto e de resistir a maioria dos impactos de canhões de calibre até 23 mm.
Acima: O HH-60 Pave Hawk é uma das versões mais capazes do Black Hawk. Normalmente esta versão é empregada em Infiltração e extração de forças especiais em território inimigo e de busca e resgate de combate (CSAR).
O Black Hawk pode ser armado com metralhadoras em suas janelas laterais, próximo a porta principal. Essas metralhadoras podem ser modelo FN-MAG (M-240 no Exercito dos Estados Unidos) em calibre 7,62X51 mm, M-134 Minigun com 6 canos rotativos em calibre 7,62X51 mm (esta arma já foi foco de uma matéria sobre ela no WARFARE Blog) ou uma metralhadora em calibre .50 modelo M-2. O Black Hawk pode ser equipado com uma semi-asa com 2 pontos fixos para cargas externas onde podem ser transportados tanques de combustível ou armamento na forma de casulos lançadores de foguetes Hydra 70 de 70 mm. Casulos contendo canhões de 20 e 30 mm podem ser usados, embora não seja comum. Podem ser transportados, também, um total de 16 mísseis antitanque Lockheed Martin AGM-114 Hellfire, um dos mais eficazes mísseis antitanque do mundo. O alcance do Hellfire é de mais de 7 km, por tanto fora do alcance dos canhões antiaéreos, e ele destrói, simplesmente, todos os tanques de guerra existentes. Não há nenhum tanque de guerra que continue operando depois de atingido por um Hellfire.
Acima: Uma das boas características do Black Hawk é sua capacidade de combate. O Helicóptero pode empregar diversos tipos de armamentos, podendo, até, ser armado com 16 (dezesseis) mísseis AGM-114 Hellfire. na foto, podemos ver uma combinação de 4 mísseis Hellfire, com um casulo de foguetes Hydra de 70 mm e metralhadoras pesadas de calibre 12,7 mm.
A aviação naval também foi contemplada com uma versão dedicada do Black Hawk. A versão usada em navios em missões anti-submarino, ataque contra navios e resgate é a SH-60 Seahawk. Os equipamentos transportados são otimizados para as missões especiais que este modelo está incumbido de executar. Um radar de busca de superfície AN/ APS-124, cujo alcance maximo contra grandes alvos chega a 296 km no modo de busca de longo alcance. Porém no modo de busca de curto alcance, capaz de guiar armamentos, o alcance do radar cai para 74 km. Outro sensor usado pela Seahawk é um detector de anomalias magnéticas (MAD) usado para procurar submarinos. Uma vez que um submarino esteja navegando submerso e em silencio, ele dificilmente será detectado. Porém um submarino possui massa suficiente para causar pequenas alterações no campo magnético da terra por onde ele passa e é ai que o sensor MAD faz o seu serviço. Uma vez detectado essas alterações, o Seahawk lança sonobóias em cima da área onde esses distúrbios foram detectados para poder encontrar o posicionamento do submarino de forma mais precisa e assim ataca-lo.
Além desses sensores, pode ser instalado um sistema FLIR. Um sistema de suporte a medidas eletrônicas ALQ-142 também fazem parte da suíte eletrônica desta versão.
O Seahawk pode ser armado com torpedos leves MK-46, MK-50 e o novo torpedo MK-54, além de mísseis antinavio AGM-119 Penguin, fabricados pela Kongsberg Defense. Estes mísseis podem atacar alvos a uma distancia máxima de 55 km e seu guiamento se dá por infravermelho. O Seahawk, assim como o seu irmão terrestre, Black Hawk, pode lançar mísseis Hellfire, que demonstraram ser eficientes contra pequenas embarcações durante a primeira guerra do golfo quando lancha de ataque e barcos patrulha da marinha iraquiana foram postos for a de combate por essa arma. As janelas do Seahawk podem receber as mesmas metralhadoras do Black Hawk também.
Acima: A marinha do Brasil opera o Seahawk armado com o míssil antinavio Penguin. na foto, um dos testes de lançamento deste míssil de fabricação norueguesa.
O Black Hawk é um dos mais importantes helicóptero de transporte multi-função fabricado nos estados Unidos atualmente. Ao todo, 27 países usam o modelo, incluindo o Brasil com 16 unidades na Força Aérea Brasileira, 4 unidades no Exército Brasileiro e 6 unidades na Marinha do Brasil. Embora seu projeto já tenha mais de 40 anos e seu sucessor já está sendo projetado através do programa Future Vertical Lift (FVL), que fornecerá uma plataforma cujas versões poderão substituir o Black Hawk, o Apache (sim, o helicóptero de combate), o Chinook e os já aposentados, mas sem substituto especifico, Kiowa, o Black Hawk deve se manter em serviço ativo por boa parte deste século ainda, sendo, assim, uma aeronave importantíssima dentro do cenário de asas rotativas mundial.
Acima: A capacidade de transporte de tropas pé de 11 soldados equipados. ese numero poderia subir para 14 em caso de necessidade.
Acima: Aqui temos o painel de controle da versão UH-60M (modernização dos modelos L). O emprego de telas multi-função "enxugou" o painel da grande quantidade de mostradores analógicos da versão original.
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Ótima matéria Carlos,pena ver o campo de comentários tão vazio,a Google sacaneou quando deletei seu antigo blog campo de batalha
ResponderExcluiroi guerreiros venho convida-los a conhecer o meu canal o analista militar eu apresento temas da cultura militar https://www.youtube.com/watch?v=1q7I6Trb82I&t=20s
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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