quinta-feira, 18 de setembro de 2014

FOOD MACHENERY CORP M-113. Um clássico blindado de transporte de tropas

FICHA TÉCNICA (M-113A2)
Velocidade máxima: 67,6 Km/h.
Alcance máximo: 595 Km (em rodovia).
Motor: Motor GMC Detroit Diesel 16V-53 com 215 hp.
Peso: 11,2 Toneladas.
Altura: 2,52 m.
Comprimento: 4,86 m.
Largura: 2,68 m
Tripulação: 2 +11 soldados equipados.
Armamento: Metralhadora FN Mag cal 7,62X51 mm, um lançador automático de granadas LAG-40 de 40 mm, ou uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm), Um lançador de mísseis TOW, entre muitas outras armas que variam de acordo com a versão.
Trincheira: 1,65 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,60 m
Passagem de vau: Anfíbio. 

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
Alguns sistemas de armas causam tamanho impacto na história militar que acabam se tornando clássicos e  se mantém operacionais por muito mais tempo do que seus similares. O veiculo M-113 que trataremos a partir de agora se encaixa perfeitamente dentro dessa categoria. Projetado pela  FMC (Food Machinery Corp) no final da década de 50 do século passado, entrou em serviço em 1960 e foi logo enviado para o sudeste asiático prestar apoio as tropas dos Estados Unidos no Vietnã. A grande sacada do M-113 é que ele foi o primeiro blindado fabricado com blindagem feita em  liga de alumínio 5083 o que permitiu uma significativa redução de seu peso, sendo que ele pesa 11600 kg, valor este que se equipara a de veículos sobre rodas, normalmente mais leves que os veículos sobre lagartas. Essa blindagem é suficiente para proteger sua tripulação de 11 soldados mas motorista e artilheiro, contra armas leves (até 7,62 mm). Porém, o M-113 deu origem a dezenas de variantes, sendo algumas com blindagem bastante reforçada.
Acima: O Brasil é um dos maiores operadores do M-113. recentemente se iniciou um programa de modernização deste veículo que o manterá em serviço por muitos anos ainda.
Graças a muitas variantes, a propulsão do M-113 foi, igualmente modificada em muitas nações, porém o principal modelo, o M-113A2 usa um motor GMC Detroit Diesel 16V-53 que desenvolve 215 HP de força, que levam o veículo a velocidade máxima, em estrada, de 67,6 km/h. A transmissão é do tipo automática e foi fornecida pela Allison. A autonomia, também em estrada, chega a 595 km. O M-113 tem capacidade anfíbia para operar em rios e lagos, porém não sendo capaz de operar em mar aberto devido a ausência de sistema de propulsão por hélice.  Na água, a propulsão é feita pelas próprias lagartas do veiculo. A versão em uso no exército brasileiro usa um motor diferente, modelo turbo diesel Mercedes Benz OM-352-A 6 com 6 cilindros em linha menos potente, com 180 HP.
Acima: A versão de transporte de tropas do M-113 transporta 11 soldados equipados, além de seus tripulantes.
A simplicidade do projeto do M-113 veio a ajudar as coisas para facilitar a adaptação dele a inúmeras missões que vão desde o transporte de tropas, passando por centro de comando, sistema antiaéreo com o míssil Chaparral (que não foi bem sucedido), até o sistema M-163 , também antiaéreo, e que usa um canhão M-61 Vulcan em calibre 20 mm. A versão de transporte de tropas, no entanto, é armada com uma metralhadora pesada M-2HM em calibre .50 (12,7X99 mm). No caso do modelo usado no Brasil, essa metralhadora fica dentro de uma semi torre blindada que presta uma proteção ao artilheiro da qual, nos exemplares norte americanos, por exemplo, não tem esse "luxo". Outras armas como a metralhadora FN MAG ou M-60 em calibre 7,62 mm podem ser usada no lugar da M-2HB. Existe, ainda , a possibilidade de se instalar um lançador de mísseis anticarro BGM-71 TOW cujo alcance pode chegar a 4200 metros e com guiamento por fio.
Uma versão, particularmente interessante é a AIFV ((Armored Infantry Fighting Vehicle ou veículo de combate de infantaria blindado) que é uma das versões mais bem armadas do M-113 tendo uma torre com um canhão KBA-B02 de 25 mm que dispara 600 tiros por minuto e ainda tem uma metralhadora FN MAG calibre 7,62 X 51 mm para apoio.
Acima: O M-163 é uma das versões de defesa antiaérea do M-113. Este da foto, além de seu canhão gatling M-61 Vulcan em calibre 20 mm, está armado com um lançador quadruplo de mísseis FIM-92 Stinger. 
Mesmo sendo um projeto com mais de 50 anos de idade, o M-113 continua em operação com plena saúde e isso não deve mudar em curto ou médio prazo. Os Estados Unidos ainda operam 6000 unidades desse veículo. O Brasil, acostumados com números minguados de seus equipamentos, tem uma quebra de padrão com o M-113. Temos uma respeitável quantidade  de 548 unidades deste clássico blindado que está passando por um processo de modernização para adequação as novas necessidades táticas e que deverá manter o M-113 no exército por muito anos ainda. No Brasil, o corpo de fuzileiros navais também fazem uso do M-113. Muitos outros países ainda mantem diversas versões do M-113 operacionais e estão modernizado ele o que, realmente reforça a perspectiva de muitos anos de serviço a o valente blindado.
Acima: O M-113 pode ser configurado para operar como uma ambulância de combate, função bastante usada deste veículo.
Acima: Israel, outro grande operador do M-113, usou sua criativa industria de defesa e desenvolveu um kit de proteção composto por uma blindagem reativa ERA para evitar que granadas propulsadas por foguetes RPG possam destruir seus M-113.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O M-113.

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sábado, 30 de agosto de 2014

terça-feira, 26 de agosto de 2014

AR-15/ M-16 no Full Metal Jacket blog


O Blog Full Metal Jacket foi atualizado com uma matéria sobre o famoso fuzil AR-15, também conhecido como M-16 em sua versão militar. Para conhecer detalhes desta arma entre no site  Full Metal Jacket clicando na foto acima.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

ROTEM/ SAMSUNG K-2 BLACK PANTHER. O defensor peso pesado da democracia sul coreana.


FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 70 Km/h.
Alcance Maximo: 450 Km.
Motor: Motor MTU MB883 Ka 500 4 tempos com 12 cilindros e 1500 Hp de potência
Peso: 61 Toneladas.
Comprimento: 10 m
Largura: 3,6 m.
Altura: 2,5 m
Tripulação: 3
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 40º
Passagem de vau: 1,2 m
Obstáculo vertical: 1,3 m
Armamento: Um canhão L-55 de 120 mm e 40 munições; 1 metralhadora K-6 em calibre 12,7X99 mm e uma metralhadora FN MAG) de 7.62 mm. 12 granadas de fumaça.

PREFÁCIO
Por Edilson Moura Pinto
Desde os anos 50, imersa em conflitos com a Coreia do Norte, a Coreia do Sul vive um clima de instabilidade e desconfiança. As hostilidades cessaram sem que houvesse, até hoje, um acordo de paz oficial.
Com forte apoio dos Estados Unidos, a Coreia do Sul se desenvolveu, contrariamente a sua irmã do Norte que mantém-se em padrões tecnológico não muito diferentes dos que possuía após a 2ª guerra. A indústria de defesa Sul Coreana é uma das mais modernas do mundo e assim como as suas forças militares, uma das mais bem treinadas e bem equipadas do planeta, busca a todo momento a sua atualização. A florescente nação asiática se prepara constantemente para o futuro. Um exemplo de sua capacidade é o desenvolvimento dos carro de combate K-1, veículo que supera com folga o desempenho e poder de fogo dos veículos similares da Coreia do Norte e outros concorrentes regionais.Para manter-se na vanguarda tecnológica, em meados dos anos 90 a jovem indústria de defesa sul coreana lançou-se para desenvolvimento de um novo carro de combate pesado. A nova arma seria extremamente moderna e visava entre outros interesses a exportação para países sobre embargo ou restrições de transferência de tecnologias e armas por parte dos Estados Unidos. A nova arma blindada viria, a inicialmente, para completar a defesa coreana e posteriormente substituir os modernos K-1 a partir de 2011. O novo projeto recebeu o nome código XK-2 e consiste num carro de combate equipado com as mais avançadas tecnologias aplicadas ao combate terrestre no momento. O K-2 é visto por alguns analistas como sendo um carro de combate equivalente aos Norte americanos M-1A2 e Leopard 2A6 alemão, o que já demonstra, a maturidade tecnológica e o grande esforço dos engenheiros Sul Coreanos em produzir um veículo com capacidades militares e potencial para conquistar o mercado externo.
Acima: Oriundo de um projeto totalmente novo e inovador, o K-2 Black Panther é visto pelos especialistas como um dos melhores e mais atuais carros de combate concebidos na atualidade

ORIGEM
Em 1995, a Agência para o Desenvolvimento de Defesa Sul-Coreano recebeu do Ministério da Defesa da Coreia do Sul a importante tarefa de desenvolver um moderno carro de combate blindado, com base em tecnologias nacionais coreanas em state-of-the-art. Apesar da formidável capacidade dos seus carros K1 e K1A1 inegavelmente superiores aos projetos norte-coreanos existentes que em sua maioria consiste em envelhecidos carros T-55 e T-59, o Ministério da Defesa Coreano firmou-se em produzir o “veículo do Futuro” capaz de fazer frente aos outros carros de combate asiáticos que estavam em desenvolvimento, na Rússia, China e Japão.
A ênfase em tecnologias nacionais também permitiria que o veículo fosse proposto para entrar no mercado de exportação, sem problemas de liberações, esta mudança de visão por parte dos coreanos visava entre outras coisas, equacionar e reduzir os custos de desenvolvimento da nova arma que como se esperaria, seria elevado.
Acima: Concebido para o combate em qualquer tempo o K2 projeta a indústria de defesa sul coreana que busca potenciais exportações para o veículo.

O projeto do XK-2 coube então à agência de Desenvolvimento de Defesa conjuntamente com a projetista e construtora francesa, GIAT industries e a Alemã Diehl, que desenvolveram o projeto do carro XK-2. A construção e montagem seriada dos veículos foi destinada a Rotem, empresa do grupo Hyundai, fabricante dos carros K-1. A meta de nacionalização alcançada no projeto XK-2 supera 90% dos componentes existentes no veículo.
O projeto estava pronto para entrar em produção em 2006, 11 anos após o inicio do desenvolvimento, haviam sido envolvidos em projetos de pesquisa e desenvolvimentos, cerca de US$ 230 milhões, o veículo entrou em fase de produção, na planta produtora da Rotem em Changwon, Coreia do Sul em 2 de Março de 2007.
Acima: Na imagem o segundo protótipo do veículo em demonstração ao público.

Em Março de 2011, a DAPA (Defense Acquisition Program Administration) da Coreia do Sul anunciou que a produção em massa do novo MBT K2 para o Exército Sul Coreano teria início em 2012, entretanto, foram detectados problemas com o sistema de motores e transmissão, que acabaram por atrasar o início da produção seriada do veículo, algo que não aconteceu até meados de 2013.
O problema segundo relatado, devia-se a falhas, confiabilidade e durabilidade dos motores produzidos domesticamente, os primeiros 100 K2 de produção usariam um motor estrangeiro, produzido pela MTU, atrasando a entrada em serviço do carro que só ocorrera em Março de 2014.
O projeto previa que o K2 seria movido por um motor nacional produzido pela Doosan Infracore Corporation, o motor seria concebido e baseado no Alemão MTU-890. O Motor diesel de 12 cilindros, deveria entregar 1.500 HP (1.100 kW) e seria acoplado a um sistema de transmissão C & T Dynamics Transmission. No entanto, este problema técnico recorrente, foi encontrado nos testes que se sucederam e levaram aos atrasos no desenvolvimento operacional do K2 em cerca de 2 anos.

Acima: Problemas no motor e sistemas de transmissão produzidos localmente atrasaram o lançamento do veículo, porém o projeto atingiu a sua maturidade e encontra-se em franca linha de produção.

Para muitos estes seriam problemas técnicos que fariam desmerecer o projeto, entretanto, ressalta-se que a Coreia buscou desenvolver alternativas próprias sempre que possível, a complexidade de tecnologias certamente são fatores a ser considerados, especialmente quanto a motorização e um veículo desta natureza.
Pode-se dizer que este atraso seria esperado, frente as variadas e complexas tecnologias que envolvem um veículo deste quilate. Basta dizer que na sua concepção, seus projetistas avaliaram a possibilidade de integrar-lhe tecnologias inovadoras.
Uma das variantes planejadas teria a torre da arma principal não tripulada, todas as armas seriam operadas remotamente, posteriormente esta solução foi descartada.
Em busca de maior poder de fogo e capacidade de destruição das blindagens compostas que se encontravam em franco crescimento, os projetistas imaginaram equipar o carro com uma arma de cano liso de 140 mm produzida pela Rheinmetall.
Segundo informações da época, o descarte desta arma alternativa só foi tomado devido ao desinteresse da Rheinmetall produtora do canhão, que por razões internas, resolvera abandonar o projeto concentrado esforços no desenvolvimento da sua arma mais atual, o canhão 120 mm – L55 que segundo o fabricante teria a mesma eficácia que a arma de 140 mm, sendo suficiente para contrariar ameaças de blindados potenciais num futuro previsível.

SISTEMAS DE ARMAS
Com o cancelamento do projeto do canhão de 140 mm, os projetistas buscaram junto ao fabricante a alternativa de arma mais poderosa que poderia existir no inventário internacional.
A Coreia do Sul não possui tecnologia para produção de um canhão com as especificações que desejava. Portanto, a solução viria por meio da Rheinmetall e seu novo modelo de canhão o L-55 de 120 mm, uma arma de alma lisa que passou a ser produzida sob licença na Coreia do Sul. O sistema de arma principal idealizado pelos projetistas Coreanos e Franceses, fazia uso de carregador automático, semelhante ao sistema que fora projetado para MBT Francês, Leclerc. A arma coreana poderia assim disparar a uma cadência bastante elevada de até 20 tiros por minuto ou seja, um disparo à cada 3 segundos.

Acima: Na imagem o canhão Reinmetall L 55- 120 mm.

O Black Panther pode se utilizar de todo a sorte de munições 120 mm operadas pelos seus predecessores, os carros de combate K1 e K1 A1, em especial as munições APFSDS. Porém para a nova arma do exército Sul Coreano, os projetistas preparam duas surpresas especiais. Além das referidas munições de 120 mm o K2 pode operar uma munição anti-tanque principal de tungstênio (APFSDS) especial, produzida e desenvolvida localmente.
Esta nova munição consiste num penetrador de energia cinética, que oferece significativamente maior capacidade de penetração que qualquer arma semelhante atualmente em operação.
Segundo o fabricante, uma tecnologia própria permite que o núcleo da ogiva não se fragmente ou deforme, mantendo a sua integridade e capacidade de penetração.
Para atacar alvos não protegidos, o K2 pode usar munições multipropósito química HEAT, similares às americanas M830A1 HEAT MP-T, proporcionando boas capacidades ofensivas contra tropas, veículos sem blindagem  ou levemente blindados, bem como helicópteros em voo baixo. Outra arma especial do veículo é a  Korean Smart Top-Attack Munition (KSTAM),  uma munição do tipo dispare e esqueça, que atinge o carro de combate por uma de suas regiões mais frágeis, o topo. Esta munição anti-carro possui um alcance de funcionamento eficaz entre 2-8 km, e foi especificamente desenvolvida para o emprego nos veículos K2. Ela é lançada como um projéctil de energia cinética, disparado da arma principal em um perfil de elevação maior.

Acima: Perfeitamente intercambiáveis, as munições empregadas pelos veículos K1 e K1 A1 são igualmente operadas pelo K2.

Ao chegar a sua área de destino designado, um pára-quedas é aberto e é ai que um radar de banda milimétrica e sistemas de infravermelho bem como,  sensores radiométricos iniciam a busca por alvos fixos ou móveis. Uma vez que o alvo é adquirido, uma carga explosiva com um penetrador é disparada a partir de uma posição de cima para baixo, atingindo a armadura do veículo oponente numa de suas regiões mais vulneráveis, o topo do casco e torre.
A busca pelo alvo pode também ser executada manualmente pela tripulação do carro, por meio de sistema de data link. Estas características permitem que o veículo de lançamento se esconda atrás de coberturas enquanto dispara sucessivas cargas para a localização de um inimigo conhecido, ou ainda, preste apoio efetivo com fogo indireto contra alvos escondidos atrás de obstáculos e estruturas. Além da arma principal o veículo utiliza-se armas secundárias como a metralhadora pesada  K-6 de 12,7 mm e metralhadora coaxial de  7,62 mm.

Acima: Demonstrativo da munição KSTAM.

BLINDAGEM E PROTEÇÃO

O MBT coreano possui um sistema de blindagem composta cujos detalhes da armadura são sigilosos. Segundo os testes com fogo real, a armadura frontal do caco do veículo suporta eficazmente os disparos de munições APFSDS 120 mm lançados a partir do canhão L55. No futuro as novas versões do veículo terão também inclusas na armadura, sistemas de blindagem reativa explosivas, com a adição de Non-Explosive Reactive Armour (NERA) planejado para a versão K2 PIP. Encontra-se em desenvolvimento um programa denominado KAPS ou Korean Active Protection System, que em suma, destina-se a desenvolver localmente um sistema de proteção ativa como o israelense “Trophy” ou o Russo “Arena” no qual o sistema se baseia.
O sistema proverá a defesa ativa dos veículos contra as armas anticarro. Segundo informações do fabricante o sistema utiliza-se da detecção tridimensional e acompanhamento por radar e um termovisor para acompanhar as ameaças.
Ogivas podem ser detectadas à 150 metros do veículo e após isso uma carga é disparada com vistas a destruir a ameaça num perímetro superior a 10 m do veículo. Segundo o fabricante o sistema encontra-se em fase final de testes e é capaz de neutralizar ameaças provenientes de lança-granadas anti-tanque e mísseis guiados.
O sistema pode ser instalado em outras plataformas no futuro, e seu valor unitário é estimado em cerca de US$ 600 mil.
Para auto-defesa o Black Panther faz uso de um sistema de radar de banda milímetros montada na torre que é capaz de operar como um sistema de alerta de ataques de mísseis, Missile Approach Warning System (MAWS). O computador do veículo por sua vez, pode triangular sinais de projéteis e avisar imediatamente a tripulação do veículo ao mesmo tempo que dispara o sistema de interferência a laser, por meio do lançamento de granadas de fumaça (VIRSS) 2×6, bloqueando assinaturas ópticas, infravermelho e de radar.

Acima: Na parte frontal da Torre localizam-se os sensores radares e os sistemas lançadores de granadas.
Quatro receptores de alerta laser (LWR) também estão presentes para alertar a tripulação quando o veículo está sendo “pintado” por um sistema de disparo.
O sistema é automático e dispara as granadas VIRSS na direção incidente do feixe laser. 
Um sistema de supressão de incêndio automático é programado para detectar e apagar todos os fogos internos que podem ocorrer e os sensores atmosféricos alertam a tripulação sobre os perigos atmosféricos dentro e fora do carro.
O K2 está equipado com um avançado sistema de controle de fogo (FCS), ligado a um sistema de radar banda milimétrica, implantado no arco frontal da torre, junto com um identificador de laser e um sensor de velocidade de vento. O sistema é capaz de operar em modo “lock-on“, de adquirir e seguir alvos específicos até uma distância de 9,8 km usando os sistemas ópticos e termais. Isso permite que a tripulação dispare com precisão enquanto se move, bem como possa engajar efetivamente aeronaves voando baixo. O FCS também está ligado a um estabilizador avançado de arma e a um mecanismo de disparo com atraso para otimizar a precisão enquanto se move em terreno irregular. Se o gatilho da arma principal for puxado no momento em que o veículo se encontra em uma irregularidade no terreno, a oscilação do cano da arma vai causar desalinhamento temporário entre um emissor de laser na parte superior do cilindro e um sensor na base. Isto irá retardar o FCS de ativar, até que o feixe seja novamente realinhado, melhorando as chances de acertar o alvo pretendido.

Acima: Visor termal KCPS, apesar de mais moderno e atualizado este sistema é semelhante ao utilizado pelos MBT K1 e K1A1 também coreanos.
O veículo é equipado com um visor primário para o artilheiro denominado Korean Gunner Primer Sight (KGPS), já o comandante do veículo possui um segundo sensor o Korean Commander Panoramic Sight (KCPS). Estes sistemas são os mesmos os quais empregam os carros K1 e K1 A1, porém, tratam-se de versões atualizadas e mais avançadas. Para o Programa K2 PIP, uma nova gama de visores termais e sistemas eletro-ópticos estão sendo desenvolvidos, mas não serão tratados aqui pois não são o objetivo deste artigo. O comandante do carro tem a capacidade de substituir o comando para assumir o controle da torre e arma do artilheiro. O veículo pode ser operado por apenas dois tripulantes, ou até mesmo um único membro da tripulação.Especula-se que o FCS pode detectar automaticamente e rastrear alvos visíveis, compará-los usando o link de dados estabelecido com outros veículos para evitar a redundância de disparos da arma principal sem a entrada manual. O K2 foi planejado para um ambiente de guerra centrado em redes e possui uma eleva gama de sistemas que amplificam a consciência situacional da tripulação, é plenamente imerso na filosofia C4I (Comando, Controle, Comunicações, Computadores e Inteligência) uplink, possui sistema de orientação por GPS (Global Positioning Satellite) uplink.  Possui sistema IFF / SIF (Identificação Friend or Foe / Selective Identification Feature) compatível com STANAG 4579 o sistema é localizado logo acima da arma principal e dispara um feixe de 38 GHz na direção da arma para uma resposta do alvo (veículo).

Acima: Visor do artilheiro KGPS projetado pela  Thales -Samsung.
Se um sinal de resposta adequada é mostrada, o sistema de controle de fogo identifica automaticamente como amistoso ou não. Se o destino não responder ao sinal de identificação, este é automaticamente declarado como um hostil.
O Sistema de Gestão da Batalha (Similar ao Sistema de Informação Inter-Veicular usado no exército dos Estados Unidos) permite que o veículo compartilhe seus dados com unidades aliadas, incluindo veículos blindados e helicópteros. 
Os coreanos trabalham agora para ampliar as capacidades do K2 integrando-o a um veículo XAV, um veículo de reconhecimento não tripulado de rodas que proverá a capacidade de explorar remotamente uma área sem expor a sua posição.

MOTORIZAÇÃO E MECÂNICA
O veículo é equipado com um motor MTU-883 Ka 500 a diesel 4 tempos, 12 cilindros e refrigerado a água de 1.500 hp (1.100 kW), o que permite trafegar a uma velocidade de 70 km/h em estradas.
O veículo é capaz de acelerar de zero à  32 km/h em 7 s e manter velocidades de até 52 km / h em condições off-road. Ele também pode  transpassar inclinações frontais de 60º e obstáculos verticais de 1,3 m de altura.
Devido à concepção relativamente compacta do motor, os seus projetistas foram capazes de encaixar um mecanismo adicional no sistema de propulsão, uma turbina a gás Samsung Techwin que amplia a potência conferindo-lhe 100 cavalos de potência (75 kW) extras. Esta turbina funciona também como uma unidade auxiliar de potência com a qual o carro pode ligar seus sistemas de bordo quando seu motor principal estiver desligado. Fora isso, permite uma economia de combustível quando em marcha lenta e minimiza as assinaturas térmicas e acústicas do veículo. O veículo pode atravessar rios com 5 m de profundidade, usando um sistema especial de snorkel, que também serve como uma torre de comando para o comandante do veículo.
O sistema leva cerca de 30 minutos para ser preparado. A torre torna-se estanque, mas o chassis é carregado com até 500 litros de água para evitar a flutuação, mantendo o veículo em contato com o solo. O reservatório pode ser esvaziado permitindo ao veículo entrar em combate tão logo atinja a superfície.

Acima: Demonstração do Snorkel adaptável ao veículo durante testes de prova.
O veículo possui um avançado sistema de suspensão, chamado In-arm Suspension Unit (ISU), que permite o controle individual de cada bogie sobre os trilhos. Isso permite que o K2 possa “sentar”, “ficar” e “ajoelhar-se”, bem como “inclinar-se” para um lado ou um canto.  Este sistema lhe permite “sentar-se” diminuindo o seu perfil o que também lhe permite melhor dirigibilidade em estradas. No perfil “ficar”, o veículo ganha maior distância ao solo permitindo melhor manobrabilidade em terrenos acidentados. “Ajoelhado” o veículo alcança uma gama angular maior para o cano da arma, que pode elevar-se ou baixar-se, permitindo que ao veículo dispare a sua principal arma para baixo, bem como engajar aeronaves voando baixo de forma mais eficaz.
A unidade de suspensão também amortece o chassis a partir de vibrações ao se deslocar sobre terrenos irregulares, os bogies podem ser ajustados individualmente enquanto se desloca.

Acima: Nesta foto podemos ver o motor MTU-883 Ka 500 e sua turbina tckwin da Samsung montada nele.

CONCLUSÕES
Alcançando a vanguarda no desenvolvimento de armamentos de elevado valor estratégico, a Coreia do Sul projetou um carro de combate de primeira linha, construído sobre um princípio de constante atualização e adequação o que garante-lhe a sobrevivência nos mais variados cenários da guerra moderna.
Superando os seus Predecessores K1 e K1 A1 especialmente por ser mais adaptado aos conflitos assimétricos o K2 Black Panther não só demonstrou aos críticos do seu projeto a necessidade da “reinvenção” de um novo MBT baseado em novos critérios, como delimitou novos parâmetros necessários para os futuros MBT. Um veículo capaz de operar em ambiente centrado em redes, que transfere e recebe informações sobre o campo de batalha, que atua ativa e passivamente nas contra medidas eletrônicas interferindo e “escutando” o inimigo.
Fora isso o K2 passa agora por amplo programa de atualização denominado K2 PIP (product improvement program) que visa prover ao veículo melhorias que incluem:
  • Atualização da unidade de suspensão semi-Ativa.
  • Integração de um sistema de varredura de terreno de alta resolução para o sistema de suspensão do veículo.
  • Integração de defesa ativa KAPS.
  • Adição de blindagem Non-Explosive Reactive Armor (NERA).
  • Potencialmente o programa visa substituir a arma 120 mm / L55 por uma arma química-eletroquímica.
Todos estes itens por si só demonstram que embora seja moderno e especializado o MBT K2 Black Panther possui ainda um potencial de evolução que certamente o manterá no seleto grupo da linha de frente dos melhore carros de combate do mundo.

Acima: Acompanhando a evolução tecnológica a ROTEM SAMSUNG estão trabalhando num programa de atualização para o K2 denominado K2 PIP.

ABAIXO PODEMOS ASSISTIR A UM VÍDEO SUL COREANO SOBRE O K-2 BLACK PANTHER. 


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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

CLASSE ZUMWALT. O mais avançado navio de guerra da história.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Destróier.
Tripulação: 142 tripulantes, já contando a ala aérea.
Data do comissionamento: Previsto para o primeiro semestre de 2015
Deslocamento: 9033 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 182,88 mts.
Calado: 8,53 mts.
Boca: 24,69 mts.
Propulsão:  2 turbinas a gás Rolls-Royce MT-30 mais dois geradores  a diesel que juntos produzem 105000 SHP de potência.
Velocidade máxima: 30 nós (56 km/h)
Alcance: 8334 Km
Sensores: Radar SPY-3 DBR, sistema de proteção integrada AN/SQQ-90 composto por sonar AN/ SQR-20, AN/SQS-60 e AN/ SQS-61
Armamento: 20 lançadores verticais MK-57 com capacidade para até 80 mísseis RIM-162 ESSM, 20 mísseis SM-2ER Standard, 20 mísseis RGM-109 Tomahawk. 20 mísseis RUM-139 VL ASROC ; 2 canhões AGS de 155 mm; 2 canhões 
MK-46 Mod 2 de 30X173 mm.
Aeronaves: 2 helicópteros SH-60 Seahawk ou 3 RQ-8A Fire Scout VTUAV

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
A Marinha dos Estados Unidos é, com uma certa folga, a mais poderosa marinha do planeta. Porém seus principais navios de superfície como o cruzador da classe Ticonderoga e o destróier da classe Arleigh Burke, ambos já descritos neste blog, estão envelhecendo. Embora não haja duvidas sobre o excelente poder de fogo disponível nestas embarcações de combate, a verdade é que se trata de projetos com mais de 30 anos, no caso do Ticonderoga, e 25 anos no caso do Arleigh Burke. Novas tecnologias em armamentos, sensores e de engenharia incorporando característica de baixa reflexão, amplamente conhecida no meio aeronáutico sob o nome de "stealth", estão sendo introduzidos nos projetos dos mais modernos navios de guerra. A US Navy (Marinha dos Estados Unidos) se viu na necessidade e um novo navio de guerra com novas capacidades, sendo algumas dela, revolucionárias, para poder fazer  a manutenção de sua superioridade naval no seculo XXI.
Acima: O projeto DDX deveria ser base de uma família de navios de guerra com tecnologia stealth que englobaria até um cruzador.
O navio da classe Zumwalt é o resultado do projeto que, inicialmente, era chamado de DDX, e era para ser uma nova família de navios de guerra que deveria ser composta de navios de vários tamanhos, incluindo o futuro cruzador CGX. Em dezembro de 2001, a US Navy emitiu um pedido de revisão da proposta pois o projeto havia se mostrado excessivamente caro e complexo levando a uma incerteza para o futuro dessa ideia o que acabou reduzindo a encomenda para apenas 3 unidades desta classe dos inicialmente 32 navios pretendidos. Essa economia levou a aquisição de mais unidades de navios da classe Arleigh Burke para fechar a composição da armada de batalha dos Estados Unidos nesse começo de século.
Acima: Além do desenho revolucionário do Zumwalt, a sofisticação de seus sistemas resultaram numa plataforma de combate muito capaz, porém extremamente cara.
A nova classe foi batizada de Zumwalt, em homenagem ao almirante Elmo Zumwalt, com a numeração de casco DDG-1000 e o primeiro navio da classe foi entregue em maio de 2014. Sua entrada em serviço deve se dar no segundo semestre de 2015.
Quando se olha para o Zumwalt, não tem como deixar de perceber que se trata de uma maquina de guerra naval completamente nova, com um desenho absolutamente diferente do que temos visto em toda a história naval. Seu casco apresenta uma característica peculiar que é o formato da proa diferente de tudo que já vimos antes, em uma configuração "hidrodinâmica"  chamada de wavepiercing. Além disso, é muito interessante a ausência total de mastros com antenas no navio. Todos os sensores e antenas estão embutidos na estrutura do navio, deixando ele com um aspecto limpo, simples. Mesmo seus canhões, permanecem guardados dentro da torre, desenhada seguindo o padrão de baixa reflexão de radar, só sendo expostos no momento do disparo. Tudo em prol de uma agressiva diminuição de sua assinatura de radar, da qual se conseguiu, segundo o site Global Security, redução de 50 vezes a seção cruzada de radar em relação aos destróieres anteriores.
Acima: Nesta foto podemos ver dois modelos em escala do Zumwalt (navio maior) e o atual destróier da classe Arleigh Burke. Notem as diferenças de design e ausência de mastros no Zumwalt.
O sistema de radar usado pelo Zumwalt será um novo e avançadíssimo radar multifuncional AN/ SPY-3 DBR, de varredura eletrônica ativa projetada para preencher todas as exigências de controle de fogo e busca para a frota americana do século 21, tanto que esse moderno radar será instalado no novo porta aviões Gerald R Ford CVN-78. Naturalmente, este radar representa a evolução natural do sistema AEGIS baseado no SPY-1 usado nos cruzadores e destróieres norte americanos atuais. O alcance estimado do SPY- 3 é de 320 km e sua operação se dá na banda X. O Zumwalt está equipado com um sistema integrado de proteção AN/SQQ-90 que tem uma suite de sonares composta por um sonar rebocado AN/ SQR-20 que opera de forma ativa e passiva, um sonar de casco AN/SQS-60 e um sonar AN/ SQS-61 também de casco mas que opera em alta frequência.
Acima: Nesta foto do primeiro navio da classe, o DDG-1000 Zumwalt mostra sua configuração wavepiercing adotada em seu casco. 
A propulsão do Zumwalt será fornecida por duas turbinas a gás Rolls-Royce MT-30 que são integrados a dois geradores diesel de emergência que operam interligados pelo sistema IPS (Integrated Power System). Esse sistema e propulsão produz 105000 hp de potencia que levam o navio a uma velocidade máxima de 30 nós (56 km/h). A autonomia é estimada em 8334 km, o que dá alcance para operar em qualquer ponto do globo com certa tranquilidade.
Uma característica muito interessante do Zumwalt que reflete sua sofisticação é o elevado grau de automação de seus sistemas permitindo uma significativa redução de sua tripulação que é de apenas 142 tripulantes. Para se ter uma ideia do que representa isso, basta olhar para o destróier da classe Arleigh Burke, da geração anterior de navios desta categoria que precisam de 346 tripulantes para operar normalmente. 
Acima: O Zumwalt será o mais avançado navio de guerra de todos os tempos, quando estiver operacional, por volta de meados de 2015.
O armamento usado no Zumwalt é um dos pontos que chamam a atenção por ser bastante pesado e poderoso. O navio tem dois canhões AGS (Advanced Gun System) que emprega munição em calibre 155 mm, que tem disponibilidade de projéteis guiados LRLAP (Long Range Land Attack Projectile) cuja precisão chega a 50 metros do ponto previsto a um alcance que pode chegar a 185 km, o que representa uma grande melhoria na efetividade desse tipo de armamento, considerando que os canhões MK-45 em calibre 127 mm, comuns nos navios anteriores, conseguem atingir alvos a apenas 24 km. Para complementar o armamento de tubo, foram instalados duas torres General Dynamics MK-46 Mod 2, que usa um canhão MK-44 Bushmaster II em calibre 30X173 mm capaz de uma cadência de 200 tiros por minutos e atingir alvos a 3000 metros. Inicialmente estava previsto o uso de canhões MK-110 MOD 0 em calibre 57 mm, mas na revisão do projeto em 2012, eles foram descartados em favor do modelo MK-46 Mod 2.
Acima: Nessa ilustração podemos observar bem como é o sistema de abrigo do canhão AGS. Observarem que o canhão de traz , o cano está exposto (e pronto para uso), enquanto que a torre da frente o canhão está oculto dentro da mesma.
Nas bordas do navio foram instalados 20 lançadores verticais modulares MK-57 capaz de operar vários modelos de mísseis como, por exemplo o míssil antiaéreo RIM-162 ESSM (até 80 mísseis divididos em 4 misseis por cada lançador), capaz de destruir uma aeronave inimiga a 50 km de distancia, usando um sistema de guiagem por radar semi ativo e um sistema inercial. O míssil SM-2ER Standard, para defesa antiaérea de longo alcance, pode ser lançado pelo mesmo lançador (um míssil por lançador). O SM-2ER Standard tem alcance de 185 km e é guiado por radar semi ativo. O RGM-109 Tomahawk, famoso por ter sido pesadamente usado contra o Iraque, também faz parte do arsenal que pode ser operado pelo lançador MK-57 (1 míssil por lançador), que é usado contra alvos de superfície podendo, dependendo da versão, atacar navios inimigos, ou alvos em terra firme, entregando uma ogiva com 450 kg de alto explosivo. O alcance da versão lançada contra alvos terrestres, chega a 1700 km, sendo guiado pelo sistema TERCOM que usa informações sobre o relevo do terreno, previamente carregado em seu computador de voo, para poder voar em baixa altitude, contornando o terreno, evitando os radares inimigos. O sistema de guiagem, conta ainda, com apoio de um sistema inercial e de GPS. Por ultimo, esses lançadores podem lançar mísseis antissubmarinos RUM-139 VL ASROC que transporta um torpedo leve MK-46 ou MK-54 até um ponto próximo do contato sonar onde o alvo foi detectado até um alcance máximo de 22 km, soltando o torpedo na água, que faz a busca pelo submarino inimigo até sua destruição. O navio será equipado com aeronaves pilotadas e não pilotadas sendo configurados para dois helicópteros navais Sikorsky SH-60 Seahawk que operam em missões antissubmarino, esclarecimento marítimo, busca e salvamento ou uma composição mista desse mesmo helicóptero mais dois ou três RQ-8A Fire Scout VTUAV (veículo de decolagem vertical sem piloto). O Fire Scout pode operar missões de reconhecimento e suporte de fogo armado com mísseis Hellfire, guiados a Laser ou bombas de planeio GBU-44 Viper Strike, guiadas por laser e GPS.
Acima: O pequeno helicópteros não tripulado da Northrop, RQ-8A Fire Scout fará parte dos recursos empregado pelo Zumwalt para operações de reconhecimento e mesmo ataque, uma vez que este VTUAV pode ser armado com mísseis Hellfire e foguetes guiados a laser.
A classe Zumwalt vai operar como um navio de suporte de fogo como um legitimo couraçado do século XXI. É claro que o navio foi otimizado para operações litorâneas e em um teatro de operações de média e alta intensidade poderá precisar de apoio de uma escolta, principalmente devido a sua limitada capacidade orgânica antissubmarino. Com apenas 3 navios encomendados, o futuro da capacidade de combate naval norte americana ainda parece nebulosa. Provavelmente, com a recuperação econômica num futuro de médio ou longo prazo, a marinha possa encomendar mais unidades desta nova classe de destróieres e ainda incorporar modificações para tornar o navio mais flexível, porém, só o tempo revelará se isso vai acontecer.



ABAIXO UM VÍDEO DO LANÇAMENTO DO DDG-1000 ZUMWALT

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