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domingo, 23 de fevereiro de 2020

COMITIVA DE MILITARES NORTE-AMERICANOS CONHECE AS PECULIARIDADES DO AMBIENTE DE SELVA EM CRUZEIRO DO SUL (AC)


Cruzeiro do Sul (AC) – Entre os dias 4 e 6 de fevereiro, o Comando de Fronteira Juruá/61º Batalhão de Infantaria de Selva (C FRON JURUÁ/61º BIS) recebeu a visita de uma comitiva de adidos militares das Forças Armadas dos Estados Unidos da América (EUA). A visita teve como propósito conhecer as peculiaridades do C Fron JURUÁ, da Guarnição de Cruzeiro do Sul, e realizar visitas de cortesia aos Comandantes Militares da Guarnição, renovando os laços de amizade e cooperação entre os Exércitos dos EUA e Brasil, além de reforçar as relações institucionais do Batalhão Marechal Taumaturgo de Azevedo.

O Comandante do Batalhão, Tenente-Coronel Carlos Eduardo Demetrio dos Santos, realizou uma apresentação para os visitantes, abordando as especificidades da organização militar. Nessa oportunidade, ocorreu uma exposição sobre a obtenção de alimentos de origem vegetal para a comitiva e para integrantes da Polícia Federal.

A bordo da embarcação operacional "Guardian", o Comandante do Batalhão e os militares norte-americanos realizaram um reconhecimento fluvial nos Rios Juruá e Moa. Em seguida, visitaram o Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) "Dr. Montenegro", da Marinha do Brasil. 
Encerrando a visita, a comitiva de adidos militares conheceu o mercado de produtos regionais da cidade e visitou o Conservatório Musical do Vale do Juruá, onde puderam acompanhar uma apresentação do coral e da orquestra do Conservatório.

Original: http://www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/MjaG93KcunQI/content/id/11023100




quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

ESTÁGIO CAPACITA OPERADORES DO SISTEMA REMAX, ESTAÇÃO DE ARMAS DA NOVA FAMÍLIA DE BLINDADOS DO EXÉRCITO


Estágio do Sistema Automatizado REMAX da Viatura Blindada de Transporte Pessoal (VBTP) Média sobre Rodas 6x6 GUARANI.
São Borja (RS) – No período de 16 a 20 de dezembro foi realizado, no 2º Regimento de Cavalaria Mecanizado, o Estágio do Sistema Automatizado REMAX da Viatura Blindada de Transporte Pessoal (VBTP) Média sobre Rodas 6x6 GUARANI. A REMAX é uma estação de armas remotamente controlada, giro-estabilizada, para metralhadoras 12.7 mm, 7,62 mm e .50mm, equipando a nova família de blindados do Exército Brasileiro. Participaram da atividade integrantes de organizações militares subordinadas à 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada.

Durante o estágio, foram realizadas instruções teóricas e práticas por técnicos da empresa ARES Aeroespacial e Defesa. Na oportunidade, os estagiários executaram o tiro diurno parado e em movimento, utilizando o sistema de estabilização de tiro da Torre REMAX, empregando a metralhadora calibre .50. A finalidade foi capacitar os oficiais e sargentos a operarem o material que faz parte do Programa Estratégico Guarani e realizar a manutenção de 1º nível da Torre REMAX.
O REMAX é uma estação de armas remotamente controlada giro-estabilizada para metralhadoras 12,7 mm e 7,62 mm que foi desenvolvida a partir dos requisitos do Exército Brasileiro por meio de uma parceria da ARES com o CTEx (Centro Tecnológico do Exército).
Fonte: 2º RC Mec



quarta-feira, 1 de maio de 2019

O PESO DA ESPADA


Por Coronel Swami de Holanda Fontes com apoio do coautor Coronel Helder Lima de Queiroz.
Uma antiga parábola conhecida como “A espada de Dâmocles” pode ser usada para fazermos uma reflexão sobre a responsabilidade dos militares.
Antes de Cristo, na região que hoje é a Itália, havia um cortesão chamado Dâmocles, que atuava como conselheiro na corte de Dionísio – monarca de Siracusa. Dâmocles não poupava palavras para enaltecer as qualidades, o poder, a autoridade e a sorte de Dionísio.
Um dia, cansado de ouvir as bajulações do seu conselheiro, Dionísio propôs que Dâmocles ocupasse seu lugar por 24 horas, o que foi prontamente aceito. Ao ocupar o trono e assumir o que considerava benefícios do poder, Dâmocles percebeu que havia uma espada sobre sua cabeça sustentada por uma ponta de fio de rabo de cavalo. A outra ponta do fio estava amarrada ao seu corpo. Qualquer movimento inesperado ou de fuga do cortesão romperia o fio, provocando sua morte. Nesse instante, Dâmocles compreendeu que o monarca vivia sob “o fio da espada” todos os dias. O poder não estava associado nem a confortos nem a regalias, mas a grandes responsabilidades. Dionísio convivia constantemente com a morte, pois sempre havia a possibilidade de ser sabotado, de cometer um erro ou de alguém motivar uma guerra. Quando o cortesão compreendeu os deveres, as obrigações e os riscos que seu rei enfrentava diariamente, passou a respeitá-lo.
Acima: Uma representação artística da "espada de Dâmocles" sobre o trono.
As últimas pesquisas de opinião indicam que o Exército Brasileiro conta com mais de 80 % de confiança da população. As pessoas reconhecem sua contribuição para a manutenção da integridade territorial e sua importância para o desenvolvimento, a soberania nacional e a defesa da Pátria. Embora seja uma das instituições de maior credibilidade perante a sociedade, ainda há considerável número de pessoas que desconhece as missões do Exército Brasileiro e suas características, especificidades e peculiaridades, típicas da profissão militar; dessa forma, julgam que os militares possuem facilidades, confortos e, até mesmo, regalias.
Assim sendo, sintamos um pouco o peso da espada!
Soldados participam de inúmeras atividades em que são obrigados a operar isoladamente para atenderem demandas dos compromissos internacionais, como as missões de paz e de segurança, no Saara Ocidental, no Sudão, no Chipre, na República Centro Africana, no Líbano, na Guiné-Bissau e na República Democrática do Congo. Além do trabalho isolado, a maioria dessas missões impossibilitam o acompanhamento dos familiares.
Acima: Militar do Exército Brasileiro recebendo medalha pela sua atuação na Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS) das mãos do Major General Bayarsaikhan Dashdondog.
No caso do emprego de tropa, destaca-se a recente Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti. Durante 13 anos, tropas nacionais foram empregadas para restabelecer a segurança e a normalidade institucional daquele país. A presença brasileira na ilha foi vital em dois momentos: em 2010, no terremoto que causou a morte de mais de 200 mil pessoas, incluindo 18 militares do Exército Brasileiro e, em 4 de outubro de 2016, durante o furacão Matthew, que causou inundações e deixou milhares desabrigados. Nessas duas situações, a ajuda dos nossos peacekeepers contribuiu para amenizar o sofrimento dos irmãos haitianos.
No âmbito nacional, há dezenas de operações em andamento, diariamente, por toda a faixa de fronteira, a fim de contribuir para a manutenção da soberania do Estado brasileiro nas áreas lindeiras e de cooperar com as ações dos diversos órgãos de segurança pública no combate aos ilícitos transfronteiriços e ambientais.
Na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos, o emprego das Forças Armadas foi fundamental para que esses dois grandes eventos tivessem êxito no aspecto segurança, repercutindo internacionalmente na imagem positiva do País. Além disso, cabe destacar a quantidade de medalhas olímpicas conquistadas por nossos atletas militares.
Acima: Um militar do Exército Brasileiro operando um sistema de lançamento de míssil antiaéreo RBS-70.
Não se deve esquecer a Operação Carro-Pipa que, há mais de uma década, distribui água no interior do Nordeste. O Exército, por intermédio de dezenas de organizações militares, garante que seja fornecida água tratada para mais de 2.000.000 de pessoas, em centenas de municípios.
Inúmeras operações de Garantia da Lei e da Ordem têm sido estabelecidas regularmente em todo o território, podendo ser destacada a de apoio à Intervenção Federal no Rio de Janeiro.
Nas ações humanitárias, o trabalho incessante de militares na Operação Acolhida, conduzida pela Força-Tarefa Logística Humanitária, tem contribuído para melhorar as condições de vida de imigrantes, em situação de vulnerabilidade, que chegam a Roraima.
Na área do desenvolvimento e da integração nacional, destaca-se o trabalho da engenharia militar no projeto de transposição do Rio São Francisco, na recuperação de estradas, na pavimentação de rodovias, na revitalização de infraestruturas, na construção de aeroportos, na perfuração de poços artesianos, dentre outros.
Não se pode deixar de mencionar as constantes ações cívico-sociais em apoio às campanhas de vacinação e atendimento médico-odontológico de populações carentes, assim como as ações de garantia à votação e apuração em eleições, de combate a vetores de doenças e de apoio à Defesa Civil em calamidades públicas – distribuição de água e alimentos e o resgate de pessoas em enchentes e desabamentos.
Acima: O Exército Brasileiro leva água a milhares de pessoas no interior do Nordeste brasileiro através da operação carro-pipa.
Muitas das atividades descritas são vistas apenas regionalmente, nas áreas geográficas onde ocorrem, sendo desconhecidas em âmbito nacional. Grande parte desses trabalhos é anônimo e incansável, pois os empregos operacionais das tropas, em muitas situações, acontecem em lugares inóspitos, longe dos grandes centros.
No entanto, há algo em comum em quase todas essas ações: o sacrifício e a dedicação exclusiva de pessoas que entregam suas vidas por um ideal e que dão o seu melhor pelo País. Operando longe de casa, trabalham sem se preocupar com as horas, os feriados e se é dia ou noite. Como têm vivência nacional, mudam-se frequentemente a cada dois ou três anos, morando nas mais variadas regiões do nosso imenso Brasil. Essa imposição da Carreira das Armas limita a fixação da família, cônjuge e filhos, que sofre limitações quanto à manutenção de laços profissionais e, principalmente, aos estudos. Apesar de não ter regalias, conforto e os mesmos direitos trabalhistas do restante da população, o militar é altamente cobrado, pois qualquer falha pode ser prejudicial à defesa, segurança e tranquilidade nacional.
Agora que conhece um pouco mais sobre o campo de atuação, as especificidades e as peculiaridades da profissão militar, você se submeteria ao peso dessa “espada”?

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segunda-feira, 22 de abril de 2019

EU SOU O EXÉRCITO


Luís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias - Patrono do Exército

BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA! É assim, fundamentado nessas duas simples expressões, que eu, o Exército Brasileiro, ao longo de 371 anos de existência, tenho buscado pautar minhas ações para defender a nossa Nação e garantir os poderes legalmente constituídos em nossa Carta Magna e o império da lei e da ordem.

BRAÇO FORTE, quando derrotei, no dia 19 de abril de 1648, o invasor estrangeiro nas férteis terras nordestinas, momento épico em que negros, brancos, índios e mestiços, irmanados e ombreados, sob o comando dos “Heróis da Pátria”, imortalizaram Guararapes como o berço da nossa nacionalidade.

MÃO AMIGA, quando ao final da Revolução Farroupilha, o Duque de Caxias, meu Patrono e Herói Nacional, garantiu a liberdade a todos os cativos farrapos, incorporando nas Unidades do Exército Imperial todos os negros libertos, com especial destaque para os ex-integrantes da brava “Legião de Lanceiros Negros”. Caxias, homem à frente de seu tempo, era conciliador e cultuava os princípios de igualdade e fraternidade.

BRAÇO FORTE, quando reagi, intransigentemente, às tentativas de fragmentação do território e da unidade nacional, durante as revoltas internas e a guerra de independência, bem como às investidas de ideologias totalitárias.

MÃO AMIGA, quando emprestei aos feridos aliados nas duas grandes Guerras Mundiais a competência e a sensibilidade da mulher brasileira, representadas pelas enfermeiras do Exército que serviram nessas contendas.

BRAÇO FORTE, além-fronteiras, quando venci as Campanhas do Prata, combati em solo italiano, durante a 2ª Guerra Mundial, para restabelecer a paz e a liberdade, e participei dos esforços para a manutenção da paz em diversos países, em especial para a estabilização do Haiti, por mais de uma década.

MÃO AMIGA, ao coordenar e apoiar, dentre outras operações de caráter subsidiário, a Operação Pipa, distribuindo, emergencialmente, há quase 20 anos, água potável a mais de 4 milhões de cidadãos brasileiros, moradores de quase 900 municípios afetados pela seca.

BRAÇO FORTE, ao manter homens e mulheres em permanente estado de prontidão, aptos e capacitados a defender a Pátria, até mesmo com o sacrifício da própria vida.

MÃO AMIGA, ao planejar e executar a operação de grande complexidade conhecida como Força-Tarefa Logística Humanitária em Roraima. Com o apoio da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira, minhas Forças coirmãs, e de outros órgãos, agências e organizações não governamentais, a Operação Acolhida leva estabilidade à região de fronteira e, acima de tudo, atendimento digno, humano e profissional aos imigrantes venezuelanos.

A cada celebração em que comemoramos mais um ano de existência é imprescindível olhar para trás, em reflexão ao que já foi realizado, na busca das lições aprendidas e da melhoria contínua.

É nesse sentido que eu, o BRAÇO FORTE e a MÃO AMIGA de ontem, de hoje e de sempre, tenho procurado estar alinhado aos anseios da sociedade, aos valores da nossa nacionalidade e à grandiosidade do futuro da nossa Nação.

Àqueles que não percebem a relevância dessa trajetória, e que hoje tentam macular minha imagem e minha coesão, responderei com mais trabalho, dedicação, transparência, gestão eficiente dos recursos públicos e com uma conduta exemplar, sempre amparada nos parâmetros legais.

Brasileiros! Estejam certos de que vocês, homens e mulheres que me confiam os mais altos índices de credibilidade institucional, são a força que guia o meu braço e a brandura que orienta a minha mão.

BRASIL ACIMA DE TUDO!

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sexta-feira, 15 de março de 2019

CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS - EXÉRCITO BRASILEIRO

Por Exército Brasileiro

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quinta-feira, 7 de março de 2019

Reflexos do rápido avanço tecnológico para a segurança e defesa nacionais

Por Prof. Dr.Peterson Ferreira da Silva*
Algumas tecnologias estão transformando profundamente a vida em sociedade. A Inteligência Artificial (IA), por exemplo, está por trás de diversos projetos envolvendo carros auto-navegáveis, comandos efetuados por voz, reconhecimentos faciais e filtros de conteúdo em redes sociais. No campo dos sistemas aéreos não tripulados (Unmanned Aerial Systems – UAS), vislumbram-se múltiplas aplicações comerciais, como meios de entregas e até de transporte público, na forma de taxis aéreos.
Não por acaso, estima-se que a indústria de drones comerciais nos Estados Unidos tenha saltado de US$40 milhões, em 2012, para aproximadamente US$1 bilhão, em 2017 – e, em 2026, esse mesmo segmento pode representar um impacto na faixa de US$31-46 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano. Paralelamente, a área de cibersegurança permeia vários outros campos, na medida em que equipamentos e “sistemas de sistemas” cada vez mais complexos também se tornaram presa fácil para ataques cibernéticos. Em 2023, o mercado de cibersegurança pode alcançar um montante de US$248 bilhões.


Evidentemente essas transformações afetam diretamente as mais modernas Forças Armadas. Na Estratégia Nacional de Defesa dos Estados Unidos de 2018, por exemplo, ressalta-se a importância dos desdobramentos das novas tecnologias comerciais para a sociedade e para o fenômeno da guerra, especialmente tendo em vista a perspectiva de que muitos desenvolvimentos tecnológicos virão dos setores comerciais de ponta. Já a China tem investido em IA, por exemplo, como parte de um conjunto mais amplo de esforços para o desenvolvimento de uma série de veículos autônomos (aéreos, terrestres e navais), bem como de jogos de guerra e simuladores. Entre os planos de Beijing para alcançar o objetivo de ser o líder mundial em IA está a construção de um polo de pesquisa, com o custo estimado em US$2,12 bilhões, abarcando até 400 empresas e parcerias com universidades.

Outros países também estão enveredando esforços nesses novos campos com enfoque em segurança e defesa nacionais. Os planos da Índia incluem o estabelecimento de uma Agência de Defesa Cibernética com mais de 1000 integrantes distribuídos em diferentes posições no Exército, na Marinha e na Força Aérea. A Rússia tem explorado o uso de IA em, por exemplo, mísseis de cruzeiro, drones armados, guerra eletrônica e inteligência de imagens. Apenas na área de IA, estima-se que Moscou tem investido anualmente cerca de US$ 12,5 milhões. Já a Alemanha almeja criar sua própria versão da norte-americana Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA).
O impacto dessa realidade para as mais modernas Forças Armadas é evidente, pois afeta diversos elementos de doutrina, organizacionais, de adestramento, de material, de educação, de pessoal e de infraestrutura. Diante das perspectivas de proliferação de mísseis hipersônicos, robôs armados, lasers, canhões eletromagnéticos e dos avanços da computação quântica, vários países têm buscado se adaptar constantemente a essas inovações, priorizando recursos em equipamentos e otimizando estruturas de pessoal e custeio. 
No Reino Unido, por exemplo, um dos poucos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que conseguem cumprir as metas de alocação de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa e 20% desse montante em Equipamentos, observa-se uma série de dificuldades políticas na definição de prioridades e do tamanho do efetivo de suas Forças Armadas. Ademais, tanto nas reformas dos aparatos de defesa iniciadas pela Rússia, em 2008, e pela China, em 2015, por exemplo, houve profundas mudanças organizacionais com foco conjunto e redução de efetivos, além de estabelecimento de planos de equipamentos de médio e longo prazo. 
Seguir essa vasta onda de transformações é um enorme desafio para qualquer país. No Brasil, o processo de atualização, para 2020, dos documentos Política Nacional de Defesa (PND), Estratégia Nacional de Defesa (END) e Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN) apresenta-se como uma valiosa oportunidade para enfrentar tais questões, sobretudo quando considerados os históricos tanto do orçamento de defesa brasileiro quanto dos investimentos nacionais em Ciência e Tecnologia. Nesse sentido, o que está claro é que o acelerado avanço tecnológico vai continuar – independentemente de o Brasil conseguir ou não acompanhá-lo.


* Peterson Ferreira da Silva é Doutor em Relações Internacionais (IRI-USP), professor do campus Brasília da Escola Superior de Guerra (ESG) e pesquisador do Centro de Estudos Estratégicos do Exército (CEEEx). 



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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

GENERAL VILLAS BÔAS, COMANDANTE DO EXÉRCITO: UM LEGADO DE SERENIDADE E DEFESA INTRANSIGENTE DA CONSTITUIÇÃO

 
Brasília (DF) – Após quase quatro anos, o General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas transmitiu o cargo de Comandante do Exército Brasileiro ao General de Exército Edson Leal Pujol na ultima sexta-feira, 11 de janeiro de 2019. Ele havia assumido a função no dia 5 de fevereiro de 2015, passando a conduzir os destinos da Força Terrestre e dos seus cerca de 220 mil integrantes.

Ao longo de sua gestão, o Gen Villas Bôas aliou a serenidade característica de sua personalidade à firmeza na ênfase do papel do Exército, definido na Constituição, especialmente nos momentos de instabilidade política e social. Traços marcantes e já plenamente reconhecidos em diversos textos publicados a seu respeito. Seu legado entra para a história.

Antes de assumir a mais alta função do Exército Brasileiro, o Gen Villas Bôas era o Comandante de Operações Terrestres. Coroamento de uma trajetória iniciada em 1º de março de 1967, quando esse gaúcho de Cruz Alta ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP). Infante de origem, encarnou a coragem e determinação típicas dos discípulos de Sampaio para enfrentar os desafios colocados à sua frente desde a assunção de Comando. Obstáculos de toda ordem, vencidos com a frase-síntese de seu pensamento e intenção, expostos em publicação interna: "vamos trabalhar com alegria; e muito"!

Em fevereiro de 2015, a conjuntura nacional era conturbada. O Brasil ainda vivia os reflexos das manifestações de 2013, que se estenderam após as eleições presidenciais do ano seguinte e não cessaram após o processo de impeachment. Em meio à turbulência, o General Villas Bôas foi a voz do Exército Brasileiro, deixando clara a percepção da crise ética vivida pelo País, mas ressaltando a importância da manutenção da estabilidade, da legalidade e da legitimidade, bem como a defesa da Constituição Federal.

O papel apaziguador do Comandante em meio à crise foi alvo de observações positivas por parte de autoridades de todos os níveis e veículos de imprensa do Brasil e do exterior. A aprovação também veio da maior parte da população, algo observável, por exemplo, nas milhares de interações do público nos espaços de comentários de órgãos de comunicação.

No campo operacional, mesmo diante das restrições orçamentárias impostas pelo contexto econômico desfavorável, o Gen Villas Bôas conduziu o Exército no cumprimento de suas missões. Os Projetos Estratégicos continuaram em andamento, a Força Terrestre concluiu com êxito sua a participação na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti e contribuiu para a manutenção da segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro.

Ao ser acionado, o Exército auxiliou a população em Operações de Garantia da Lei e da Ordem em estados como o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo, restabelecendo a paz social. Assumiu papel de destaque na Operação Acolhida, ainda em vigor no Estado de Roraima, contribuindo para amenizar a crise humanitária na fronteira com a Venezuela. Por fim, o Exército esteve à frente da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, colaborando para reduzir alguns índices de violência e reestruturar a Polícia Militar daquela Unidade da Federação.

Durante a inauguração do seu retrato na Galeria dos Antigos Comandantes do Exército, nessa quinta-feira, 10 de janeiro, o General Villas Bôas teve uma pequena amostra do reconhecimento por parte de seus subordinados, amigos e autoridades presentes na concorrida cerimônia. O bom combate foi combatido. A missão foi cumprida. A fé está guardada. Obrigado, Comandante!





Fonte: Agência Verde-Oliva


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domingo, 23 de dezembro de 2018

TECNOLOGIA E INTELIGÊNCIA MILITAR. Prioridade e Realidade


Por Subtenente Marco Antônio do Carmo Rodrigues
A tecnologia militar da atualidade muito nos deslumbra. Na era da chamada inteligência artificial, com drones de conduta quase autônoma, somos apresentados, a todo o momento, a mecanismos cada vez mais rápidos e eficientes, fruto de um processo de modernização contínua, que nos direciona a crer que a guerra será cada vez mais curta e limpa. Vemos uma oferta abundante de recursos tecnológicos, cada vez mais aperfeiçoados e diversificados, à disposição dos Exércitos que puderem dispor de orçamentos suficientes por parte de seus governos.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

CERCA DE 4.300 MILITARES OCUPAM POSIÇÕES NO TERRENO PARA INÍCIO DA MANOBRA ESCOLAR 2018

Resende (RJ) – Cerca de 4.300 militares ocuparam suas posições no terreno para o início da atividade de combate simulado durante a Manobra Escolar 2018. Sob forte chuva, o apronto operacional foi realizado na região dos Parques dos Cursos, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Veículos, armamentos, apoio de saúde e diversos outros meios para o cumprimento das missões do exercício foram inspecionados e iniciaram o deslocamento para o terreno.

Além da AMAN, participaram da atividade diversas escolas do sistema DECEx (Departamento de Educação e Cultura do Exército), como a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, a Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos, a Escola de Sargentos das Armas – todas colocando seus alunos nas funções que estão sendo preparados para exercer. A partir da quinta-feira, as tropas iniciarão as atividades simuladas de imposição da paz, estabilização e assistência humanitária, conforme proposto pelo exercício.

Os estudantes de jornalismo que participam do Estágio para Correspondentes em Assuntos Militares acompanharam a atividade e tiveram a oportunidade de entrevistar os comandantes de frações, no contexto da simulação. Além disso, uma comitiva de militares do Exército dos Estados Unidos visitaram o apronto operacional, estreitando os laços entre as Forças Armadas de Nações Amigas.
Militares do Exército dos Estados Unidos assistiram o exercício  na AMAN.


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