domingo, 9 de setembro de 2018

LANTERNAS TÁTICAS. Uma luz sobre o assunto.

Sobre o autor: entusiasta e no hobby de lanternas há mais de uma década, administrador do fórum lanternastaticas.com.br e do grupo https://www.facebook.com/groups/lanternastaticas/
Tem como interesse difundir o conteúdo sobre lanternas no Brasil, principalmente para uso de operadores militares, policiais e outros.

Por Wladimir A Campacci Jr
SOBRE O ARTIGO
A proposta é fornecer ao leitor um vislumbre inicial sobre o tema de lanternas. No momento não conseguirei esgotar toda a informação sobre o tema, entretanto, um dos meus intuitos é o de trazer luz sobre um tema tão obscuro e pouco difundido. Algumas pessoas inescrupulosas difundem informações totalmente erradas buscando em proveito próprio a venda de seus produtos ou monetização de seu canal. Não pensam que vidas estão em jogo e algo tão simples como a informação de lanternas, poderia ser difundido de maneira mais responsável.

O SER HUMANO
Temos um medo natural do escuro. Por questões simples de não conseguir enxergar um predador, por exemplo. Durante a história da humanidade, o uso do fogo fez com que os hábitos de nossos ancestrais mudassem. Era possível se aquecer, assar alimentos e ter luz. Uma fonte luminosa como o fogo serviu também para identificar e afastar os predadores. Trouxe e ainda traz um conforto e segurança por possibilitar a nós humanos, a capacidade de enxergarmos quando não temos mais luz natural disponível.

NOSSA VISÃO
O nosso olho é um órgão fotorreceptor, que responde (enxerga) ao espectro de luz visível. Esta se estende a aproximadamente 400-700 nm (nano metros, ou 10-9 metros). A luz visível se propaga em formas de ondas, e podem ser como pacotes de energia (fótons) a uma velocidade de 300.000 km/s
A luz é focalizada por nossa retina. “A retina não tem a mesma sensibilidade em toda a sua extensão. Na fóvea (cuja área é do tamanho da cabeça de um alfinete) a nossa acuidade visual é máxima. É justamente sobre a fóvea que a luz é focalizada pelas lentes e ali só ocorrem os cones (responsáveis pela visão em cores). A medida que se afasta da fóvea a quantidade de cones diminui e a de bastonetes (responsáveis pela visão em tons de cinza) aumenta, até que não haja mais cones. Isso significa que há um campo visual central e outro periférico distintos: o centro proporciona nitidez e visão colorida e o periférico, menos nitidez.”
Cada uma dessas estruturas tem suas características:
Bastonetes:
- Maior sensibilidade a comprimentos de onda de 500 nm;
- Predominam na periferia;
- Especializado para visão noturna: maior quantidade de pigmentos;
- Alta amplificação, detecção de um único fóton;
- Na luz do dia sofre saturação, ou seja, deixa de responder. Entenda como luz do dia como outra fonte de luz, ou seja, uma lanterna;
- Operam melhor sob reduzida condição de luminosidade;
- Mais sensível à luz espalhada.

Cones:
- Maior sensibilidade a comprimentos de ondas de 430 nm (azul), 530 nm (verde), 560 nm (vermelho).
- Predominam na fóvea;
- Especializado para visão diurna: maior acuidade visual.
- Baixa sensibilidade; especializado para a visão diurna;
- Menor amplificação;
- Saturação somente com luz muito intensa;
- Alta resolução temporal: resposta rápida e tempo de integração curto;

Vamos juntar isso em duas situações:
1ª) Adaptação à luz: ocorre quando saímos de um ambiente escuro para um bem iluminado, como sair de uma sala de cinema escura para a luz do dia. Os bastonetes essencialmente se desligam, enquanto os cones e outros neurônios da retina rapidamente se adaptam. Em uns 60 segundos os cones não estão tão sensíveis mais. A acuidade visual e a visão de cores continuam a melhorar pelos próximos 5-10 minutos. E depois disso você voltará a enxergar normalmente.

2ª) Adaptação ao escuro: essencialmente é  o reverso do exemplo acima, quando saímos de um ambiente bem iluminado para um escuro. Os cones param de funcionar na baixa luminosidade de luz. E os bastonetes ainda estão muito saturados com a luz que existia. Quando isso acontece, pode demorar em média de 20-30 minutos para os bastonetes começarem a funcionar efetivamente e a sua visão noturna retornar completamente. A adaptação ao escuro é muito mais lenta e pode demorar horas.
Quando estamos no escuro e recebemos o estímulo da luz de uma lanterna é exatamente isso o que ocorre:  Uma saturação dos bastonetes e ficamos momentaneamente cegos ou com a visão muito debilitada. Podemos usar essa reação natural em nosso benefício.

O OPERADOR PRECISA DE UMA LANTERNA?
A resposta é simples: Toda e qualquer vantagem que o operador tem disponível, deve ser usada.
Entre 30 de abril e 5 de maio de 1980, Londres, Inglaterra, ocorreu o cerco da embaixada do Irã. No sexto dia duas equipes do SAS, adentraram no local, o que pode ser visto no filme 6 Dias (2016). No desenrolar da trama podemos notar a HK MP-5 com um item de iluminação acoplado a esta.
Temos duas informações e eu sinceramente fico na dúvida qual delas é a verdadeira:
1ª) A lanterna utilizada é uma Maglite.
Acima: Equipe do SAS no referido evento na embaixada do Irã.

2ª) A lanterna parece muito com uma Maglite, mas segundo alguns sites e blogs, era uma Streamlight, e o acionamento remoto era da Surefire.
Acima: Lanterna acoplada a uma versão da HK MP5.

Acima: Esta foto foi tirada de Margaret Thatcher (primeira ministra da Grã-Bretanha na época dos acontecimentos relatados no texto)  e três membros do SAS após o famoso cerco. O SAS está segurando MP5s com lanternas.
Para nós o que realmente importa é que era uma equipe de elite com um equipamento à altura da missão.  E todas as lanternas citadas foram e ainda são marcas confiáveis há décadas no mercado. Ainda digo que as ferramentas foram importantes na missão, pois no escuro, era necessário distinguir amigos de inimigos. Os terroristas poderiam se passar pelas vítimas e as equipes do SAS tinham de identificar cada pessoa encontrada, e tomar a atitude necessária. E sem uma lanterna seria praticamente impossível fazer essa distinção.
A lanterna para fins policiais e militares, tem o intuito primário de ser usada junta a uma arma de fogo. É um acessório acoplado ao armamento ou não. Sendo um recurso pouco difundido no Brasil, infelizmente.
Acima: Policial usando a técnica Neck Index.
A fonte de iluminação é muito importante, por alguns motivos citados a seguir, dentre outros, serve basicamente para:
- Navegar: para definir uma rota e transitar nela com segurança em torno de obstáculos e obstruções. Isso é tão importante, que pode mudar ou definir a estratégia que será utilizada. É necessário se situar no ambiente, definir onde está, e para onde vai;
- Localizar: descobrir objetos e pessoas no escuro;
- Identificar: para determinar se o que localizamos é o que estávamos procurando. Exemplo: no filme o operador do SAS tinha que localizar várias pessoas dentro da embaixada, e depois identificar se cada uma delas era uma ameaça;
- Engajar: se identificarmos uma ameaça, precisamos tomar a atitude cabível.
Mais importante ainda, carregarmos uma lanterna porque sem ela, somos literalmente cegos no escuro.
Para que o operador consiga executar essas tarefas a ferramenta em questão precisa de algumas considerações, sendo a principal delas a confiabilidade do equipamento (algo muito similar a uma arma de fogo). Sendo este o primeiro critério para exclusão de possíveis candidatas para a aquisição por qualquer usuário.
Outras características são:
- Simplicidade de operação por causa do stress envolvido (um único modo e desconsiderar lanternas com botão de acionamento reverso (4));
- Uso de pilhas ou baterias confiáveis, similar a munição de uma arma de fogo;
- Se possível o acionamento traseiro para lanternas de mão, por ser o acionamento mais instintivo;
- Confiabilidade (novamente).
Da parte do operador, não esperamos nada menos que:
- Deve treinar com a lanterna.
- Deve conhecer e ter intimidade plena na operação do equipamento;
- Deve conhecer e ter intimidade plena com todas as técnicas possíveis de emprego de sua arma (curta ou longa) com a lanterna que tem disponível (acoplada a arma ou não);
- Deve treinar com a lanterna (novamente)
Se for para ter a lanterna e não treinar com ela, nem use. Só vai ser algo a mais para se preocupar e atrapalhar na hora da necessidade.

UM POUCO DE HISTÓRIA
Falando sobre a fonte de luz, vamos mencionar que não é difícil de encontrar várias imagens na web de lanternas acopladas a armas de fogo, ou usadas juntas delas. A ideia em si é antiga. Veja o exemplo a seguir que está no museu da NRA (National Rifle Association of America).
Acima: Revolver Colt Police Positive Special  fabricado em 1912.
Depois de mais de 100 anos, temos de entender o contexto da época, e a tradução do texto onde está a imagem acima, resume muita coisa sobre o tema:
“Então, por que as lanternas não eram mais comuns em armas de fogo se tinham sido combinadas há tanto tempo? Bem, tudo se resume a algumas coisas. A saída de luz de uma lanterna incandescente como aquela (da foto) não era tão boa assim, mas era melhor que a escuridão. Elas também precisavam de uma grande quantidade de energia da bateria, e as baterias da época com um tamanho utilizável, não tinham tanta energia”. 
Outro exemplo: Uma das duas Luger com lanternas conhecidas, usadas pela  Reichssicherheitsdiens (RDS) que foi uma força de segurança da SS da Alemanha nazista. A arma em questão alcançou o valor de venda de US $ 184.000,00 em um leilão.
Acima: Aqui temos uma Luger com lanterna acoplada.
Veremos também outras marcas e modelos, sendo usadas por civis, policiais e militares no decorrer do século passado, mas a grande maioria, eram grandes, principalmente por causa da fonte de energia usada: pilhas do tamanho C e D, dentre outras.
Acima: Esta é uma Brightstar # K1826 3D usada nas décadas de 1950 e 1960 pela LAPD e LASD e milhares de outros departamentos da polícia nos Estados Unidos.
E outras que poderiam ser encontradas no mercado. A quantidade de modelos é enorme:
Acima: Eveready para ser usada com 5 D.  

Acima: Antiga Rayovac.


Acima: Parrott 3 color.
As coisas não mudaram muito por anos. As lanternas precisam de uma área muito grande para armazenar a fonte de energia. Estas por suas vez eram pesadas. Foi então que uma empresa americana, juntou o refletor, a fonte de luz, e foi nesse momento que a Surefire criou o padrão P60. Esta introduz também a utilização de uma fonte de energia mais compacta e confiável (não vaza), e ainda é capaz de armazenar e fornecer mais energia: são as pilhas de lítio descartáveis CR123. Deste momento em diante houve uma revolução na área de iluminação para serem usadas por policiais e militares, pois tínhamos disponíveis lanternas em um pacote de iluminação compacto com um bulbo entregando 60 lumens, muito mais que uma Maglite 3D entregava na época (em torno de 45 lumens).
Acima: O primeiro modelo Surefire entrou em produção 1988, modelo ‘Surefire 6 / 6C’.
Desde o dia do lançamento do P60, os avanços nesta área de iluminação foram constantes, até chegarmos aos LEDs (onde a iluminação é feita por um semicondutor, o diodo, capaz de fornecer uma quantidade de luz por Watt que cresce a cada dia), além de outras tecnologias com os bulbos, HID, LEP, etc.
Acima:Bulbo Surefire P60.
‘Somente 60 lumens?’, fica a indagação do leitor. Isso mesmo. Houve uma mudança para o bulbo xênon de 65 lumens (algo como o .38 S&W SPL), seguido de opções com 105 lumens (a Surefire M6 com bulbo MN21 entrega 500 lumens)(15). 65 lumens são uma referência que você encontrará em livros mais antigos, manuais e etc. De alguns anos para cá, em diversos lugares vemos o padrão de 200 lumens, como uma referência para o uso tático. O mais importante de tudo isso para mim, é que, quando alguém me pergunta sobre quantos lumens tem a lanterna eu retruco: ‘O que são lumens? Como pedir mais lumens se você não tem a ideia do que está pedindo?’. É nesse momento que damos uma pausa para falarmos um pouco mais sobre a parte técnica da fonte de iluminação em si.

O MITO DOS LUMENS, CANDELAS E LUX.
Colocarei um pequeno resumo que fiz nos vídeos que seguem esta matéria no final.

  • Lumens: É a quantidade de Luz/Fluxo Luminoso total emitida pela fonte de luz, independente da distribuição da luz. Ela é constante. Na prática é toda a luz que sai.
  • Candela: É a quantidade de luz que uma fonte emite por unidade de ângulo sólido (lúmen/esferorradiano) projetada em uma determinada direção. O valor está diretamente ligado à direção desta fonte de luz. A intensidade luminosa é expressa em candelas (cd). Ela é constante. Na prática, quanto mais candelas, mais longe a sua fonte de luz vai iluminar.
  • Lux: É o quão brilhante será a superfície do objeto iluminado. É a quantidade de luz que está chegando em um ponto. Esta relação é dada entre a intensidade luminosa e o quadrado da distância (l/d²). A iluminância pode ser medida através de um luxímetro. Já viu propaganda e ensaios fotográficos onde eles usam um equipamento para medir algo? É um Luxímetro. Diminui com a distância da fonte de luz. Na pratica é a quantidade de luz que chega ao objeto.

Exemplo usando um paralelo com uma arma: Efetuo o disparo no calibre 7,62 x 51 mm. A quantidade total de projéteis que saem são uma constante, nesse caso um. Esses seriam os Lumens. Tudo o que sai.
O projétil vai a uma distância máxima, e o mesmo vale para a luz. A Candela é a distância máxima teórica que essa luz pode alcançar.
Quando mais longe da boca do cano, mais energia é perdida pelo projétil. O mesmo vale para a luz. Sendo assim, Lux a quantidade de luz que chega em uma superfície, e diminui com a distância da fonte de luz.
E Watts? Só um adendo, nem vou comentar sobre lanternas vendidas por Watts. Uma Lemax LX70 ou Surefire Hellfighter não passam de algumas dezenas de Watts e iluminam a centenas de metros. Portanto caro leitor, a Lei de Ohm não permite certas proezas de vendedores desonestos. No meu vídeo sobre potência falo disso.

Ok, então quantos lumens são necessários?
Farei outro paralelo com armas de fogo. Se você começar a treinar e atirar com uma arma que use .44 Magnum  por alguns meses, parar e depois atirar com .38 SPL, sentirá que tem algo errado. Na verdade não tem. Mas com certeza sentirá essa diferença.
O mesmo ocorre com o uso de muitos lumens (e.g. 1000 lumens ou mais)  em declínio de menos lumens (e.g. 320 lumens). De uma maneira didática, posso dizer que com muitos lumens teremos mais luz saindo, e consequentemente, teremos uma área maior iluminada, seja em largura ou distância ou em ambas, desta maneira teremos uma visão mais ampla de um ambiente. Isso gera uma sensação de conforto e de segurança muito maior em relação ao ambiente iluminado. Entretanto, para uso operacional, você não vai de .44 Magnum, vai de .45 ACP, .40 S&W, 9 mm Parabellum, pois o que impera aqui são práticas para uso tático, e não para esporte ou recreação. Quer iluminar com 1000 lumens para pesca ou para impressionar os amigos no churrasco é ok, mas para uso tático, comece com menos.
Tenho alguns amigos que conhecem e fazem uso de lanternas para uso tático real, e as lanternas deles ficam na faixa de 300 lumens para lanternas de mão, chegando a 600 para lanternas em armas longas. Mas qual é o motivo disso?
O grande problema é que o operador pode usar a lanterna em um ambiente e ao iluminar um espelho, ou uma parede branca, a luz se voltará contra ele, e o mesmo perderá sua visão. Até os olhos retornarem para um ponto onde ele consiga enxergar o ambiente novamente, um tempo precioso se passou.  É tudo muito rápido e simples.
Faça o seguinte teste: fique no escuro total por 30 minutos, e depois acenda a sua lanterna de 1000 lumens em uma parede ou espelho, e veja o que vai acontecer. Na verdade você não verá nada, pois seus olhos estarão com tantas luz que darão um reset e você ficará cego temporariamente. Em uma situação real, até os seus olhos se readaptarem e você voltar a ver claramente, vai algum tempo. E tempo, em uma situação onde sua vida está em risco, pode ser fundamental para você permanecer vivo ou não. Com 300 lumens esse efeito contrário seria minimizado.
A quantidade de 300 lumens é o suficiente para o operador realizar diversas tarefas de maneira adequada. Na verdade é um excesso. Tente ler um documento com uma lanterna de 300 lumens à noite, durante uma averiguação em veículos. É impraticável. Use uma lanterna secundária com poucos lumens. Isso vai ajudar a você preservar o máximo de sua visão noturna, e o documento ficará legível. Faça seus testes. 300 lumens no escuro total é suficiente para você ter muita luz disponível e executar várias tarefas.
Tal como arma de fogos existem lanternas especializadas. Pesquise e se informe.


12) Sobre o padrão P60
13) Fonte de informações para produtos da história da Surefire:
Por incrível que pareça a Surefire não tem um timeline de seus produtos.
15) Outros nomes comuns para a CR123: 

123, 123A, 2/3A, 5018LC, BR2/3A, CR123, CR123A, CR17335, CR17345, CR23, DL123A, EL123A, K123LA, L123A, SF123A, VL123A.

16) Alguns vídeos sobre o tema:

Lumens, Lux e Potência com Lanternas Táticas e outras: https://www.youtube.com/watch?v=6-TnvArlKIU     

Candelas Lumens Lux e distância em Lanternas: https://www.youtube.com/watch?v=4117NFaOgVE

Led HD e HI Lumens Candelas Lux: https://www.youtube.com/watch?v=jLt7gvPOtBk

17 ) Sites com mais lanternas antigas:


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5 comentários:

  1. Parabéns Wladimir, ficou muito top muito bem explicado.

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  2. Muito bom brother, safou várias panes com relação a minhas dúvidas sobre lanternas taticas

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  3. Muito bom texto amigo, parei para me perguntar sobre lumes, sempre queria uma com mais sem saber o porque. Hj estou procurando uma lanterna para um IA2 combate urbano e se possível uma para uma Taurus 840 para o mesmo propósito ,poderia me indicar?

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