Velocidade máxima: 72 Km/h em estrada; 50km/h em off road,
Alcance máximo: 550 Km.
Motor: Motor diesel SACM V8X-1500 de 8 cilindros em V e 1500 hp de potência.
Peso: 57,4 Toneladas (versão mais recente).
Comprimento: 9,87 m (contando o canhão)
Largura: 3,71 m.
Altura: 2,92 m.
Tripulação: 3 tripulantes.
Alcance máximo: 550 Km.
Motor: Motor diesel SACM V8X-1500 de 8 cilindros em V e 1500 hp de potência.
Peso: 57,4 Toneladas (versão mais recente).
Comprimento: 9,87 m (contando o canhão)
Largura: 3,71 m.
Altura: 2,92 m.
Tripulação: 3 tripulantes.
Inclinação frontal: 60º.
Inclinação lateral: 30º.
Passagem de vau: 1 m; (4 m com preparação)
Obstáculo vertical: 1,25 m.
Armamento: Um canhão Nexter CN120-26 120mm com 40 granadas sendo 22 delas prontas para uso; 1 uma metralhadora pesada modelo M-2HB calibre .50 (12,7 mm) e uma metralhadora AAT-M-52 em calibre 7,62X51 mm; 14 granadas lançadoras de fumaça.
DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
Em meados dos anos 80 do século passado, o Exército francês precisava de um substituto de seus velhos carros de combate AMX-30, que era um MBT relativamente leve e com uma blindagem mais fina que dos carros de combate soviéticos contemporâneos e que, certamente estariam em desvantagem em caso de uma invasão soviética na Europa ocidental. Alguns anos antes, a França tentou um acordo para desenvolvimento conjunto de um novo e pesado MBT com a Alemanha, mas diferenças de prioridade levaram ao fracasso desse desenvolvimento, deixando os franceses sozinhos. O problema aqui era que, com o nível de complexidade e sofisticação que a França procurava em seu novo projeto de MBT, seria muito interessante um parceiro internacional para dividir os elevados custos desse programa. O parceiro ideal apareceu na forma do Emirados Árabes Unidos que assinou um generoso contrato de aquisição de 434 viaturas do novo projeto francês conhecido pelo nome de Engin Principal de Combat (EPC), naquele momento. Em 1986 o projeto foi rebatizado com o nome oficial de AMX-56 "Leclerc" e se tornou o mais avançado carro de combate MBT da Europa ocidental.
Acima: O carro de combate AMX-30 estava em desvantagem frente aos modelos de MBTs soviéticos devido a sua proteção inferior, assim coimo menor poder de fogo com seu canhão de 105 mm. O Leclerc foi desenvolvido com objetivo s]de substituir esse veículo no exército francês.
A suíte de sensores do Leclerc é bem completa contendo 8 periscópios a disposição do comandante mais uma mira panorâmica HL-70 estabilizada com recursos de intensificador de imagem e integrada a um telêmetro a laser fabricada pela SAGEM. É interessante observar que o comandante tem ainda a apresentação da imagem da mesma câmera de imagem térmica usada pelo artilheiro, melhorando muito a consciência situacional da tripulação nos tensos momentos de batalha. A estação do artilheiro está equipada com uma mira estabilizada SAVAN 20 que por sua vez tem uma câmera termal. Além disso, o artilheiro conta com acesso a 3 periscópios. O motorista também conta com 3 periscópios e uma mira OB-60 desenvolvida pela empresa Thomson- CSF que fornece imagem para qualquer condição de luminosidade. Os sistemas de miras comentados acima estão integrados a um computador de controle de fogo FINDERS (Fast Information, Navigation, Decision and Reporting System) capaz de selecionar 6 alvos em rápida sucessão com a solução de tiro para eles em pouco mais de 30 segundos.
Acima: Nesta foto em close podemos ver a esquerda a torre da mira estabilizada SAVAN 20 e a mira HL-70 do comandante a direita. Este conjunto representa os principais sensores dentre todos que são usados no Leclerc.
A blindagem original do Leclerc já era uma das mais efetivas dentre os atuais MBTs do mundo. A blindagem é modular composta por placas de aço que podem ser substituída facilmente quando danificadas. A blindagem principal tinha uma composição de aço, cerâmica e kevlar. As versões atuais do Leclerc, no entanto, receberam o reforço de placas de titânio e tungstênio que tornam ainda mais efetiva, principalmente contra projéteis perfurantes tipo flecha, ou APFSDS. O topo no Leclerc, recebeu uma proteção extra para proteger o blindado de mísseis que ataquem a parte superior do veículo, que normalmente, em outros carros de combate, é bastante vulnerável. O Leclerc conta, ainda com 8 granadas de fumaça (que podem ser do tipo anti pessoal também), que quando usadas dificultam a localização exata do veículo para as forças inimigas.
Ainda há uma suíte de medidas defensivas KBCM que alerta o comandante do veículo quando um sistema de laser estiver iluminando o veículo e quando mísseis tiverem sido lançados contra o veículo, permitindo que se tome medidas evasivas para evitar que mísseis guiados a laser atinjam o Leclerc. O sistema conta ainda com recurso de interferir em buscadores infravermelhos anulando a eficacia de armas que usem esse tipo de buscador. O Leclerc é, ainda, totalmente preparado para operar em um ambiente químico, biológico, nuclear (NBQ).
Acima: Além da forte blindagem da carroceria, que é composta de titânio e tungstênio, o Leclerc ainda recebe uma blindagem modular na forma de placas extras externas como mostrada em verde nessa ilustração.
O armamento principal do Leclerc é o potente canhão GIAT CN-120-26/52 em calibre 120 mm compatível com diversos tipos de munição, incluindo a APFSDS (perfurante de blindagem que também é chamada de penetradora por energia cinética) e munição HEAT (Alto Explosivo Anti Tanque). Todas as outra munições deste calibre usadas em carros de combate da OTAN, como o M-1A2 Abrams dos Estados Unidos, por exemplo, podem ser usadas pelo Leclerc sem problemas. Uma característica interessante do Leclerc é que o sistema de recarga do canhão é automático, ou seja, dispensa um homem para fazera recarga. São colocados 22 granadas de 120 mm no carregador, deixando o canhão pronto para usar imediatamente essa munição a uma cadência de 12 tiros por minuto. Outras 18 granadas são estocadas na torre. Como armamento secundário, há uma metralhadora coaxial pesada M-2HB calibre 12,7X99 mm (.50) e uma outra mais leve, modelo AAT-M-52 em calibre 7,62X51 mm operada remotamente de dentro da torre.
Acima: O potente canhão CN-120-26/52 em calibre 120 mm pode destruir a maior parte dos blindados conhecidos. Seu carregamento automático permite manter uma cadencia de 12 tiros por minuto.
A propulsão deste poderoso carro de combate é proporcionada por um motor diesel SACM V8X-1500 de 8 cilindros em V que produz generosos 1500 hp de potência que permite ao Leclerc acelerar a uma velocidade máxima de 72 km/h em estrada ou até 50 km/h em terreno irregular. A aceleração de 0 a 32 km/h é feita em 6 segundos cravados. Nada mau para um veículo com 57400 kg de peso. A transmissão é do tipo SESM com 5 marchas a frente e 2 de ré. A suspensão hidropneumática garante a estabilidade e agilidade em condição off road. O tanque de combustível tem capacidade de 1300 litros de diesel que permitem uma autonomia de 550 km. É possível estender esse alcance com a adição de tanques externos que aumentam essa autonomia para 650 km.
Acima: O Leclerc está entre os mais rápidos MBTs do mundo graças a sua potente motorização de 1500 cavalos representada pelo motor turbo diesel SACM V8X-1500 de 8 cilindros em V.
O carro de combate AMX-56 Leclerc representa um dos mais avançados MBTs do ocidente e mesmo do mundo. Ele reuniu bom desempenho de mobilidade com uma proteção balística eficiente e modular, bem dentro das tendências que vemos em projetos contemporâneos, e um poder de fogo respeitável, com um potente canhão de 120 mm com carregamento automático, levando a uma diminuição de sua tripulação que agora já não precisa ter um homem encarregado da recarga do canhão. Seus sensores integrados a um computador de gerenciamento de batalha o permitem engajar 6 alvos em cerca de 30 segundos, o que representa uma façanha em se tratando de um carro de combate pesado. Resta saber, agora, como o Leclerc se sairia em um ambiente de batalha de alta intensidade onde ele tivesse uma oposição respeitável de carros de combate pesados modernos do inimigo e tendo que lidar com munições anti tanque de helicópteros de ataque e mesmo da infantaria. A automação do sistema de alimentação do canhão realmente é uma outra importante tendência quando tratamos de MBTs, mas será que ele tem robustez e confiabilidade suficiente para continuar funcionando perfeitamente mesmo depois de impactos diretos na blindagem do veículo? Fica aqui essa questão para reflexão.
Acima: O Leclerc é um excelente carro de combate, porém, devido a seu elevado custo, teve pouco sucesso no mercado internacional.
Acima: O carro de combate AMX-30 estava em desvantagem frente aos modelos de MBTs soviéticos devido a sua proteção inferior, assim coimo menor poder de fogo com seu canhão de 105 mm. O Leclerc foi desenvolvido com objetivo s]de substituir esse veículo no exército francês.
A suíte de sensores do Leclerc é bem completa contendo 8 periscópios a disposição do comandante mais uma mira panorâmica HL-70 estabilizada com recursos de intensificador de imagem e integrada a um telêmetro a laser fabricada pela SAGEM. É interessante observar que o comandante tem ainda a apresentação da imagem da mesma câmera de imagem térmica usada pelo artilheiro, melhorando muito a consciência situacional da tripulação nos tensos momentos de batalha. A estação do artilheiro está equipada com uma mira estabilizada SAVAN 20 que por sua vez tem uma câmera termal. Além disso, o artilheiro conta com acesso a 3 periscópios. O motorista também conta com 3 periscópios e uma mira OB-60 desenvolvida pela empresa Thomson- CSF que fornece imagem para qualquer condição de luminosidade. Os sistemas de miras comentados acima estão integrados a um computador de controle de fogo FINDERS (Fast Information, Navigation, Decision and Reporting System) capaz de selecionar 6 alvos em rápida sucessão com a solução de tiro para eles em pouco mais de 30 segundos.
Acima: Nesta foto em close podemos ver a esquerda a torre da mira estabilizada SAVAN 20 e a mira HL-70 do comandante a direita. Este conjunto representa os principais sensores dentre todos que são usados no Leclerc.
A blindagem original do Leclerc já era uma das mais efetivas dentre os atuais MBTs do mundo. A blindagem é modular composta por placas de aço que podem ser substituída facilmente quando danificadas. A blindagem principal tinha uma composição de aço, cerâmica e kevlar. As versões atuais do Leclerc, no entanto, receberam o reforço de placas de titânio e tungstênio que tornam ainda mais efetiva, principalmente contra projéteis perfurantes tipo flecha, ou APFSDS. O topo no Leclerc, recebeu uma proteção extra para proteger o blindado de mísseis que ataquem a parte superior do veículo, que normalmente, em outros carros de combate, é bastante vulnerável. O Leclerc conta, ainda com 8 granadas de fumaça (que podem ser do tipo anti pessoal também), que quando usadas dificultam a localização exata do veículo para as forças inimigas.
Ainda há uma suíte de medidas defensivas KBCM que alerta o comandante do veículo quando um sistema de laser estiver iluminando o veículo e quando mísseis tiverem sido lançados contra o veículo, permitindo que se tome medidas evasivas para evitar que mísseis guiados a laser atinjam o Leclerc. O sistema conta ainda com recurso de interferir em buscadores infravermelhos anulando a eficacia de armas que usem esse tipo de buscador. O Leclerc é, ainda, totalmente preparado para operar em um ambiente químico, biológico, nuclear (NBQ).
Acima: Além da forte blindagem da carroceria, que é composta de titânio e tungstênio, o Leclerc ainda recebe uma blindagem modular na forma de placas extras externas como mostrada em verde nessa ilustração.
O armamento principal do Leclerc é o potente canhão GIAT CN-120-26/52 em calibre 120 mm compatível com diversos tipos de munição, incluindo a APFSDS (perfurante de blindagem que também é chamada de penetradora por energia cinética) e munição HEAT (Alto Explosivo Anti Tanque). Todas as outra munições deste calibre usadas em carros de combate da OTAN, como o M-1A2 Abrams dos Estados Unidos, por exemplo, podem ser usadas pelo Leclerc sem problemas. Uma característica interessante do Leclerc é que o sistema de recarga do canhão é automático, ou seja, dispensa um homem para fazera recarga. São colocados 22 granadas de 120 mm no carregador, deixando o canhão pronto para usar imediatamente essa munição a uma cadência de 12 tiros por minuto. Outras 18 granadas são estocadas na torre. Como armamento secundário, há uma metralhadora coaxial pesada M-2HB calibre 12,7X99 mm (.50) e uma outra mais leve, modelo AAT-M-52 em calibre 7,62X51 mm operada remotamente de dentro da torre.
Acima: O potente canhão CN-120-26/52 em calibre 120 mm pode destruir a maior parte dos blindados conhecidos. Seu carregamento automático permite manter uma cadencia de 12 tiros por minuto.
A propulsão deste poderoso carro de combate é proporcionada por um motor diesel SACM V8X-1500 de 8 cilindros em V que produz generosos 1500 hp de potência que permite ao Leclerc acelerar a uma velocidade máxima de 72 km/h em estrada ou até 50 km/h em terreno irregular. A aceleração de 0 a 32 km/h é feita em 6 segundos cravados. Nada mau para um veículo com 57400 kg de peso. A transmissão é do tipo SESM com 5 marchas a frente e 2 de ré. A suspensão hidropneumática garante a estabilidade e agilidade em condição off road. O tanque de combustível tem capacidade de 1300 litros de diesel que permitem uma autonomia de 550 km. É possível estender esse alcance com a adição de tanques externos que aumentam essa autonomia para 650 km.
Acima: O Leclerc está entre os mais rápidos MBTs do mundo graças a sua potente motorização de 1500 cavalos representada pelo motor turbo diesel SACM V8X-1500 de 8 cilindros em V.
O carro de combate AMX-56 Leclerc representa um dos mais avançados MBTs do ocidente e mesmo do mundo. Ele reuniu bom desempenho de mobilidade com uma proteção balística eficiente e modular, bem dentro das tendências que vemos em projetos contemporâneos, e um poder de fogo respeitável, com um potente canhão de 120 mm com carregamento automático, levando a uma diminuição de sua tripulação que agora já não precisa ter um homem encarregado da recarga do canhão. Seus sensores integrados a um computador de gerenciamento de batalha o permitem engajar 6 alvos em cerca de 30 segundos, o que representa uma façanha em se tratando de um carro de combate pesado. Resta saber, agora, como o Leclerc se sairia em um ambiente de batalha de alta intensidade onde ele tivesse uma oposição respeitável de carros de combate pesados modernos do inimigo e tendo que lidar com munições anti tanque de helicópteros de ataque e mesmo da infantaria. A automação do sistema de alimentação do canhão realmente é uma outra importante tendência quando tratamos de MBTs, mas será que ele tem robustez e confiabilidade suficiente para continuar funcionando perfeitamente mesmo depois de impactos diretos na blindagem do veículo? Fica aqui essa questão para reflexão.
Acima: O Leclerc é um excelente carro de combate, porém, devido a seu elevado custo, teve pouco sucesso no mercado internacional.
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