Mostrando postagens com marcador Treinadores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Treinadores. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 28 de março de 2024

Relatório Sugere Que o Japão Quer o Novo Jato T-7 Red Hawk Como Seu Próximo Treinador.


Boeing/Saab T-7A Red Hawk

Os relatórios indicam que o Japão quer o T-7 como seu próximo treinador para aumentar a cooperação com os Estados Unidos e reduzir custos.

Por Thomas Newdick e tradução por Carlos Junior
Relatórios recentes de Tóquio sugerem que o Japão pretende adquirir o Boeing/Saab T-7A Red Hawk , ou um derivado dele, como seu treinador a jato de próxima geração. As indicações são de que a Força Aérea de Autodefesa do Japão (JASDF) deseja que o sucessor do seu atual Kawasaki T-4 seja a mesma plataforma usada pela Força Aérea dos EUA, para aumentar a uniformidade e reduzir custos em comparação com o desenvolvimento e construção de um novo treinador do zero.
De acordo com uma reportagem recente do  jornal Mainichi Shimbun , os governos japonês e norte-americano já estão “coordenando o desenvolvimento conjunto de um sucessor para o treinador T-4 da Força Aérea de Autodefesa do Japão”. No âmbito do programa, a fonte afirma que o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, visitará em breve os Estados Unidos, onde será assinado um acordo relacionado.
Embora o Japão e os Estados Unidos nunca tenham colaborado desta forma num avião de treinamento, o objetivo é tanto reduzir os custos de produção como reforçar a cooperação entre as forças armadas dos dois países, já aliados militares muito próximos.
O relatório sugere o desenvolvimento conjunto do novo treinador da JASDF, embora a aspiração à uniformização das aeronaves pareça indicar que o T-7, ou derivado, é a única escolha realista. O desenvolvimento desta aeronave já está bastante avançado.
O Japão não é o único interessado no T-7A. A Austrália e a Servia já demonstraram interesse no modelo.
O programa T-7 foi muito adiado, mas o primeiro exemplar de engenharia de pré-produção e desenvolvimento de fabricação (EMD) chegou à Base Aérea de Edwards, Califórnia, para iniciar os testes de voo de desenvolvimento, em novembro passado. A Força Aérea dos EUA planeja comprar 351 aviões de treinamento a jato, para substituir seus antigos T-38 Talons . A Boeing também lançou uma versão do T-7 para a Marinha dos EUA, para substituir também seus T-45C Goshawks.
Houve algum interesse internacional anterior no T-7, particularmente da Austrália, embora atrasos no programa tenham levado a Força Aérea Real Australiana a adiar seus próprios planos para substituir seus treinadores a jato BAE Hawk existentes. A Sérvia também foi sugerida como potencial cliente do Red Hawk, provavelmente para um derivado de caça leve, o chamado F-7, que permanece em fase conceitual.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

A versão de combate do treinador M-346 da Leonardo fez seu primeiro voo.


Fonte: Leonardo; Publicado em 23 de julho de 2020
Tradução e adaptação Carlos Junior.

ROMA - No dia 13 de julho, a versão de ataque do M-346, equipada com uma variante otimizada do radar Grifo de Leonardo, completou com sucesso seu voo inaugural. O M-346FA é a nova variante de ataque leve da família de aeronaves M-346 da empresa.  este modelo  oferece recursos de múltiplas funções em uma única plataforma, oferecendo, de maneira econômica, funções de treinamento e combate.

Lucio Valerio Cioffi, diretor da Leonardo Aircraft, disse: “Estou extremamente satisfeito com o trabalho que realizamos para alcançar esse importante marco e com o ritmo em que alcançamos. Com essa conquista, as aeronaves de treinamento mais avançadas disponíveis no mercado em breve serão acompanhadas pelo mais versátil M-346FA.

“O M-346FA oferece todos os recursos avançados de treinamento do núcleo M-346, além de integrar sensores e equipamentos de última geração, permitindo que ele funcione como uma aeronave de ataque leve eficaz. Agora, continuaremos o desenvolvimento enquanto nos preparamos para entregar a primeira aeronave ao seu cliente de lançamento internacional em 2021. ”

O sensor principal da aeronave é o radar Grifo-M-346 de varredura mecânica e multimodo da Leonardo, uma variante especialmente otimizada desenvolvida por Leonardo para o M-346FA. O Grifo-M-346 é uma solução confiável e de alto desempenho, oferecendo grande precisão.

O M-346FA também é protegido por um subsistema completo de defesa (DASS), enquanto o seu conjunto de comunicações sofisticado e centralizado na rede que incorpora um sistema de comunicações seguras e o Tactical Data Link garante a interoperabilidade. A plataforma também pode empregar o LINK-16 para interoperar com as forças da OTAN.

O M-346FA pode empregar uma ampla gama de armamento ar-ar e ar-solo (incluindo guiado por IR, radar e / ou laser / GPS) e pode ser equipado com um canhão montado em um pod, sensores de reconhecimento e pods de designação de alvo e guerra eletrônica, todos integrados ao sistema Helmet Mounted Display (HMD) para ambos os pilotos.

A versão de treinamento do M-346 está atualmente em serviço com as forças aéreas da Itália, Cingapura, Israel e Polônia.
O M-346FA tem capacidade de combate que pode servir a países com orçamentos mais limitados e que queiram uma moderna aeronave de combate.


domingo, 5 de abril de 2020

BOEING/ SAAB T-7A RED HAWK. A futura capacidade de combate aéreo começa aqui.


Boeing/ Saab T-7A Red Hawk
FICHA TÉCNICA 
Velocidade de cruzeiro: Mach 0,90 (1111 km/h).
Velocidade máxima: Mach 1,05 (1300 km/h).
Razão de subida: 10211 m/min.
Potência: 1,42.
Carga de asa: Não informado até a data de publicação deste texto.
Fator de carga: +9 Gs.
Taxa de giro: 19º/s (estimada).
Razão de rolamento: 240º/s.
Teto de Serviço: 15240 m.
Alcance: 1143 km.
Empuxo: Um motor General Electric F-404-GE-400 com pós combustor que produz 7800 Kgf de potência.
DIMENSÕES
Comprimento: 14,15 m.
Envergadura: 10 m.
Altura: 4 m.
Peso: 3250 kg.
Combustível Interno: 2250 kg (estimado)
ARMAMENTO
Inicialmente sem armamentos. Está previsto uma versão leve de combate que deverá ter foco no mercado de exportação.

DESCRIÇÃO
Por John Ironhead.
A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) possui uma enorme quantidade de aeronaves de combate e a missão de treinar pilotos para poderem assumir o cockpit dessas aeronaves é uma responsabilidade enorme. Nos últimos 59 anos, essa importante tarefa tem sido delegada para os 500 jatos supersônicos de treinamento T-38C Talon desenvolvidos pela Northrop, aeronave esta, que nossos vetustos F-5EM Tiger II empregados na Força Aérea Brasileira tem "parentesco".
Com todo esse tempo de uso, é plenamente natural que problemas de fadiga da célula começasse a tornar perigoso manter os T-38 em operação. Além disso, a manutenção dessas aeronaves cujas peças já não mais se encontram em linha de produção já há alguns anos, se tornou mais cara. Somando a isso, o fato de que, os novos aviões de combate de 5º geração e mesmo os caças de 4º geração que receberam extensas melhorias em programas de modernização bastante completos, já estava demandando um jato de treinamento com capacidades de treinar e simular o comportamento de um jato de combate da primeira linha de forma mais adequada, o que o T-38C já não faz.
O Northrop T-38C Talon, tem formado novos pilotos de combate pelos últimos 59 anos. É chegado a hora de dar o merecido descanso para esta excelente aeronave.
Assim, em em 2003, a USAF começou a estudar os requisitos operacionais para um substituto do T-38C dando início a um processo que culminaria com o programa T-X, onde varias empresas apresentaram propostas para cumprir os requisitos pedidos pela USAF.  Participaram desse programa como concorrentes a empresa italiana Leonardo que se juntou com a Honeywell para oferecer o jato T-100, uma variante do M-346 (já descrito aqui no WARFARE) e que se encontra em uso pela Força Aérea Italiana, israelense, polonesa, do Azerbaidjão e Singapura. Outro concorrente foi a KAI que se juntou com sua parceira norte americana de longa data, a Lockheed Martin, e trouxeram o T-50 Golden Eagle (também já apresentado no WARFARE). Esta aeronave, também já empregada por algumas forças aéreas como a sul coreana, Iraquiana entre outras, tem como característica de destaque, o fato de ser supersônica e de já haver uma versão armada empregada para caça leve.
A Northrop, criadora do T-38, entrou na concorrência com uma joint venture com a BAe que trouxe uma moderna versão de seu clássico jato de treinamento Hawk T-2 e posteriormente apresentou um projeto próprio denominado Model 400, que mesmo propulsado pelo potente motor General Electric F400-102D, ainda não era capaz de voos supersônicos. A Northrop acabou desistindo da concorrência antes do final do processo decisório.
Outras empresas com propostas menos viáveis também chegaram a se apresentar, como foi a Textron com seu Scorpion (Já descrito no WARFARE) e a Stavatti com seu projeto Javelin.
A proposta vencedora foi a do moderno jato da joint venture  Boeing/ Saab, sob o nome inicial de "T-X". Posteriormente, batizado de T-7A e apelidado pela força aérea americana de Red Hawk em homenagem aos Tuskegee Airmens, pilotos negros que voaram pelos Estados Unidos na segunda guerra mundial em missões de combate e escolta de bombardeiros.
Aqui podemos ver os 4 principais concorrentes do T-7A que foram apresentados para fornecer uma solução de treinamento avançado parta o programa TX.
O T-7 possui uma configuração aerodinâmica convencional, com asas a frente, tailerons na parte posterior e dupla deriva em uma aeronave monomotor, o que não é, exatamente, algo tão comum, embora o F-35 tenha, justamente essa configuração. Seu tamanho, com comprimento pouco maior que os 14 metros, é comparável ao do T-38 Talon que ele vai substituir. e seu baixíssimo peso, de 5500 kg como máximo na decolagem somado a um potente motor F-404-GE-400 com pós combustor (uma versão do motor empregado nos caças F/A-18 Hornet legacy e nos primeiros caças Saab JAS-39A/C Gripen), permite a este jato de treinamento uma velocidade máxima de 1300 km/h, sendo assim um dos poucos aviões de treinamento do mundo, hoje, que superam a barreira do som em voo nivelado. O empuxo de 7800 kgf , quando empregado o pós combustor, fornece uma relação empuxo peso elevada, o que somado a estabilidade artificial controlada por FBW (fly by wire), garante um alto desempenho de manobra, com capacidade de altos ângulos de ataque, podendo simular com mais fidelidade o comportamento de voo dos caças de linha de frente que os pilotos que se formarem nesta aeronave serão levados a pilotar na USAF. Aqui, é importante informar, que o T-7A possui capacidade de puxar cargas de até 9 Gs em manobras, o que permite ao piloto em treinamento, conhecer a sensação de pilotar aeronaves em manobras apertadas de alta velocidade.
Apresenta~]ao do Boeing/ Saab T-7A Red Hawk. A Boeing foi vbastante ousada em apresentar um projeto inteiramente novo frente as outras empresas que chegaram com produtos já desenvolvidos e bem colocados no mercado.
Dentro do cockpit, os alunos encontrarão um painel de controle com uma grande tela, ao estilo WAD (como encontrada nos caças F-35 e no F-39 Gripen E, que a Força Aérea Brasileira comprou para seu programa FX, estando em consonância com o que há de mais avançado em uma cabine de uma aeronave de combate com o qual o piloto terá em suas mãos depois de formado. É interessante observara que, embora o T-7A não opere armas, seus sistemas, ainda sim, foram projetados para simular o emprego destas, de forma a deixa o aluno com um treinamento ainda mais completo e a um custo mais baixo. Alias, uma das chaves do projeto do T-7A é seu custo de aquisição e manutenção relativamente baixos. Isso poderá se tornar um atrativo importante para eventuais exportações para nações que prefiram o emprego de uma aeronave a reação para preparar seus pilotos de combate.
Os dois protótipos  T-7A Red Hawk receberem a pintura de cauda vermelha em homenagem aos Tuskegee Airmens, pilotos negros que voaram pelos Estados Unidos na segunda guerra mundial.
O T-7A Red Hawk chega em um momento importante pois os pilotos de combate norte americanos (e mesmo dos da OTAN) estão tendo que enfrentar as ameaças de maior complexidade desde a guerra do Vietnam. O gap tecnológico que beneficiou a força aérea dos Estados unidos pelos últimos 40 anos tem declinado ao ponto que, hoje, os adversários norte americanos possuem aeronaves páreas em muitos segmentos e até mesmo, superiores em outros. Assim, além dos caças de 5º geração, os americanos já começam a planejar a próxima geração de aeronaves de combate que deverá substituir os F-15 remanescentes e mesmo, o F-22 em meados de 2030, e para poder preparar a nova geração de pilotos, o T-7A vai dar a qualidade no aprendizado para estes futuros pilotos de combate.
As primeiras aeronaves e simuladores do T-7A estão programados para chegar à Base Conjunta de San Antonio-Randolph, Texas, em 2023. Todas as bases de treinamento de pilotos de graduação acabarão por passar do T-38C para o T-7A. Essas bases incluem a Base da Força Aérea de Columbus, Mississippi; Laughlin AFB e Sheppard AFB, Texas; e Vance AFB, Oklahoma.







                 

sábado, 29 de fevereiro de 2020

LEONARDO T-346 EM RIAT 2019


Apresentação impressionante do treinado italiano Leonardo T-346 na feira internacional RIAT 2019 onde pode demonstrar toda sua agilidade.
Se você quiser conhecer mais detalhes sobre as especificações e características desta aeronave, clique na foto que abre essa postagem.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

O A-29 SUPER TUCANO CONQUISTA SEU 14º CLIENTE!


A Força Aérea Nigeriana encomendou 12 aeronaves de treinamento e ataque leve A-29 Super Tucano da Embraer Defense & Security e sua parceira norte americano Sierra Nevada Corporation SNC.
As novas aeronaves serão fabricadas em Jacksonville, Estado da Flórida. Além das aeronaves, a Nigéria deverá adquirir um pacote de treinamento e suporte mais abrangente, ainda não definido.

Gostou desta publicação? Receba todas as novas matérias do WARFARE Blog nos seguindo nas redes sociais: INSTAGRAMFACEBOOKMeWe e TWITER. Não deixe de compartilhar também!
Prestigiem nossos parceiros também:
NAVIOS DE GUERRA WARFARE Blog: https://www.facebook.com/groups/2186884164961505/ 

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

BOEING VENCE A CONCORRÊNCIA T-X!


E o premio vai para.... a Boeing!
Hoje, 27 de setembro de 2018, a USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) concedeu um contrato que pode chegar a U$ 9,2 Bilhões de dólares para a famosa empresa aeronáutica que em conjunto com a Saab, empresa sueca famosa por estas bandas por ser a fabricante do futuro caça brasileiro Gripen E da Força Aérea Brasileira, para fornecer seu novo jato de treinamento T-X que substituirá os cansados Northrop T-38C Talon da USAF. Ao todo, a USAF deverá receber 350 unidades do TX, número bastante relevante para este segmento da aviação militar. É bastante provável que a aeronave seja exportada e que versões armadas sejam desenvolvidas, aumentando seu potencial no mercado de defesa.





Você gosta de tecnologia militar? Fique por dentro das atuais e futuras armas que estão em combate no campo de batalha. Assine nossa newsletter na barra direita do site e nos sigam nas redes sociais também! InstagranFacebook, MeWe e Twiter. Compartilhe nas suas redes sociais e ajude o WARFARE crescer.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

BAe HAWK. O mestre falcão inglês.

FICHA TÉCNICA 
Velocidade de cruzeiro: Mach 0,64 (784 km/h).
Velocidade máxima: Mach 0,85 (1040 km/h).
Razão de subida: 2820 m/min.
Potência: 0,50
Carga de asa: 70 lb/ft² (versão MK-100)
Fator de carga: +8 Gs; -4Gs
Taxa de giro: 16º/s (instantânea)
Razão de rolamento: 240º/s
Teto de Serviço: 13000 m.
Alcance: 2520 km
Empuxo: Um motor Rolls Royce Adour,MK-951 sem pós combustor, que produz 2948 Kgf de potência.
DIMENSÕES
Comprimento: 12,43 m.
Envergadura: 9,94 m.
Altura: 3,98 m.
Peso: 4400 kg
Combustível Interno: 1304 kg.
ARMAMENTO
3000 kg de cargas externas que podem ser distribuídas em 7 pontos fixos na versão LIFT das quais podem ser:
Ar Ar: Míssil AIM 9 Sidewinder,
Ar Terra: Míssil AGM-65 Maverick, Bombas de queda livre MK-82, 1 canhão Adem de 30 mm em casulo montado no ponto central sob a fuselagem, casulo de lançadores de foguetes SNRB de 68 mm.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

KAI/ LOCKHEED MARTIN T/A-50 GOLDEN EAGLE. Um treinador sul coreano de alta performance.

FICHA TÉCNICA 
Velocidade de cruzeiro: Mach 0,8 (985 km/h).
Velocidade máxima: Mach 1,5 (1835 km/h).
Razão de subida: 11880 m/min.
Potência: 0,97
Carga de asa: 74,08 lb/ft²
Fator de carga: +8/-3 Gs
Taxa de giro: 17º/s (instantânea)
Razão de rolamento: *220º/s
Teto de Serviço: 14630 m.
Raio de ação/ alcance:  900 km/ 1981 km
Empuxo: 1 motor turbofan General Electric F-404 GE-102 com 8028 kgf de empuxo com pós combustor.
DIMENSÕES
Comprimento: 13,14 m.
Envergadura: 9,45 m.
Altura: 4,94 m.
Peso: 6470 kg
Combustível Interno: 4607 lb.
ARMAMENTO
3740 kg de cargas externas das quais podem ser:
Ar Ar: Mísseis AIM 9 Sidewinder
Ar Terra: Mísseis AGM-65 maverick, Bombas guiadas a IR e a laser (versão A-50), Bombas Mk82/83/84, e lançadores de foguetes.
Interno: 1 canhão M61 de seis canos calibre 20 mm

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
O KAI T-50 é resultado de um programa sul coreano para desenvolver um substituto para seu antigo  treinador T-38 Talon a partir de 1992. Os requisitos para este novo treinador, incluíam a necessidade de que ele fosse supersônico, ágil e que servisse de base para um caça de ataque leve, que posteriormente passou a se chamar FA-50. A KAI recebeu forte apoio da empresa norte americana Lockheed Martin, atual fabricante do F-16, também usado pela Força Aérea Sul Coreana (RoKAF). O primeiro voo do protótipo ocorreu em agosto de 2002, seguido de uma encomenda de 100 aeronaves em versões de treinamento, acrobacia e de ataque leve.
Acima: Uma das antigas aeronaves a reação de treinamento usadas pela Força Aérea Sul Coreana era o Northrop T-38 Talon, claramente não era adequada para fazer a transição dos pilotos novatos para caças de alto desempenho como o KF-16 usados pela RoKAF.
Um observador mais atento pode considerar que o desenho do T-50 lembra sob vários aspectos, o desenho do F-16. Não acredito, no entanto, que isso seja uma mera coincidência. A KAI produz sob licença uma versão local do próprio F-16, chamada de KF-16, desde o final de 1993, e o desenho deste caça possui algumas características que são muito adequadas a qualidade de voo e bom desempenho de curvas. Assim sendo algumas dessas características foram aproveitadas no projeto do T-50, como as LERX (Extensões do Bordo de Ataque), a empenagem de grandes dimensões para melhorar a estabilidade longitudinal da aeronave. Outros pontos que contribuem para a ótima qualidade de voo deste treinador são sua relação empuxo peso de 0,97, que pode ser considerada relativamente alta para esta categoria de aeronave, a baixa carga de asa e a instabilidade natural
que exige um sistema de controle de voo FBW (Fly By Wire) para que a aeronave se mantenha estável em voo. Esse sistema FBW é triplamente redundante para garantir a segurança de voo caso um dos sistemas entre em pane. Esses elementos, fazem com que o T-50 tenha índices de desempenho de voo muito similares aos caças dos quais os pilotos treinados no T-50 são treinados para poder assumir depois de formados.
Acima: O desenho do T-50 lembra um F-16 com dimensões compactadas. os elementos aerodinâmicos do modelo norte americano foram usados no T-50.
A propulsão é feita por um excelente motor norte americano General Electric F-404-GE-102 que fornece 8028 kgf de potência máxima quando fazendo uso do pós combustor. Vale observar que este motor é uma variante do motor usados nos caças F/A-18C Hornets e nos Saab JAS-39C Gripen, ou seja, é praticamente a mesma motorização dos caças de 4º geração. A alimentação de ar é feita por duas entradas de ar posicionadas abaixo das LERX e nas laterais da aeronave, diferentemente da única entrada de ar que fica abaixo da fuselagem do F-16. A celula da aeronave resiste a manobras de 8 Gs positivos ou até 3Gs negativos, e sua taxa de giro instantânea  chega a 17º/ seg a velocidade de Mach 0,7 (864 km/h). Estes números são muito bons para uma aeronave de treinamento permitindo ao piloto em treinamento um contato com um perfil de voo muito próximo do que ele encontrará nas aeronaves de combate de linha de frente. Além disso,  permitem que o pequeno T-50 possa ter versões de ataque leve e mesmo de interceptação de ponto (curto alcance) para defender a própria base aérea, por exemplo.
Acima: O T-50 possui um desempenho de voo bastante competente. Bem pilotado, é capaz de ser uma dor de cabeça para a maioria dos caças de 4º geração em uso atualmente.
Na versão de treinamento "T-50" os sistemas eletrônicos são compostos por um equipamento de GPS H-764G fabricado pela empresa norte americana Honeywell e um radar altímetro HG-9550. No cockpit, há um HUD (Head Up Display ou tela acima da cabeça) de grande campo de visão fornecido pela DoDaaM Systems. Sãos sistema relativamente básicos para uma aeronave de treinamento moderna, porém, a KAI pensou além, e desenvolveu duas versões de combate do T-50, também já encomendadas pela RoKAF, que foram batizadas de TA-50 e FA-50 e que além de serem armadas, ainda por cima recebem um um radar multi-modo israelense  ELTA EL/M-2032 com alcance de 56 km contra um alvo do tamanho de um caça (5m² de RCS), o que, mesmo sendo um equipamento de desempenho pobre frente ao que encontramos nos caças de 4º e 5º geração, ainda dá uma capacidade de emprego em combate aéreo e de designar alvos de superfície ao pequeno jato sul coreano. Existe a possibilidade, caso um cliente deseje, de optar por um radar AN/APG-67, norte americano, no lugar do radar israelense. É interessante mencionar, também, que a versão FA-50, mais sofisticada que a TA-50, conta com um sistema tático de data link integrado que permite a aeronave enviar e receber dados de outras plataformas como aeronaves de alerta aéreo antecipado AEW, sistemas de comando de terra e mesmo outras aeronaves de combate que estejam atuando no campo de batalha, garantindo a o piloto uma consciência situacional muito maior, o que é uma grande vantagem tática.
Acima: O Radar israelense Elta EL/ M-2032 é usado nas versões com capacidade de combate do T-50. Embora seu desempenho seja limitado, ele dá uma capacidade de combate significativa ao pequeno jato sul coreano.

Acima: O Cockpit do T-50 tem o mesmo layout que encontramos em caças de 4º geração e mesmo em um caça de 5º geração como o F-22 Raptor. Embora esse padrão não seja a ultima palavra em painéis de controle, ele ainda é perfeitamente adequado a instrução.
A versão de treinamento básico do T-50 não opera armamentos, porém sua versão TA-50 e a FA-50 podem ser armados com os seguintes armamentos: Mísseis ar ar de curto alcance AIM-9 L/M guiados por infravermelho e com alcance de 18 km, que são lançados de trilhos na ponta das asas. O FA-50 pode receber mísseis ar ar de médio alcance AIM-120 Amraam. O AIM-120 é guiado por radar ativo e tem alcance máximo de 70 km na versão A e B, e 105 km na versão C. Para ataques contra alvos de superfície, podem ser empregados bombas de queda livre MK-82 de 227 kg, MK-83 de 460 kg; bombas de fragmentação CBU-97; Bombas guiadas por GPS e sensor infravermelho Spice e JDAM (somente GPS) também fazem parte do arsenal do FA-50.
Também podem ser empregados mísseis AGM-65 Maverick que podem ser guiados por TV, CCD, infravermelho ou a laser, dependendo da versão. O Maverick é particularmente efetivo contra alvos duros reforçados ou blindados e seu alcance chega a 22 km. Os tradicionais lançadores de foguetes de 70 mm não guiados   podem ser usados também. Internamente o FA-50 e o TA-50 possuem um canhão automático  General Dynamics A-50  com 3 canos rotativos em calibre 20 mm com cadência de 4000 tiros por minuto e alcance efetivo de 1500 metros.
Acima: A Filipinas é um dos países a encomendarem o FA-50PH, versão de combate produzido especificamente para aquela força aérea. Observe que além do míssil ar ar de curto alcance AIM-9M Sidewinder, na ponta das asas, há ainda mísseis de médio alcance AIM-120 nos cabides sob a asa.
A força aérea dos Estados Unidos se encontra com uma concorrência chamada de "T-X" aberta oficialmente desde 2015 para substituir 350 jatos de treinamento T-38 Talon, que estão em uso desde 1961 e cujos sistemas não mais se adéquam a preparar o futuro piloto de combate para operar as modernas aeronaves de 4º e 5º  geração. A Lockheed Martin , que deu forte suporte para o desenvolvimento do KAI T-50, está oferecendo uma variante do T-50 para o programa TX. De todos os concorrentes, dos quais fazem parte o moderno M-346/ T-100 italiano, o inglês Hawk T-2 e um modelo ainda não apresentado da Saab/ Boeing, o T-50 é o único com desempenho supersônico, o que corresponde sim, a uma vantagem técnica. Vale lembrar que o próprio T-38 é uma aeronave supersônica. O potencial dessa concorrência é de levar a uma encomenda de 350 aviões para assumirem o lugar dos cansados T-38 Talon.
Além da Coreia do Sul e o programa T-X dos Estados Unidos, o T-50 foi adquirido pelo Iraque, Indonésia, Filipinas e Tailândia, mostrando claramente o forte potencial de exportação desse modelo de aeronave.
Acima:  O primeiro protótipo do T-50A é a versão que a Lockheed Martin, em associação com a KAI está sendo proposto para a concorrência T-X da USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) para fornecer 350 aeronaves de treinamento avançado em substituição aos T-38 Talon em uso a mais de 50 anos.


ABAIXO TEMOS UM VÍDEO DE DEMONSTRAÇÃO DO T-50 GOLDEN EAGLE .



Você gosta de tecnologia militar? Fique por dentro das atuais e futuras armas que estarão em combate no campo de batalha. Siga o WARFARE no TwitterFacebook.

domingo, 3 de maio de 2015

ALENIA AERMARCCHI T-346 MASTER. O mestre do treinamento avançado.

FICHA TÉCNICA 
Velocidade de cruzeiro: mach 0.85 (1059 km/h).
Velocidade máxima: mach 0,90 (1095 km/h).
Razão de subida: 6705 m/min.
Potência: 0,84.
Carga de asa: 58.3 lb/ft²
Fator de carga: +8/-3 Gs
Taxa de giro: 17º/s (instantânea) e 14º/seg (sustentada)
Razão de rolamento: *220º/s
Raio de ação/ alcance:  900 km/ 1981 km
Empuxo: 2 motores Honeywell F124-GA-200 com 2834 kgf de empuxo cada.
DIMENSÕES
Comprimento: 11,49m
Envergadura: 9,72m
Altura: 4,91 m
Peso: 7400 kg (decolagem)
ARMAMENTO
3000 kg de cargas externas que variam, de tanques de combustíveis a bombas e lançadores de foguetes não guiados. Existe a possibilidade de armar o M-346 com mísseis ar ar AIM-9L/M Sidewinder, mísseis anti navio MBSA Marte MK-2.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
O avançado avião de treinamento Alenia Aermacchi M-346 Master apresenta um desenho que você pode sentir que já viu em algum outro lugar. Principalmente se você é dassas pessoas que, como eu, são aficionadas por aviação militar. Essa impressão não está errada! De fato você viu esse desenho em outro lugar! Para ser mais específico estou falando da Rússia. Sim, a Rússia, o berço do poderoso super caça Su-27 Flanker e dos ágeis MIG-29 Fulcrum, que projetou através de sua empresa Yakolev, o YAK-130. O YAK-130, resultado do projeto YAK-UTS, foi desenvolvido em conjunto com a empresa italiana Alenia Aermacchi a partir de 1993. A ideia era o fornecimento de aeronaves de treinamento para a força aérea russa e para a força aérea italiana. Porém, depois de o protótipo inciar seu programa de voos de testes, houve alguns problemas entre as duas empresas a respeito de sua prioridades. Assim cada companhia acabou seguindo sozinha no desenvolvimento de seus aviões. 
Embora sejam modelos com aparência bastante parecida, os aviões são bem diferentes internamente e o modelo italiano, batizado de M-346 Master tem características especificas para ir de encontro a necessidades de nações ocidentais em treinamento avançado. O primeiro voo do modelo M-346 ocorreu em 2004 e a força aérea italiana colocou uma encomenda de 6 unidades e mais 9 opções que foram exercidas posteriormente, totalizando 15 unidades naquela força aérea. 
Acima: Nas duas fotos acima, o avião negro é o russo YAK-130 do qual o M-346 do lado direito, deriva. As semelhanças externas são bastante explicitas.
O M-346 Master é propulsado por dois motores turbofans Honeywell / ITEC F124-GA-200 que fornecem 2834 kgf de empuxo cada, permitindo uma relação empuxo peso que atinge 0,84, considerada elevada para esta categoria de aeronave. Essa qualidade permite um desempenho de voo muito bom, dando boas acelerações para se recuperar de manobras mais agressivas e ainda possibilitando ao aluno uma experiência física de voo mais próxima do que ele vai encontrar no cockpit dos caças de primeira linha que ele pilotará em sua vida operacional. Nesse ponto, em especial, é interessante observar que o controle de voo fly by wire (FBW) com redundância quadrupla, integrada a um computador de controle de voo (FCS) permite o avião simular o comportamento dinâmico de vários  modelos de primeira linha como o caça Eurofighter Typhoon em uso pela força aérea italiana, entre outros modelos. Essa característica inédita e que é compartilhada pelo seu irmão russo YAK-130, também facilita muito a integração do futuro piloto com a realidade do voo de alta performance. A estrutura do M-346 suporta manobras de 8 Gs e 3 Gs negativo, e sua capacidade de curva, dada pela taxa de giro instantânea de 17º/seg já dá uma boa ideia de sua boa agilidade.
Acima: Os dois protótipos do M-346 pintados nas cores azul e vermelho fizeram diversas apresentações de manobrabilidade. O Computador de controle de voo permite simular o comportamento dinâmico de aeronaves de combate de primeira linha para facilitar a integração do novo piloto a caças de alto desempenho.
O M-346 é uma aeronave que pode ser considerada como um dos melhores treinadores do mundo, devido a seu desempenho de manobra ser muito parecido a de um avião de combate de primeira linha. Logicamente que esse bom desempenho pode ser usado em missões de combate. Assim, o M-346, uma aeronave classificada como LIFT (Lead-in fighter training) que é justamente uma aeronave que simula o desempenho de um caça de primeira linha em treinamentos, pode ser usado em missões de combate reais, principalmente com perfil ar solo, embora o M-346 possa ser armado com mísseis ar ar de curto alcance para enfrentar dogfights. E falando sobre armamentos, o M-346 é capaz de transportar cerca de 3000 kg de cargas externas que podem ser armas ou tanques de combustível externos. Atualmente, o M-346 não transporta sensores complexos e por isso, na verdade, limita os tipos de armas que, de fato podem ser usados por ele. Hoje, para combate ar ar, o míssil AIM-9L/M Sidewinder já foi integrado a aeronave. Trata-se de um míssil com alcance com 18 km o que o qualifica para combates de curta distancia e seu sistema de guiagem é por sensor infravermelho com capacidade all Aspect, o que lhe permite atacar alvos de frente através do calor da fuselagem da aeronave que é aquecida pela fricção com o ar. O M-346 pode receber o míssil anti navio MBDA Marte MK-2A, com alcance de 30 km e seu sistema de guiagem se dá por radar ativo. Outros armamentos disponíveis são as bombas de queda livre da família MK e lançadores de foguetes não guiados de 70 mm.

Acima: Embora o papel principal do M-346 Master seja o de treinamento, seu desempenho permite que seja usado de em combate como um avião de ataque leve ou de interceptação de curto alcance usando mísseis AIM-9L/M Sidewinder.
Atualmente o M-346 foi encomendado por 4 forças aéreas e são elas a Italiana, israelense, polonesa e a força aérea de Singapura somando 95 aeronaves. O governo dos Estados Unidos e sua força aérea estão em vias de iniciar uma concorrência para fornecimento de um novo jato de treinamento LIFT que substituirá os cansados T-38 Talon. A Alenia se juntou com a General Dynamics para oferecer uma versão de seu M-346, que foi chamado de T-100. Porém no começo de 2015, a empresa General Dynamics se retirou do programa, deixando a Alenia sem um parceiro norte americano para dar prosseguimento a esse programa. Nos Estados Unidos, uma empresa que se torne fornecedora de suas forças armadas precisa de um parceiro local para transferir a tecnologia e gerar empregos para os norte americanos, e sem um parceiro local, a viabilidade do modelo T-100 estará comprometida dentro desta concorrência. De qualquer forma, o M-346 é uma aeronave de treinamento que eu classifico como excelente (assim como seu irmão russo YAK-130). Ele representa, de fato, uma evolução interessante em termos de recursos de treinamento para novos pilotos de combate a um custo mais baixo que jogar o piloto novato em um caça de linha de frente biplace  como está sendo feito no Brasil. O custo de operar um caça de primeira linha é alto e por isso não convém treinar pilotos novos com um custo desse porte. Por outro lado, o custo de aquisição (reforço que é SÓ DE AQUISIÇÃO) antes que o pessoal comece a misturar as coisas, do M-346 é um pouco alto. Cada M-346 não sai por menos de U$ 42 milhões de dólares. Ou seja, tem custo próximo de um caça F-16C block 50 novo de fábrica! Pode ser que com novas encomendas, esse valor possa baixar um pouco devido a economia de escala, porém, hoje, deve-se pensar sobre a relação custo benefício de um investimento desses.

Acima: O layout do cockpit do M-346 é similar a de muitos caças de 4º geração, sendo, especialmente similar ao do Eurofighter Typhoon, operado pela Força Aérea Italiana.


Acima: O M-346 pode receber um probe de reabastecimento em voo, tornando ainda mais completo o processo de treinamento do futuro piloto de combate, além de ser muito útil em situações de combate real.



ABAIXO PODEMOS VER UM VÍDEO PROMOCIONAL DO M-346 MASTER.