Um presidente da nação, seja ela qual for, precisa ter conhecimento técnico para lidar com as questões econômicas e sociais de seu pais. Afinal, cabe a ele gerenciar de forma mais eficaz possível, o relativo bem estar de seu povo. Porém, quem ocupa este cargo, além dessas qualidades, precisa compreender de forma clara e sem medo, sua responsabilidade frente aos interesses da nação no âmbito da defesa militar. Sim, eu disse DEFESA MILITAR. O fato de a maioria absoluta das nações evitarem entrar em guerras e procurarem resolver suas diferenças em tribunais internacionais ou na ONU, não diminui, em nada a absoluta necessidade de se ter uma capacidade militar crível. O Brasil possui autoridades políticas fracas e comandantes militares pouco eficientes para se conseguir criar uma força militar com as características e capacidades que proporcionem uma condição dissuasiva adequada para que um hipotético inimigo, seja ele quem for, se sinta desmotivado a nos agredir por meios militares. Essa condição só será mudada com uma devida ação educacional que deverá ser promovida nas acrianças e adolescentes para que se quebre o tabu de que o Brasil não precisa de forças armadas ou que este mundo é "seguro", que é, exatamente o que prega a gestão socialista e corrupta que manda no Brasil com seus partidos de esquerda ou centro esquerda, seja PT, seja PSDB, que no fundo, só disputam o poder, mas que pregam, de certa forma, as mesmas ideologias lixo que só enfraquecem o país.
O Brasil precisa de forças armadas profissionais, bem treinadas e adequadamente equipadas para impor receio a um eventual invasor. Isso só se conseguirá com uma mudança radical de comportamento e mentalidade das autoridades politicas e militares do país. Você gosta de tecnologia militar? Fique por dentro das atuais e futuras armas que estarão em combate no campo de batalha. Siga o WARFARE no Twitter, Facebook.
Esta semana o famoso e onipresente fuzil AK-47 é o foco da atualização do blog Full Metal jacket. Para conhecer melhor o fuzil mais popular da história entre em: http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2016/09/izhmash-kalashnikov-ak-47-maior-lenda.html
Motor: Um motor Mercedez - Benz OM 924 de 4 cilindros com 218 Hp de potência.;
Peso: 11,9 toneladas.
Altura: 2,50 m.
Comprimento: 5,40 m.
Largura: 2,30 m.
Tripulação: 1+5 ou 7 soldados equipados dependendo da versão.
Armamento: 1 metralhadora MG-3 cal 7,62X51 mm ou uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm), Um lançador de granadas HK GMG de 40 mm. As metralhadoras podem ser empregadas em uma torre remotamente controlada FLW-100 ou FLW-200
Trincheira: 0,50 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,50 m
Passagem de vau: 1,20
DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
Os famosos veículos tipo jipes usados a partir da 2º guerra até mesmo nos dias de hoje estão passando por mudanças radicais para poder permitir que seus ocupantes possam sobreviver nos campos de batalha atuais onde a letalidade dos armamentos empregados tem se mostrado mortais contra veículos leves. Mesmo os Humvee, usados pelas forças armadas dos Estados Unidos e seus aliados têm se mostrado excessivamente vulnerável nesses ambientes. Por isso o leve jipe acabou sendo substituído no campo de batalha por veículos maiores, mais pesados e blindados para poder permitir uma sobrevivência maior no campo de batalha.
Neste artigo vou apresentar um desses novos veículos blindados leves 4X4; O Dingo 2, desenvolvido pela empresa alemã Krauss-Maffei Wegmann, uma das mais competentes fabricantes de blindados que existe, tendo em seu currículo o desenvolvimento do carro de combate pesado Leopard II, um dos melhores MBTs do mundo e já descrito no WARFARE.
Acima: O Dingo 2 é uma versão aprimorada do modelo Dingo 1 capaz de transportar mais carga e com melhor proteção balística.
O Dingo 2 é uma variante mais moderna do blindado Dingo, um veículo desenvolvido sob o chassi do Mercedez-benz UNIMOG 1550L, com o objetivo de reduzir custos de produção e facilitar a manutenção. Já o modelo Dingo 2, foco deste artigo usa um chassi maior, o do UNIMOG U-5000. A carroceria de ambas as versões tem formato de “V” para permitir uma proteção extra contra detonações de minas terrestres, um dos maiores problemas observados pelos alemães e aliados na guerra do Afeganistão e no Iraque. Alias, como dito antes, a característica mais importante que distingue esses veículos dos jipes tradicionais é justamente a capacidade de proteção da tripulação. Além da medida anti-minas, há ainda uma blindagem no Dingo 2 capaz de parar projéteis em calibre 7,62X51 mm. O Dingo 2 foi projetado como um veículo modular dividido em chassis, célula de sobrevivência, compartimento de motor e assoalho anti-mina. Essa modularidade agiliza, em muito, sua manutenção em caso de impactos e explosões.
Acima:O Dingo 2 não é um veículo anfíbio, mas sua boa altura do solo lhe permite transpor um rio com profundidade de até 1,20 metro.
O Dingo 2 usa um motor Mercedez - Benz OM 924 de 4 cilindros e que proporciona uma potência máxima de 218 hp. Esse motor leva o Dingo 2, um veículo com 11900 kg , a uma velocidade máxima de 90 km/h em estradas. Sua autonomia chega nos 1000 km, graças ao seu tanque de combustível com capacidade de 220 litros de diesel. Esse desempenho é considerado muito bom para essa categoria de veículo. A capacidade de operar em terrenos irregulares é elevada, podendo passar por obstáculos verticais de 50 cm de altura e encarar inclinação frontal de 60º. Embora não seja um veículo anfíbio, ele pode transpor um rio (passagem de vau) com profundidade de até 1,20 metro.
Acima:A suspensão do Dingo 2 permite uma excelente performance em terreno acidentado.
O Dingo 2 pode ser armado com uma torre FLW-100 equipado com uma metralhadora MG-3 em calibre 7,62 mm controlada remotamente de dentro de veículo ou ainda uma torre FLW-200 com uma metralhadora pesada em calibre 12,7 mm (.50). Além de metralhadoras, o Dingo pode ser armado com um lança granadas automático Heckler & Koch GMG de 40 mm capaz de atingir alvos até a 1500 metros e com uma cadência de tiro de 340 tiros por minuto. Embora não haja informações sobre outros armamentos que podem ser instalados no Dingo, certamente que não haveria nenhuma dificuldade de se armar este blindado com um lança mísseis antitanque como o míssil TOW, por exemplo.
Acima: A torre FLW 100, remotamente controlada, está armada com uma metralhadora MG-3 em calibre 7,62X51 mm. Uma versão mais pesada desta torre, chamada FLW-200 pode ser equipada com uma metralhadora pesada M-3M calibre 12X7 mm (50 BMG)
Atualmente o Dingo 2 é usado pela Alemanha, Áustria, Bélgica, Republica Tcheca, Noruega, Curdistão e Luxemburgo. Porém existe um mercado potencial para esse tipo de blindado no mundo e outros fabricantes já possuem pronto ou em estágio de desenvolvimento veículos similares ao Dingo 2 prontos para explorar este mercado. O que pode dificultar um pouco as coisas para o Dingo é seu elevado custo unitário que hoje está girando em torno de U$ 1.000.000,00 de dolares cada um.
Acima:O Dingo pode ser transportado por uma aeronave C-130 Hercules, extremamente comum em muitas forças armadas do mundo.
ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O DINGO 2
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Propulsão: 2 motores a diesel Storc-Wartsila 16 V26 ST e 2 turbinas a gás Roll Royce Spey SM-1C que geram, juntos, 65900 hp.
Velocidade máxima: 30 nós (56 kmh).
Alcance: 9260 Km
Sensores: Radar de busca: Thales Nederland SMART-L de varredura eletrônica 3D com 400 km de alcance. Radar APAR 3D multifunção com 150 km de alcance, radar de navegação Scout LPI, Sonar Atlas Electronik DSQS-24C
Armamento: AAW: 1 lançador vertical MK41 de 40 células para mísseis ESSM e SM2-MR Block IIIA, SSM: 2 lançadores quádruplos para mísseis RGM-84 Harpoon, 1 canhão OTO Breda de 127 mm; 2 canhões Oerlikon de 20 mm, 6 metralhadoras de uso geral FN MAG em calibre 7,62X51 mm, 4 metralhadoras pesadas M-2HB em calibre .50 (12,7X99 mm) ASW: 2 lançadores duplos MK-32 para torpedos de 323 mm, 2 canhões CIWS Goalkeeper de 30 mm.
Aeronaves: 1 Helicóptero NH90.
DESCRIÇÃO
PorCarlos E.S.Junior
A Holanda, Espanha e a Alemanha, assinaram um acordo para o desenvolvimento de modernas fragatas com ênfase na missão anti-aérea. Esse acordo trata da plataforma, mas não dos sistemas de combate integrados aos navios. Esses navios foram apresentados no WARFARE em matérias anteriores. São a fragata espanhola F-100 Alvaro de Bazan e a fragata alemã da classe Sachsen. Agora descreverei a terceira fragata resultante desse acordo, a fragata LCF ou classe De Zeven Provincien, como foi batizada, e que permitiu um significativo aumento do poder de fogo da marinha holandesa e da OTAN, organização da qual a Holanda é signatária.
Acima:A marinha holandesa recebeu 4 navios da classe De Zeven Provincien o que melhorou substancialmente a capacidade de apoio daquela força naval ao esforço de defesa da OTAN.
A fragata De Zeven Provincien tem o seu desenho focado na diminuição de sua assinatura de radar, infravermelha, magnética e acústica, assim como os outros dois navios relacionados ao acordo trilateral para o desenvolvimento de fragatas. Alias, é interessante notar que todos os modernos projetos de navios de guerra tem seu desenho orientado para se conseguir esse efeito, pois isso otimiza a capacidade de sobrevivência dos navios em um cenário de alta ou média intensidade, onde mísseis anti navio, normalmente guiados por radar, tem uma eficácia cada vez maior graças a significava melhoria dos sensores e sistemas eletrônicos.
Acima:Com linhas "limpas" e angulosas, com o objetivo de desviar o eco radar para longe da antena emissora, a fragata De Zeven Provincien não é um navio fácil de ser detectado a longas distancias.
Na De Zecen Provincien foi instalado um sistema de dados de combate e SEWACO XI desenvolvido pela Thales Naval Nederland. O navio usa uma suíte de comunicação da Rohde & Schwarz que inclui comunicação segura de voz e dados via satélite, data link como o link 11 e link 16, que são o padrão da OTAN. Os principais sensores de busca são os radares Thales APAR tridimensional que opera na banda I, multifunção do mesmo tipo usado na fragata alemão da classe Sachsen, e que possui um alcance de 150 km e com capacidade de rastrear mais de 250 alvos simultaneamente. Esse radar é usado para iluminar os alvos para os mísseis Standard SM-2. Para complementar o radar APAR, foi instalado um moderno radar Smart-L que opera na banda D, também tridimensional igualmente usado na classe Sachsen, e que é usado para a busca aérea e de superfície de longa distancia, tendo alcance de 400 km; Para apoio a navegação é usado os radares Scout LPI de baixa probabilidade de ser interceptado.
Acima:O sistema de gerenciamento de dados de combate SEWACO XI faz o papel do cérebro das ações de batalha do navio.
Acima:O moderno radar tridimensional de varredura eletrônica ativa APAR garante os dados de precisão sobre posicionamento de alvos para controle de fogo dos misseis antiaéreos.
Além dos radares, um sensor Sirius LR-IRST de busca passiva infravermelha é usado para identificar tanto mísseis de perfil sea skimming no horizonte a um alcance de até 12 km quanto que uma aeronave pode ser detectada a 15 km. Outro sistema de detecção passiva é o multisensor eletro-óptico, porém bem mais completo chamado Thales Mirador usado para busca de alvos. O principal sensor deste sistema é a câmera infravermelha Albatros. Este sistema opera totalmente integrado ao sistema de dados de combate SEWACO XI.
Para detecção submarina é usado o sonar Atlas Electronik DSQS-24C, que está montado no casco. Esse radar permite busca e ataque. No campo das defesas eletrônicas, as fragatas De Zeven Provincien, são bem equipadas, e contam com um sistema de guerra eletrônica integrado Sabre, da Thales Defense, além de lançadores MK-36 Sippican de iscas anti mísseis que são usados para desviar mísseis anti-navio lançados contra o navio. Outro sistema de isca usado na De Zevem Provincien, porém com objetivo a desviar torpedos inimigos é o AN/SLQ-25 Nixie, do tipo isca rebocada. Este sistema chama a atenção do sonar do torpedo para a isca que está sendo rebocada a uma distancia segura do navio.
Acima:O sistema de busca passiva multi-sensor Thales Mirador, faz designação de alvos sem emitir sinais. Este sistema fica montado no mastro do radar APAR.
O armamento desta fragata é otimizado para a guerra anti-aérea, e mais pesado que a média desse tipo de navio. Um lançador vertical de mísseis MK-41 norte americano de 40 células está montado a frente do navio e está armado com mísseis RIM-162 ESSM (Envolved Sea Sparrow) que são usados contra mísseis anti navio e aeronaves inimigas. Estes modernos mísseis possuem um alcance de 50 km e são guiados por atualização de meio curso via data link e radar semi ativo na fase final do engajamento. Outro míssil que pode ser lançado deste lançador vertical é o SM2-MR Block IIIA com alcance de até 74 km e guiado por comando de radio e radar semi ativo na fase final. Ainda no campo do armamento anti aéreo, há 2 sistemas CIWS de 30 mm Goalkeeper que faz uso de um canhão de 7 canos rotativos GAU-8 (o mesmo usado no jato de ataque A-10 Thunderbolt II cuja capacidade de estrago é bastante famosa) capaz de disparar 4200 tiros por minuto contra um alvo distante até 2000 metros Há, também, dois canhões Oerlikon de 20 mm e um canhão principal, a frente do navio, OTO-Breda de 127 mm, que é usado tanto contra alvos aéreos como contra alvos de superfície. Esse canhão dispara 40 tiros por minuto e o alcance de suas granadas podem chegar a 30 km. Se for usado a granada Vulcano guiada por satélite (GPS) e por laser ou infravermelho, na fase terminal, esse alcance aumenta para 100 km com precisão equivalente a de um míssil de cruzeiro.
Acima: O lançador vertical MK-41 instalado no De Zeven Provincien está integrado a os misseis SM-2MR Block IIIA (foto) e ao moderno míssil ESSM que é capaz de destruir aeronaves e mísseis inimigos.
Para guerra anti-navio, estão instalados 2 lançadores quádruplos para mísseis RGM-84 Harpoon da Boeing, e que podem afundar a maioria dos navios de guerra modernos com dimensões de um destróier a 130 km com apenas um impacto. O Harpoon é guiado por radar ativo e segue um perfil de voo sea skimming (segue rente a água, a altura de 5 metros ou pouco mais, evitando os radares inimigos). Foi feito um estudo para se equipar os navios da classe De Zeven Provincien com mísseis de cruzeiro BGM-109 Tomahawk, porém, esse projeto não gerou resultado sendo cancelado bem antes de sequer iniciarem os trabalhos de integração nos navios.
Contra submarinos estão instalados 2 lançadores duplos MK-32 Mod-9 de torpedos leves MK-26 Mod 5 de 323 mm, sendo que estão montados um de cada lado do navio. O torpedo MK-46 tem alcance de 11 km e é guiado por um sistema de sonar ativo/ passivo interno. Um helicóptero médio NH-90 é operado no hangar traseiro para missões de busca e salvamento, assim como missões de combate anti-submarino.
Acima: A fragata De Zeven Provinvien foi projetada para operar um helicóptero médio e para tanto há um hangar que d[á abrigo à aeronave. Normalmente é empregado um helicóptero NH-90, porém o Lynx também pode ser operado.
A propulsão da fragata De Zeven Provincien é do tipo combinação diesel e gás (CODAG). Há duas turbinas Roll Royce Spey SM-1C que geram, juntas, 37 MW e 52300 shp de força. Além disso, mais dois motores a diesel Storc-Wartsila 16V6ST, geram mais 8.4 MW e 13600 shp, totalizando uma força de 65900 shp total que movem dois eixos com hélices de 5 pás de passo variável. A velocidade máxima alcançada pelo navio é de 30 nós (56 km/h) e sua autonomia chega a 9260 km quando em velocidade econômica de cruzeiro, que representa algo em torno de 19 nós (35 km/h).
Acima:O grupo propulsor operado nas fragatas De Zeven Provincien garantem um bom desempenho marinheiro ao navio deixando ele perfeitamente adequado para acompanhar missões de longa distancia escoltando grupos de batalha.
A Holanda é um dos mais antigos membros da OTAN e suas forças armadas são pensadas para fazerem parte de uma força multinacional e não apenas como uma força de auto defesa como a maioria dos países. A Fragata da classe De Zeven Provincien e suas três irmãs representam um interessante exemplo dessa doutrina, pois se trata de um navio de escolta anti aérea altamente capaz e com bom nível de sofisticação cuja maior finalidade é proteger grupos de batalha multinacionais como as esquadras da OTAN. Seu bom alcance o torna um navio muito adequado para deslocamentos intercontinentais podendo operar em qualquer ponto do planeta.
ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM A DE ZEVEN PROVINCIEN.
Você gosta de tecnologia militar? Fique por dentro das atuais e futuras armas que estarão em combate no campo de batalha. Siga o WARFARE no Twitter, Facebook.
Empuxo: 1 motor turbofan General Electric F-404 GE-102 com 8028 kgf de empuxo com pós combustor.
DIMENSÕES
Comprimento: 13,14 m.
Envergadura: 9,45 m.
Altura: 4,94 m.
Peso: 6470 kg
Combustível Interno: 4607 lb.
ARMAMENTO
3740 kg de cargas externas das quais podem ser:
Ar Ar: Mísseis AIM 9 Sidewinder
Ar Terra: Mísseis AGM-65 maverick, Bombas guiadas a IR e a laser (versão A-50), Bombas Mk82/83/84, e lançadores de foguetes.
Interno: 1 canhão M61 de seis canos calibre 20 mm
DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
O KAI T-50 é resultado de um programa sul coreano para desenvolver um substituto para seu antigo treinador T-38 Talon a partir de 1992. Os requisitos para este novo treinador, incluíam a necessidade de que ele fosse supersônico, ágil e que servisse de base para um caça de ataque leve, que posteriormente passou a se chamar FA-50. A KAI recebeu forte apoio da empresa norte americana Lockheed Martin, atual fabricante do F-16, também usado pela Força Aérea Sul Coreana (RoKAF). O primeiro voo do protótipo ocorreu em agosto de 2002, seguido de uma encomenda de 100 aeronaves em versões de treinamento, acrobacia e de ataque leve.
Acima: Uma das antigas aeronaves a reação de treinamento usadas pela Força Aérea Sul Coreana era o Northrop T-38 Talon, claramente não era adequada para fazer a transição dos pilotos novatos para caças de alto desempenho como o KF-16 usados pela RoKAF.
Um observador mais atento pode considerar que o desenho do T-50 lembra sob vários aspectos, o desenho do F-16. Não acredito, no entanto, que isso seja uma mera coincidência. A KAI produz sob licença uma versão local do próprio F-16, chamada de KF-16, desde o final de 1993, e o desenho deste caça possui algumas características que são muito adequadas a qualidade de voo e bom desempenho de curvas. Assim sendo algumas dessas características foram aproveitadas no projeto do T-50, como as LERX (Extensões do Bordo de Ataque), a empenagem de grandes dimensões para melhorar a estabilidade longitudinal da aeronave. Outros pontos que contribuem para a ótima qualidade de voo deste treinador são sua relação empuxo peso de 0,97, que pode ser considerada relativamente alta para esta categoria de aeronave, a baixa carga de asa e a instabilidade natural
que exige um sistema de controle de voo FBW (Fly By Wire) para que a aeronave se mantenha estável em voo. Esse sistema FBW é triplamente redundante para garantir a segurança de voo caso um dos sistemas entre em pane. Esses elementos, fazem com que o T-50 tenha índices de desempenho de voo muito similares aos caças dos quais os pilotos treinados no T-50 são treinados para poder assumir depois de formados.
Acima: O desenho do T-50 lembra um F-16 com dimensões compactadas. os elementos aerodinâmicos do modelo norte americano foram usados no T-50.
A propulsão é feita por um excelente motor norte americano General Electric F-404-GE-102 que fornece 8028 kgf de potência máxima quando fazendo uso do pós combustor. Vale observar que este motor é uma variante do motor usados nos caças F/A-18C Hornets e nos Saab JAS-39C Gripen, ou seja, é praticamente a mesma motorização dos caças de 4º geração. A alimentação de ar é feita por duas entradas de ar posicionadas abaixo das LERX e nas laterais da aeronave, diferentemente da única entrada de ar que fica abaixo da fuselagem do F-16. A celula da aeronave resiste a manobras de 8 Gs positivos ou até 3Gs negativos, e sua taxa de giro instantânea chega a 17º/ seg a velocidade de Mach 0,7 (864 km/h). Estes números são muito bons para uma aeronave de treinamento permitindo ao piloto em treinamento um contato com um perfil de voo muito próximo do que ele encontrará nas aeronaves de combate de linha de frente. Além disso, permitem que o pequeno T-50 possa ter versões de ataque leve e mesmo de interceptação de ponto (curto alcance) para defender a própria base aérea, por exemplo.
Acima: O T-50 possui um desempenho de voo bastante competente. Bem pilotado, é capaz de ser uma dor de cabeça para a maioria dos caças de 4º geração em uso atualmente.
Na versão de treinamento "T-50" os sistemas eletrônicos são compostos por um equipamento de GPS H-764G fabricado pela empresa norte americana Honeywell e um radar altímetro HG-9550. No cockpit, há um HUD (Head Up Display ou tela acima da cabeça) de grande campo de visão fornecido pela DoDaaM Systems. Sãos sistema relativamente básicos para uma aeronave de treinamento moderna, porém, a KAI pensou além, e desenvolveu duas versões de combate do T-50, também já encomendadas pela RoKAF, que foram batizadas de TA-50 e FA-50 e que além de serem armadas, ainda por cima recebem um um radar multi-modo israelense ELTA EL/M-2032 com alcance de 56 km contra um alvo do tamanho de um caça (5m² de RCS), o que, mesmo sendo um equipamento de desempenho pobre frente ao que encontramos nos caças de 4º e 5º geração, ainda dá uma capacidade de emprego em combate aéreo e de designar alvos de superfície ao pequeno jato sul coreano. Existe a possibilidade, caso um cliente deseje, de optar por um radar AN/APG-67, norte americano, no lugar do radar israelense. É interessante mencionar, também, que a versão FA-50, mais sofisticada que a TA-50, conta com um sistema tático de data link integrado que permite a aeronave enviar e receber dados de outras plataformas como aeronaves de alerta aéreo antecipado AEW, sistemas de comando de terra e mesmo outras aeronaves de combate que estejam atuando no campo de batalha, garantindo a o piloto uma consciência situacional muito maior, o que é uma grande vantagem tática.
Acima:O Radar israelense Elta EL/ M-2032 é usado nas versões com capacidade de combate do T-50. Embora seu desempenho seja limitado, ele dá uma capacidade de combate significativa ao pequeno jato sul coreano.
Acima:O Cockpit do T-50 tem o mesmo layout que encontramos em caças de 4º geração e mesmo em um caça de 5º geração como o F-22 Raptor. Embora esse padrão não seja a ultima palavra em painéis de controle, ele ainda é perfeitamente adequado a instrução.
A versão de treinamento básico do T-50 não opera armamentos, porém sua versão TA-50 e a FA-50 podem ser armados com os seguintes armamentos: Mísseis ar ar de curto alcance AIM-9 L/M guiados por infravermelho e com alcance de 18 km, que são lançados de trilhos na ponta das asas. O FA-50 pode receber mísseis ar ar de médio alcance AIM-120 Amraam. O AIM-120 é guiado por radar ativo e tem alcance máximo de 70 km na versão A e B, e 105 km na versão C. Para ataques contra alvos de superfície, podem ser empregados bombas de queda livre MK-82 de 227 kg, MK-83 de 460 kg; bombas de fragmentação CBU-97; Bombas guiadas por GPS e sensor infravermelho Spice e JDAM (somente GPS) também fazem parte do arsenal do FA-50.
Também podem ser empregados mísseis AGM-65 Maverick que podem ser guiados por TV, CCD, infravermelho ou a laser, dependendo da versão. O Maverick é particularmente efetivo contra alvos duros reforçados ou blindados e seu alcance chega a 22 km. Os tradicionais lançadores de foguetes de 70 mm não guiados podem ser usados também. Internamente o FA-50 e o TA-50 possuem um canhão automático General Dynamics A-50 com 3 canos rotativos em calibre 20 mm com cadência de 4000 tiros por minuto e alcance efetivo de 1500 metros.
Acima:A Filipinas é um dos países a encomendarem o FA-50PH, versão de combate produzido especificamente para aquela força aérea. Observe que além do míssil ar ar de curto alcance AIM-9M Sidewinder, na ponta das asas, há ainda mísseis de médio alcance AIM-120 nos cabides sob a asa.
A força aérea dos Estados Unidos se encontra com uma concorrência chamada de "T-X" aberta oficialmente desde 2015 para substituir 350 jatos de treinamento T-38 Talon, que estão em uso desde 1961 e cujos sistemas não mais se adéquam a preparar o futuro piloto de combate para operar as modernas aeronaves de 4º e 5º geração. A Lockheed Martin , que deu forte suporte para o desenvolvimento do KAI T-50, está oferecendo uma variante do T-50 para o programa TX. De todos os concorrentes, dos quais fazem parte o moderno M-346/ T-100 italiano, o inglês Hawk T-2 e um modelo ainda não apresentado da Saab/ Boeing, o T-50 é o único com desempenho supersônico, o que corresponde sim, a uma vantagem técnica. Vale lembrar que o próprio T-38 é uma aeronave supersônica. O potencial dessa concorrência é de levar a uma encomenda de 350 aviões para assumirem o lugar dos cansados T-38 Talon.
Além da Coreia do Sul e o programa T-X dos Estados Unidos, o T-50 foi adquirido pelo Iraque, Indonésia, Filipinas e Tailândia, mostrando claramente o forte potencial de exportação desse modelo de aeronave.
Acima: O primeiro protótipo do T-50A é a versão que a Lockheed Martin, em associação com a KAI está sendo proposto para a concorrência T-X da USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) para fornecer 350 aeronaves de treinamento avançado em substituição aos T-38 Talon em uso a mais de 50 anos.
ABAIXO TEMOS UM VÍDEO DE DEMONSTRAÇÃO DO T-50 GOLDEN EAGLE .
Você gosta de tecnologia militar? Fique por dentro das atuais e futuras armas que estarão em combate no campo de batalha. Siga o WARFARE no Twitter, Facebook.
O blog Full Metal Jacket traz para suas paginas um artigo sobre a famosa pistola Desert Eagle. Conheça um pouco melhor uma das mais populares armas de fogo do mundo. http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2016/08/magnum-research-imi-desert-eagle.html